The Deal escrita por Effy


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Ok, vamos aos agradecimentos:
MUITO OBRIGADA BINA PELA RECOMENDAÇÃO. Faltei chorar!
Obrigada galera pelos comentários, e aprendam com a Bina!
Nem preciso falar que esse capítulo é em sua homenagem, né querida e amada Bina?!
Boa leitura pessoas :D



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Não demorou muito para escurecer, então logo o casal prontamente se encaminhou para a sessão de fotos nada agradável de Mary Alice. Austin estacionou cinco casas antes da ex e Charlotte rapidamente ajeitou a máquina. Eles se esconderam nos arbustos de frente para o quarto da garota.

– Ali, ela tá vindo! – Austin sussurrou tão perto da nuca da ruiva que a mesma se arrepiou dos pés a cabeça, que apenas assentiu com um leve balançar de cabeça

Charlie se aproximou da janela e conseguiu uma clara visão do alvo, tirou algumas fotos da menina penteando os cabelos, depois dela tirando a maquiagem. O loiro estava incomodado, remexeu-se diversas vezes nos arbustos

– Posso te esperar no carro? – perguntou com a mão na nuca e sem olhar direito para a ruiva

– Tudo bem – respondeu confusa, não entendeu o porquê de ele ficar assim de uma hora para outra

Austin caminhou entorpecido até seu conversível vermelho, sentou-se no banco do motorista e até pensou em acender um cigarro, mas a namorada odeia quando ele fuma. O jogador sentia-se sufocado, rever a ex-namorada foi um baque maior do que o esperado, olhar novamente para a causa de meses de depressão era mais forte do que ele poderia previr.

A fotógrafa empenhou-se na missão do dia até que Mary Anne caísse no sono, o que resultou em quase quatro horas de espionagem fotográfica, quando retornou ao carro, viu o namorado sentado no capô com um cigarro apagado entre os dedos brancos.

– Austin? – sussurrou ao deixar a máquina no banco de trás e sentar-se ao lado do loiro

Ele não respondeu, apenas bagunçou os cabelos loiros e respirou fundo

– Está apagado, por sinal – comentou ao guardar o cigarro no bolso. Sem saber porquê, colocou os óculos de Sol, mesmo sendo meia noite

A ruiva assentiu com a cabeça, começou a ficar preocupada com o namorado. Deu a volta e ficou de frente para ele, retirou os óculos de sol e envolveu o pescoço desnudo do jogador com as mãos e o abraçou

– Vamos para casa, ok? Amanhã terminamos de resolver isso – finalizou com um selinho nele e um sorriso, então entraram no carro e ligaram o som. Como se nada tivesse acontecido.

[…]

Austin não sabia o motivo de estar tão estranho, sentia-se ansioso, temeroso, nervoso, e muitas vezes incerto do que fazer. Talvez fosse porque estava espionando a ex-namorada, a mesma pela qual ele amou muito. E uma parte do jogador, sabia que ele não tinha superado o relacionamento anterior.

Acordou como se não tivesse pregado os olhos a noite toda, sentia-se esgotado. Sentou-se na beirada da cama e coçou a nuca, para tentar aliviar a tensão. Depois de tomar uma ducha gelada, fazer sua higiene matinal e trocar de roupa, desceu para tomar café com o irmão e a mãe.

– Bom dia, floquinho – Disse Sarah, sua mãe. Ela começou a chamá-lo de floquinho desde que ele completou cinco anos, devido a um episódio na Irlanda, onde o loiro tentava pegar com as mãos os flocos de neve para colecioná-los

– Bom dia, mãe – Respondeu sem ânimo – Devon já tá em casa? – Perguntou ao sentar-se na banqueta marrom escuro de frente para a mãe

– Não vejo seu irmão desde ontem, ele saiu com o Joe pra aquela festa na quinta avenida e ainda não voltou – Explicou enquanto lixava as compridas unhas cor-de-rosa

– Já tentou o celular dele? – Perguntou preocupado

– Não – respondeu indiferente – Seu irmão é assim, você sabe. Qualquer hora dessas ele volta

Austin não respondeu para não causar briga, porque ele sabe como a sua mãe é desleixada quanto aos filhos. Ela não se importa em dar grandes festas, ou se eles vão ficar bem em passarem um mês sem ela, muito menos se eles voltam para casa depois de grandes festas.

Apenas rolou os olhos e pegou a chave da porta e do carro. Entrou no conversível vermelho e escorou o rosto pálido no volante, a vontade de puxar o maço de cigarros do bolso da jaqueta era imensa. Podia até sentir o peso, a textura, o gosto e a sensação da droga, mas apenas balançou a cabeça para espantar tais pensamentos e disse sozinho

“Hora de sorrir, até porque fico miserável tempo suficiente em casa”

Então vestiu seu sorriso descontraído e positivo como sua máscara usual e dirigiu até a casa de Charlie.

[…]

Durante o intervalo, o loiro sentia-se nervoso sem razão. Não conseguia se focar no que estava fazendo, estava sentado na mesa redonda com Charlie e Carrie, mas não estava escutando o que as duas estavam conversando. Ao ver Mary Anne passar por eles juntamente com Kyle, seu novo namorado, o loiro ficou mais nervoso do que o esperado, gaguejou alguma coisa e levantou com rapidez

– Austin? Tá tudo bem? – Carrie perguntou curiosa

O jogador se escorou na pilastra cinza ao lado da mesa e bateu de leve a cabeça na mesma, algumas vezes. Depois retornou seu olhar para a mesa e para as meninas

– Sim, sim. – deu um falso sorriso – Só fiquei um pouco tonto, provavelmente nervoso por causa do jogo de domingo, que é depois de amanhã

– Coincidência esse seu nervosismo logo depois que a piranha passou perto da gente com o novo brinquedinho dela – Carrie nunca teve papas na língua, sempre falou tudo na cara

– E-e-e-eu – gaguejou feio, Charlie percebeu

– Na verdade, você também ficou assim ontem enquanto tirávamos as fotos dela – disse jogando o cabelo ruivo para trás, por cima do ombro. Austin sentou-se novamente na mesa – Austin. – chamou pelo namorado

Mas ele virou o olhar

– Austin! – persistiu

Ele olhava para o nada, ignorando Charlie, pois sabia o que ela iria perguntar

– Austin James Irwin! – estressou-se

Finalmente o loiro olhou para a namorada de relance

– Me olha direito – ela pediu sem delicadeza – Olha dentro do meu olho e me responde: Você ainda gosta dela? – falou sem credibilidade, como se fosse uma hipótese. Carrie manteve-se calada

– Charlie, e-e-eu – ele não sabia o que responder

– Você ainda gosta dela, não é?! – A ruiva sentiu uma pontinha de raiva. O loiro não respondeu, apenas abaixou o olhar. Charlie se levantou e sussurrou no ouvido do namorado – Você ainda não superou o término, precisa superar. – saiu de perto, caminhando para o mais longe possível, para ninguém ver o quanto isso a atingiu

Austin tomou sua cabeça em suas mãos, em sinal de cansaço. Mas Carrie ainda estava na mesa, e ela queria falar. Levantou-se e segurou com força a gola preta da camisa de Austin

– Olha aqui, duende – avisou com a voz firme – Se você pensar em magoar a Charlie, vou fazer a sua vida o inferno na Terra. Sei que você tem seus sentimentos por ela, mas nem cogite a possibilidade de fazer o que o Mike fez. Charlie não tem condições de suportar um coração quebrado novamente. Isso é um aviso, Irwin, se resolva com a piranha, porque se você iludir a Charlie, vai se ver comigo – ameaçou e saiu para procurar a amiga.

O loiro fechou os olhos e fez uma série de xingamentos, odiava a situação em que se encontrava, ainda mais porque não sabia o que faria para superar Mary Anne. Pela lógica, ele deveria ter a superado há muito tempo, uma vez que estava com Charlie Sullivan, e isso não é pouca coisa.

Depois do momento tenso, viu de relance Thomas sentar-se ao seu lado

– Comeu e não gostou, Irwin? – perguntou, cômico como sempre

– Comi e passei mal de intoxicação alimentar, tá foda hoje – respondeu ríspido, ele não é do tipo de garoto com boca suja, que xinga sempre, mas o dia merecia um xingamento

– Mulheres… - Thomas disse como se soubesse perfeitamente o que o amigo estivesse passando

– Thomas, como você faz pra superar alguém que já devia ter superado? Digo, estou com a Charlie e não reclamo disso, mas ainda tenho assuntos não resolvidos com “você-sabe-quem” – perguntou virando-se para o amigo

– Olha, o jeito é se esclarecer com a pessoa – respondeu ainda confuso, essa não era a área de Thomas, ele nunca foi bom com relacionamentos – Mas aqui entre nós, acho sacanagem do Kyle fazer isso, vocês eram amigos no ano passado, e não é a primeira vez né, lembra da Vanessa? – perguntou, relembrando o amigo de uma antiga namorada, Vanessa, que o Kyle pegou após Austin terminar com ela

O sangue do loiro ferveu. Ele tem problemas em controlar a raiva, e quando deu por si, já estava de pé com a bandeja que continha o resto de seu almoço. Caminhou decidido para a mesa que Kyle e Mary Anne estavam. Todos os olhares do pátio pousavam no jogador. Ao chegar ao lado da mesa, ele jogou a bandeja na frente de Kyle, Mary olhou para o ex-namorado confusa

– Aqui o resto do meu almoço, se você quiser ter também, já que você insiste em ter meus restos. – O loiro foi rude, mal-educado e possivelmente um idiota, mas ele se sentiu bem

– O que é isso, Austin?! – Mary Anne perguntou confusa

– Superando o passado – respondeu seco e caminhou de volta para conversar com Thomas.


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Notas finais do capítulo

E aí?! A fadinha dos comentários vai fazer sua mágica em vocês?! Comentários, recomendações?!
Té mais
XX da Effy