The Deal escrita por Effy


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi Terráqueos!
Ok, vamos por partes,
1 - Obrigada pelos comentários! Irei respondê-los assim que postar esse capítulo.
2 - Comentem muito neste que posto o Capítulo 14, que será POV do Austin, mais rápido
3- Preparem-se para o próximo capítulo, pois além de ser narrado pelo lindão do Austin, será mega triste/importante/revolucionário, enfoque no triste.
4 - Espero que gostem desse.
P.S.: Chorei rios após terminar de escrever e reler para corrigir os erros.
Até lá embaixo!



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Pior que ser ameaçada por Mike, foi ter de olhar para Austin quando chegou ao campo. A feição de Charlotte, que há cinco minutos era de perfeita calmaria, agora era de um desespero imenso. Por mais que ela não conseguisse se ver longe do irlandês, não podia deixar que Mike o destruísse pelo seu ponto fraco. A fotógrafa sabia que o jogador jamais se recuperaria se todos soubessem da real vida que ele leva: sua mãe mais do que ausente, o irmão afundado no fundo do poço. Charlie não podia deixar que Mike machucasse Austin. Mesmo que para isso ela tivesse de se separar da pessoa que mais fez bem a ela nos últimos seis meses.

“Charlie?” O loiro perguntou quando percebeu que a namorada só estava presente em corpo, pois a mente estava mais longe do que nunca “Está tudo bem?”

“Sim, sim” Mentiu do melhor jeito que pode, piscou algumas vezes para tirar a ideia de chorar longe de sua mente “Só passei pra te avisar que não precisa me deixar em casa, pedi minha mãe que me buscasse mais cedo, estou com um pouco de dor de cabeça” Disse apressadamente, mesmo sendo mentira.

“Ok então” disse sorridente como sempre. “Nos vemos mais tarde, certo?”

“Claro, vou tomar uma aspirina e dormir, quando acordar te ligo” o pensamento de que teria de terminar com ele, mesmo que forçado, torceu o estômago da ruiva.

“Combinado” Inclinou-se para selar os lábios da namorada e em seguida voltou correndo para o campo.

[...]

No trajeto para casa, a ruiva esquivou-se de todos os assuntos que a mãe tentou puxar, carregou a conversa com ocasionais “uhum” e “ok”, não tinha o perfeito humor para conversas agradáveis. Ainda mais agora que estava prestes a ter a pior conversa da história: terminar com Austin.

Ao chegar a seu quarto, fechou todas as cortinas e qualquer tipo de coisa que pudesse fornecê-la luz, seu humor estava tão escuro quanto o fundo do oceano. Jogou-se na cama na esperança que a mesma a absorvesse para outra dimensão, o que não aconteceu. Observou tudo ao seu redor, as paredes que possuíam fotos aleatórias da ponte, por do sol, algumas de Austin, pessoas na escola e uma dela mesma dançando balé, percorreu os olhos para o armário aberto, onde pode ver um casaco do loiro que está com ela desde o dia em que eles propuseram o acordo. Olhou para ela mesma que ainda vestia a camisa cinza escuro do namorado, antes que pudesse perceber, já tinha retirado a camisa e seu rosto agora estava coberto por lágrimas.

Por que logo agora? Ela se perguntou diversas vezes, logo agora que eles estavam se entendendo tão bem. Logo agora que ela era dona da total atenção do jogador, agora que a fotógrafa aprendeu a desenvolver emoções por ele, agora que o acordo não importava. Em meio aos soluços, lembrou-se do envelope que o namorado lhe dera na praia, antes de seu mundo ser posto de cabeça para baixo. Correu para alcançar a bolsa preta e retirar o envelope de dentro da mesma. Não se importou com o fato de que usava apenas lingerie preta, ou que sua face estava uma mistura de lágrimas e rímel borrado. Abriu o envelope e retirou o papel dobrado em quatro para abri-lo.

Era uma carta. Austin não é o tipo de cara que escreve cartas, mas ele sabe que Charlie acha incrivelmente romântico.

Charlotte,

Tenho ciência de o que eu discorrerei nesta carta vai além dos limites do nosso acordo, por isso, adiantadamente, peço desculpas.

Não foi minha intenção desenvolver o que sinto por você, muito pelo o contrário, te via como minha melhor amiga, a quem recorria quando tinha problemas. Mas como você mesma sempre me disse, “Temos controle de tudo, menos do o que sentimos.” Agora eu entendo como isso é verídico.

Também não estou esperando que você vá me corresponder, sei que não vai. Mas preciso, desesperadamente, te falar. Também peço desculpas pela falta de coragem por não dizer isto pessoalmente, é que você me deixa sem jeito

Lembra no dia em meu carro que eu recitei a poesia? Naquela noite eu não consegui dormir. Não conseguia fazer nada, passei a noite em claro revivendo tudo o que passamos, lembrando-me dos momentos, analisando cada foto nossa que eu possuo.

Sei que você tem medo de se jogar no momento por conta de Mike, sei que você acha que não é boa o suficiente pra ninguém, mas meu amor eu te prometo, você é muito mais do que o suficiente. Nunca deixe que ninguém te convença do contrário.

“Como poderia eu saber que era amor?
foi como se eu tivesse
caído no sono
dentro da alma dela
e acordei
numa sequencia de sonhos
ao invés de apenas para a
vida” – Christopher Poindexter

Charlie não tem jeito mais fácil de dizer.

Eu te amo,

Austin.


Depois de ler e reler tudo o que Austin tinha escrito a ruiva nem tinha mais água suficiente em seu corpo para chorar. Os soluços eram altos e machucavam sua alma, as lágrimas caíam de seus olhos como a água cai de uma cachoeira, todo seu corpo tremia e ela não possuía mais força nas mãos para segurar a carta.

Como se fosse um alerta para terminar de amedrontá-la, seu celular apita avisando que uma nova mensagem de texto acabara de chegar. Ao desbloquear o celular, cujo o plano de fundo era a foto do loiro, ela leu a mensagem de Mike: Você têm até hoje para chutar o duende, ou amanhã de manhã o segredinho dele será primeira página no jornal.

O que mais a ruiva poderia fazer se não chorar? E desabar em lágrimas foi o que fez por vinte minutos, até levantar-se da cama para colocar outra roupa. Vestiu-se toda de preto, da cor de sua alma no momento, pegou tudo que pertencia ao jogador e que estava com ela, o casaco, a blusa cinza escuro desta manhã, todas as fotos da parede, uma camisa do primeiro jogo que ele ganhou quando começaram a "namorar", dois livros de poesia que ele deu a ela, vários desenhos que o mesmo fez e colou ao armário da ruiva, um CD do The 1975 que Austin esquecera lá, e uma caneca com os dizeres "MELHOR NAMORADA DO UNIVERSO". Charlie reuniu tudo e colocou em uma caixa, a única coisa que a ruiva permitiu-se guardar foi a carta, e isso ninguém tiraria dela, nem mesmo Mike. Com a caixa em mãos e o coração mais uma vez partido, desceu as escadas e entrou no carro.

Mandou mensagem para o loiro avisando que passaria em sua casa para conversarem, e com todo o peso no coração e as lágrimas beirando ao desmoronamento, observou a aliança que usava desde o dia em que começaram a namorar e não pode deixar de pensar o que teria acontecido se ela tivesse conhecido Austin antes de Mike. Charlotte ligou o carro e partiu em direção ao momento mais doloroso de sua vida.


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Notas finais do capítulo

Então meninos e meninas, por hoje é isso, espero que o desejo de me matar tenha diminuído e aguenta coração porque o Cap. 14 abalará suas estruturas!
xx, até nos comentários.



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