Paulina e Carlos Daniel - Perdoa-me escrita por Dai


Capítulo 36
-Você está... me deixando?


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente! MEU DEUS DO CÉU, QUANTO TEMPO QUE NÃO BOTO MEUS DEDOS AQUI! kkkkkkkkkkk ~~recomeçando...
Oi pessoas lindas, td bem?
Depois de ... hm;;; alguns meses sem postagem, voltei com um cap pra vcs (não ficou como eu esperava, mas creio que vcs vão entender-me bem kkk)
Bem, pra quem não lembra, no último cap foi a ligação do CD pra Manu...
Quero deixar aqui, um super beijo pra dona Letícia, (leeh) que só faltou arrancar meu útero com as mãos por causa dessa fic (kkkkkkkkkkk pqp, peguei pesado) e agradecer a todas, todas que imploraram por ela. A FIC NÃO VAI MORRER!
BEIJOS, e.. Desfrutem bem!



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Assim que Paulina e Manuela chegaram com as crianças no teatro, os pequenos correram para o fundo do lugar a procura dos camarins enquanto as mães e familiares se acomodavam no grande espaço. Paulina, já com o ventre bastante saliente, sentou-se a frente ao lado de Manuela. E entre alguns risos e conversas as mamães corujas acomodaram-se.

Carlos Daniel não demorou a chegar ao teatro, que rapidamente começou a ficar lotado. Em meio a tantos corpos, o coração dele falhou uma batida quando se encontrou com a mulher mais linda da noite; a única capaz de provocar aquela maravilhosa sensação sobre ele. Ele deu alguns passos, sentindo a respiração acelerada ecoando em sua mente, e em menos de meio segundo seu mundo caiu. Aquele loiro, conhecido por ser o noivo de Paulina aproximou-se de onde ela estava. Paulina sorriu para ele, levantando-se já com um pouco de dificuldade, e rapidamente envolveu seus braços no pescoço dele, puxando-o para um forte abraço. Juan mergulhou o rosto no pescoço descoberto de Paulina, respirando profundamente ali, e Carlos Daniel sentiu uma faca atravessar seu peito com a confiança que ela depositara nele. Manuela ao lado de Paulina mantinha-se com um pequeno sorriso, mas ela sabendo o que se passava, deixou que seus olhos corressem pelo lugar, e rapidamente se encontraram com Carlos Daniel. Ela esticou um pouco a mão, e cuidadosamente –para que a amiga não visse- fez um sinal pedindo calma a ele. Carlos Daniel engoliu em seco e mirando Manuela acenou em concordância.

Paulina soltou-se de Juan, entregando sua mão a ele. Carlos Daniel cerrou os dentes completamente enciumado quando viu os dedos do casal se enlaçarem. Paulina sorriu para Juan enquanto eles conversavam algo, e carinhosamente ele depositou sua mão sobre o ventre dela.

Imediatamente a raiva começou a percorrer a mente de Carlos Daniel, e quando seus punhos se fecharam, com seus passos indo em direção a Paulina, o som de aplausos rompeu no salão e ele acabou por esfriar a mente.

“Não posso colocar tudo a perder. Não agora.”

Carlos Daniel acomodou-se em um dos lugares mais afastados do salão, mas que pudesse manter o contato visual de sua amada.

Algumas crianças saíram de trás das cortinas, vestidas de frutas e animais, e rapidamente posicionaram-se no palco iniciando a peça. Os olhos de Carlos Daniel apenas concentraram-se poucos minutos na apresentação, mirando o quão grandes e espertos seus filhos estavam. Já Paulina, -que ele observava minuciosamente- estava agora encostada ao ombro do noivo, mirando o espetáculo.

Uma enxurrada de palmas com gritos e soluços das mães encerrou a maravilhosa peça, e em pouco tempo as pessoas começaram a se dispersar. Carlos Daniel fixou seu olhar a Paulina, cuidando para não perde-la em meio a multidão. As crianças saíram do palco e em segundos Paulinha e Gabriel estavam agarrados ao corpo de Paulina, que secava as lágrimas com um lenço de Papel. Ela sorriu para eles, que esquivaram-se de Juan quando ele lhes foi cumprimentar. Paulina repreendeu-os de maneira firme, e as crianças imediatamente encolheram-se a advertência da mãe. Carlos Daniel, que mirava de longe, sorriu vitorioso ao ver a atitude dos filhos com o noivo da mãe.

Assim que o salão ficou mais vazio, Paulina depositou um pequeno beijo em cada um dos filhos, e abaixando-se para mira-los nos olhos, falou algumas palavras. As crianças sorriram contentes, e logo saíram de mãos dadas com Manuela e Luiza para fora do salão. Ali mesmo, Juan abraçou sua noiva, e com carinho segurou o rosto dela em sua mão, acariciando com o polegar os lábios dela. O salão estava quase vazio, e em meio a tantas pessoas, o olhar de Carlos Daniel não se desviava de Paulina. Juan a puxou um pouco mais para perto, e o ventre dela tocou o corpo dele. Juan sorriu para ela, e fazendo a raiva de Carlos Daniel triplicar, ele a beijou minuciosamente. Paulina apoiou-se a ele, e deixou ser beijada de forma rápida mas carinhosa. Eles sorriram um para o outro em um carinho silencioso, e assim que Paulina virou-se para dirigir-se a saída, seus olhos bateram com quem não devia.

O Olhar daqueles dois corpos quem mesmo afastados se amavam, se encontraram de uma forma como tantas vezes aconteceu. A cor dos lábios de Paulina desapareceu e o mundo pareceu silenciar em meio daquela cápsula que apenas uma mirada era capaz de formar. Com os olhares conectados, Juan acabou por perceber a mudança na face de Paulina, e imediatamente viu para onde ela morava. Seu braço que agora envolvia Paulina a firmou, e ela quando o sentiu firmar seus dedos sobre a pele coberta, desviou o olhar de seu eterno amor.

–Vamos sair daqui. –disse ela em um murmúrio, virando-se e dando a mão para Juan.

A Passos largos, Juan virou-se e acompanhou Paulina até o Andar superior, onde dava acesso ao grande estacionamento.

Carlos Daniel no mesmo instante seguiu o casal apressadamente. Por alguma razão negativa algumas pessoas estavam aglomeradas na saída do salão, o que fez Carlos Daniel se distanciar ainda mais deles. Paulina agarrou-se ao braço de Juan, saindo as pressas rumo ao estacionamento, e quando chegou frente ao carro do noivo, aquela voz tão conhecida, chamou pelo seu nome, fazendo-a temblar.

–Paulina!

As pernas de nossa adorada usurpadora travaram frente a porta do carro, então Juan parou frente a ela, vendo-a com os lábios pálidos, e os olhos marejados. Aquela pergunta feita em silêncio, fez os olhos de Juan se erguerem, mirando Carlos Daniel a apenas alguns passos de Paulina.

–Saia de perto dela! –disse Carlos Daniel com os dentes cerrados, encarando Juan.

–Hey Bracho, acalme os nervinhos. Está falando da minha noiva. –retrucou Juan passando a frente de Paulina, ficando costas com costas com ela.

–Hey Você. Deixe-a. –falou ele encarando Juan.

–Deixe-nos em paz Carlos Daniel. –pronunciou-se Paulina ainda de costas, escondendo sua mirada de Carlos Daniel.

–Paulina... –murmurou com um nó na garganta.

–Vá. Deixe-me em paz. Não quero mais ver-te. Deixe-nos em paz.

Ela, sem mira-lo, abriu a porta do carona e entrando no carro, chamou pelo noivo.

–Vamos Juan.

–Lina? –disse ele virando-se para ela. Paulina secou uma lágrima teimosa, e então o mirou nos olhos, tentando não mirar o homem atrás de seu noivo.

–Vamos Juan, leve-me para casa.

Juan fechou a porta de Paulina, e então virou-se para Carlos Daniel.

–Deixe minha noiva em paz. Ela está gravida e precisa de descanso. –pronunciou ele educadamente, mirando-o nos olhos.

–Eu, melhor do que ninguém sei a gravidez de Paulina. E não, não a deixarei em paz por que a amo.

Aquelas palavras jogadas ao homem que agora a fazia como sua, afetaram Carlos Daniel mais que o necessário. Ele ficou ali, congelado naquele estacionamento, enquanto Juan embarcava no carro e saia dali, levando a mulher que ele amava consigo. Paulina, pelo vidro escuro do carro, ficou mirando aquele cara que ela tanto amava marejar os olhos.

Carlos Daniel saiu da li, indo vagar pela cidade, sem rumo algum... Já Paulina e Juan, seguiram para a casa de Paulina, sem trocar palavra alguma o caminho inteiro. Assim que chegaram lá, Paulina desceu do carro, e rapidamente Juan estava ao seu lado, envolvendo-a em um abraço. O rosto de Paulina afundou-se ao peito dele, chorando desesperada por algo que ele nem culpa tinha. Eles ficaram ali, um abraçado ao outro, até que Paulina se acalmasse e deixa-se o choro morrer.

–Tudo bem? –perguntou ele acariciando o rosto de Paulina.

–Sim, só...

–Escute Paulina, -disse ele interrompendo-a. –Sabe o quanto te quero, e o quanto amo essa criança que carregas no ventre. Só que... Não acho certo o que estas fazendo. Mesmo com tudo, ele merece saber que é o pai desse bebê.

–Juan, não... ele não merece. –disse ela entre um soluço.

–Merece sim. Paulina, te quero como louco, e te desejo de uma forma sublime, mas... não podemos continuar assim...

Paulina afastou-se dele, com os olhos marejados, mirando-o pálida.

–Você está... me deixando?

–Não! –sussurrou ele rapidamente, puxando-a para seus braços. –Não minha querida, não.

–Então, o que queres? –questionou Paulina com a voz falha.

–Você ama ele... enxergue.

Paulina afastou seu rosto do peito de Juan, mirando-o nos olhos, e então, percebeu que sim, ele tinha razão sobre tudo.

–Mas...

–Escute... tente. Tente. Se achar que não, que não dará certo, estarei aqui te esperando. Acredite Paulina, te quero, te amo. Mas quero você por inteira, e não pela metade.

–Eu sei Juan, e... também te amo, só que... –ela esquivou seu olhar, mirando o chão.

–Não ama o suficiente para dormir comigo.

–Não, não é isso... –murmurou ela com o rosto corado.

–Acredite Paulina, te amo de uma forma sublime. Mas prefiro te amar distante, vendo-te feliz, do que amar-te ao meu lado, sabendo que não eres minha.

–Juan...

–Vá Paulina... vá, tome um banho... descanse. Você tem que conversar com seu ex marido.

Um soluço saiu da garganta dela, e rapidamente seus braços voaram no entorno dele, abraçando-o de maneira forte, protetora, carente.

–Obrigada... obrigada por me entender. –sussurrou ela quase em um murmúrio.

–Te entendo por que te amo, e quero ver-te feliz. –Disse ele se afastando. –Agora vá.

–Obrigada... obrigada... por tudo. –Falou ela caminhando até o elevador.

Juan saiu dali, deixando a mulher que amava, pensando em um futuro talvez ao lado dela. O que não poderia, era continuar assim, tendo-a apenas pela metade, tendo-a apenas como sua companheira, como uma colega de vida. Mas isso não bastava. Ele saiu de lá com o coração partido, o orgulho guardado, mas o sentimento de que tinha feito o certo inundava seu coração.


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Notas finais do capítulo

E ai? Juan mostrou o homem que verdadeiramente é! Ganhou meu respeito (dedinhos cruzados! kk) e ai, mereço comentários por esse cap? creio que sim!
Hey, prox cad quase pronto.. eh só editar... colaborem, e eu farei o mesmo! jajajajjaja muahahahaha beijo e me sigam no instagram (@daiandrac) e no twitter (@DaiandraC) beijo povooo gostoooso!