–Alô? –Disse Ele do outro lado da chamada.

–Carlos Daniel? –perguntou ela sabendo que era ele.

–Sim, com quem falo?

–Boa tarde, sou Manuela, amiga de Paulina.

–Está tudo bem com ela? –Perguntou assustando-se rapidamente.

Manuela riu. –Está sim. Bem, Não sei se sabes, mas eu e Lizete somos bastante amigas e eu sei de seus planos de voltar com Paulina.

–Hum, fico feliz que saiba. –Suspirou.

–Bem, -respirou profundamente. –Olha, vou ser sincera: Juro por Deus que se fizer algo a Paulina, qualquer coisa que a faça sofrer, eu arranco todos os pelos de seu corpo com cera quente!

–Hey! Calma! -Gargalhou ele. –Não a farei sofrer. –Falou serio. –Quero mostrar a ela que o que sinto e verdade, e quero redimir-me por todo o mal que a fiz.

Manu suspirou. –Eu sei, e por isso quero ajudar-te. Não gosto de ver Paulina sentindo sua falta, muito menos chorando.

–Ela sente minha falta? Chora por mim? –Perguntou surpreso e esperançoso.

Manu outra vez suspirou. –Ela vai me matar. Mas, -Respirou profundamente. –Venha pra cá. Agora. Vamos Sair hoje a noite, nós três. E ai, depois, vocês podem sair... E conversar. –Colocou a mão na boca tentando não rir por imaginar o fim que aquela noite poderia ter.

–Ok, estou indo para ai. –Sorriu bobamente. –E Obrigado Manuela.

–Faça por merecer. Até logo. –Desligou a chamada.

–Yes! –Gritou saltitando até o andar de cima.

–O que é isso Manuela!? –Riu Paulina.

–Já temos companhia pra hoje a noite. –Riu maliciosamente.

–Quem? –arqueou uma sobrancelha.

–Só o que posso dizer é que ele é lindo e oh meu Deus, Muito atraente. Qualquer mulher ficaria caidinha por ele, até você. –Gargalhou.

–Aff. –Revirou os olhos. –Tudo bem.

–Lina, tem alguma roupa para emprestar-me? –perguntou movimentando os dedos.

–Manuela, você conhece meu guarda-roupas melhor que eu! –Gargalhou. –Divirta-se! –Apontou para o closet.

–Obrigada! –Manu saltitou até lá.

–Só não use minhas calcinhas especiais! Foi uma pessoa muito chata que me deu! –Debochou as gargalhadas.

–A minha já esta ótima! E hoje é só você que tem que brilhar! –Berrou.

–Aff! Quer que eu te espere aqui? –Perguntou.

–Sim, sim. Não saia daí por nada nesse mundo!

Paulina sentou-se na beira da cama olhando para a foto no imenso quadro. Sua mente era um milhão de Pensamentos. Pensou mais uma vez no sorriso de Carlos Daniel admirando o quarto dela, pensou na noite com ele, na sua partida... pensou em Juan e no seu pedido.

–E ai, como estou? –Perguntou Manu saindo do Closet.

–Divina! –Disse Paulina batendo palmas.

–Não exagere. –Manu usava uma Sandália Azul petróleo, uma calça Jeans escura e Uma blusa Branca de um ombro só com uma estampa com lantejoulas na cor da sandália. –Obrigada. E deixe-me te explorar mais um pouco, posso retocar o Make?

–Não pergunte! Já disse, Use o que quiser! –Riu Paulina, -Menos minhas calcinhas poderosas. –Gargalhou.

–Ok, ok. –Riu também. –Manu passou apenas uma sombra escura e retocou o delineador. Colocou na boca um simples brilho labial incolor brilhante.

Nesse momento quando Manu desenhava os lábios com o brilho, o som da campainha ecoou pela casa.

–Eu atendo! –Gritou Manuela quando viu que Paulina saia do quarto. –Espere-me aqui, vai que é o seu ex? –Revirou os olhos.

–Tudo bem, -Baixou o olhar.

Manu desceu as escadas em um flash. Quando abriu a porta, encontrou um belo homem de roupa social. Seu cabelo estava um pouco alto, mas mesmo assim ele era mais lindo que nas fotografias. –Realmente ele é lindo. –Pensou.

–Tia! –Gritou as crianças, abraçando-a

–Manuela? –Perguntou Carlos Daniel.

–Oh, sim. Perdoe-me. Prazer. –Estendeu a mão a ele.

–Prazer é todo meu, Carlos Daniel Bracho.-Cumprimentou-a.

–Tudo bem Crianças? –perguntou Manu.

–Tudo Tia, onde está a Luiza? –Perguntou Paulinha.

–Está em casa, e arrumem suas coisas que vocês dormiram lá comigo e ela hoje a noite.

–Oba! –gritaram subindo as escadas.

–Entre. –Disse Manu estendendo a mão em direção ao interior da casa Dando Passagem a ele.

–Obrigado. –Carlos Daniel caminhou até a sala e outra vez observava tudo. –Essa Casa realmente tem a cara de Paulina. –Murmurou.

–Tem, e muito. –Disse Manuela ao lado dele.

–Obrigado por tudo que estás fazendo. –Falou receoso, mas agradecido.

–Como eu disse, faça por merecer. –O Olhou séria. -E bem, Paulina está no seu quarto, por que não a busca para irmos? –descontraiu.

–Ela vai querer esfaquear-me. –Riu.

–Bem, com tudo o que já fizeste, ela faria isso se não o amasse. Então vá lá e leve sua garota para sair. –Descontraiu.

Com um sorriso bobo, Carlos Daniel subiu as escadas e foi direto ao quarto de Paulina. Quando chegou a porta, a viu sentada na beira da cama, outra vez olhando a foto.

–Como eu disse, é uma fotografia linda.

–O que fazes aqui? – Assustou-se levantando-se rapidamente.

–E por falar em Linda, você está Divina, Maravilhosa... Como sempre. –Sorriu Caminhando até ela.

–O-obrigada... –Murmurou. –Mas o que fazes aqui? –Perguntou baixando o olhar.

–Vim Buscá-la para sairmos. Manuela chamou-me. –Falou baixinho.

–MANUELA! –Berrou Paulina caminhando em passos largos até a porta.

–Hey, espere. –Disse pegando-a pelo braço e a puxando, fazendo seus corpos se chocarem. –Deixe-me te admirar um pouco. –Sussurrou olhando-a nos olhos.

Paulina sentiu seu corpo temblar e todo seu corpo pedir por ele. Suas mãos começaram a suar e seus olhares permaneciam colados. Carlos Daniel arrastou o braço para a cintura dela e a envolveu. O Olhar de Carlos Daniel desviou do dela, mirando os lábios perfeitos que tinha a centímetros do seus. A outra mão dele deslizou pelo braço dela e tocou sua nuca, logo deslizou mais a frente e o polegar dele dedicou-se a moldar cada curva do rosto dela. Sua boca direcionou-se até ela. Paulina podia sentir a respiração quente dele tocar seus lábios. Estava embriagando-a em desejos.

–Chamou-me? –Perguntou Manu com os braços cruzados parada a porta.

–Chamei. –Murmurou Paulina soltando-se rapidamente dos braços dele afastando-se. De cabeça baixa, pediu. –Poderia nos dar Licença Carlos Daniel? –Falou pedindo a Deus que sua voz não temblasse como todo o restante de seu corpo estava.

–Ok, espero vocês na sala.

–As Crianças já estão lá. –Sorriu Manuela para ele.

Carlos Daniel sorriu para ela e caminhou até a saída do quarto, e antes de sair e fechar a porta, lançou um último olhar para Paulina, que logo o desviou.

–Você enlouqueceu! –Disse Paulina cerrando os dentes, furiosa.

–Olha, bem, eu acho que sim. –Debochou sentando-se a cama. –Eu creio que essa loucura é contagiosa e que começa a afetar-te, mas, tudo bem. –ironizou.

–Eu juro que ainda te estrangulo. –Bufou.

–Bem, o Carlos Daniel disse que você o esfaquearia se ele subisse aqui, e os vi quase aos beijos. Então... você não me assusta. –Riu arqueando uma sobrancelha.

–Arg! Você tinha que chama-lo para sair? –Perguntou colocando as mãos na cintura.

–Não, mas pensei um pouco... achei que você não gostaria vê-lo por ai, sozinho em Miami andando em um Sábado a noite. –Teve de engolir o riso, mordendo o lábio.

–Arg! Eu ainda te mato! –Começou a andar de um lado para o outro. –Vamos antes que eu te enforque com o laço do meu roupão cor-de-rosa!

Manuela riu e saiu atrás de Paulina que já descia as escadas feito um furacão.

–Droga, esqueci minha bolsa! –Disse Paulina chegando ao pé da escada. Ela subiu as escadas com a cara completamente fechada. Quando entrou no quarto, pegou a bolsa sobre a cama e tentou achar um plano para tudo aquilo. Sua mente rondava em milhões de coisas, exceto o que precisava pensar.

–Vamos Lá Paulina, você é forte, é só algumas horinhas próxima a ele. Fale com ele apenas o necessário... e tudo vai ficar bem –pensou.