Radioactive escrita por Maria Júlia


Capítulo 7
Capítulo 7 - Uma garota nova.


Notas iniciais do capítulo

Gabi, obrigada pela recomendação, eu adorei a suas palavras. Neste capítulo vai haver uma garota nova, ela é melhor amiga de um garoto do nono ano que também irá aparecer na história. Vai ser melhor amiga de Valéria e também ajudará no namoro dela com o Paulo.. Em fim, comentem e boa leitura, amo vocês.



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POV Valéria

Duas semanas se passaram depois do tiro que eu tomei, eu já tinha retirado os pontos e finalmente poderia ir pra escola, nessas semanas eu e Paulo estávamos ficando enquanto todo mundo dormia, Marcelina uma vez nos pegou na cozinha mais depois saiu andando como se nada tivesse acontecido. Foi ótimo ter ficado em casa esses dias, mais sei lá, eu sentia falta dos meus amigos e das aulas de educação física. Levantei da cama e Marcelina já estava se arrumando, ri e fui ao banheiro, fiz minhas higienes e depois tomei um banho frio. Enrolei na toalha e entrei no quarto novamente, obvio que eu quase caí pra trás quando vi Paulo sentado na cama de Marcelina me encarando com um sorriso sapeca.

– Eu preciso me trocar. - disse.

– Pode trocar, eu não estou te impedindo. - piscou pra mim, revirei os olhos e o empurrei até o corredor, tranquei a porta e encarei sua irmã que estava rindo.

Ignorei e fui procurar alguma roupa na mala, eu ia vestir calça jeans mais a praga da Marcelina ficou dizendo pra mim colocar um short por que estava calor e que eu devia mostrar as minhas coxas para todo mundo da escola. Tudo bem, eu quase nunca ia de short, não custa nada ir umas vezes no colégio.. peguei um short jeans, roupas íntimas e uma blusa azul escuro de alça com renda na gola, me encarei no espelho ao me vestir e sorri sem graça, calcei uma sapatilha - eu odeio - e deixei meus cabelos soltos, chequei se meu material estava certo e coloquei a mochila nas costas e em seguida fomos para a cozinha aonde estavam Lilian, Roberto, Jorge e Paulo. Daniel tinha dormido na casa da Julie, por isso não estava ali, por mais que ele esteja muito estranho esses dias.

– Papai do céu, que saúde. - os dois disseram.

– Tomem café de pressa, se não vocês vão ficar atrasados. - Roberto falou. Nós quatro quase não comemos, principalmente eu pois estava morrendo de ansiedade, eu queria ir pra escola o mais rápido possível, não pra estudar, mais sim pra rever meus amigos que quase não vieram me visitar aqui. - Vocês vão apé ou vão querer carona?

– Nós vamos apé tio, não tem problema. - Jorge disse e nós concordamos. No meio do caminho ele e Marcelina ficaram encarando eu e Paulo. - Eu não entendo, a Marcelina mesmo já me contou que pegou vocês dois no flagra se beijando na cozinha esses dias e por que não assumem que estão namorando?

– Não estamos namorando. - respondi. - Estamos apenas ficando.

– É quase a mesma coisa, porém eu nunca vi uma pessoa ficar com a outra durante tanto tempo. Isso aí "tá" mais pra namoro. - Marcelina disse, dei de ombros e entramos na escola, ai como era bom estar ali novamente. Logo que meus amigos me avistaram vieram correndo até mim, sorri e senti vários abraços e beijos na bochecha, era tão bom estar com eles novamente, estar naquele local, não para estudar e sim para ficar zoando sabe. - Eu vou deixar vocês sozinhos, vamos Jorge.

– Eu senti a sua falta. - Maria Joaquina me abraçou forte. - Dá próxima vez eu tomo o tiro no seu lugar, prometo.

– CALADA MARIA JOAQUINA MEDSEN! - gritei e ela me olhou assustada. - Ninguém vai tomar tiro mais, ok?

– Pessoal, quem é aquela? - Paulo perguntou apontando para a entrada, uma garota baixa e de cabelos compridos entrava na escola. Ela trajava um short jeans e uma blusa com a bandeira dos estados unidos, e em seus pés estava um tênis branco, por fim seus cabelos estavam soltos. - Que saúde a dela em!

– É claro.. - respondi, eu não estava com ciumes, não mesmo.

– Ei, eu já tenho dona. - disse e obvio que eu me fingi de desentendida perguntando quem era, ele se aproximou de mim e colou seus lábios nos meus, minhas mãos percorreram em volta de sua nuca e eu arranhei seus cabelos, ele desceu sua mão até a minha cintura e levantou um pouco a blusa apertando aquele local, os gritos de nossos amigos poderiam ser escutados da sala de diretoria eu aposto, nos separamos e encaramos a diretora vindo em nossa direção. - Você é a minha dona, ok?

– Mais que gritaria é essa? Vão para a sala de aula agora. - disse, eu pensava como ela podia ser tão burra de não perceber que eu e o Paulo estávamos nos beijando, ri e assim fomos para a sala de aula, o primeiro horário séria de português com a professora Helena. Em torno de cinco minutos ela entrou com aquela garota que nós vimos, revirei os olhos e fiquei encarando as duas.

– Primeiramente, seja bem vinda novamente a escola Valéria, fico feliz que esteja bem melhor depois daquele acontecimento do tiro. - falou e eu sorri. - Essa aqui é a nova colega de classe de vocês, pode se apresentar.

– Eu me chamo Gabrielly, mais podem me chamar de Gabi. Tenho 13 anos e vim de Belo Horizonte com meus pais e acabei reencontrando meu melhor amigo aqui em São Paulo, não quero roubar o namorado de ninguém pois eu já tenho o meu, eu quero ser amiga de todo mundo se possível. - disse, tudo bem Valéria, você julgou a menina sem ao menos conhecer e se enganou. Helena pediu para ela se sentar na carteira da minha frente, já que Paulo estava sentado atrás de mim.

A aula de português foi legal, em seguida veio matemática e história, e depois o bendito sinal para o recreio.

– O que vocês estão fazendo? - perguntei ao ver Gabi e Marce em pé uma ao lado da outra com um sorriso no rosto. - Se for o que eu to pensando, desiste que a Marcelina é mais alta, pouco centímetros mais é. Então Gabrielly, o que o seus pais vieram fazer em São Paulo e por que seu namorado não veio junto? E qual é a sua altura?

– Ela tá com ciumes? - perguntou antes de responder as minhas perguntas, Marcelina e Maria Joaquina responderam que sim e riram, hahaha que engraçadas elas, demais isso. - Eles vieram a trabalho junto com os pais do Lucas que é meu namorado, porém ele não estuda aqui, e sim naquele colégio de gente mimada do centro. E eu tenho 1.50 já que você perguntou, sou uma anã.

– Legal.. - respondi. - Ei, alguém viu a Julie e meu irmão? Eu só vi eles na aula e depois disso não. Ele esta muito estranho ultimamente..

– Eles devem estar conversando em outro lugar. - Jaime disse.

– Pode até ser. - disse.

POV Gabrielly

Valéria estava com ciumes de mim e eu não via motivo, eu não queria roubar o namorado dela. Estávamos conversando e pelo que eu entendi, os jogos da escola séria amanhã, eu gosto de futebol mais não sou de praticar muito o esporte. Depois do recreio a aula séria de música, eu simplesmente adoro cantar, fomos para a sala que era gigante e nos sentamos naqueles banquinhos.

– Gabrielly, seja bem vinda. - sorri. - Eu vou aproveitar essa animação toda de vocês para passar um trabalho de música que é pra ser entregado na semana que vem, em dupla é claro, menina com menino. Vocês vão pegar uma música e um deles vai tocar e o outro cantar em acoustic, eu vou escolher a dupla e as músicas.

– As músicas são fácies não são? - Jaime perguntou.

– Na minha opinião, sim. - disse e ele foi falando as duplas com a música, eu fiquei com o Mário e a música era Wake Me Up.. fácil. - E por último, Paulo e Valéria com Radioactive do Imagine Dragons.

– Você tá brincando comigo? Essa música é muito difícil, e quem vai ter que cantar sou eu porque tocar o instrumento é fácil. - Valéria disse, a música realmente era difícil, mais era só ensaiar que você consegue decorar ela fácil fácil. A música mais fácil foi para a Maria Joaquina e o tal de Bruno, era Apologize do Timbaland.

Depois da aula me despedi dos meus novos amigos e do Léo que era do oitavo ano, ele é o meu melhor amigo desde que a gente era pequenininho. Porém ele teve que se mudar pra São Paulo depois de uns tempo e a gente acabou se afastando, e isso não foi nada legal, minha mãe veio me buscar e pra minha surpresa quem estava com ela era Lucas, ele era alto e tinha os cabelos castanhos com os olhos verdes, era um verdadeiro príncipe e estava com você sempre que precisasse.

– Eu jurava que sua mãe não ia deixar você ficar lá em casa hoje. - disse.

– Ela não deixou, sua mãe que falou alguma coisa com ela enquanto eu entrava escondido no carro. - que menino ousado, ri. - Então pequena, como foi seu dia na escola hoje? E antes que você me pergunte, nessa escola de gente mimada, o meu dia foi horrível, tem uns cara legal e umas meninas mais ou menos.

– Legal, que bom. - respondi.

– Elas não chegam ao seus pés, ok? - assenti.

– O meu dia foi legal, conheci gente nova e revi o meu melhor amigo. Mãe, você lembra do Léo? Ele tava lá na escola e adivinha só, logo que me viu largou a namorada pra vim me abraçar. - sorri, Lucas me olhou com raiva e bufou, ele sempre teve ciumes da minha amizade com o Léo, mais eu não queria nada, eramos apenas amigos. - Lucas Rodrigues Santos, sem ciumes.

– Ok senhora Gabrielly Marcos. - disse. - Santos.

– Idiota. - bati em seu peito e ri.


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