Radioactive escrita por Maria Júlia


Capítulo 8
Capítulo 8 - Desafio aceito.


Notas iniciais do capítulo

Bom dia pessoal, então.. eu vou viajar dia dez e não vou poder postar pra vocês. Eu só vou chegar lá pro dia 25, então é por isso que eu vou tentar postar 2 capítulos por dia. Em fim, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/448687/chapter/8

POV Valéria

Depois da aula Margarida tinha combinado comigo de ir ao shopping, ela queria me falar algo que se eu não me engano é sobre o Léo. Eles estão ficando escondidos por causa da mãe dela que a proibiu de ficar com ele, motivo? Ele é um ano mais velho e daqui alguns meses vai pro ensino médio.

– O Léo me pediu em namoro. - disse sendo rápida e curta.

– E você aceitou? - perguntei.

– Eu disse que ia pensar, por causa da minha mãe e tals. - assenti. - Ela vai vim buscar a gente no shopping hoje, e eu vou fingir que estou dormindo no carro. Daí eu queria saber se você pode convencer ela de deixar eu namorar ele.

– Tudo bem. - sorri.

– É sério?

– Claro, eu acho que vocês dois combinam. Séria um máximo você sambar na cara das inimigas que namora um garoto mais velho e sem contar que o Léo é um gatinho. - ela começou a rir. - Não fala pro Paulo que eu disse isso.

– Então vocês estão namorando? - perguntou.

– Não.. nós estamos ficando. Eu nunca pensei que ia dizer isso do Paulo, mais eu realmente estou gostando dele, sabe ele pode ter esse lado peralta ou algo parecido, mais ele tem sentimentos como qualquer garoto. - disse. - Quando eu tomei aquele tiro, eu nunca vi uma pessoa me paparicar tanto quanto ele me paparicava. Marcelina e o Daniel quase nunca tinham tempo pra cuidar de mim, era até engraçado a cara que os dois faziam.

– Quem diria em.. Paulo Guerra e Valéria Ferreira apaixonados. - zoou e continuamos a andar pelo shopping, Margarida parou em frente a uma loja de bonés e skates e a minha vontade era de entrar e pegar tudo daquela loja. - Minha mãe me emprestou o cartão de crédito dela e disse que eu posso comprar coisas a vontade, então lá vamos nós.

– Eu te amo Margarida. - entramos na loja e logo fomos atendidas. - O meu coraçãozinho não vai aguentar não.

– Valéria sendo nem um pouco dramática. - rimos. Nós saímos da loja com umas três sacolas cada uma, uma com skate e as outras duas com bonés de aba reta. Depois fomos para uma loja que recebia o nome de Spezzato Teen, a Marcelina diz que é a melhor loja do shopping. - O meu coraçãozinho não vai aguentar não.

– Depois fala de mim. - murmurei e ela riu, eu gosto de comprar roupas mais que me agrade e que seja do meu estilo. Margarida vestiu umas quinze peças de roupas e levou tudo, já eu quis apenas o básico, umas seis.. tia Lilian está terminando de decorar o quarto que eu vou ficar, o de Daniel já está pronto.

Ficamos a tarde inteira fazendo comprar e foi por volta de oito e meia da noite que a tia Fernanda veio buscar a gente. Margarida foi caindo aos poucos pro lado fingindo que estava dormindo, ótimo Valéria, agora é a hora certa de você ajudar a sua amiga.

– Tia Fê, posso te perguntar uma coisa? - ela assentiu. - Quando a senhora tinha a nossa idade, namorou quantos garotos?

– Bem.. antes de eu conhecer o pai da Margarida, eu namorei dez meninos. - eu arregalei os olhos, ela era uma verdadeira pegadora - parei - E todos eles eram um ou dois anos mais velhos que eu. Os meus pais descobriam os namoros e me proibiam de ver, ficar ou conversar com eles, mais menos assim eu namorava escondido.

– E porquê você não deixa a Marga namorar um garoto que é um ano mais velho que ela? Eu sinceramente não vejo problema nisso, os dois estudam na mesma escola que a minha e do resto do pessoal, só são de salas diferentes. Eu conheço o Léo e ele não é de forçar a barra com meninas, ele é um cara bem legal. - sorri sem graça.

– Eu não sei.. - murmurou.

– Você faria de tudo pra ver a sua filha feliz não é mesmo?

– Claro que sim. Eu só fico com medo dela acabar se iludindo ou algo parecido.

– Eu te garanto que isso não vai acontecer, eu sei que não vai.

– Tudo bem Valéria, você me convenceu. - Margarida soltou um grito de felicidade e logo sua mãe olhou para trás já que estávamos no sinal vermelho. - Eu sabia que você estava escutando a conversa, você nunca dorme ou tem sono a essa hora. Só quero que você tenha juízo entendeu?

– Sim senhora. - rimos.

Logo que eu cheguei no apartamento me joguei no sofá com as sacolas em cima de mim, eu realmente estava cansada e precisava de um banho. Peguei as coisas e fui para o quarto de Marcelina, mais daí quando eu entro, cadê minhas coisas? Não estão ali, senti alguém me puxar para o quarto que tia Lilian estava terminando de decorar pra mim e logo abri um sorriso ao ver como ele tinha ficado bonito.

O quarto era todo branquinho e havia uma frase escrita na parede "I'm just crazy, problem?". Tinha uma cama de casal e em cima da cama, na parede havia um quadro de quando eu era pequena ao lado do meu pai, eu não queria chorar, não vou chorar. Ao lado esquerdo da cama há uma penteadeira e perto da porta um guarda roupa e ao lado direito da cama havia várias prateleiras com os meus livros. Uma porta perto da janela me levava para o banheiro, porra eu tinha um banheiro no quarto.

– Eu adorei. - disse.

– Que bom que gostou querida, esse aqui é o seu novo quarto. - Lilian disse. - Eu sabia que você gosta tanto desse quadro e por isso Roberto buscou suas coisas e esse quadro na cara Rosa. A suas roupas estão no guarda roupa, eu reservei uma gaveta só para os seus boné's que eu sei que você gosta e outra para suas milhares de capinhas de celular.

– Eu simplesmente adorei, obrigada mesmo. - os abracei forte.

– E eu? Não ganho abraço não? - Paulo perguntou e eu ri, corri até o mesmo e pulei em seu colo o abraçando forte. - Agora sim tá melhor.

– Idiota. - disse e saí do seu colo, eles saíram do quarto para mim tomar banho. Peguei as roupas e as guardei nos cabides e em seguida os bonés, coloquei o skate atrás da porta e me encarei no espelho da penteadeira. Eu estava recomeçando de vida, não só eu como o meu irmão, era estranho a Rosa não vim mais encher o saco desde o dia que eu saí do hospital. Deixei minha mochila em cima da cadeira e corri para o banheiro, me despi e entrei em baixo da água morna.

Em quinze minutos terminei de tomar banho, me enrolei na toalha e fui até o guarda roupa, escolhi um short e blusa de cetim e me vesti com as roupas intimas. Prendi meus cabelos em um coque e peguei o celular que estava na mochila, fui para a cozinha aonde Paulo preparava brigadeiro.

– Eu não acredito que você esta fazendo isso. - disse.

– Você gosta?

– Eu adoro brigadeiro.

POV Paulo

Abaixei o fogo do brigadeiro e fui encostando Valéria de vagar na parede. Eu realmente estava gostando dela, foi como a Marcelina disse "quem irrita, ama". Passei minhas mãos em volta de sua cintura e apertei aquele local, ela entrelaçou seus braços em volta do meu pescoço e começou a me dar mordidinhas na orelha.

– Não provoca. - disse.

– Por que?

– Eu sei dar o troco. - pisquei e ela riu. Desci meus lábios até seu pescoço e fiquei dando chupões de leve enquanto ela ria fraco, eu sabia que isso ia ficar marca e que não teria como ela esconder amanhã. Valéria aproveitou que eu estava sem camisa e começou a arranhar minhas costas, levei meus lábios até o seus e sorri...

– MAIS QUE AGARRAÇÃO É ESSA NA MINHA COZINHA? - minha mãe gritou assustando nós dois.

– Não precisa gritar desse jeito mãe. - disse e olhei para o lado aonde meu pai, Daniel e Marcelina estavam se matando de tanto rir.

– Não tem nenhum dia que vocês param de se agarrar não? - foi a vez do meu pai de perguntar.

– Pai eles se agarram até dentro do vestiário. - Marcelina disse, isso é mentira.

– PAULO! - mamãe gritou.

– Isso é mentira! - disse.

– Eu vou fazer um desafio pra vocês, ok? - assentimos. - Se vocês conseguirem ficar até segunda feira que vem sem se agarrar, eu dou cem reais pra cada um. - olhei para Valéria e ela assentiu.

– Desafio aceito. - falamos juntos e meu pai riu.

– Eu duvido vocês conseguirem. - Daniel disse. - E belas marcas de chupões no pescoço em maninha, vocês estão encrencados. Amanhã tem aula de natação lembra? E essas marcas vão se expostas, tanto nas suas costas quanto no seu pescoço.

– Deixa pra lá. - disse e fui para a sala.

– O que vocês não fazem por dinheiro em. - minha irmã disse.

– Essa é a graça, se tem dinheiro.. tudo bem. - Valéria riu.

Eu não sei se vou aguentar, mais não custa nada tentar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso pessoal, espero que gostem. E será que ambos vão cumprir esse desafio?