Radioactive escrita por Maria Júlia


Capítulo 6
Capítulo 6 - Um tempo com os Guerra.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, eu to andando meio triste esses dias e tudo mais, porém eu to encontrando minha felicidade nos comentários, palavras, elogios e recomendações de vocês, eu nem sei como agradecer isso tudo, pois se não fosse vocês eu estaria deitada na minha cama chorando até agora. Em fim, esse capítulo tá meio clichê digamos assim e meloso, mais é só pra aproximar mais o Paulo e a Valéria, e assim os dois perceberem que se amam. Não me matem pelo capítulo e a Ariana vai sumir um pouco durante uns tempos, mais depois vai voltar arrebentando o coração do próprio primo. E JOJO MUUUUUUITO OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO, VOCÊ CONSEGUIU ALEGRAR MEU DIA HOJE, esse capítulo é dedicado a você minha irmã semideusa.



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POV Valéria

Nós voltamos para a casa por volta de cinco e meia da tarde. No meio do caminho o motorista foi forçado a parar o ônibus, não entendi aquilo, olhei para Paulo que estava do meu lado e só escutamos dois caras gritarem para todo mundo sair do ônibus. Ele estava armado, e apontava a arma em direção a Maria Joaquina e Bruno que estavam sentados juntos. Saímos correndo sem nada, o motorista que estava a minha frente começou a discutir com os dois caras, logo que um deles atirou o mesmo desviou e eu só senti uma dor enorme invadir a minha barriga.

– VALÉRIA! - era a voz de Paulo que gritava comigo, o barulho da sirene da policia era escutado e logo os dois "bandidos" digamos assim correram em disparada, minha barriga estava doendo pra caramba.. eu estava entre a vida e a morte, não que eu tenha medo da morte ou algo parecido, mais eu não queria deixar meus amigos, mais vendo por outro lado, se eu morresse, encontraria com meu pai. - Olha, nós vamos ir direto pro hospital agora ta bom? Não vamos deixar você morrer.

Eu conseguia ficar com os olhos abertos, por mais que sentisse dor. Paulo me carregou para dentro do ônibus e todo mundo entrou, o mesmo corria com velocidade pela estrada tentando achar um hospital mais próximo. Não acabei aguentando e fui fechando os olhos levemente, eu estava morrendo?

POV Paulo

Valéria tinha desmaiando, minhas mãos estavam cheias de sangue e eu me segurava para não chorar. Em torno de dez minutos nós chegamos a um hospital mais próximo dali, Daniel estava quase tendo um treco por isso ter acontecido, os enfermeiros colocaram ela em uma maca e saíram correndo a uma sala de cirurgia. Isso tinha que acontecer com ela? Por que não foi comigo, eu que sempre fui o peralta, o que apronta todas, e que vive brigando com os pais - em especial com o pai - o motorista deixou Helena, eu, Daniel e Julie no hospital depois seguiu para a escola com nossos amigos que estavam assustados, assim como eu.

– Ela vai ficar bem. - a voz suave e meiga de Julie dizia para mim e Daniel. - Valéria sempre disse que se um dia ela estivesse a beira da morte, era para nós continuarmos a ter fé que ela iria sair dessa.

Sorri, isso era verdade. Eu me apaixonei pela Valéria não só por ela ser bonita, mais pelo seu jeito mandão e forte, mais no fundo ela não era desse jeito, sofria como qualquer outra garota e tentava agradar a todos com seu jeito brincalhão. O tempo passava e passava, já eram quase dez horas da noite, Julie tinha ido embora e permanecia ali, meus pais, Daniel, eu e a bruxa da Rosa.

– Ela podia morrer como o pai dela, assim séria um a menos pra mim cuidar. - Rosa disse, minha mãe segurou Daniel que estava ao seu lado e logo soltou um suspiro, essa mulher não presta. - Solta ele, pode vim me bater, eu não ligo.

– Eu não solto e quem deveria te dar uns belos tapas nessa sua cara de sem vergonha era eu. Você nunca foi uma boa esposa e nem uma boa mãe para Daniel e Valéria, percebia isso no olhar dos dois dês uns tempos pra cá. Logo que a Valéria sair desse hospital, ela e o Daniel vão ir pra minha casa entendeu? - minha mãe disse nervosa, soltei um sorriso ao escutar a parte do "vão vim pra minha casa", Rosa ficou calada depois disso e saiu andando de um lado para o outro.

– Vocês que estão com a paciente Valéria Ferreira? - um dos médicos perguntou, assentimos. - Nós conseguimos remover a bala com facilidade, ela está dormindo no quarto e amanhã de manhã vocês podem vê-la. E também amanhã mesmo ela será liberada, porém vai ter que ficar de repouso total.. é uma garota bem forte.

Minha mãe levou Daniel embora pra casa junto com Rosa. Em seguida fomos para a minha casa, adentrei no meu quarto e tirei a camisa ficando somente de bermuda e meia, me joguei na cama e tentei dormir. No dia seguinte eu faltei da aula, já Marcelina queria faltar porém mamãe não deixou, levantei da cama e entrei no banheiro, por mais que estivesse fazendo frio eu iria tomar banho na água gelada.

Assim que terminei me sequei com a toalha e a enrolei da cintura pra baixo, vesti a cueca e fiquei procurando uma roupa qualquer. Vesti uma blusa de caveira e uma calça, calcei meu tênis da vans e peguei o celular de baixo do travesseiro. Meu pai estava de folga do trabalho e assim iria me levar pro hospital, ele estava alegre o que era bem estranho. Antes de irmos direto pro hospital, passamos na casa de Daniel que ainda estava dormindo, Ariana entregou uma mochila pra mim que se eu não me engano tinha as roupas de Valéria e etc.

– Paulo. - me chamou antes de sair do carro, me virei pro mesmo e encarei-o. - Eu torço pro namoro de vocês, eu vou ficar te esperando aqui. Fica com Deus meu filho.

– Obrigado pai. - respondi e entrei no hospital, a moça me deu um crachá e em seguida me disse o número do quarto em que a Val estava. Entrei e a mesma estava assistindo Big Time Rush na televisão e comendo um pacote de fandangos. - Oi.. então como você tá? Eu passei na sua casa pra buscar o Daniel mais ele ainda tava dormindo, eu peguei suas coisas.. o médico disse que você já pode ir embora pra casa hoje.

– Eu to bem. Obrigada Paulo. - sorriu. - Eu não queria ir pra casa daquele monstro sabe, a Ariana vai ficar livre dela porque seus pais vão vim busca-la mais cedo.

– Minha mãe disse que você e o Daniel vão ficar morando com a gente durante um bom tempo, ela e a Rosa tiveram uma pequena treta aqui ontem. - disse e a mesma riu com as minhas palavras. Valéria se levantou com dificuldade e foi tomar banho, me sentei na sua cama e fiquei assistindo BTR enquanto ela não saía do banheiro.

– PAULO, ME DÁ A TOALHA POR FAVOR? - gritou, ri e peguei a toalha em cima do sofá, abri a porta e fechei os olhos, tudo bem que eu queria dar uma espiadinha mais se eu fizesse isso ela ia me bater depois, coloquei a toalha na pia e saí do banheiro. Valéria uns cinco minutos depois saiu, ela estava perfeita, vestia uma calça jeans e seu moletom preferido, um de ursinho cor de rosa e em seus pés estava de meia com uma pantufa. - Não começa a rir não, eu to com frio nos pés e isso esquenta.

– Tudo bem senhora mandona. - disse rindo. - To brincando, vem me dá o braço aqui que eu te ajudo a andar. Eu combinei com o Daniel ontem dele ir la pra casa depois do almoço junto com as coisas dele e as suas, Marcelina vai ter um piti quando souber disso.

Eu coloquei sua mochila em minhas costas e passei minhas mãos levemente por sua cintura enquanto ela colocava os braços em volta do meu pescoço. Meu pai abriu a porta do carro para a gente e em seguida se sentou no banco do motorista, ao ver Valéria sorrindo piscou pra mim e riu voltando a dirigir.

– Que bom que chegaram, eu to terminando de fazer o almoço e a Marcelina daqui a pouco chega pra fazer companhia a vocês. Valéria você vai dormir no quarto da Marce, enquanto seu irmão fica no quarto do Daniel. - disse, emburrei a cara e a ajudei colocar as coisas em cima da cama de Marcelina. - Paulo eu sei que você gosta dela, mais não fica com essa cara de cachorro que caiu da mudança por que ela não vai dormir no seu quarto.

– O que que tem amor? Eu já dormi com uma menina e enquanto o irmão dela foi dormir com a minha irmã. - meu pai disse.

– Como é que é? - mamãe fez uma cara feia, mais eu sabia que a mesma estava brincando.

– Vish pai.. você não devia ter falado isso. - disse me sentando no sofá, Valéria riu e se sentou ao meu lado. - Daqui a pouco vocês dois estão namorando lá no quarto, e ganhando mais filhos.

– PAULO. - os dois gritaram comigo.

– Eu não disse nada. - respondi.

– É tios, ele não disse nada. - Valéria falou. - Ele apenas confirmou o que todo mundo sabe.

Meus pais ficaram com vergonha e foram para a cozinha. Marcelina logo que chegou com Daniel e soube da noticia começou a cantarolar tudo que é música do Justin Bieber e algo parecido. Minha irmã abraçou Valéria de lado e começou a dar beijos em sua bochecha, quanto amor cara.

– Ei Marcelina, desgruda que ela é minha. - disse a puxando e fazendo se sentar em meu colo. Daniel segurou o riso e ficou encarando o beicinho da minha irmã. - Eu não divido com ninguém, entendeu? E isso foi muito meloso e gay.

– Você divide ela comigo e acabou. - Daniel disse. - To zoando. Mais só não a magoa, por que se não eu te quebro a cara.

– CRIANÇAS VENHAM ALMOÇAR. - Lilian gritou, ela nunca perde essa mania de chamar a gente de criança. Nos sentamos na mesa enquanto ela colocava refrigerante nos copos e entregava.

– Marcelina e o seu namoro com o Jor.. - eu ia dizendo porém ela tampou a minha boca com a mão e voltou a comer.

– Marcelina que história é esse de você tá namorando? - meu pai perguntou sério.

– O que é que tem? O Jorge me pediu em namoro ontem e eu aceitei, quando é eu vocês vem me dar sermão, agora quanto é o Paulo ninguém liga. - disse calma.

– Ei eu não tô namorando. - respondi.

– Mais tá ficando com a Valéria, o que é quase a mesma coisa. - falou.

– Tudo bem, mais vocês dois.. tenham juízo. - minha mãe disse, eu acho que isso serviu tanto pra mim quanto pra ela. - E você Daniel, namorando muito? - minha mãe tá parecendo minhas tias, crendo os pai.

– Eu namoro tia, a Julie. Você sabe quem é né? Uma baixinha dos olhos castanhos, cabelo liso na cintura.. que usa aparelho móvel e tiaras. - perguntou e ela assentiu.

Era estranho ficar assim com uma garota. Eu nunca gostei tanto de alguém, era diferente, eu estava entendendo o que era o sentido do verdadeiro amor. Era você querer ficar com uma garota 24h por dia, querer passar proteção e confiança nela, isso que eu queria passar para a Valéria. Eu to muito meloso, meu Deus.


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