A Filha da Morte escrita por Ruan


Capítulo 2
Capítulo ll - Excuse?


Notas iniciais do capítulo

- Olá, pessoal. Então, finalmente postei o segundo capítulo, depois de muito tempo. A faculdade realmente toma algum tempo de minha rotina.

— Resolvi postar esse capítulo para ter a opinião de vocês: Continuou ou não? Respondam nos comentários.

— Escrevi esse capítulo ao som de "AC/DC - You Shook Me All Night Long". Caso queiram escutar, realmente fica mais interessante.

— Boa leitura!



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Isabella percorreu as ruas de sua cidade enquanto chovia. Não se preocupou em momento algum do risco eminente de pegar resfriado. Desde pequena nunca lhe aconteceu de ficar doente, uma vez que sua imunidade aparentava ser feita de ferro.

Preparando-se mentalmente para a bronca que receberia da mãe quando chegasse no apartamento onde morava, não reparou os passos que seguiam atrás de suas costas. O vento gélido batia em seu rosto furiosamente, e alguns cachos molhados grudavam em seu pescoço.

Não demorou muito tempo para que o zelador abrisse os portões de ferro, e muito menos para que ela corresse para dentro do elevador. Tremendo de frio, apertou no botão que indicava o terceiro andar e finalmente se viu presa na cabine, enquanto mal sentia a movimentação. O tapete debaixo dos seus pés ensopou devido a grande quantidade de agua que caia de seu corpo.

Com um solavanco, as portas de aço deslizaram para os lados enquanto que a garota se colocava para fora do elevador. Atravessou o corredor lentamente, procurando por suas chaves nos bolsos do casaco grande demais para seu corpo. Medir 1,58 cm nem sempre lhe pareceu uma benção. Assim que encarou os números 302 desenhados no topo da porta de madeira compensada, suspirou. Sabia que sua mãe estaria sentada na poltrona de frente para a porta, com os pés cruzados. Provavelmente trajava o roupão florido, e os cabelos avermelhados que passou para a filha por meio da genética estaria com os frios amarrados no alto da cabeça.

Lentamente, colocou a chave na fechadura e com uma única volta, ouviu o ranger do trinco. A porta abriu-se, revelando exatamente o que Isabella esperava. O abajur ao lado da mesinha iluminava o rosto furioso da mulher sentada.

– Oi, mãe. – abriu um sorriso amarelo.

Renée suspirou ao se deparar com a filha toda molhada. Recordou-se do numero de vezes que encontrou Bella brincando escondida na chuva, ou tomando banho frio em pleno inverno. Sabia que não seria necessário comprar remédios, afinal, sua filha nunca pegou resfriado na vida.

– Eu liguei para sua professora de Francês. – começou o discurso. – Ela me disse que minha filha não está indo mais nas aulas. Completou cinco dias de sua ausência hoje, sabia? – ironizou.

Bella engoliu em seco, praticamente mastigando o discurso que estava prestes a fazer. Sabia que a única razão de sua mãe insistir nas aulas de francês se dava pela vontade do falecido pai. Não poderia reclamar jamais de tudo que Renée fazia por ela. Mas estava mais do que na hora de sua mãe respeitar algumas de suas vontades.

Excuse? – Bella disse, em uma tentativa fracassada de aliviar a tensão.

– Não existem desculpas plausíveis para o que você fez. Está de castigo, Bella. – Renée se levantou da poltrona, ajeitando as pantufas nos pés. – Me disseram que você estava com Jacob no bar, então aqui está minha primeira ordem: Te proíbo por um mês de se encontrar com ele.

Foi a gota d’agua para Isabella. Sentiu o peito estufado enquanto que o coração batia furiosamente dentro do peito. Por alguns segundos, se esqueceu de respirar e percebeu as lagrimas formando-se em seus olhos verdes. Determinada, levantou a cabeça e encarou sua mãe.

– Eu realmente não queria ter que disser isso para você, mas não vou concordar com seu castigo. É injusto. – jogou as mãos para o alto. – Nada disso estaria acontecendo se você pedisse minha opinião sobre o que é ou que não é importante para mim. Jacob é meu único amigo, e você simplesmente quer me afastar dele? – seu coração quase quebrou dentro do peito ao encarar a expressão de desgosto de sua mãe. - Não.

Percebeu que estava prestes a cair em prantos. Por essa razão, fechou a porta rapidamente e correu para o seu quarto, trancando-se lá dentro. Não se importou em cair na cama, molhando os lençóis.

Talvez estivesse errada em agir daquele jeito com sua mãe. Talvez não. Porém, faltava apenas um mês para que completasse dezoito anos. Será que nem mesmo adulta as coisas mudariam?

Antes de adormecer, desejou que sua vida mudasse um pouco.

Isabella acordou por volta das cinco da manhã, sentindo-se muito bem. Ficou surpresa ao perceber que caiu no sono facilmente. Ela nunca dormia tão cedo, nem conseguia para falar a verdade. Olhou para fora de sua janela, encontrando Detroit incrivelmente silenciosa. A garota gostava muito mais da noite. Era tão calma.

Pegou uma muda de roupas do guarda roupa e correu para o banho. Deixou que a agua quente adentrasse por seus poros, causando-lhe sensação de alivio imediato. Passado algum tempo, voltou para o quarto secando os cabelos molhados, procurando por sua jaqueta de couro. Talvez optasse por usar o secador, antes que seus cachos armassem.

Isabella ligou a luz do cômodo e procurou por sua jaqueta, encontrando-a jogada na cadeira, posicionada em frente a escrivaninha do computador. Antes que tivesse tempo de pegá-la, reparou por esguelha uma silhueta perto de sua janela. Ela gritou e pegou seu taco de beisebol que por sorte estava por perto. E então encarou a figura parada ao lado de sua janela.

Era um homem. Seu corpo bem definido estava oculto por uma calça jeans escuras e um moletom preto com a toca caída ao lado de seu pescoço. Sua pele era um tanto branca. O rosto bem delineado dava a impressão de ter sido esculpido por um verdadeiro artista. O cabelo dourado com os fios espalhados para todos os lados completava o visual com o par de olhos verdes... Ou seriam azuis?

– Se acalme. – Ele disse. A voz rouca ecoou pelo cômodo. – Preciso que venha embora comigo. Você está correndo perigo.

Bella ficou perplexa por alguns segundos. Não sabia ao certo se gritava ou se saia correndo. Talvez atacasse o agressor com sua recente arma.

Seu silencio foi interrompido com um estrondo vindo da sala.

– Eles estão aqui. – seus olhos fitaram a garota com o taco de beisebol nas mãos. – Meu nome é Edward, prazer.

Sorriu.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO LEITORAS, CONTINUO OU NÃO? DEIXEM SEUS COMENTÁRIOS.
Espero que estejam gostando, mesmo.
Novamente, não deixem de comentar.
Abraços,
Até a próxima!
R.
26/07



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