A Filha da Morte escrita por Ruan


Capítulo 1
Capítulo l - Matando a Aula de Francês


Notas iniciais do capítulo

- Sejam bem vindos a mais uma de minhas Fanfics.

— Boa leitura!



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A música country estava tocando ao fundo do bar.

Algumas pessoas estavam sentadas em suas cadeiras, comendo seus respectivos lanches em cima das mesas circulares. Enquanto o resto andava pelos corredores do restaurante, loucos para conseguirem um lugar para jogar na mesa de sinuca. Na espera, se entretinham olhando as tacadas dos jogadores. Risadas iam e vinham acompanhadas pela fumaça de cigarro dos fumantes.

Se minha mãe souber que estou aqui, ela vai me matar. Isabella pensou, encarando um casal que se divertiam ao seu jeito em um canto escondido no cômodo.

Isabella Swan estava sentada em uma das mesas no canto da parede, esperando a companhia de seu amigo que provavelmente estaria servindo alguma mesa. Sozinha, estava encolhida em seu casaco enquanto chovia lá fora, provocando a sensação de frio na garota mesmo dentro do restaurante. Perfeito. Tinha que acontecer um vendaval em Detroit em plena sexta-feira, bem no horário do seu curso de francês. Se ao menos ela estivesse lá, e não no restaurante mais barato de toda a cidade. Não que isso fosse um problema para ela. Mas não iria gostar nada se sua mãe resolvesse buscá-la na maldita escola de idiomas.

Bella já tinha feito uma pilha com palitos de dente que havia despedaçado em cima da mesa. Seus pensamentos vagavam nos motivos que a levaram estar lá, e não cumprindo com seu compromisso.

Primeiro: Ela nunca gostou de francês. O único motivo de ter aceitado a aprender o idioma era que toda a família do lado de seu pai falava a maldita língua, e a garota já estava farta de ficar perdida nos jantares de família.

Segundo: No segundo dia de aula, a professora havia obrigado a pequena Bella a soletrar todo o seu nome em francês. E se não o fizesse, a vaca loura prometereu que ligaria para o Sr. Swan e contaria que a filha estava totalmente desleixada nos estudos. Ditas as palavras, Bella tinha a breve recordação que havia tentado jogar a mesa que estava apoiada em cima da professora, chamando-a de piranha hipócrita. Na época, não entendia o significado do linguajar. Entretanto, tinha noção que era ofensivo o bastante e afetaria a mulher adulta de certa forma.

E terceiro, era que seu pai já havia falecido há três anos.

Bellinha! – Ouviu a voz do amigo e saiu de seu estado de estupor quase que imediatamente.

Jacob estava se sentando na cadeira do outro lado da mesa. Usava o avental por cima de uma camisa branca colada, que destacava seus músculos. Sua pele morena lhe dava o contraste perfeito, fazendo com que o sorriso branco se iluminasse quando estava a mostra. Seu cabelo moreno estava espetado para todos os lados, dando aquele ar de desleixado que algumas garotas amavam. Ele era muito mais alto que Bella, e aparentava ter o corpo de um homem de vinte anos e não de um adolescente de dezesseis.

– E aí, já atendeu muitas mesas? – Bella perguntou, abrindo um sorriso no canto dos lábios.

– É claro, e consegui o numero de uma garota. – Ergueu a mão direito e mostrou um pedaço de papel posicionado entre os dedos largos. – Dá para acreditar? É o quinto que consigo essa semana.

Se dava para acreditar? É claro que sim! Metade das garotas do cômodo provavelmente tomou no mínimo um litro de vodka, fazendo com que tivessem coragem até mesmo de esfregar os peitos no primeiro cara que vissem. Não que Jacob fosse um cara feio. Muito pelo contrário. Era bonito e poderia ter qualquer garota que quisesse, sem falar que era um verdadeiro cavalheiro.

– Eu te falei que você é um garanhão. – Bella brincou, jogando um pedaço do palito de dente no rosto do amigo. – Daqui alguns dias vai ser o cara mais desejado de toda a Detroit. – Riu com a própria hipérbole.

– Ser disputado não é fácil. – Jake entrou totalmente na brincadeira. Suspirou, revirando os olhos.

Bella riu daquilo.

– Só mantenha tudo dentro da sua cueca, Jake. Não quero que estrague sua vida tão cedo. – Fez questão de mencionar. Afinal, no mundo que se encontrava atualmente, todo cuidado era pouco.

Jacob pareceu surpreso por alguns segundos. Não havia se acostumado com o fato de que Bella sempre o surpreendia com alguma palavra ou algumas atitudes inesperadas. E era exatamente aquilo que mais admirava na melhor amiga: A habilidade de surpreendê-lo.

O barulho de um trovão encheu o cômodo. Algumas pessoas que foram pegas desprevenidas; provavelmente sobre efeito alcoólico das bebidas, gritaram. Momentaneamente, tudo escureceu.

Tudo aconteceu em um milésimo de segundos. E os olhos de Bella conseguiram captar tudo.

Quando a luz acabou, ela percebeu um movimento no fundo do restaurante e seus olhos caíram na mesma direção. Ficou surpresa ao perceber que havia alguém parado no espaço de uma mesa e outra. Não era possível ver seu rosto, uma vez que estava usando um capuz. Seu traje era todo preto e quase não dava para vê-lo no meio da escuridão. Tinha uma estatura alta.

Bella sentia que a pessoa por de baixo dos trajes neutros estava encarando-a. Ela simplesmente não conseguiu desviar sua atenção para outra coisa. Sem reação, ficou sustentando o olhar com pura curiosidade.

Inesperadamente, as luzes voltaram a ascender e Bella piscou instantaneamente com a chegada da forte iluminação. Ao abrir os olhos novamente, já não havia mais ninguém no lugar entre as mesas.

Seu celular começou a vibrar dentro do bolso e Bella deu um pulo da cadeira. Com movimentos desajeitados, pegou o aparelho do bolso e viu o nome da sua mãe piscando na tela.

Um arrepiou se manifestou na boca do estomago e a garota desligou o celular rapidamente, jogando-o dentro do bolso da calça jeans.

– Bella? – Jacob exclamou quando viu sua amiga se levantando rapidamente do lugar.

– Eu tenho que ir antes que minha mãe vá me buscar.

– Mas está chovendo lá fora! – Jacob se levantou do lugar. – Olha, espere meia hora e eu fecho meu turno da noite. Eu te levo.

– Jake, eu preciso ir e...

Bella estava pronta para se desviar do amigo quando tropeçou em seus próprios pés e caiu de cara contra os bíceps de Jake. Ele foi muito mais rápido e a segurou pelos ombros, abaixando a cabeça para que ficasse cara a cara com a amiga.

Os dois ficaram se encarando por longos segundos. Bella não pareceu se importar nem um pouco. Afinal, ambos eram amigos e ele já estava acostumado com as quedas desastrosas dela.

A única coisa que não conseguiu entender foi o porquê de Jacob segurá-la por tanto tempo. E também das bochechas dos amigos estarem um tanto coradas. Será que ele estava com calor?

– Eu realmente preciso ir. Não se preocupa, é uma chuva de nada lá fora. – Ela levantou a cabeça, afastando-se um pouco do rosto de Jacob.

Um trovão caiu lá fora e fez um barulho estridente por longos segundos. Algumas meninas engraçadinhas do restaurante deram gritinhos assanhados.

Jacob ficou em silêncio por alguns milésimos de segundos. Enquanto isso fitava o rosto da amiga. O fato de ela ser tão desastrada não o incomodava nem um pouco. Até gostava.

– Tem certeza? – Garantiu. Ele sabia o quão era difícil tirar algo da cabeça de Bella quando estava decidido.

– Tenho. Obrigada, Jake. – se afastou educadamente dos braços do amigo e começou a andar em direção da saída. Teve que tomar cuidado por onde pisava, pois não queria tropeçar em ninguém e acabar indo de cara nos pratos de comida em cima das mesas. Antes de abrir a porta e ser recebida pela rajada furiosa do vento, olhou por de trás do ombro e gritou para o amigo que ainda a seguia com os olhos:

– Eu te ligo quando chegar em casa! – se meu celular não virar uma das vítimas da enchente que está acontecendo, pensou.

Assim que saiu, a chuva furiosa caiu sobre sua cabeça e a ensopou em menos de minutos. O frio estava praticamente insuportável e Bella teve que dar de ombros em uma tentativa fracassada de se aquecer. Os fios de cabelo começaram a grudar por sua bochecha e pescoço. Ela estava pronta para começar a andar quando o viu novamente do outro lado da rua.

Lá estava ele. Ou ela. Foi fácil identificar, uma vez que estava usando o mesmo capuz preto e aparentava ter a mesma altura.

Bella pareceu ter sido petrificada. Ficou parada, enquanto a chuva agredia seu rosto e o vento fazia questão de querer congelá-la. Apesar de tudo, ficou sustentando o olhar firmemente. Talvez estivesse louca, mas jurava que a chuva parecia não afetar o ser do outro lado da rua de nenhum jeito. Suas roupas pareciam secas, assim com o capuz que continuava intacto em seu trabalho de esconder o rosto do anônimo, mesmo que o vento parecesse ser capaz de levar qualquer coisa que estivesse em seu caminho.

E então um carro passou, jogando a água do asfalto por cima da garota.

Bella gritou e depois soltou uma seção de palavreados. Ao olhar novamente para o outro lado da rua, não encontrou ninguém.

– Eu só posso estar ficando maluca. – murmurou para si mesma, levemente arrependida de não ter aceitado a oferta de Jacob.

E se pôs a correr o mais rápido que conseguiu pela calçada, torcendo para que a chuva não piorasse. E que não encontrasse novamente o desconhecido.

Porém, não percebeu que alguém estava seguindo-a.


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Notas finais do capítulo

Então,pessoal,como sempre (e pra quem não sabe!) o capítulo começa com muitos mistérios que só vão aumentando e decifrando-se com o decorrer da história. Como estou de férias, consigo tirar tempo para escrever. Eu estava um pouco ausente mais já voltei com tudo e com novidades, como essa história. Espero que eu não tenha perdido a manha. Dependendo do número de comentários, eu posto o capítulo o mais rápido possível, que já está pronto, inclusive.Deixem suas opiniões e sugestão nos reviews, que prometo responder o mais rápido que eu puder.Aproveitem e COMENTEM QUE EU POSTO O MAIS RÁPIDO QUE EU PUDER.Até a próxima.R.



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