Hard To Sat I’m Sorry

It´s hard for me to say I’m sorry

(É difícil dizer que eu sinto muito)

As garotas dirigiram-se ao pátio, com Temari caminhando atrás e respirando fundo. Os garotos ainda conversavam, porém Temari percebeu a ausência de alguém. Passou os olhos pelos garotos, e quando seu olhar parou em Gaara, o mesmo comentou:

– Sentindo a falta de um? – Ele disse com ironia, vendo a irmã fechar a cara.

– Eu só... Queria ver como ele está. – Temari comentou com pouco caso.

– Ah, se arrependeu, né? – Naruto riu alto, parando ao ver a expressão da loira.

– Eu não me arrependo. Só quero ver se o estrago foi grande. – Temari falou com a voz firme, olhando debochada para os garotos.

– Se era isso que você queria saber, sim, foi grande. – Shikamaru chegou por trás, com uma bolsa de gelo no rosto, com uma voz baixa e firme.

Temari virou-se, observando o rosto vermelho de Shikamaru, que a encarava fixamente nos olhos. A mesma conseguiu um olhar diferente nele, algo que ela não conseguia identificar. Seria decepção? Sentiu uma pontada diferente dentro de si.

– Se eu fosse vocês tomava cuidado. – Sakura disse apontando para os meninos e depois para Naruto e Shikamaru, que ficaram com um semblante confuso. – Eles já foram espancados, não sabemos quem será o próximo. – Ela disse séria, fazendo todos revirarem os olhos.

– Eu queria falar com você. Posso? – Temari perguntou, uma voz baixa e claramente envergonhada.

– A sós? – Ele perguntou e ela assentiu. – Não sei se é uma boa ideia, não quero apanhar de novo.

Temari sentiu novamente algo diferente em suas entranhas, uma sensação de arrependimento a invadindo.

– Isso não vai acontecer. – Temari confirmou. – Só preciso de alguns minutos.

Shikamaru acenou levemente com a cabeça, indicando o corredor que levava as salas, um pouco longe do pátio. Os dois começaram a andar silenciosamente, até que Shikamaru parou no meio do corredor, falando:

– E então, diga logo.

– Eu... – Ela começou, sem jeito para continuar. – Enfim, eu queria te pedir desculpas. Eu fiquei estressada além do limite, e então sei que agi errado, mas eu não havia pedido a sua ajuda, e você sabe que eu não gosto quando me sinto “dependente” de alguém. Eu só queria ter a minha prova pelo meu mérito, mesmo ele sendo ruim.

Shikamaru não falou nada durante toda a explicação de Temari, que o encarava esperando uma reação, que, obviamente, não veio.

– Você poderia falar alguma coisa. – A garota desviou o olhar, encarando o chão.

– Ainda não havia achado necessidade em ter apanhado, mas tudo bem. Está desculpada. – Shikamaru apenas falou isso, preparando-se para sair.

Temari o puxou pelo braço, o encarando com um semblante indecifrável.

– Me desculpe mesmo. Pelo tapa. – Ela soltou um riso frouxo, sem a mínima vontade de rir. – E olha, eu realmente acho que vou falar com a Tsunade, para ela arrumar algum jeito de você conseguir a sua prova de volta. Não acho justo ficarmos com as notas trocadas, e...

– Não. Eu não quero. – Shika a interrompeu, observando sua feição confusa. – Se fizer isso, vai piorar a situação. E... – Ele soltou um sorriso de lado. – Está sendo realmente interessante a experiência de ter tirado uma nota baixa.

Temari sorriu amarelo, seguindo-o de volta ao pátio, onde o grupo conversava.

– Como você conseguiu tirar dez? – Gaara perguntou encarando Ino.

– Uma palavra: Borboleta. – Ela disse sorrindo, fazendo os menininhos ficarem confusos.

– E vocês? – Sasuke perguntou, ignorando totalmente Ino e sua teoria, apontando para Sakura e Tenten.

– Colamos. – As duas responderam em uníssono, normalmente.

– Juntas? – Shikamaru perguntou, entrando na conversa. Elas assentiram. – Então por que a Tenten tirou uma nota mais alta? – Ele perguntou erguendo uma sobrancelha.

– A Sakura não tem a capacidade necessária para colar. – Tenten disse dando de ombros.

– A culpa foi sua, viu? Você me só passou números e letras. – Sakura respondeu.

– Que eram as respostas. – Tenten respondeu com cara de nada, recebendo um “foda-se” da rosada. Sakura não era a pessoa mais apropriada para se colar.

– Alguma de vocês fez a prova de verdade? – Naruto perguntou, e todos direcionaram os olhares para Hinata, que corou. – Como você fez isso, Hina-chan?

– E-eu só estudei. – Ela respondeu o óbvio, sorrindo levemente.

– Você pode me ensinar? – Ele perguntou se aproximando da morena, com seu típico sorriso Colgate.

– Quem vai ensinar você sou eu. – Neji disse se aproximando de Naruto, que recuou, cobrindo os olhos.

– Você não acha que já espancou de mais o pobre do Naruto? – Tenten perguntou encarando o Hyuuga, que fuzilava Naruto com o olhar.

– Estou de olho em você, Uzumaki. – Neji disse ignorando Tenten e voltando a se sentar, estreitando os olhos para o loiro, que engoliu em seco.

– Estou cansada, por que não voltamos para o dormitório? – Ino sugeriu se espreguiçando.

– Acho uma ótima ideia. – Shikamaru disse, bocejando em seguida.

– Eu também, quero descansar para amanhã. – Gaara disse sorrindo malicioso para Ino, que retribuiu.

Antes que alguém perguntasse sobre os dois, Ino se levantou.

– Vamos, então. – Ela disse seguindo para o estacionamento.

O resto do grupo deu de ombros, se levantando e seguindo a loira.

– E aí, pessoal! – Deidara gritou correndo, quando eles já estavam no estacionamento.

– Oi, maninho. – Ino respondeu sorrindo, Deidara a ignorou.

– Já estão voltando para o dormitório? – Sasori perguntou se aproximando, junto do resto dos meninos.

– Sim, o dia foi tenso. – Shikamaru respondeu, fitando Temari, que desviou o olhar.

– Por que vocês não vêm para a sala de jogos com a gente? – Hidan sugeriu.

– Aqui tem uma sala de jogos? – Naruto perguntou coçando a cabeça.

– Tem sim, inauguraram esse ano. – Nagato respondeu.

– Vamos jogar sinuca, topam? – Itachi perguntou, levantando uma sobrancelha, em um sinal de desafio.

– Estamos cansados. - Gaara respondeu, o encarando.

– É claro que eles não vão. – Sakura respondeu pelos garotos, já caminhando para perto de Nagato.

– Eles não sabem jogar. – Tenten ficou ao lado de Sakura, cruzando os braços.

A expressão dos meninos mudou rapidamente. Passando os olhos por todos, a clara feição de “o que você disse?!” estava estampada.

– É isso mesmo, todos vocês não jogam nada. – Ino sorriu. – Aposto que não acertam nem uma bola.

– Até parece que vocês sabem jogar alguma coisa. – Sasuke respondeu, sem expressão.

– Claro que sabemos. – Hinata falou rapidamente, assustando a todos. – Eu topo.

– O QUÊ?! – Todos os presentes perguntaram, fazendo Hinata retrair-se um pouco, porém com a mesma postura.

– Sempre fui a m-melhor em sinuca. – Hinata continuou, corando, porém havia sido desafiada, não deixaria passar.

– É, joga tão bem quanto a Temari. – Tenten riu, olhando para a morena.

– É o que veremos. – Temari respondeu, pondo as mãos na cintura, sorrindo desafiadora.

– E aí, vamos? – Hidan perguntou para os garotos, que responderam rapidamente:

– Claro que sim. – Todos estão começaram a andar em direção à sala, e no meio do caminho, Itachi retirou sua carteira do bolso, exibindo as notas.

– Vamos deixar isso aqui mais interessante. – Itachi sorriu de lado. – Jogaremos em duplas, e faremos um bolão, a dupla que ganhar leva tudo.

– Agora está falando a minha língua. – Gaara sorriu malicioso, já pensando em suas futuras ações com o dinheiro.

As duplas então, já nas salas de jogos, se misturaram, e a dupla vencedora, surpreendentemente, foi Naruto e Gaara. Depois da partida, todos se despediram e cada grupo foi em direção aos respectivos dormitórios. No caminho para o dormitório masculino, com o dinheiro nas mãos, os dois rapazes conversavam:

– Olha cara, é que eu realmente preciso desse dinheiro, porque amanhã eu tenho um encontro e eu queria leva-la num lugar legal. – Gaara passou uma mão pela nuca, claramente envergonhado.

– Ai, tá apaixonado. – Naruto riu, jogando a cabeça pra trás. – Tá bom, cara, pode ficar. Mas olha, vai ficar me devendo uma.

– O que quiser. – Gaara bateu na mão de Naruto, que complementou:

– Inclusive se o Neji quiser me bater, aí você se oferece como saco de pancadas. – Os dois riram, voltando ao caminho de seus dormitórios.

– É, eu sabia que no final nós ganharíamos.