Death of a Monarchy escrita por beahfp


Capítulo 16
A strange night




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Após algum tempo, acabei adormecendo. A viagem seria de mais ou menos 3 dias, então ainda havia muito chão para chegar.
Viajamos durante todo aquele dia e fizemos algumas paradas para descansar um pouco. Mas ainda precisávamos de algum lugar para passar a noite.
Estávamos em Paris, já era tarde, e precisávamos de algum lugar. Passamos por uma estalagem e decidimos parar e perguntar se havia leitos vagos.
Felizmente havia leitos suficientes, a estalagem parecia aconchegante então foi mais fácil de se sentir confortável. Fiquei em um quarto sozinha, e minhas damas no quarto ao lado.
A noite estava fria e com fortes ventos que faziam com que as portas estrondassem umas contra as outras. Uma senhora baixinha passeava de vez em quando pelos corredores para checar se tudo estava bem, só se podia ouvir os passos e de vez em quando os vultos dela.
Me despi para dormir, coloquei a camisola e me sentei em frente a uma penteadeira antiga, e quebradiça. Peguei uma escova e escovei meu cabelo gentilmente até que os cachos caissem.
– Senhorita? Mil perdões, mas há um homem lá em baixo pedindo pela sua presença. - uma criança disse ao bater na porta.
– Quem é? - perguntei
– é um oficial, Mademoiselle. Diz que vem em nome da Rainha Catherine. -
– Mesmo? - me levantei. - Peça que espere, já desço. - Peguei a capa mais próxima e desci.
Encontrei-o sentado em uma das mesas, estava bebendo vinho.
– com licença, solicitaste minha presença? - perguntei a ele.
– ah, sim milady. Perdoe-me. - o homem era mais alto que eu, e com cabelos louros escuros, barba mal feita, olhos castanhos claríssimos. Trazia vestes da corte Francesa. Mas percebi que seu anel não era da familia real francesa, preciso vê-lo melhor.
– Pois bem, para que seria. -
– Mademoiselle, O rei, Henrique Tudor, está na corte francesa, ele pede que o visite. -
– Mas eu sou uma mulher casada. Serei mal falada. Mas qual seria a razão para que eu o visitasse. -
– Nesta manha, Vossa Majestade, a pedido do Rei Henry da França, participou de uma partida de Justa e infelizmente ele se feriu. O vidente da rainha, diz que o rei Henrique Tudor pode morrer. -
–Céus. - fiquei pasma com a notícia.
– Ele implora que o veja pela última vez. O próprio rei acredita que logo será o fim de seu reinado. -
– Onde fica o castelo? - perguntei.
– Mademoiselle, temos ordens para levá-la com a carruagem, sabemos o caminho. -
– Onde fica? - perguntei com raiva.
– no fim da colina, três ou quatro milhas a oeste. -
–certo. - Corri para fora da estalagem e fui diretamente ao estábulo. Montei em um dos cavalos e parei em frente a porta da estalagem.
– Coloque meus criados na carruagem, diga ao cocheiro que não necessito mais de seus serviços e o mande de volta para a Valáquia. Eu vou na frente.
– mas... - Não o deixei terminar de falar e simplesmente, comecei a correr com o cavalo, de acordo com o que o oficial me havia dito.
As ruas de paris eram dificeis de fazer com que o cavalo desviasse. Mas consegui achar um atalho e já conseguia ver o castelo ao horizonte.
Nem vestida devidamente estava. Mas quem se importa. Se meu rei morrer e eu não atender seu pedido, que tipo de súdita seria eu?
Fiz com que o cavalo corresse o máximo possível. Logo os portões se tornaram mais próximos, avistei um guarda e me identifiquei, ele então deixou-me passar.
Larguei meu cavalo, deixei-o para um dos criados colocá-lo no estabulo. Eu estava ofegante, como se tivesse corrido uma maratona.
Corri pelos corredores até a sala do trono, e não havia ninguém lá, achei isso estranho. Mas como já conhecia o castelo, já havia vivido aqui na infancia.
Passei por uma sala e vi lady Catherine sentada em uma poltrona. Creio que ali seja a biblioteca.
– Majestade, perdoe meu estado. Mas recebi um chamado do Rei Henrique e vim o mais rápido que pude. -
– céus, olhe seu estado. - Ela se levantou e deu um riso no canto da boca. - Lady Anna, mais bonita cada vez que a vejo. -
–obrigada Majestade. Igualmente és tu. O tempo é tão generoso convosco. -
– ó, meu doce. Muito gentil da sua parte. Ah, Henrique quer vê-la. -
– eu soube, onde ele está? -
– No segundo quarto a direita. - ela apontou. - Entre e converse com ele. -
– Acha que estou apresentável? - perguntei olhando para as minhas vestes.
– Claro que sim. Só deixe-me arrumar aqui. - ela puxou uma mecha de meu cabelo e a colocou no lugar.
– muito obrigada. -sorri. - acho que vou indo. -
– claro que sim. -
Retirei-me da sala e segui as direções que Catherine me deu. Encontrei a porta certa e bati na mesma três vezes.
– O que deseja? - O guarda abriu a porta.
– Sou lady Anna Bolena, o rei Henrique solicitou minha presença. -
O guarda então fechou a porta por alguns segundos e abriu-a em seguida.
–Entre. - ele disse.
Entrei e não vi Henrique deitado. Procurei-o olhando para os lados e nada. Virei-me para perguntar para o guarda onde Henrique estava mas ele me deixou e trancou a porta. Aquilo já estava me assustando.
– Majestade? - perguntei.
– Olá Anne. - Só havia ido pegar um pouco de vinho para você. Ele apareceu em uma porta que dava para outro comodo.
– Majestade. - fiz a reverência. Vi que Henrique caminhava com certa dificuldade e estava com um semblante cansado e triste. - Deixe-me ajudá-lo. - me aproximei rapidamente e peguei a bandeja e a coloquei sobre o móvel.
–obrigado. - ele disse. - Sente-se Anne. - Ele se sentou. - Aqui. - ele me entregou a taça com vinho.
–muito obrigada. - bebi um gole. - Soube que se feriu durante a Justa. -
– sim, é verdade. Caí e o cavalo pisou sobre a minha perna. -
– Nossa. -
– Mas estou bem, quase não sinto dor. Só está um pouco roxo. -
– Disseram-me que estava próximo da morte. -
–adoram exagerar, sabe disso. -
Sorri, fiquei aliviada que não era nada grave.
Ele se aproximou e segurou meu queixo. Delicadamente passando os dedos pelo meu rosto.
– Não posso. - afastei suas mãos.
– Senti tanto sua falta. - segurou uma de minhas mãos.
– Também senti. Mas eu realmente sinto algo por Vlad. -
– E sentia por mim? -
–Claro que sim. Sabe disso. Mas também sabes que eu não devo. -
– Nada falarão. Se o fizerem, ordeno que se cortem as cabeças. -
– Mesmo assim, majestade sinto muito. -


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Notas finais do capítulo

REVIEEEWS



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