Nunca havia sentido nada parecido, nem com meus ex-namorados. Meu coração parecia que ia sair para fora da minha garganta, meu corpo ficou quente e meus olhos fecharam. Aquela sensação, aquele sentimento, era tão... tão...

Explosivo.

Jin estava tímido e calmo, e todo aquele clima deixava a cena ainda mais incrível. Ele acariciava meu cabelo enquanto segurava meu rosto, todo aquele cuidado e carinho eram arrebatadores. Eu estava feliz, eu estava feliz de verdade. Mas, de repente, Jin parecia ter saído do transe e se afastou em um pulo, desnorteado. Ele olhou para mim como se fosse entrar em desespero.

– Amy!! Me-me desculpa! Eu sinto muito por isso, eu não queria – ele gaguejou alto, não sabia o que fazer – Foi sem querer!

– Jin, se acalma! – falei baixo enquanto me sentava, fiz um sinal com as mãos – Fala baixo!

Jin respirou fundo e sua garganta secou, colocou as mãos na cabeça e olhou para o lago.

– O que foi que eu fiz...

– Jin...

Ele desceu seus braços devagar e abaixou a cabeça.

– Desculpa Amy, isso não vai acontecer de novo.

Meu coração apertou, ele não precisava me pedir desculpas, e muito menos se sentir tão culpado. Tudo de mim queria dizer para ele que eu queria sim aquilo de novo, mas uma partezinha, uma pequena parte, ao olha-lo e ver como ele estava arrasado com isso, martelou o resto da parte toda e me fez não dizer nada.

O frio começou a ficar ainda mais intenso.

Os vagalumes perderam a graça.

A lua tinha ido embora.

E meu Jin, não era mais meu Jin.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, minutos desagradáveis e inquietos. Isso até uma luz de uma casa bem ao fundo, acender e ouvirmos um grito enraivecido.

– Quem é que ta ai?????

Jin me olhou preocupado e foi pegar minha mão para correr. Contudo, hesitou e virou o rosto. Aquilo partiu meu coração.

– O Sr. Hyunto deve ter escutado a gente daqui, é melhor irmos, senão estamos ferrados.

Ele deu um pequeno sorriso para mim e começou a correr. Fiquei olhando-o se distanciar, aquilo doía.

– Eu vou pegar vocês, seus desgraçados!!!! – gritou a voz que estava claramente se aproximando.

Me levantei num pulo e sai correndo atrás de Jin. Entramos na floresta e começamos a correr a toda velocidade, tropeçando pelos galhos e pedras que naquela hora não importavam nada. Ouvimos os passos do Sr. Hyunto ao entrar na floresta. Me bateu um desespero insano de sermos pegos por ele de novo. Não estava preparada para aquilo.

Ao sairmos da floresta, entramos com tudo dentro do meu quintal e subimos na casa da árvore, que nessa hora já estava vazia. E ao sentir aquele silêncio arrebatador de novo, comecei a chorar. O desespero de ser apanhada pelo cara e a rejeição que aparentemente tinha acontecido dentro daqueles tão poucos minutos, explodiram feito bomba.

– Por favor não... – Jin hesitou e passou uma mão no cabelo, seu rosto estava abalado – Por favor não chora Amy, eu não aguento te ver chorar.

Instintivamente eu comecei a chorar mais, abracei minhas pernas e abaixei minha cabeça. Jin permaneceu em silêncio por alguns segundos, depois não aguentou. Senti seus braços me abraçarem e seu queixo relaxar em cima do meu ombro.

– Não chora, eu estou aqui com você – sua voz estava fraca.

Tirei meus braços das minhas pernas e as envolvi no ruivo, o abraçando forte. Seu coração também batia forte.

E assim ficamos abraçados até eu cair no sono. Acordei no outro dia em minha cama, e ao que parece, Jin havia me carregado da casa da árvore até meu quarto.

Abracei meu travesseiro e afoguei meu rosto nele.

Jin...