Simplesmente Complicado escrita por Samy Ogawa
Notas iniciais do capítulo
Dessa vez eu acho que não demorei :D eu acho aushashu Só ficou meio pequeno...
Peguei a cadeira mais próxima e me sentei. O resto da conversa não conseguiu me deixar em pé.
– Infelizmente aconteceu Amy – disse a voz calmamente em um tom triste – Ele perdeu o controle do carro e bateu de frente com um poste, você sabe como ele é inconsequente quando se trata de trabalho. Essas reuniões de ultima hora estavam acabando com ele. E francamente, uma reunião à 1h da manhã? Isso já estava indo longe demais.
Demorei alguns segundos pra responder e me encostei na cadeira, levantando meus joelhos para que eu pudesse abraça-los.
– E como ele está, Dio?
– Em coma – ele suspirou – A médica afirmou que é um caso sério, mas que tem chances de seu quadro de saúde se estabilizar e ele melhorar depois, só que pode demorar um pouco.
– Droga – apertei os lábios e esfreguei os olhos – Se ele for agora, eu não vou ter tido a oportunidade de me desculpar com ele, eu eu... – comecei a lacrimejar.
Houve um silêncio no telefone, pude ouvir Dio respirando fundo e hesitando em responder.
– O que você fez foi muito errado Amy, mas não é hora pra se preocupar com isso. Ele precisa do nosso apoio agora mais do que nunca – ele deu uma pausa e continuou – e você precisa voltar pra casa...
Empurrei o telefone contra o peito e abaixei a cabeça. Fugir de casa tinha sido totalmente irresponsável e errado da minha parte, mas eu tinha feito isso pra que eu pelo menos pudesse ter feito algo por mim alguma vez na vida, e eu não queria ter de acabar com isso agora.
Ouvi um som na porta.
– Amy... O que aconteceu? – perguntou Jin adentrando na cozinha com um olhar preocupado. Ele se ajoelhou na minha frente e enxugou minhas lágrimas – Quem é no telefone?
Jin... O que aconteceria com ele agora?
Tentei responder mas desabei a chorar. Ele pegou o telefone e começou a falar com o Dio. Com um braço me abraçou e continuou seriamente a conversa, até eu ouvir um bip que a chamada havia sido desligada.
– Eu sinto muito pelo seu pai Amy, eu... – ele fazia um esforço enorme pra me confortar – Sinto muito mesmo, mas tenho certeza que ele vai melhorar.
Assenti com a cabeça e escondi o rosto com as mãos, e assim ele me abraçou, apoiando seu queixo em cima da minha cabeça.
– Nós precisamos voltar pra casa Amy – sussurrou - você precisa estar com a sua família agora.
– Mas Jin, e você? E a gente? O que vai acontecer com tudo o que lutamos até agora? – murmurei com a cabeça encostada em seu peito.
– Eu não sei Amy, mas não podemos pensar nisso agora – ele acariciou meu cabelo – Eu vou ficar com você lá o tempo que precisar, eu sei que o Zero vai entender.
Balancei a cabeça afirmando, ele afastou um pouco a cabeça para me olhar.
– O que eles tiverem pra nos dizer iremos ouvir atentamente, um dia teríamos mesmo que arcar com as consequências – ele sorriu – Mas estamos juntos nessa.
Dei um pequeno sorriso, mas depois o fechei aos poucos e o fitei.
– E a história do casamento?
– Bom... – ele pensou um pouco – Como é um casamento de mentira, acho que não precisamos contar esse pequeno detalhe.
– Concordo – assenti. – Mas e se eles descobrirem?
– Então estaremos muito ferrados – ele riu
Abri um sorriso e ri também, fui me arrumando na cadeira e Jin se levantou e segurou a minha mão.
– Ta pronta pra ir?
Olhei para o relógio e franzi a testa.
– Jin, já são quase 2h...
– E dai? Isso nunca nos impediu de sair andando pelos arredores de madrugada – ele sorriu
– Mas Jin...
Jin parou na minha frente e pôs a mão sob a minha cabeça.
– Não se preocupe, vai dar tudo certo. E além disso, eu posso pedir a moto do Sieg emprestada, ele tava me devendo um favor mesmo – ele piscou
– O que? O Sieg? Mas a gente se conheceu esses dias – olhei confusa
– Digamos que eu tratei de outros assuntos com ele – sorriu maliciosamente – E então, agora vamos?
Olhei para o relógio e depois para Jin. Em seguida olhei para o telefone que estava em cima da mesa e me levantei rapidamente.
– Pronta – segurei sua mão.
Em questão de minutos, arrumei uma mochila grande com roupas minhas e de Jin que precisaríamos durante um tempo, e enquanto isso Jin ligava para Sieg e explicava a situação, que entendeu perfeitamente e emprestou a moto gentilmente.
Sieg era uma pessoa incrível!
Descemos apressadamente até a garagem e subimos na moto.
– Jin, você tem certeza disso? – perguntei colocando o capacete.
– Absoluta – afirmou fechando o visor do capacete e dando partida no acelerador – Vamos nessa.
– Ai meu Deus... – choraminguei fechando os olhos e apertando forte em seu abdômen.
E fomos a toda velocidade rumo à cidade dos meus pais, conhecida como Washington.
A viagem durou cerca de 4h, e no percurso inteiro Jin me perguntava como eu estava me sentido e se estava tudo bem.
– Ei Amy – gritou Jin – Como você esta?
– Com frio – murmurei enfiando minha cabeça nas suas costas, ele sorriu.
– Devemos encontrar um posto daqui a pouco, ai entramos pra nos aquecer. Você deve estar congelando – sorriu com um pouco de pena
– Você não faz ideia! – levantei a cabeça e voltei a encosta-la em suas costas com tudo, fazendo-o rir. E assim continuamos por mais alguns minutos até chegar em um pequeno posto que embutia um pequeno restaurante do lado.
Jin estacionou a moto e entramos no lugar, que felizmente, estava bem aquecido.
– Como é bom sentir essa brisa quente do aquecedor – sorri abanando as mãos na frente da maquina que soprava ar quente.
– Você devia ter colocado uma blusa mais quente – suspirou abanando as mãos na frente do aquecedor também
– Eu estou com 3 blusas enormes, a culpa é sua de querer vir de noite e de moto – mostrei a língua
– Não reclama, se não tivéssemos pego a moto, teríamos que pagar um absurdo de táxi – acrescentou e eu bufei. Ele seguiu até a bancada da lanchonete e eu me sentei nas mesinhas.
Enquanto Jin pedia um café quente, passei a ver os retratos de vários motoqueiros que passavam por esse mesmo restaurante e tiravam uma foto para botar na parede. Eram engraçados os diferentes tipos de motos e seus respectivos donos, era como uma volta ao tempo em pequenos papéis.
Jin se sentou na mesa e me entregou a xícara quente.
– É melhor você tomar tudo, temos um longo caminho pela frente – disse Jin tomando um gole do café e engasgando depois – Quente....
– Ei Jin... – esfreguei a mão na xícara – Você gosta da Lin?
Jin engasgou de novo, só que dessa vez tossiu e me encarou.
– Por que essa pergunta de repente?
– É que sei la, parece... – fitei a xícara.
Jin tomou mais um gole do café e se apoiou na mesa.
– Sinceramente? Não – deu de ombros, mas depois me olhou – Mas tem algo nela que me atrai, é estranho, eu não sei.
– Entendo – tomei um gole do café, que desceu rasgando na garganta – Queeeente!
– Você deveria ter assoprado antes – riu Jin, e eu mostrei a língua.
– Eu assoprei – respondi ainda com a língua pra fora – E eu não sei o que você vê na Lin, mas ela com certeza se derrete por você.
Jin deu um sorrisinho.
– Eu causo isso nas garotas
Peguei sua xícara e comecei a tomar.
– Chega de café pra você – sorri, ele bufou e passou a tomar o meu.
Depois de bebermos tudo e nos aquecermos um pouco mais no aquecedor, voltamos para a moto, e quando já tínhamos colocado o capacete e subido na moto, Jin parou por alguns segundos olhando para frente e perguntou.
– Amy, o que você tem com o Ryan?
Meu coração disparou um pouco pela pergunta repentina, tentei olhar para seu rosto mas seu capacete impedia a visão.
– Somos apenas amigos – respondi envolvendo meus braços de novo para sairmos – Por quê?
– Por nada – respondeu calmamente, depois se ajeitou e deu a partida no acelerador – Pronta pra voltar pra estrada?
Afundei minha cabeça em suas costas de novo e comecei a choramingar.
– Nããão
– Que bom – riu e acelerou a moto para a estrada – Porque temos um longo caminho pela frente.
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Geeente, pergunta pra vocês. Querem um enfoque no casal da Arme, da Elesis ou no da Mari? Isso ia ajudar bastante :DDD