Simplesmente Complicado escrita por Samy Ogawa


Capítulo 18
De plástico.


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar: Obrigada a KuroNeko e ao Black por favoritarem a fic, obrigada meeeeeeeesmo
Em segundo lugar: Culpem o cursinho pela demora do capítulo, ele ta tomando todo o meu tempo ùú desgraçado
Em terceiro lugar:É, culpem o cursinho mesmo, e não a minha falta de criatividade e enorme preguiça :D

Espero que gostemmm



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Fiquei parada em frente à porta por alguns instantes. Parte de mim queria simplesmente manda-lo ir ao inferno e sair batendo os pés fundo no chão. Mas a outra parte estava quase gritando de curiosidade para saber o que ele tinha para me dizer. E sinceramente, essa era a que mais me interessava.

Respirei fundo e encostei-me à batente da porta, cruzando os braços.

– O que você quer?

Ele deu um sorriso torto e se sentou no sofá novamente

– Você podia sentar aqui – disse batendo a mão de leve ao seu lado.

Hesitei por alguns segundos e ele suspirou, meio incomodado.

– Vamos Amy, eu não sou nenhum tipo de monstro

– Sabe, nas ultimas horas você tem sido bem pior que um

– Amy, por favor... – insistiu

Dei um longo e pesado suspiro e fui andando com os ombros abaixados e preguiçosos até chegar perto do sofá e arrastar uma cadeira até ele. Jin achou graça por eu não me sentar ao seu lado, mas não disse nada. Cruzando os braços, me encostei na cadeira e fiquei olhando para baixo, esperando ele começar a dizer alguma coisa e, por fim, ele respirou fundo e começou.

– Amy, eu queria te pedir desculpas, aquilo no restaurante foi... – ele procurou as melhores palavras para dizer – constrangedor, digo, da forma que você acabou descobrindo e pelo jeito de como tudo terminou

– Então você está me dizendo que aquilo realmente não foi um mal entendido? – levantei minha cabeça não conseguindo esconder a frustração. Jin abriu a boca para dizer algo mas a fechou; não consegui esconder minha decepção e balancei a cabeça em negação – Tudo bem, eu já entendi.

Me apoiei para me levantar da cadeira quando Jin segurou no meu braço e me olhou firme.

– Amy, eu ainda não terminei – continuou a fitar meus olhos – Eu disse que eu lamentava como tudo tinha terminado, mas em nenhum momento eu afirmei que o que você me acusou loucamente era devidamente a verdade.

Relaxei meus braços e me encostei na cadeira novamente. Ele soltou meus braços aos poucos e apoiou suas mãos em seus joelhos, seu rosto estava um pouco mais relaxado que no começo.

– Você entendeu tudo errado – me repreendeu passando os dedos na testa; e todos os meus músculos relaxaram em fração de segundos – Aquilo o que você ouviu da Lin não tinha nada a ver com um encontro romântico. Já ouviu falar no bufê de comidas exóticas que ocorre em todo inverno? Era onde íamos para escolher o cardápio pro jantar do evento.

Coloquei as mãos na cintura e chutei de leve a perna de Jin.

– Por que você não me disse isso na hora e ficou com aquela cara de culpado? – abanei as mãos – Aquela sua apreensão e o desespero da Lin só confirmavam tudo o que eu tava dizendo

– Eu sei, mas...

– E que raios foi aquelas suas desculpas quando eu tava saindo com o Ryan? Aquilo não fez sentido algum!

– Sim Amy, só que...

– E outra, o que foi aquela felicidade toda dela te confirmando que vocês poderiam sair?

– Sei la, o problema é...

– E você ainda ficou do lado dela quando...

– AMY – Jin perdeu a paciência e segurou nos meus ombros, depois respirou fundo, abaixando a cabeça e a levantando de novo – Eu to tentando te explicar, vê se me da uma chance pra tentar fazer isso.

– Desculpa... – fiz um bico

Jin revirou os olhos e suspirou. Dava pra perceber que ele tinha pensando muito no que ele iria me dizer, já que ele estava falando as coisas bem devagar e escolhendo muito bem as frases que iria usar.

– Eu não disse nada porque eu sabia que você poderia entender da maneira errada, você estava com a cabeça quente e não acreditaria em nada do que eu dissesse.

– Talvez – balancei a cabeça pensando na ideia

– Eu sei que sim – confirmou – E é por isso que eu deixei para te explicar tudo depois, eu só não achei que você fosse ficar tão brava...

– Bom, era você, a Lin, uma animação sobrenatural e um jantar noturno – encolhi os ombros – Não teria como eu ter pensado em outra coisa

– Eu sei – ele abriu um pequeno sorriso e apertou a minha bochecha – E eu sinto muito por isso

Comecei a rir baixo e joguei meus braços para trás.

– Isso é tão engraçado

– O que? – ele riu

– Que eu fiz aquela cena toda por uma coisa tão idiota assim.

Jin sorriu.

– Relaxa, se eu tivesse no seu lugar eu tenho certeza que teria pensado a mesma coisa – respondeu balançando o meu joelho – E sabe, você estava um pouco certa sobre o encontro – sorriu de canto com um olhar perverso – A Lin meio que tava querendo sair comigo amanhã à noite.

– AHÁÁ! Eu sabia! – bati a mão na perna com tudo

Jin deu risada

– Ela apenas estava dando a entender que queria.

– Que garota abusada – cruzei os braços, inconformada

– Só que eu simplesmente ignorei – deu de ombros – Ela sabe muito bem que eu estou compromissado.

– Então... – bati os dedos uns nos outros meio – Ainda vamos nos casar?

Jin olhou pra mim e não conteve o riso.

– É claro que vamos nos casar. Você ainda tem dúvidas?

Lancei um olhar óbvio para ele e peguei um copo de água que estava na mesinha que estava do lado do sofá e comecei a beber.

– Obvio que sim.

– Então você quer um pedido formal? – ele riu com o comentário seguinte – Quer que eu me ajoelhe também?

Engasguei com a água, o que o fez rir mais ainda. Ele olhou em volta de seu apartamento à procura de algo e saiu andando.

– O que você ta procurando? – fiz uma cara curiosa

– Espera um pouco Amy, já venho – murmurou Jin rápido enquanto se virava de costas e corria para a cozinha.

Fiz uma cara de tédio e me joguei no sofá, que soltou o maior pó com o peso do meu corpo. Comecei a tossir feito louca e gritei emburrada.

– O Jin, você não ia limpar esse lugar não? Ta parecendo que esse sofá foi usado há décadas.

– Esquece isso Amy – gritou Jin da cozinha – Você limpa depois, já que vai ser dona de casa mesmo

– O QUE?? – bati a mão no sofá, que soltou uma nuvem de pó de novo.

Ouvi uma gargalhada vinda da cozinha e rosnei.

– Já to indo aí Amy, espera um pouco – respondeu ainda rindo. Alguns segundos depois ele apareceu entrando na sala devagar com um sorriso travesso estampado no rosto, mas com as mãos atrás das costas.

Inclinei a cabeça tentado ver o que ele escondia atrás, mas ele negou com a cabeça e alargou o sorriso.

– Não te disseram que é feio tentar ver as coisas das outras pessoas?

Fiz uma cara emburrada e um bico ao cruzar os braços. Jin deu risada de novo e andou até onde eu estava, ficando à minha frente.

– Amy, feche os olhos – pediu Jin

Estreitei os olhos e o encarei.

– Por que? O que você vai fazer?

Jin entortou os lábios e revirou os olhos.

– Quer parar de estragar a surpresa?

Mostrei a língua e fechei os olhos por pura obrigação. Fiquei parada de braços cruzados balançando as pernas até que eu senti algo se aproximando de mim, e quando eu abri os olhos para ver o que estava acontecendo, meu coração parou e meus olhos arregalaram. Quando eu finalmente abri, Jin estava de joelhos sorrindo para mim com dois anéis de plástico em uma caixinha de fósforos. Ele pegou uma das minhas mãos e sorriu.

– Você se lembra daquela vez na casa da árvore em que juramos que seriamos melhores amigos para sempre?

Fiz que sim com a cabeça e comecei a sorrir feito imbecil. Jin passou a fitar meus olhos, esfregando o polegar na minha mão

– Naquele dia estávamos brincando de castelo. Eu era o cavaleiro medieval e você a princesinha encantada e, pra variar, você senhorita Amy, fez a brincadeira ficar absurdamente difícil. Colocou milhões de armadilhas no jardim para eu conseguir chegar até a casa da arvore. Fora que eu cai da escada umas 4 vezes por sua culpa.

Comecei a rir e levei as mãos ao rosto. Aquela altura eu já não estava mais pensando no ocorrido com a Lin. Pelo menos não naquele instante.

– E quando eu finalmente cheguei à casa da árvore, você estava usando aquele seu vestido rosa bufante cheio de gliter. E francamente Amy, você não enjoava daquele troço? Usou o vestido até fazer 13 anos – balançou a cabeça inconformado, fiz uma careta e ele me lançou um olhar travesso – Não vai me dizer que você ainda tem aquela coisa.

– Claro que não! Eu nunca vou admitir que eu ainda tenho aquele vestido guardado em uma mala no fundo do guarda roupa. – dei uma piscadela e ele riu.

Por fim, ele pegou o anel de plástico e ficou o olhando com um sorriso.

– Esse foi o anel que eu pedi pra casar com você durante a brincadeira, e você me pediu para guarda-la para sempre, que era essa a nossa promessa de que ficaríamos juntos até o fim do mundo – Jin pegou a minha mão e pôs o anel na palma da minha mão e a fechou – E agora essa é a minha promessa para você. Eu te prometo que vou te fazer um feliz pra sempre.

– Jin...

– Mesmo até depois dos papéis de divórcio – ele riu, e eu ri junto.

Abri um sorriso enquanto segurava forte o anel, pisquei os olhos várias vezes e me contive. Lancei meus braços sobre ele para o abraçar, só que joguei meu corpo tão bruscamente que acabamos nos desequilibrando. E quando caí sobre ele, meu corpo inclinou para frente fazendo com que minha cabeça chegasse tão perto da dele, que acabamos dando um selinho por acaso.

– GAAAAAAAH!! DE-DESCULPA – gritei pondo a mão na boca enquanto pulava para o outro lado

Jin estava totalmente vermelho, e minha cara não estava longe disso.

– N-não foi nada – Jin tentou se consertar, mas sua mão estava em sua boca e seus olhos não paravam de me fitar.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, tentando fingir que nada tinha acontecido. O que obviamente não estava dando certo.

Cocei a cabeça e tentei balbuciar algumas palavras, mas saíram apenas murmúrios, aos quais Jin começou a rir baixinho ao ouvir. Ele olhou para mim achando graça e deu um beijo na minha bochecha.

– Foi sem querer, isso acontece. - ele se levantou, estralando as costas e sorrindo para mim. Assenti com a cabeça e sorri para ele.

O silêncio voltou por mais alguns minutos, mas logo Jin começou a se alongar e olhar direto pra cozinha.

– Agora que esse momento constrangedor passou, posso ir la comer? Eu não comi nada desde que você saiu correndo com o Ryan para sei la onde – ele resmungou ao dizer o nome do alaranjado – Falar nisso, para onde vocês foram?

– Fomos até a praça – dei de ombros – E o resto... – abri um sorrisinho– é segredo.

Jin começou a resmungar e eu sai rindo para a cozinha para procurar algo na geladeira, já passava da meia noite e estava tudo silencioso. E então foi quando meu celular vibrou no bolso por um número privado.

Uma voz familiar fez meu corpo arrepiar.

– Amy, você precisa voltar pra casa – houve um silêncio na linha – O papai sofreu um acidente.


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Notas finais do capítulo

Geeeeeente, a todos os que enviaram reviews no capítulo passado, não deu pra eu responder ainda, desculpa @-@ mas vou responder todos amanhã! Nem as fics que eu acompanho eu não to conseguindo acompanhar direito, a vida não é bela....

E já que o cursinho ta tomando tanto tempo, vou tentar pelo menos postar uma vez por mês :D