Crescidos !! escrita por Bianca Saantos


Capítulo 64
Discutindo os preparativos - Penúltimo Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Oi Gent!!!

Queria pedir desculpas pela demora novamente rs' E agradecer aos lindíssimos comentários !!!

Boa Leitura!!!



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Por Naty #

Estávamos em uma reunião com o Marotti, para decidir as coisas do nosso show, que ainda não sabíamos se iríamos fazer, pois fazia muito tempo que não cantávamos. Pelo menos eu, depois que terminei o Stúdio, tive meus momentos de fama, de alegria, mas agora, não sei, está tudo meio parado...

_Não sei se será legal fazer isso – Ludmila disse com uma cara nada animada. – Eu nem trabalho mais com a música, tipo, eu canto, eu acho, mas meu mundo agora é a decoração gente, eu vivo disso, e me acho muito boa na minha profissão.

_Isso não vem ao caso Ludmila – Marotti disse irritado com nossa falta de animação. – O último. Pensem um pouco. Será a última vez que terão o palco só para vocês, todos juntos de novo. Cantando e dançando.

_Não temos músicas novas – falei. – Só sabemos as nossas músicas antigas, e provavelmente nem lembramos direito.

_Concordo Natália – Ludmila disse. – Marotti, entenda que os únicos que seguiram a carreira e tem capacidade para fazer essa loucura, é o León e a Violetta, nem sei se ainda sei me posicionar no palco.

_Ao menos que você seja burra, não consiga se posicionar no palco. – Camila pronunciou. – Pessoal, é a última vez, vamos fazer uma dentro – insistiu. – Será legal, e nós nem precisaremos cantar músicas novas, vai ser um show, relembrando tudo, coreografias e tudo mais!

_Vamos fazer por nós, pela nossa amizade, pela Francesca – Maxi disse. Pela Francesca? – Gente é a última vez, vamos todos seguir nossos caminhos, e iremos viver separados, um mais longe que o outro, mas sempre terão aqueles mais pertos, lógico!

_Eu acho que temos que fazer isso – Violetta se manifestou pela primeira vez. – Será uma oportunidade única de mostrar que temos a mesma força e união que alguns anos atrás. – disse.

_Por favor, gente – Francesca implorou com as mãos juntas. – Vamos, por favorzinho! Não terá graça se não estiverem todos.

Depois de muita falação, muita discussões, e brigas...

_Tá bom! Vamos fazer isso de uma vez – Ludmila disse pegando os papeis que estavam em cima da mesa, dando um para cada pessoa. – Mas se vamos fazer... Vamos ter que fazer direito, e com grande estilo, deixando todos de boca aberta com a nossa volta.

_Não é exatamente a “nossa volta” – Camila riu. – É a nossa única e última apresentação. Então sim, vamos fazer direito.

Por Francesca #

_Podíamos iniciar com... – pensei um pouco.

_Hoy somos más? – Camila perguntou. – En gira?

_Não... – Violetta disse. – Pelo menos para o início e para o final, teríamos que fazer uma música, todos juntos, porque não seria legal utilizar as músicas antigas, iniciando uma abertura e uma finalização já feita há alguns anos atrás, né?

_Tem toda razão – murmurei.

_Então temos muito trabalho a fazer – Francesca disse olhando atentamente para o papel. – Mas essa data... Está muito em cima, não vamos ter tempo para fazer duas músicas em menos de uma semana, e ainda preparar a voz... Porque a minha deve estar um fiasco!

_E a minha então – Camila disse fazendo uma careta.

_Mãos a obra! – Violetta disse se levantando de sua cadeira. – Precisamos correr, realmente não temos muito tempo, enquanto a data... Já fizemos uma música em menos de 24h, então temos bastante tempo, não acha?

_Não sei... – Francesca disse. – Na época éramos cheios de energia, e agora não sabemos nem se teremos a nossa voz – riu.

Ficamos decidindo, como iriam ocorrer as coisas a partir de hoje. Conseguimos mudar a data para daqui duas semanas, bom, é melhor que uma. Ficamos dividindo as coisas, pensando em cada detalhe do show. Sentia como se fosse o primeiro show da minha vida, sentia-me nervosa e ao mesmo tempo muito ansiosa.

_Maxi. – o chamei assim que entramos no carro, já estava tarde e precisávamos ir para casa. – Por que... “Pela Francesca”? – perguntei não entendo o motivo de ele ter falado aquilo em plena reunião.

_Do que está falando? – perguntou confuso.

_Você disse que tínhamos que fazer isso por nós e pela Francesca, realmente eu não entendi. – falei o olhando séria.

_Ah, eu acho que eu não te contei – murmurou. – A Francesca quer voltar à Itália, e foi ela quem teve a ideia de nos fazer voltar a cantar, pela última vez, para ela ir de vez à Itália.

_Mas... Ela nunca mais vai voltar? – perguntei um tanto curiosa.

_Sim, vai, mas só para visitar. – explicou. – Ela e o Marco não têm muito que fazer aqui em Buenos Aires, porque a família do Marco vai voltar para o México novamente, sendo assim, os dois não terão nenhum dos familiares aqui.

_Entendo – murmurei.

_Vamos buscar a Lena? – perguntou.

_Ela está na casa do namorado, acho que vai ficar por lá, porque não me mandou mensagem hoje. – falei verificando o celular. – E também não me ligou nenhuma vez.

_Eu não gosto daquele cara. – murmurou.

_Maxi, você não é pai dela, e quem tem que gostar dele não é você, e sim ela. – disse. – E essa sua preocupação com a Lena tá muito estranha...

_Eu hein, já tá pensando besteira né? – perguntou rindo. – Natália, cuidar da Lena, é só isso que eu penso em relação a ela. Por mais que ela não seja tão novinha, ela é uma completa desmiolada com essas coisas, então é normal que nos preocupemos, não acha? – Onde está o Bruno? – perguntou parecendo se lembrar da criança justo agora.

_Elena foi levá-lo para passear, e depois deixou com a minha mãe. – disse. – E eu duvido muito que ele vai querer sair de lá, principalmente porque está de noite, e ele vai vir com aquela típica pergunta: “Mamãe, posso dormir aqui?” – rimos.

_E a sua mãe vai insistir para que você deixe. – riu. – Então mais tarde ligamos para ela, e pedimos para o bruno ficar a noite lá.

_Ela vai amar – ri.

_E nós também, porque teremos a casa só para gente – sorriu malicioso.

_Nem pense – adverti. – Vamos pensar em tudo que temos que preparar para o show, e te garanto que é muita coisa! – avisei.

_Estraga prazeres – murmurou. – Só estava pensando em fazer uma coisa diferente.

_Conheço essa “coisa diferente” – falei rindo.

Por Francesca #

Já estava em casa, colocando a Julie escândalo para dormir, o Lucas já havia dormido faz um bom tempo, aquela teimosa que não parava quieta.

_Julie, por favor, pelo grande amor que você sente pela sua linda e maravilhosa mãe, vai dormir amor – falei a sentando em meu colo. – Você está cansada, e amanhã eu não vou deixar você acordar tarde.

_Mãe...

_Julie – falei um pouco mais séria. – Sem gracinhas – falei a pondo pela décima vez na cama. – E se você sair daí de novo, eu juro que nunca mais te deixo tocar nas suas bonecas.

Ela me olhou com raiva, e abraçou sua bonequinha de pano, que a Ludmila havia dado de presente para a mesma, e virou para o lado oposto. Sorri, parecia que ela só funcionava fazendo chantagens. Puxei o cobertozinho rosa para cima, cobrindo-a. Dei-lhe um beijo e outro no Lucas.

Assim que fiz isso, escutei uma melodia doce, vindo de um instrumento que eu, particularmente, amo, o violão. Fui até a sala, porque o som estava vindo de lá. Encontrando assim, o Marco.

_O que está tocando? – perguntei me sentando ao seu lado.

_Violão – brincou dando uma leve risada e eu o olhei com uma cara do tipo: “Jura”? – Só estou tentando inventar algo da minha cabeça...

_Para o show? – perguntei e ele assentiu escrevendo algo em seu caderninho.

_Olha só o que eu consegui escrever, pode se considerar uma coisa boa, e até poder fazer o restante da música com esse pequeno trecho que escrevi. – falou me entregando o caderno.

“La felicidad se resume en una única palabra.”

“Cantar. Para nosotros es lo que Importa”.

_“De esto se trata los soños

De esto se trata la nuestra vida

Se trata de recomenzar”

_É muito bonito – falei relendo aquele pequeno trecho que o Marco tinha escrito. – Resume bem a nossa realidade.

_É, mas ainda falta muito, e não está tão bom, não ainda – suspirou. – Sinceramente não sei se seremos capazes de fazer isso Francesca.

_Não seja negativo – falei. – A gente tem que tentar, senão nunca vamos saber que somos ou não capazes.

_Fran, entenda... – disse tomando o caderno de minhas mãos. – Isso aqui não passa de uma simples tentativa, de uma simples rima de palavras, e olha tá completamente sem sentido.

_Eu não achei sem sentido – murmurei. – Se colocarmos mais coisas...

_É esse o problema – falou irritado. – Que coisas Francesca? Quais palavras?

_Não sei! – exaltei-me. – Temos que pensar, e não agir sobre pressão, porque senão não sairá nada!

_Mas...

_Chega – falei. – Você conseguiu me estressar. – disse me levantando. – Boa Noite. – disse dando as costas para o mesmo.

Por Violetta #

_“Y tal vez no sea el fin. Sea sólo el comienzo de una nueva esperanza. Que permanecerá en mi, en nuestros coraciones... – dei uma pausa na cansão. – Será nuestra semejanza.”?

_Está muito bom – ouvi alguém dizer, e logo vi a imagem do León, se apoiando no piano que existia em nossa sala.

_Eu não acho – murmurei. – “Será nossa semelhança”, não sei se é uma frase boa. – falei pondo minhas mãos sobre as teclas do piano. – É muito complicado, e... As meninas já dormiram? – perguntei e ele apenas assentiu com um suave sorriso no rosto. – Desculpa não ter ido de ajudar, eu precisa por essa melodia que eu pensei no piano...

_Não faz mal – León disse se sentando ao meu lado, lendo a pequena folha, arrancada de um caderno, que eu tinha escrito uma pequena parte de uma música. – E se... – ele começou colocando suas mãos nas teclas, fazendo com que eu tirasse as minhas rapidamente. – Y tal ves no sea el final. Sea sólo el comienzo, de una esperanza que virá en nuestros coraciones, buscando la eternidad e deseando la felicidad, para que podamos vivir en nuestra paz. – cantou, acompanhado do som do piano. – Está vendo? Sumi com essa tal “Será nossa semelhança”, realmente havia ficado sem sentido na música.

_Como você consegue? – perguntei sorridente. – Ficou muito melhor assim León.

_Me veio agora na cabeça – riu. – Mas seria bom se acelerássemos o ritmo, está muito lento. – falou pegando a folha e reescrevendo minha frase.

_Está bem... – murmurei.

_Está cansada? – perguntou e eu assenti. – Deixa essa música pra depois, já fez bem em conseguir fazer algo em menos de duas horas – rimos.

_Temos que fazer isso logo – bocejei. – Não quero acumular trabalho.

_Eu sei que temos muito que fazer, mas... – disse se levantando e me puxando junto. – Ficar forçando a cabeça em frente em um piano, esperando que uma letra de música apareça magicamente, não vai adiantar.

Suspirei, eu sei que não vai adiantar, mas era necessário... Eu não estava com criatividade, muito menos com vontade. Olhei para León que estava em minha frente, amanhã daremos um jeito nisso. O Maxi e Broduey são muito bons em improvisações, e isso pode ser muito útil para nós.

_Para de pensar – León falou rindo, roubando a minha atenção. – Aposto que estava penando novamente no show.

_Sim – falei. – Isso está me deixando preocupada e levemente ansiosa.

_Esquece isso – murmurou. – Pelo menos hoje. – disse me dando um rápido selinho. – Você vai pirar se ficar duas semanas desse jeito.

_Tá bem – falei aproximando-me dele. – Vou esquecer – murmurei encostando nossas testas. – Vou pensar em... Você, apenas está noite. – falei e ele riu.

Suas mãos encontraram minha cintura, puxando meu corpo em direção a ele. Minhas mãos foram até seu peito, e logo alcançaram sua nuca, provocando de imediato um beijo, suave e gostoso.

Quando as coisas pareciam estar perfeitas, sem nenhum tipo de interrupção, isso acaba. León parecia ter fôlego até o fim da noite se preciso. Ouvi um choro sentido, um choro que me fez despertar a realidade.

_Paramos aqui – falei sorrindo me afastando dele, causando certo desgosto no mesmo. – Vou dar uma olhada em nossas filhas – disse lhe dando um beijo na bochecha, percebendo seu olhar de frustração.

_Deixa que vou. – León disse resmungando e eu dei risada.

Ele saiu indo em direção ao quarto delas, que não ficava muito distante da sala. Enquanto isso eu voltei ao piano, mas antes de tocar no mesmo, o telefone tocou.

_Quem é?

_Eu – era Camila afoita. – Não sabe o que eu e o Broduey conseguimos compor – falou contente do outro lado da linha. – Foi um pequeno trecho, mas acho que serve.

_Eu e o León também fizemos algo, pequeno, mas fizemos, creio que está bom, pelo pequeno tempo em que tivemos para isso.

_Perfeito! – exclamou. – Amanhã nos encontramos de novo certo? – confirmei. – Ok, então vou levar o que fizemos, e também a melodia em que eu pensei, não sei se ficou muito boa, mas...

_Camila, qualquer coisa que façamos será bom – ri cortando sua ansiedade e euforia que ela falava ao telefone.

_É verdade – suspirou. – Vou desligar, preciso colocar a Mel para dormir... – disse com a voz cansada. – Amanhã nos falamos, Beijos!

E antes que eu pudesse responder, ela desligou o telefone...

_Quem era? – León perguntou surgindo na sala.

_Camila e seus ataques de ansiedade. – falei.

_Acho que agora teremos tempo para “namorar”, pelo menos um pouco – disse olhando em direção ao quarto das meninas, me fazendo dar risada.

_Se elas não acordarem berrando... – falei o puxando para o sofá. – Teremos bastante tempo. – riu.

_Então é melhor começarmos agora – falou me puxando para seus braços...

...


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