Crescidos !! escrita por Bianca Saantos


Capítulo 65
O Último Show - Último Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Oi

Queria agradecer aos comentários durante toda essa história, e agradecer a quem acompanhou por todo esse tempo, mesmo não sendo uma das melhores, acho legal agradecer ao apoio que me deram durante todo esse tempo :)

Bom, espero que gostem desse último Capítulo, tentei escrever o que eu realmente queria desde o começo, mas só vc's vão poder me dizer se realmente ficou bom. Então... Boa Leitura !!



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Por Camila #

_Mel – a chamei para acordar. – Meu amor acorde – disse a chacoalhando bem delicadamente, para não acordá-la no susto.

Vagarosamente ela se mexeu na cama, virando seu corpinho para mim, e lentamente abrindo aqueles olhos com uma preguiça imensa, me fazendo dar risada. Ela resmungou baixinho, e continuou deitada.

_Temos que ir à escolinha, esqueceu? – perguntei a ajudando a se sentar.

Ela apenas balançou a cabeça positivamente, e esfregou aqueles olhinhos. Como sempre fazia, se levantou, indo até o pai dela, para que lhe desse um banho, como todas as manhãs.

Arrumei a cama dela, e logo separei a roupinha para ir à escolinha. Mel ainda estava no banho, então fui até a sala, tocar um pouco, e relembrar a melodia que eu e Broadway tínhamos feito uns dias atrás. Até que não estava tão ruim, precisava de mais alguns acordes...

_Mamãe – escutei a Mel me chamar um pouquinho alto, fazendo-me virar para trás um pouco assustada, pois estava distraída pensando em como complementar aquele projeto de música.

_Oi – murmurei enquanto ela vinha até mim, com aqueles cachinhos bagunçados e molhados, que a deixavam incrivelmente linda, mas não poderia nunca deixá-la daquela forma.

Rapidamente me entregou o pente que estava em suas mãos, facilitando o meu trabalho de deixar aqueles fios emaranhados em ordem. Assim que terminei, coloquei seu laçinho que tanto amava.

_O que você estava fazendo com isso? – perguntou sentando-se do meu lado, apontando para o violão que estava entre os meus braços.

_Compondo – falei sorrindo e ela me olhou ainda não entendendo absolutamente nada. – Estava fazendo uma música – expliquei um pouco mais clara, vendo a mesma abrir um sorriso.

_O que é isso? – perguntou novamente apontando para o eu instrumento.

_Um violão – falei rindo. – É aqui onde sai o ritmo das músicas que você assiste naquele programa de televisão.

Fiquei explicando o que era exatamente um violão, até toquei um pouco para fazê-la ouvir como era o som, e Mel ficou toda encanta. Ela pegou no violão para ter mais contato físico e achou incrível, e também enorme, porque o violão era praticamente do tamanho dela, um pouquinho menor.

_Mel... – Broadway apareceu com a mochilinha dela na mão, com as roupas molhadas, por conta do banho que havia dado nela, e como bem conheço minha filha, ela é bem agitada quando está debaixo da água.

_Pode deixar que eu a levo amor – falei me direcionando até ele e pegando a mochilinha, dando-lhe um beijo na bochecha. – Depois que eu deixar a Mel na escola... Terei que ir à casa da Vilu, ok?

_Tá bom... – murmurou beijando minha testa. – Vou à gravadora, falar com o Marotti, na verdade é mais para pedir informação.

_Então tá bom, não se esqueça de pegar a Mel depois – avisei e ele assentiu.

Peguei-a no colo e saímos de casa, ela estava animada para ir à escolinha, na verdade, sempre estava animada para ir à escola, pois adorava ficar com aquelas crianças, e também admirava muito a professorinha dela.

_Mel – falei assim que chegamos à frente da escola. – Não faça nenhum tipo de birra tá? – falei como falava todas às vezes antes dela cruzar aquele portão.

Ela apenas assentiu sorridente, dando a mão para a monitora e partindo para dentro da escola. Ela acenou dando tchau para mim e eu ri, essa menina não era nenhum pouco sem vergonha.

Por Violetta #

_Dani – falei enquanto a balançava de um lado para o outro, e havia dar risos de alegria, me fazendo ficar completamente sorridente. – Eu te amo – falei tocando aquele narizinho tão perfeitinho.

Continuei a balançá-la e ela continuava a dar aqueles risos que me emocionavam a todo o momento, me fazendo transbordar de felicidade, era uma maravilha ver minhas filhas rindo assim... Tão contagiante.

_Adoro te ver assim – escutei uma voz rouca atrás de mim, me fazendo cessar os movimentos com Dani, e voltar o meu olhar para trás, encontrando o León com um suave sorriso no rosto.

Sorri de volta, colocando aquele pingo de gente de volta no carrinho, ela estava agitada, e a Isa estava quietinha no berço, dormindo. Levantei-me do sofá onde estava, e fui até o León.

_Também adoro de te ver assim – falei arrumando a gola de sua camisa.

_Você sabe que... Temos que ir até o lugar onde marcamos a reunião, para conversar com o Marotti sobre esse show, e os preparativos finais. – falou passando a mão por minhas costas, e logo escorregando até a minha cintura. – Então pensei em deixar as meninas com a minha mãe, e aí teríamos a noite livre...

_Hm... Para que exatamente? – perguntei sorrindo.

_Para termos um momento só nosso – disse tocando a ponta do meu nariz.

_León... – falei séria e ele riu.

Fiz uma careta e ele riu. León me deu um breve selinho, que teria sido muito mais, caso a campainha não tivesse sido tocada, me fazendo afastar-me assustada dele. Estava tudo ótimo. León foi até a porta para ver quem era...

_Camila? – perguntei surpresa.

_Oi pra você também amiga – disse irônica. – Não me diga que esqueceu o porquê de eu ter vindo aqui? – perguntou entrando e logo parando a minha frente com os braços cruzados.

Olhei bem para cara dela, e depois de uns dois minutos me toquei, tinha que preparar as coisas para o show. Os figurinos e... Tinha me esquecido de tudo isso. Camila pareceu ver que eu tinha caído na real e sorriu.

Voei até o meu quarto, pegando minha carteira e colocando-a em uma bolsa média, e logo indo em direção ao quarto das meninas, dando um beijo na pequena Isa que se encontrava mole e dorminhoca na cama. Dirigi-me até a sala, dando um beijo na pequena Dani, e logo um selinho em meu doce León.

_Mas... – León segurou meu braço. – Aonde vai?

_Volto antes de anoitecer – falei sorrindo meiga para ele.

Ele sorriu e me puxou para outro beijo, um pouco mais longo, o que fez Camila tossir propositalmente, fazendo me lembrar da existência dela ali. Separei-me de León e lhe mandei um beijo no ar, logo saindo De casa.

_Vocês são excessivamente melosos. – Camila comentou assim que entramos em meu carro, e eu simplesmente dei risada.

Por Federico #

Se eu não ficar louco hoje, juro que não duro por muito tempo. Ludmila estava me deixando maluco com esse negócio de show, talvez fosse uma má idéia isso. Ela estava tão ansiosa que mal sentava para se acalmar ou sequer pensava em se acalmar.

_Vou ter que te amarrar – falei me levantando e indo até ela, que até então não tinha entendido o porquê de minhas palavras.

Assim que cheguei próximo a ela, passei meus braços por suas costas e logo pegando suas pernas, levantando-a do chão. E assim andei com ela no colo, subi as escadas e entrei em nosso quarto.

_Federico – disse se debatendo, tentando sair de meus braços. Coloquei-a no chão e ela me olhou brava. – Por que fez isso?

_Porque você vai me deixar doido se continuar nesse stress todo. – falei sentando em minha cama e logo jogando meu corpo para trás.

_Federico eu estou nervosa, ok? – falou gesticulando, e eu apenas fechei os olhos, pronto para ouvir as baboseiras que ela iria falar. – E eu preciso pensar em alguma letra, alguma melodia, alguma...

_Você precisa buscar se acalmar – falei a interrompendo. – Eu até deixei o Yuri lá no quarto de brinquedos com a babá, para ver se você aquieta um pouco.

_Você não entende – disse baixo se sentando ao meu lado. – Vamos voltar ao palco depois de muitos anos – disse num suspiro. – Tenho medo de me sair mal, de pagar mico no meio de tanta gente que vai nos ver, tenho medo de não sair como todos esperam. – falou num tom estranhamente triste.

_Você vai se sair bem – falei sorrindo. – Vai ser aquela estrela brilhante dos meus sonhos novamente, a mais brilhante de todas. – falei e a vi abrir um grande sorriso, e logo me dando um apertado e demorado abraço.

Três dias depois...

Por Francesca #

_Francesca... – Marco dizia desesperado pela milésima vez.

_Dá para se acalmar – falei arrumando sua camisa que estava toda bagunçada em seu corpo. – Já não basta invadir meu camarim, tem que estar tão desesperado? – perguntei fechando o último botão.

_Os garotos não tem o mesmo dom de me acalmar como você – falou assim que terminei. – Por isso tive que “invadir” seu camarim.

_Não só dela né? – Violetta disse vidrada no espelho enquanto passava base na face. – Mas eu vou deixar vocês a sós. – falou pegando o roupão e colocando sobre o corpo. – Preciso falar um segundo com o León. – falou sorrindo e saindo nos deixando sozinhos.

_Estou feliz – Marco disse agarrando minha cintura.

_Eu também – falei descendo minhas mãos até seu peito. – Mas eu estou um pouquinho triste também... – suspirei. – Depois disso, teremos que...

_Não pense na viagem agora amor – falou tirando uma mexa do cabelo que estava em meu rosto. – Aproveite o momento. E eu já te disse que você não é obrigada a ir para a Itália – disse acariciando minha bochecha.

_Marco... – suspirei. – Não quero falar sobre isso. – disse.

Ele apenas assentiu com um sorrisinho no rosto, e logo pousou seus lábios nos meus, em um beijo leve, calmo, que com passar dos segundos, ganhou a inesperada intensidade, cheio de amor e carinho.

_Eu te amo demais – murmurou me fazendo sorrir.

Por Violetta #

_Naty! – Camila gritou me dando um susto enquanto eu passava por aqueles corredores. – Devolva o meu spray, preciso disso para fixar o meu penteado. – disse nervosa.

_Espera – Naty disse se olhando no espelho enquanto passava o spray a todo instante no cabelo. – Preciso de mais um pouquinho aqui – falou passando em um lado do cabelo. – E agora aqui.

Foi tanto spray que o corredor ficou tomado pelo cheiro forte e tóxico daquela coisa química que deixava o cabelo das pessoas duro! Passei tossindo ali, aquilo passou pelo meu nariz atingindo a minha cabeça, me dando uma forte tontura. Parei de enrolar e segui até o camarim do León.

Assim que cheguei ali, abri a porta na maior naturalidade, encontrando León sem camisa totalmente... Maravilhoso. Mas logo meu campo de visão foi tomado pela imagem de Maxi, sem calças passando por aquele espaço. León arregalou os olhos a me ver, principalmente ao ver o que eu estava vendo.

Sentindo minhas bochechas inteirinhas queimarem, cobri os olhos e virei de costas, para não ver mais aquilo. Ouvi gritos do León mandando o maxi colocar uma roupa e Maxi ria se divertindo com aquela cena.

Assim que me certifiquei que Maxi já estaria vestido, me virei para trás de novo, encontrando León com as bochechas vermelhas, assim como a minha deveria estar, mais a deles eram de irritação as minhas de vergonha.

_Me desculpe – falei um tanto sem graça. – Deveria ter batido na porta antes de entrar – falei olhando para Maxi que tentava controlar a vontade de rir que estava visível. Maxi apenas assentiu e disse que iria a procura de Naty.

_Não tem problema – suspirou se sentando na cadeira, me puxando, fazendo com que eu ficasse em meio a suas pernas, e então ele segurou minha cintura.

_Maridinho ciumento – falei beijando seu queixo.

_Eu quero matar o Maxi – murmurou me causando risos. – Sei que é exagero mais... O que você faria se eu encontrasse uma se suas amigas sem...

_Eu simplesmente surtaria – ri, segurando em seus ombros.

_Eu te amo – ele disse beijando minha bochecha. – Te amo demais – disse beijando o outro lado.

_Eu também – falei rindo. – Amo tanto, tanto – suspirei.

...

Em meio a tanto nervosismo, saímos dos camarins, prontos para brilhar, côo diria Ludmila. Eu estava ansiosa, queria poder ter mais um dia para me preparar, mais tudo que eu tinha eram uns dez minutos para me preparar psicologicamente.

_Vilu – Francesca disse pegando em minha mão. – Você está gelada. – riu.

_Estou nervosa – corrigi.

_Todos estamos – Ludmila disse agarrada á mão de Federico.

_Se continuar assim, sua voz não vai sair – Francesca disse séria, o que era verdade, porque quanto mais você fica ansiosa, mais o nó em sua garganta cresce e mais fraca sua voz sai.

Abri a cortina vermelha, para espiar o público, e a primeira pessoa que vi foi Angie com uma de minhas filhas no colo, e ao lado dela o meu pai, babando pela menininha que estava nos braços de Angie. Ao lado de papai estava Julieta, conversando animadamente com a Olga e o Ramalho, sorri ao ver todos os meus familiares ali. Olhei para a fileira de trás, e encontrei os pais de León animados também, com a minha outra filha nos braços da mãe de León, olhando a todo o tempo para o palco. Aquilo só aumentou ainda mais o meu nervosismo.

_O que está vendo por aí? – a voz de León soou atrás de mim, me fazendo fechar a pequena fresta que havia aberto.

_O público – disse sorrindo nervoso. – Sua família está aí – falei e ele abriu um grande sorriso. – Eles parecem animados com o show. – falei com o estomago embrulhado, me dando um grande enjôo.

_E você está com cara de quem vai desmaiar assim que pisar os seus pés no palco – rimos. – Vai dar tudo certo.

_Esperamos – sorri inspirando o ar com dificuldade.

_Cinco minutos – Marotti anunciou.

Francesca estava fazendo o aquecimento vocal juntamente com Camila e Ludmila, enquanto Naty se desesperava ao lado de Maxi, que em vão, tentava acalmá-la. León começou a repassar a música que havíamos criado com Broadway e com o André que estava extremamente entusiasmado.

Diego repassava em um canto os passos novos do show, enquanto cada vez mais, eu sentia minha garganta se fechar, e uma tremenda falta de ar me invadir, obrigando o meu coração a bater num ritmo altamente descompassado. Pensei que ia enfartar ali mesmo.

É hora do SHOW!

Violetta juntamente aos outros integrantes do grupo se juntaram em suas posições. As luzes do palco foram todas apagas, fazendo com que o público ansiasse pela apresentação.

As cortinas se abriram revelando apenas o contorno do corpo de cada artista que ali se encontrava. Cada um com um pensamente diferente, cada um com uma sensação e um sentimento diferente, mas sendo guiado pelo mesmo desejo de fazer aquele último show, valer apena em todos os segundo.

As luzes se acenderam, mostrando o corpo e rosto de cada personagem, cada artista, cada pessoa. O público se alegrou ao vê-los. O ritmo começou a tocar, e uma adrenalina os invadiu cada um dia uma forma, mas todos foram invadidos, pela vontade de fazer melhor.

Assim o show começou, fazendo com que cada um desse o melhor de si em cima daquele palco, que era pouco para demonstrar o tamanho do amor e amizade que sentiam pela música e por eles mesmos.

...

_Pero ahora es el momento de decir adiós.

E assim as luzes voltaram a se apagar, mas depois de uns segundos voltaram a ser acesas, mostrando um grupo de músicos completamente emocionados, assim como o público. Familiares chorando de alegria e felicidade por ver até onde eles foram com aquele entusiasmo.

Deram as mãos, e unidos se curvaram diante daquelas pessoas que realizaram o último sonho de estarem todos juntos novamente. Uns pelos outros. Recebendo os aplausos de pé, com aquele público que se encantou ao ver o trabalho que aqueles “garotos” acabaram de realizar.

“... Não é o fim, sabemos disso, mas no momento, teremos que nos contentar de que esse foi o fim, talvez não o tão esperado fim, mas o mais certo...”


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Notas finais do capítulo

Obrigada leitores, que mesmo aqueles não comentaram, acompanharam a história, e me fizeram muito grata e feliz. Obrigada por tudo !!

Não sei muito o que dizer com esse fim, mas o que eu posso dizer? Só posso agradecer né? Então é isso...