Crescidos !! escrita por Bianca Saantos
Notas iniciais do capítulo
Oii
Obrigado a tds os comentários e pela linda recomendação da Doce ANONIMATO
Obrigada mesmoooo
Fui até a porta e dei de cara com...
_Francesca?! – perguntei surpresa, e ao mesmo tempo irritada por interromper um momento tão perfeito com o León!
_Desculpa o horário... – ela disse sem graça.
_Não... Tudo bem! – falei. – Entre!
Francesca entrou em minha casa e León deu um pulo do sofá onde ele estava. Ela ficou parada na frente dele o encarando, ele balançou a cabeça e eu não entendi absolutamente nada do que estava acontecendo. Fui para o lado de León, e o mesmo me abraçou de lado.
_Vilu, você pode pegar a minha bolsa, acho que está na cozinha – ela disse com um nervosismo, ela estava aprontando algo!
_É Vilu, acho que eu vi uma bolsa na cozinha – León disse olhando sério para ela – assenti e fui. Esses dois estavam esquisitos demais.
Por Francesca #
Fui a casa do León, para podermos conversar sobre a surpresinha da Vilu, daqui três dias é o aniversário dela, e eu e o León estamos querendo preparar uma coisinha pra ela, como uma festa, só que mais formal.
Inventei uma desculpa qualquer para ela sair da sala, e a mesma foi. Olhei para León que estava na minha frente.
_Você disfarça muito mal – ele riu.
_Eu? – ele assentiu e deu mais risada. – Tá, mas vamos resolver isso logo! – falei me sentando.
_Pensei em algo pequeno...
_Pequeno?! Eu já pensei em fazer num salão de festa, bem grande, cheio de luzes, e a decoração perfeitamente... – León me cortou.
_Francesca, estamos falando da Violetta, e ela não gosta muito de coisas grandes, principalmente se ela for o motivo daquilo.
_Tem razão... – concordei. – Então fazemos algo pequeno – falei com desgosto.
_Podemos fazer aqui em casa mesmo, é só providenciar as coisas, e está tudo feito – ele disse.
_Nossa León... Vocês homens são tão simples, como se essas coisas fossem fáceis de resolver. – falei.
_Ué, mas não é simples? – perguntou irônico e eu neguei.
_Você sabe que não é... E aliás, você já sabe que presente vai dar? – perguntei curiosa.
_Sim – respondeu com um sorriso tímido no rosto.
_O que?!
Ele foi até a gaveta, e tirou uma caixa de lá. Veio até mim, sentou-se ao meu lado e abriu. Era um colar... Um perfeito colar. Era todo feito de brilhantes e tinha um... Diamante?!
_Oh! Diamante! – disse pegando o colar em minhas mãos e apreciando a obra. León riu da minha cara. – Que coisa delicada León, é a cara dela! – falei a ainda admirada.
_Eu sei... Quero que ela use no dia do nosso casamento – ele disse tímido.
_Você é muito romântico garoto! – disse rindo. – Mas isso deve ter sido os olhos da cara! – falei.
_Nem me fale... – ele disse com um desespero na voz. – Mas vale a pena... Tudo pela a minha pequena. – continuou.
_Owwn’t que meigo! – falei e ele riu. – Mas olha aqui! – falei puxando a gola da camisa dele, para perto de mim. – Não deixe escapar as informações dessa festa, e esconda muito bem esse presente! Ela não pode saber de nada! – falei o ameaçando.
_Tudo bem soldado! – brincou.
_Eu fiz uma declaração... Só não sei se está boa... – ele disse tirando um papelzinho do bolso. Peguei imediatamente e comecei a ler. A cada palavra que eu lia, sentia meus olhos enxerem d’água. León escreveu tudo que sentia por ela, detalhadamente, me emocionei...
_Que lindo León – disse e o abracei. – Mas não a deixe saber de nada! Ou então eu lhe corto o pescoço! – disse.
Ele retribuiu meu abraço dando risada. E ainda sussurrou: “É bom saber que minha amiga gosta de ameaçar as pessoas”. Eu dei risada.
_Mas não se preocupe ela não vai saber de nada... Soldada!– disse sorrindo debochadamente, e se separando lentamente de mim, olhando nos meus olhos transmitindo confiança.
_Eu também te amo León! – falei bagunçando seus cabelos. Claro que era amor de irmão né! Estávamos bem próximos um do outro, Quando...
Nos separamos no susto! Eu e León nos levantamos do sofá rapidamente. Vilu tinha deixado uma bandeja com sucos cair no chão. Ela olhava para gente com uma cara espantosa... Tudo bem que a proximidade do meu rosto e de León, não era muito conveniente. Os copos haviam quebrado em pedacinhos, Vilu não mexeu um músculo, e continuava a nos observar. Uma mexa de seus cabelos estava na frente de seu rosto, parecia que ela tinha levado um susto gigantesco.
_Amor, está tudo bem? – León perguntou indo na direção dela, mas parou assim que a viu dando um passo para trás. – Vilu? – ele a chamou. Os olhos dela estavam brilhantes, como de quem quer chorar.
Por Violetta #
Eu não tinha achado a bolsa da Francesca, então decidi fazer uns sucos. Depois disso fui até a sala onde aqueles dois estavam. Eles estavam dando risadas altas, o que chamou minha atenção.
Assustei-me quando cheguei na sala, e vi os dois abraçados, mas isso não foi nada de mais. Era só um a abraço, né? Mas meu coração palpitou quando eles se separaram e ela disse “Eu também te amo León!” e ficaram a milímetros de distancia um do outro. E eles não se afastaram, ficaram rindo como dois bobões. Sem que eu me desse conta, deixei a bandeja cair com tudo no chão. E eles pararam rapidamente o que estavam fazendo e me olharam assustados, senti uma dorzinha, talvez, chamada de ciúmes em meu peito. Meus olhos começaram a enxerem de água. Eles me despistaram! Não havia bolsa nenhuma na cozinha. León veio em minha direção, mas eu fui andando para trás.
_Violetta! – ele disse num tom autoritário.
_Na-Não tinha bolsa nenhuma na co-cozinha – falei com a voz fraca, por conta do choro que queria vir.
_Está tudo bem? – perguntou novamente.
_S-Sim, por que não estaria? – perguntei.
_Pare de ser irônica, eu te conheço – ele disse me segurando para não ir mais para trás.
_Ah, você quer saber o que eu tenho? – perguntei e ele assentiu. – Claro, é super normal, eu encontrar a minha melhor amiga quase se beijando com o meu noivo – disse baixo, não conseguia gritar ou alterar o tom da minha voz.
_Que?! Não íamos nos beijar – ele disse em desespero.
_Não acredito – disse fria.
_Como não?
_Sua gola da camisa está amassada, o primeiro botão está desabotoado e seus cabelos estão mais bagunçados que o normal. – falei e senti minhas lágrimas caírem de meus olhos. – e sua camiseta está com cheiro de um perfume feminino, que com certeza não é o meu! – falei me soltando dele.
_Ela é sua amiga, nunca faríamos nada que te machucasse – ele disse. Olhei para Francesca que estava pálida, nem respirava direito, León olhou para ela, e deu um pequeno sorriso. – Ela é uma irmã pra mim, então quer parar com esse ciúme bobo? – perguntou dando um risinho de leve.
Fechei meus olhos na intenção de aquilo tudo ter sido um sonho. Senti a mão de León em minha cintura e a outra acariciava o meu cabelo. Eu continuava com os olhos fechados, apenas sentindo ele. Seus lábios se juntaram aos meus, e eu não podia rejeitá-lo, eu o amava, então me deixei levar.
Novamente somos interrompidos pela campainha, mas dessa vez, quem não quer que o beijo termine sou eu! Ele riu ao perceber isso. E então continuamos. O ar faltou, e nos separamos... Felizes? Talvez...
Deparei-me com Marco e a Fran trocando um beijo, como pude sentir ciúmes dela? É que eles estavam muito estranhos, mas eu ainda to desconfiada, mas... Acho melhor eu esquecer, o Marco e a Fran, se amam, tem filhos... E EU ACHO que não devo me preocupar com isso.
_Ainda desconfia do meu amor por você? – ele sussurrou em meu ouvido.
_Não sei... Devo desconfiar? – perguntei calma e suspirando devagar.
_Eu nunca te trairia – respondeu. – Eu te amo, mais do que tudo nesse mundo – León continuou.
_Então por que me mandaram a cozinha? – perguntei e ele suspirou pesadamente. – Eu sei que isso só foi pra me distrair, então me diz, por que fizeram isso? – perguntei novamente.
_Eu ainda não posso te contar – disse.
_Não... Pode? León, se você tiver aprontando pro meu lado...
_Não estou aprontando – interrompeu-me. – É que no momento, eu não posso lhe contar, se não a Fran me mataria.
_A Fran? – perguntei de novo com uma pontinha de ciúmes.
_Amor... – ele revirou os olhos. – Somos amigos, já disse isso, para de ser teimosa
_León... Tenho todos os motivos do mundo para desconfiar de você – falei e logo cruzei os braços.
_Você fica maravilhosa bravinha – León disse rindo.
_Não desvie o assunto! – falei firme.
_Marco, Fran! Vocês gostariam de jantar com a gente? – ele perguntou, me provocando, claro, a espere, ele vai se ver comigo.
_Não León... Acho que já deu por hoje – Francesca falou me olhando envergonhada. – Eu e o Marco vamos numa pizzaria italiana! Vamos aproveitar para comer fora, já que os pequenos estão na casa da mãe do Marco. – ela disse.
_Desculpa Fran – tomei iniciativa.
_Tudo bem... Eu ficaria no mesmo estado que você, mas não vão discutir por minha causa, não aconteceu nada entre mim e o León, palavra Amiga! – ela disse levantando a mão esquerda.
_Pera aí?! – Marco se manifestou. – O que houve entre você e o aquele ali?! – ele perguntou se ligando.
_Ei! “Aquele ali” tem nome, ok? – León se sentiu ofendido.
_Tanto faz... Mas me responde Francesca! – Marco se irritou.
_Sabe aquele assunto... – ela disse olhando ele estranhamente. – Então... Eu estava conversando com o León, sobre o tal assunto, aí a Vilu entendeu as coisas meio que errado.
_AAHH... Entendi! – Marco riu. – Mas já tá tudo pronto, pelo menos?
_Quase tudo... – León disse coçando a nuca.
_Dá pra vocês me contarem do que estão falando?! – perguntei nervosa com a situação.
_Érr... Eu tenho que ir, Tchau pra vocês! – disse Fran puxando Marco para fora.
_Ixxi León, agora vai ter que arcar com a curiosidade da baixinha! – Marco gritou antes de ser arrastado para fora.
A porta se fechou, deixando a minha casa no silencio, León olhava nervoso para a porta. Parecia que ele queria matar o Marco...
_Pode me explicar? – perguntei o mais calma possível.
_Explicar o que? – ele perguntou pausadamente com as bochechas vermelhas.
_O que está acontecendo? – perguntei baixo.
_Não está acontecendo nada – respondeu frio.
_Então por que me trata desse jeito?
_Que jeito? – León falou seco.
_Você está me tratando mal... Sério o que eu fiz? – perguntei triste. – Estava mais feliz com a Francesca do que comigo?
_Não seja idiota – disse e meu coração partiu em três.
_I-Idiota? – perguntei gaguejando. – Você? Você me chamou de idiota... – falei.
_Não foi isso, quis dizer que suas palavras foram idiotas – respondeu me encarando friamente.
_Pare de ser grosso! – explodi. – Eu to aqui tentando entender essa situação, e você vem dar uma de estressadinho pro meu lado! Você está me deixando louca! – uma lágrima escorreu. - Vocês todos estão estranhos, agora, você passa mais tempo com a minha melhor amiga do que eu mesma, elas não me atendem na hora que eu mais preciso delas, e você? O que dizer... Me trata com grosseria, como se eu fosse uma qualquer que você pode ser frio o tempo todo! – Digo escondendo o rosto entre as mãos.
_Vilu... – Ele disse todo meigo. Ele me agarrou em seus braços, me dando um bom e aconchegante abraço, novamente fechei meus olhos para sentir a sensação de um abraço dele, que me fazia bem, me acalmava, mesmo eu estando horrivelmente irritada com ele, ele sabia muito bem o meu ponto fraco. Relaxei em seus braços, e fiquei leve... – Você vai saber, e te garanto, que é uma coisa boa – ele sussurrou em meu ouvido, me causando um arrepio.
_Uhum... – foi a única coisa que saiu, eu estava muito distraída na mão dele que enrolava meu cabelo nas costas e na outra que fazia um carinho em minha cintura.
_Te amo...
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