Crescidos !! escrita por Bianca Saantos


Capítulo 43
Baby, Baby ...


Notas iniciais do capítulo

Oii
Ah! E não se esqueçam dos comentários >



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Por Violetta #

Recolhi minhas coisas do hospital, e arrumei minhas roupas em meu corpo. Minha perna estava enfaixada, e minha cabeça latejando e também estava enfaixada, meus pulsos cordados doíam e eu precisava de um banho urgentemente, estava com cheiro de sangue, sei lá, estava horrível! Ia me levantar para ir embora. Quando...

_Não. – era o meu príncipe. – Não pode fazer esforços – disse.

_Amor... Eu quero ir para casa – falei docemente.

_Não seja por isso – ele sorriu e logo me pegou no colo, como noiva, eu ri, seus olhos estavam com um brilho maravilhoso, o que me fez dispersar da realidade. León tocou minha coxa direita, onde estava roxa, de imediato eu soltei um “Ai!”. – Vilu? Está tudo bem? – León perguntou preocupado.

_Sim – falei baixo.

_O que houve? – Perguntou calmo. Apontei para o meu roxo na coxa e sorri fraco. – Desculpa – León fez uma carinha triste.

_Não tem problema. – falei soltando um riso. – Não é nada de mais, só um roxo – continuei e acariciei seu rosto.

_Isso não teria acontecido se não tivéssemos brigados. – se culpou.

_Ai León... Acabou! Eu estou bem, estou viva! – disse sorrindo alegre.

_Ainda bem... – sorriu triste. – Vou cuidar de você, todos os segundos de minha vida – continuou.

_Ai que lindo! – sorri. – Eu também vou cuidar de você – falei.

_Não preciso de cuidados – Puro orgulho vindo da parte dele. – Sei me defender.

_A é? – perguntei irônica e ele assentiu. – Dá próxima vez que te seqüestrarem, eu não vou te salvar! Já que “sabe se defender”! – falei.

_Eu te amo pequena – ele disse e beijou minha bochecha.

_Apelido novo? – perguntei rindo.

_Hã?

_ “Te amo pequena” – disse igual a ele rindo.

_Sim, pequena, não gosta? – perguntou com um sorriso encantador.

_Claro que gosto, mas... Prefiro quando me chama de “meu amor”, assim me sinto completamente sua... – suspirei.

_Ok... Meu amor – ele riu.

_Vamos desmarcar o casamento – disse séria, quebrando o clima perfeito.

_O que?! – ele pareceu confuso.

_León, entenda, não quero casar toda roxa – disse emburrada.

_Claro, mas... Só havia aquele mês para a gente estar livre – disse num tom triste.

_Marcamos outra data! Simples – respondi lhe dando um selinho. Ele sorriu, e logo me levou para o carro. Depois, fomos para a casa.

_____Oito meses depois__________

_AAAAII! – Era Naty, pela vigésima vez, gritando que nem uma louca. Meus ouvidos estavam a ponto de explodir. Maxi estava nervoso, e eu estava irritada. León estava tampando meus ouvidos, na intenção de me acalmar. Se ele não estivesse me segurando, eu juro que entrava naquela sala e dava um basta naquilo tudo. Estava com a Mel e a Julie, que brincavam com a bonequinha falante, e muito irritante. As duas estavam com 1 aninho. Muito fofas e sapecas.

_León, eu vou surtar! – falei me sentando no banco escondendo meu rosto em minhas mãos, e ouvindo mais uma vez Naty gritar.

_Já vai acabar – disse acariciando meu cabelo. Suspirei pesadamente e fechei os olhos, e ouvi mais um berro. Aquilo estava mais sofrível para mim do que para ela, sem brincadeiras.

_Ela tá a mais de três horas naquela sala, e os gritos dela são desesperantes! – falei desesperada. – A criancinha não quer nascer? – perguntei para ele, o mesmo só ria.

_Amor, relaxa, deve demorar mesmo – ele respondeu. – Mas... Pera aí, cadê o Lucas? – León perguntou em um tom preocupado. Aí que eu me dei conta, o Luquinhas também estava com a gente.

_Lucas! – chamei-o. Ele era muito atentado! Estressava fácil, fácil, mas estava uma gracinha. – Ai! Onde esse menino se meteu?!

_Tiia – Julie chamou. – Lucas, correu, pá lá – ela disse apontando para um corredor vazio no hospital. Na verdade o Hospital inteiro estava vazio. Só tinha eu o León e as crianças na sala de espera, Camila e Francesca tinham ido resolver umas coisas, no centro da cidade. Os pais daquelas crianças estavam trabalhando, então eu e o León, estávamos meio que de babás.

_León, cuida delas, por favor! Eu já venho... – disse e saí em disparada no corredor. Entrei em várias salas, e nada do Lucas aparecer. Estava entrando em desespero, quando escutei uma voz bem doce: “Búúh! Que sorriso lindo!” e logo em seguida ouvia gargalhadas do Lucas... Segui aquelas risadas gostosas, e deparei-me com uma cena encantadora. Ludmila, Federico e Lucas. Nem sabia que eles estavam ali. Federico o segurava no colo, enquanto Ludmila escondia o rosto nas mãos, e logo em seguida Lucas caía na gargalhada.

Sorri. Federico nem prestava atenção direito em Lucas. Seus olhos estavam vidrados em Ludmila e na suas ações, tinha um sorriso bobo em seus lábios. Ludmila parece que percebeu e parou as palhaçadas com o Lucas. E começou a olhar fixamente para o Federico. Lucas estava distraído mexendo no cabelo dela. Os dois começaram a se aproximar, mas Lucas começou a falar, fazendo os dois rirem de vergonha. Tossi propositalmente, e eles me olharam na hora.

_Luquinhas, amor, vamos deixar o Tia Ludmila junto com o Tio Federico, pra eles conversarem? – perguntei e vi Ludmila virar um pimentão. Federico o colocou no chão, e a Ludmila sussurrou algo no ouvido do Lucas que fez o mesmo dar mais risadas. Lucas estava dando uns passinhos, mas logo começou a engatinhar e veio em minha direção pedindo colo. Peguei-o e levei para sala, chegando lá, vejo León desesperado tentando separar Julie de Mel, que estavam brigando pela boneca irritante. Dei risada e fui socorrê-lo.

_Vai cuidar do Lucas pra mim, que eu dou um jeito nelas – disse, León sorriu aliviado e pegou Lucas no colo começando as brincadeiras bestas de meninos.

Por Ludmila #

_Fe, eu já vou indo – falei envergonhada depois de Violetta sair. Ia saindo, mas ele puxou meu braço delicadamente.

_Não precisa ficar vermelha, apesar de ficar extremamente linda assim – ele sorriu e eu me derreti. – Quero ter uma conversa com você

_Na-Não temos na-nada pra conversar – gaguejei nervosa.

_Não? – perguntou irônico. – Acho que temos sim – continuou e me deu um sorriso. Ele se aproximou de mim, segurando minha cintura e ficando bem próximo de meu rosto.

_Não quero me iludir – falei olhando pra baixo.

_Não vou te iludir – respondeu imediatamente erguendo minha cabeça.

_Tem a Fran, eu sei que você gosta dela, e não precisa negar isso, eu estou bem, apesar de ser loucamente apaixonada por você, eu não faço questão que você me ame. – sorri fraco.

_Não tenho nada com a Fran – respondeu e eu olhei-o indignada. – Tá, eu posso sentir algo por ela, mas... Meu coração sempre foi seu, desde a adolescência, desde a nossa primeira conversa, quando você me tratou extremamente mal, por eu ter te beijado. – ele riu. – Mas, eu não me arrependo de ter feito aquilo, porque eu sabia que lá no fundo, você gostava de mim, mas seu orgulho falou mais alto, e tive que me afastar de você, não que eu quisesse, mas era necessário, para ver se você caia na real, mas isso não aconteceu tão cedo! – riu novamente e eu acariciei seu rosto carinhosamente. – Tive que te esquecer de alguma forma, então sem querer me apaixonei pela a Italiana, mas não foi amor de verdade, e ela logo se apaixonou por outro cara, na qual está casada com dois filhos! – agora eu ri. – O que eu sentia pela Fran, foi passageiro... Mas por você... – ele colou nossas testas. – Eu te amo. – sussurrou docemente.

_Fe... – sorri.

_Você quer deixar de ser orgulhosa e me aceitar de uma vez por todas? – ele perguntou e eu ri.

_Eu também te amo, seu bobo. – disse e envolvi minhas mãos em seu pescoço. Federico sorriu perfeitamente, aquele sorriso me encheu de alegria, eu consegui, consegui conquistar o amor da minha vida! Fechei meus olhos e uma lágrima escorreu, sim, de felicidade. Ele a secou rapidamente e ele colocou uma mexa de meu cabelo atrás da orelha.

_Se eu te beijar... Você não vai me bater né? – riu, dei um leve tapa em seu braço, e logo, eu mesma, o beijei. Um beijo bom, calmo, e sorriamos o tempo inteiro, Federico era meu, só meu, agora não teria mais nada pra nos atrapalhar, exceto Diego, mas esse... A gente faz questão de se esquecer. Fui interrompida de meus pensamentos, com Federico me olhando carinhosamente, eu devia estar sorrindo igual a uma idiota! Ele sorriu e logo me deu um selinho, um longo selinho, mas fomos interrompidos...

_Ludmila?! – Era León. No mesmo instante soltei-me de Federico, e limpei o batom, que provavelmente estava borrado. – E-Eu não queria interromper... – ele disse sem graça.

_Tudo bem – Federico sorriu pegando minha mão. – Aconteceu algo? – ele perguntou.

_A-A Naty já ganhou – ele disse vermelho.

_Obrigada, já estamos indo vê-la. – falei.

León sorriu constrangido e saiu o mais rápido de lá, ri e o Federico me acompanhou. Ele me abraçou do nada, e deu um beijo no topo de minha cabeça, sorri. Fico feliz de que finalmente ele me aceitou, e viu que eu o amava.

Por Violetta #

León voltou rápido, se sentou ao meu lado e provavelmente tinha acontecido algo, ele estava sério e vermelho, estranhei!

_Amor? – chamei-o tirando do mundinho dele.

_Oi – respondeu seco olhando um ponto fixo qualquer.

_O que houve? Você tá estranho...

_Nunca mais, ouviu? Nunca mais me mande chamar a Ludmila, quando ela estiver com ele – disse ainda vermelho.

_O que aconteceu? – perguntei rindo.

_Ela tava se agarrando com o Federico na salinha! – ele fez uma careta e eu ri. – Passei a maior vergonha – reclamou cruzando os braços.

_Pare de bobagens León, pelo menos , eu acho, que eles se acertaram. – falei. – Vamos ver a Naty? Já está ficando tarde, temos que deixar as crianças nas casas delas. – continuei.

_Ok, vamos ver ela então – disse pegando a Mel no colo, e pegando a mãozinha de Lucas, peguei a Julie e nos direcionamos para a sala.

Entramos lá, e demos de cara com o Maxi, com um sorrisinho bobo no rosto, olhando a Naty, que dormia, provavelmente estava cansada, ela gritou muito, até eu estaria se estivesse no lugar dela. Nos braços dele, tinha um bebê, bem pequenininho, uma coisa linda. Era um menininho. Oba! Uma companhia para o Lucas! Ele acariciava a cabecinha do neném, de uma forma delicada.

As crianças estavam em silencio, pela primeira vez no dia, elas ficaram em silencio. Elas encaravam o bebezinho que dormia tranquilamente nos braços do pai.

_Tiia – Julie sussurrou em meu ouvido. – De quem é exaa boneca? – perguntou.

_É o seu amiguinho – falei baixinho rindo de sua pergunta inocente.

_Abiguinho? – perguntou curiosa.

_Sim, amiguinho! – repeti e ela olhou novamente para ele. Julie era uma criança bem inteligente, ela falava bastante, era bem desenvolvida para uma criança de um ano.

Olhei para León que até agora estava quieto. Ele estava com o Lucas e a Mel no colo. Os dois dormiam profundamente, León sorria observando os dois. Os meus “sobrinhos” deveriam estar cansadinhos, brincaram muito hoje.

_Que lindos – falei baixo. León concordou ainda sorrindo.

Nos aproximamos de Maxi e vimos o menininho pequeno. Acariciei o rostinho do neném e sorri. Julie afoita como sempre, já queria ir pegando o bebê no colo.

_Julie! – disse num tom autoritário.

_Maisi Tiia... Eu quelo brincaa com exii boneco! – ela disse fazendo pirraça.

_Já disse, é seu amiguinho, espera ele crescer um pouquinho, e aí vocês vão brincar todo dia – falei e ela se calou.

_Obrigado por estarem aqui – Maxi disse. – Agora sim a felicidade bateu a nossa porta.

_Ainda bem – León disse. – Agora além de três pestinhas, teremos quatro! – León disse irônico, e eu olhei feio pra ele.

_Ai amor... Do que está falando? Ainda falta os nossos... Esqueceu?! – perguntei no mesmo nível de ironia dele, Maxi caiu na risada, e León me encarou, eu apenas sorri cinicamente e voltei a olhar o bebê do Maxi.

Ficamos lá batendo um papinho, e não demorou muito para a Julie dormir, então decidimos ir para casa, já estava de madrugada. Colocamos os três baixinhos nas cadeirinhas do carro, e seguimos rumo a casa da Francesca. Deixamos Julie e Lucas lá, e logo fomos para a casa da Cami, entregando a filhinha dorminhoca deles.

Chegamos em casa, e eu mau abri a porta, León me tomou um abraço apertado, que eu demorei para retribuir, ele me pegou de surpresa, me fazendo ficar sem reação, mas logo me aconcheguei em seus perfeitos braços.

_Nossa... Quanto amor! – falei e logo ri de minhas palavras. – O que te deu hoje?

_Eu já disse que te amo? – perguntou com um sorriso enorme no rosto.

_Já, e aliás, muitas vezes! – ri. – Mas eu não me importaria de ouvi-lo toda hora. – falei me aproximando de seu rosto.

Ele sorriu, me fazendo derreter, seus olhos verdes estavam com um brilho carinhoso sobre mim. Ele sussurrou umas dez vezes “Eu te amo, eu te amo”, eu ri. Ele logo tocou minha cintura me trazendo para mais perto dele, e num ato mais que rápido León me beijou. Loucamente, eu diria. Durante o beijo não pude deixar de parar de rir, o que será que deu nele?! Estava sem ar, mais não podia parar, fomos interrompidos, sim, interrompidos, pela campainha, que tocou umas três vezes seguidas. Nos separamos ofegantes e León não ficou muito feliz com isso, pois mesmo assim, não soltou minha cintura.

_Não atende – ele sussurrou, estávamos totalmente acelerados.

_Pode ser... Importante – disse respirando rapidamente.

_Quero ficar mais um tempo com você – disse tentando se controlar. Eu podia ouvir suas batidas do coração juntamente com a minha, e sua respiração quente batendo em meu rosto.

_Teremos... Todo... Tempo... Do Mundo – disse tentando me manter consciente, e dizer alguma coisa com sentido. Ele assentiu e foi tirando sua mão lentamente de minha cintura. Separei-me dele, e ele sorriu, não entendi o porque, mas deixei pra lá. Tentei manter minha postura, e conseguir controlar minha euforia, Deus! O León está muito Amoroso hoje!

Fui até a porta e dei de cara com...

...


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Notas finais do capítulo

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