Por Violetta #

Acordei ouvindo um choro... Não era um choro comum... Tentei reconhecê-lo, mas não consegui. Abri meus olhos e deparei-me com Julie chorando, ou melhor, berrando, seria o correto.Marco estava que nem um louco procurando algo dentro da bolsa dela, Francesca também estava louca tentando acalmar a filha nos braços.

Assim que Francesca me viu acordada sorriu, mas logo voltou a atenção na Julie, Marco correu e lhe entregou uma chupeta, a Julie se acalmou e Francesca suspirou aliviada.

_Desculpa amiga... Não queria te acordar, juro, não foi intencional... A Julie queria a chupeta, e nós não estávamos achando... Então ela começou a berrar – ela riu.

_Que nada amiga... Tá tudo bem – falei. – Quando eu vou sair desse hospital? – perguntei séria.

_Acho que hoje mesmo, o León foi confirmar – ela disse balançando a menininha nos seus braços.

_E como ele está? – perguntei.

_O León? – ela perguntou e eu assenti. – Muito bem! Ele voltou a sorrir assim que te encontrou – ela disse o mais natural possível.

_Como assim voltou a sorrir? – perguntei confusa.

_Ah Violetta... Vai me dizer que não sabe o quanto o León é apegado com você? – perguntou séria. – Ele chorou em meus braços quando soube da sua quase morte. – ela disse com um olhar triste. – Você sabe que eu o considero como um irmão, e vê-lo naquele estado me doeu também, não só por ele estar mal, mas também de saber que uma das minhas melhores amigas... Corria risco de vida! – ela disse deixando lágrimas escorrerem por sua face. – Ele te ama! Nunca vi alguém amar daquele jeito como ele te ama... – ela disse secando os olhos.

_Eu também o amo Fran – falei forçando um sorrisinho triste.

_Eu sei! – ela exclamou voltando a sorrir. – Vocês são lindos juntos... E tenho uma boa noticia para te dar – ela disse contente.

_O que?! – perguntei curiosa.

_O Leós está cedendo... – ela riu e eu não entendi. – Ele está pensando em ter um filho Vilu – ela riu de novo.

_O que?! – perguntei espantada. – Ele pensa? Mas ele diz que é cedo de mais e... – ela me interrompeu.

_Ele ainda acha isso... Mas pouco a pouco, você está conseguindo enfiar naquela cabeça dura, que vai ser bom ter um filho. – ela riu e eu também. – Mas agora eu vou indo... A Cami precisa de mim...

_Tudo bem... Mande beijos pra ela e para Mel! – falei. Francesca assentiu e foi embora com o Marco.

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Estava deitada, os médicos já tinham tirado aquelas agulhas de mim, só tinha uma coisa me incomodando... A minha perna, ela estava dormente, não conseguia mexê-la, eu não estava sentindo ela, desesperei-me imediatamente. Vi León entrando na sala, com um grande sorriso no rosto.

_Amor – chamei-o. – É normal eu não sentir minha perna esquerda? – perguntei com medo.

_Sim, você tomou uma anestesia bem forte, e seu corte foi fundo, meu amor, mas já, já você vai ficar bem. – ele disse se ajoelhando e pondo minhas sandálias.

_Eu estou perdoada? – perguntei lembrando-me daquele dia.

_E pelo que eu te perdoaria? Você não fez nada, como eu disse, brigas são normais dentro de um relacionamento sério.

_Ah... Então tá – ri. – Quer sair hoje? – perguntei.

_Sair?! Está louca? Você acabou de ser seqüestrada! Precisa de repouso, sofreu muito nas mãos daquela... Daquela... – eu o interrompi se não ela ia acabar falando besteiras.

_Já acabou León... Eu estou bem, estou viva, é isto que importa! – disse sorrindo acariciando seu rostinho meigo.

_Não sei o que seria de mim sem você... Juro que eu não sei. – ele disse deixando uma lágrima sincera cair de seus olhos, mas eu a limpei rapidamente.

_Não... Chore – disse segurando o meu choro. – Você sabe eu posso ser forte e tals, mas... Não chore, não agüentaria pensar em minha vida sem você... Vamos nos casar León! – disse liberando as lágrimas e sorrindo. – Quero que esqueça isso... Vamos seguir em frente! Quero você! Só você! Nada mais! – disse o abraçando e o mesmo retribuiu.

_Vejo que esse casal tem muito que comemorar, não é? – Era o Maxi, entrando com a Naty, ele tinha um largo sorriso no rosto, mas eu não entendia o porquê.

León secou minhas lágrimas, e me deu um beijo, mas eu antecipei seu término, eu estava vermelha, de vergonha, León me beijou na frente Maxi e da Naty. Não era errado, eu sei, mas eu me sentia muito envergonhada quando ele fazia isso, apesar de ser super normal entre os casais.

_Vilu? Tá parecendo um pimentão! – Naty disse rindo e eu juro que tive vontade de me esconder do mundo, mas León percebeu meu estado e me abraçou, então escondi meu rosto em seu peito.

_Amo te ver vermelhinha, sabia? – ele sussurrou em meu ouvido.

_Te amo – disse dando um beijinho em seu pescoço, ele riu. – Mas não faça mais isso, você sabe que eu morro de vergonha – sussurrei em seu ouvido e ele riu novamente.

_Tá, tá! Chega! – Maxi disse impaciente. – Eu não sei o que vocês tanto cochicham, mas deve ser muito meloso, não quero saber! – ele disse e nós rimos.

_Viemos dar uma boa notícia – Naty disse com uma voz de quem parece que vai chorar, mas ela também sorria feito boba.

_Boa notícia? É o que eu mais quero ouvir! – disse rindo.

_Eu consegui! – ela disse deixando uma lágrima escorrer, mas Maxi logo limpou.

_Naty, já deu, você chora toda vez que lembra disso – Maxi riu.

_Eu sei, mas é um momento lindo! – ela suspirou.

­_Quer parar de enrolar vocês dois?! – León se pronunciou curioso.

_Eu estou... – Maxi a interrompeu.

_Grávida! – Fiquei de queixo caído, os tratamentos absurdamente caros que ela fez deram certo! Deram certo! Ai que perfeito!

_Grávida? – León fez uma careta engraçada.

_Sim León – Naty riu da cara dele e eu a acompanhei. – De três meses – ela disse com um sorriso ainda maior o rosto.

Me apoiei em León e indiquei que ele me levasse até ela, ele entendeu e assim fez. Aproximei-me de Naty e soltei-me de León, consegui me manter firme em uma perna só! Sorri verdadeiramente, fiquei contente demais com essa notícia, eu via a felicidade nos olhos de Maxi, a Naty com certeza, mudou o coração daquele garoto de antigamente que só pensava em rap.

Lhe dei um abraço apertado, a mesma retribuiu, ela estava completa agora, ela sempre disse que só seria completa depois que tivesse um filhinho, e agora este desejo está se ralizando, com certeza é um ótimo momento na vida dela.

_Parabéns – sussurrei emocionada.

_Obrigada Vilu! – ela disse ainda abraçada comigo.

_Você vai ter sua família completa agora Naty! Boa sorte, cuide bem do Maxi, ele é uma criança, e você sabe bem com quem se casou! – disse rindo e todos me acompanharam, até mesmo o Maxi. – Agora além dessa criança, você vai ter um bebezinho, te desejo boa sorte amiga! – disse e depois abracei o Maxi que também estava muito feliz, a jura? Quem não estaria feliz com a chegada de uma criança, não é?

León abraçou Naty rapidamente, eu ri, não teria ciúmes da Naty, ela é minha amiga, está casada, e ama o marido dela... León era muito bobo. Depois cumprimentou Maxi, e os dois saíram para comer algo na lanchonete do hospital, deixando eu e a Naty na sala.

_E aí? – perguntei. – O Maxi tá bobo ainda?

_Claro! – ela riu. – Ele não para de se preocupar comigo! Eu sei que a gravidez é de riscos e tal, mas, ele me trata como se eu fosse feita de porcelana, e que a qualquer momento eu posso me quebrar.

_Ai Naty... Você é o bem mais precioso dele, é claro que ele vai querer te proteger – disse sorrindo.

_Digo o mesmo de você! – ela riu. – Você é como um cristal para o León, por isso ele é ciumento, cuidadoso, e sempre quer estar ao seu lado, para ninguém tirar a jóia rara que ele tem ao lado. – eu ri das palavras da Naty, mas era verdade, León era tudo pra mim, e eu era tudo para ele, e assim nos completávamos perfeitamente, assim como a Naty e o Maxi, ai como o amor é lindo!

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