_Te amo – ele disse.

_Eu preciso responder? – perguntei o beijando novamente.

...

Por Naty #

Depois da festa, eu e Maxi fomos para o apartamento dele...

_Amanhã... Vamos ao médico! – ele disse sério.

_Já disse que não! Eu estou bem! Não preciso de médico nenhum! – eu disse irritada

_Precisa sim! Não quero te ver daquele jeito de novo... Sério é desesperante! – ele disse se sentando no sofá.

_Nossa... Você se preocupa demais, sabia? – falei me sentando do lado dele.

_E você não se cuida! – ele exclamou nervoso.

_O problema é meu e quem tem que resolver, eu! Então não se mete! – falei irritada também.

_O problema é nosso... E sabe por quê? – ele perguntou e eu neguei. – Porque eu assumi uma responsabilidade, me casando com você... E também, porque se eu não cuidar de você seu pai... Me mata! – ele disse e eu ri.

_Maxi... Pare de insistir! – falei. – E hoje não quero discutir... – disse triste.

_Tem razão... Mas amanhã te levo no médico... Nem que seja a força! – ela disse.

Eu assenti porque se não o Maxi ia me perturbar até eu falar que sim! Aposto que eu não tinha nada... Devia ser só um mal estar, vai saber, as vezes nem é nada tão grave, e o Maxi está aí, se preocupando a toa.

Por Francesca #

Depois do casamento da Naty, eu e o Marco fomos para casa me joguei no sofá, e Marco se sentou ao meu lado.

_Amor, se for duas meninas, como vamos chamá-las? – ele perguntou.

_Ai Marco é muito cedo pra isso... Mas tá! Eu queria que uma se chamasse Melissa, pra poder chamar de Mel... – falei rindo.

_Bom, e a outra poderia se chamar Julie... Era o nome de minha irmã – Marco disse com um sorriso no rosto, pra ele era fácil falar da morte da irmã dele, não sei como ele conseguia ser tão forte.

_Hum... Mas se for dois meninos. Um vai se chamar Lucas! – eu disse animada.

_E o outro... Poderia se chamar... De... De... Eduardo. – ele disse. – mas se for um casal?

_Poderia ser Julie e Lucas... – falei sorrindo.

_Mas você não gosta de Melissa? – ele perguntou.

_Sim, mas Julie, terá mais significado para você... – eu disse sorrindo.

_Tem razão... Mas por que Lucas? – ele perguntou.

_Por causa do médico que me socorreu... Ele não era lindo? – perguntei brincando, mas o Marco levou a sério.

_Que? Meu filho só vai se chamar Lucas por causa do médico bonitão? – Marco perguntou alterado.

_Não né seu tonto! – falei batendo nele de leve. – Vai se chamar Lucas, porque é um nome bonito, bíblico, e eu gosto muito. – falei sorrindo.

_AH! Entendi... – ele disse aliviado.

Logo fomos dormir...

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No outro dia acordei com o som irritante do meu celular... Alguém estava me ligando, eram apenas seis e meia da manhã.

_Alo? – perguntei sonolenta, tentando me sentar.

_Francesca?! – Maxi me perguntou aflito. – Me ajuda por favor! – Maxi continuou.

_Que foi?! Tá me deixando preocupada. – falei esfregando meus olhos.

_A Naty! – ele disse, ah claro! O Maxi só ficava aflito com duas coisas no mundo: A sua preciosidade, que era a Naty, e sua mãe.

_O que ela tem? – perguntei.

_Sei lá! Ela tá desmaiada aqui! – ele disse mais que aflito.

_Desmaiada?! O que aconteceu antes dela desmaiar Maxi?! – perguntei me levantando da cama.

_Ela passou mal, aí depois ela vomitar sangue... Uma coisa de LOUCO! – ele disse “quase” gritando.

_E aí, vai levá-la ao hospital? – perguntei.

_OBVIO NÉ FRANCESCA?! – ele disse alterado.

_Ai Calma moço! Vai indo, que eu vou logo em seguida! Vai com calma, se não você pode bater o carro, do jeito que você está aflito! – falei e logo desliguei.

Comecei a me vestir, e logo fui para o banheiro terminar de me arrumar.

_Francesca?! O que está acontecendo?! – Marco perguntou batendo na porta do banheiro que estava fechada.

_Hospital! – falei abrindo a porta, e dando de cara com ele.

_Que foi?! Aconteceu alguma coisa?! Você tá bem?! Sentiu alguma dor?! – ele perguntou preocupado.

_Não é comigo, amor... – falei rindo.

_Ah... Ufa! – ele disse aliviado. – Com quem é?

_Natália! – falei colocando uma tiara vermelha no cabelo.

_Quer que eu vá contigo? – ele perguntou.

_Não! E nem dá, eu já to pronta e você ainda está de pijama, desculpa, mas hoje eu vou ter que ir sozinha – falei pondo meus brincos e pegando minha chave do carro. Me despedi e logo #Fui

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Chegando lá vi o Maxi chorando, aquela cena partiu meu coração em pedacinhos, corri e fui acudir meu amigo.

_Maxi... – falei e logo o abracei. – Eu to aqui meu amigo... – falei me afastando.

_Ela... Perdeu... – ele disse soluçando.

_Perdeu? – perguntei sem entender.

_Perdeu... – ele afirmou.

_Perdeu o que Maxi? – perguntei séria.

_Muito sangue... – ele disse soluçando ainda.

_Ai Maxi... Calma, ela vai se recuperar! – falei tentando reanimá-lo.

_Ela estava grávida Francesca... – ele disse e eu fiquei boquiaberta. Ele se pôs a chorar novamente, e eu não sabia o que dizer, apenas o abracei.

Naty havia perdido o bebê que ela nem sabia que estava esperando... E ainda corria risco de vida... Maxi devia estar acabado.

Logo vi Violetta entrando ali, com o León ao lado dela... Assim que ela nos viu, soltou a mão de León, e correu abraçando ele pertado.

_Calma Maxi... Ela vai ficar bem... Não se preocupe... Vai dar tudo certo... – ela disse triste.

Logo o doutor apareceu e levou Maxi para conversar, o mesmo não tinha nem forças de tanto que chorou. Ficamos eu, a Vilu e o León, na sala de espera.

_Eu não sei o que dizer... – falei triste quebrando aquele silencio.

_Nem eu... – Vilu disse com a voz chorosa.

León a abraçou, e ela descarregou a tristeza que estava sentindo naquele abraço. Ela se afastou alguns centímetros dele, e ele tentou beijá-la, mas ela desviou.

_Aqui não León... – ela disse e eu quis rir. León resmungou, mas continuou abraçado com ela.

Por Naty #

Eu já estava acordada, já tinha recebido todas as noticias ruins... Eu não estava me sentindo muito bem, ainda estava tomando sangue, porque perdi muito durante esse susto da minha vida.

De repente vi Violetta e León entrarem no quarto onde eu estava. Violetta estava triste, e León... Bom, eu não tinha muitos vínculos com ele, nós éramos amigos na época em que ele namorava a Ludmila, então... Não éramos muito amigos.

_Naty... Você tá bem? – ela perguntou se aproximando de mim e pegando em minha mão.

_Não... – falei num fio de voz.

_Vai ficar tudo bem... Não se preocupe. – ela disse forçando um sorriso.

Eu assenti...

_Amor... É melhor a gente deixar ela descansar. – León disse calmo.

Ela assentiu, passou a mão em meu cabelo, e depois pegou na mão de León e se foi. Do nada Ludmila entra no meu quarto. Apavorada, eu nem sabia que ela estava no hospital.

_Natália! Amiga! Desculpa, não vim antes por que não deu! Ai amiga a Francesca me falou... Sinto muito por tudo... – ela disse se acalmando um pouco

Eu não disse nada, pois não tinha forças, apenas tratei de dar um sorrisinho meio que sem graça. Ela sorriu de volta e acariciou meu cabelo de uma forma carinhosa.

_Onde... Está... O Maxi... – perguntei usando a força que eu ainda tinha.

_O Maxi, tá conversando com o doutor Lucas, daqui a pouco ele está aqui para cuidar de você... – ela disse secando uma lágrima, mas logo depois se virou, para esconder os sentimentos, Ludmila odiava demonstrar fraqueza...

Por Violetta #

Ver a Naty naquela situação, mexeu muito comigo, num dia ela estava super bem, comemorando a festa de casamento, e logo em seguida descobre que está grávida, ma depois passa mal e perde o bebê... Nós nunca vamos saber o dia de amanhã... Aí passou tudo pela minha cabeça... Desde o dia que reencontrei León, o dia do seqüestro, das nossas Brigas e por fim o pedido de casamento, aquilo era como um filme, que no momento estava me atormentando. Num dia estávamos todos bem... E do nada tudo começa a desmoronar... Era triste e difícil a vida... Mas quem disse que seria fácil né?

León estava ao meu lado, ele estava abatido, realmente a nossas vidas não eram nada fáceis. O abracei, e eu desejei nunca mais soltá-lo, o mesmo não entendendo o meu modo, só retribuiu, tentando entender o que se passava.

_Tá tudo bem? – ele perguntou se afastando lentamente de mim, e eu fiquei irritada, não queria que o abraço terminasse! Eu precisava me sentir protegida e amada, e aquele abraço durou tão pouco tempo...

_Sim – respondi. – Do nada passou um filme na minha mente – falei triste.

León sorriu de canto...

_Quer um beijo – afirmei dando risada.

_Hã? – ele perguntou se fazendo de tonto.

_Está assim porque eu não te beijei, aquela hora! – eu disse séria. – Pois saiba, que foi porque estávamos na frente da Fran... – falei rindo.

_E agora? – ele perguntou.

Eu dei risada e logo o beijei rapidinho, antes que alguém nos visse. Nos separamos sorrindo.

_Vamos? Não quero ficar aqui... Este lugar só me trás lembranças ruins... – León disse e eu assenti.

...