New Earth escrita por Uchiha Anne


Capítulo 2
O começo do fim




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- Não há mais jeito! – declarou o conselho da ONU. – As naves de sobrevivência e combate deverão ser tripuladas o mais rápido possível. O planeta está morto! – continuou pesaroso o porta-voz.

 

Claramente todos ali estavam em pânico. Entre eles, um pequeno garoto de cabelos negros agarrava a perna do pai, sem entender direito tudo aquilo. Sasuke era novo demais pra compreender o que a raça humana fizera com o planeta, mas seu irmão Itachi sabia muito bem.

 

Olhava para o sol, que irradiava uma luz vermelha em meio do deserto de concreto, onde já houvera uma grande área arborizada. A luz vermelha do grande astro central era um mau sinal. Sinal que a estrela da qual dependia a vida na Terra estava em seus tempos finais.

 

Sentia muito por seu pequeno irmão, que não teria o prazer de ver a Terra como ele viu, só conhecer aquele lado ruim. Apesar de que quando Itachi nasceu não estava muito diferente do que agora, só havia mais plantas, mais água e o ar era mais respirável.

 

2026. O ano em que a Terra morreu. Ou estava perto desse fim. A sorte dos humanos é que seus conhecimentos eram tão avançados que lhe permitiriam viver no espaço e quando esse não suprisse mais suas carências, procurariam um planeta e o tornariam habitável. Só isso. Nada de um local lindo e confortável. Somente um lugar habitável.

 

Os buracos criados no hiper espaço, também chamados de passagens intergalácticas, permitiam viagens que durariam 10 anos-luz serem feitas em apenas alguns dias. As novas naves movidas a hidrogênio eram bem rápidas e com um potencial armamentista imenso.

 

Fugaku, pai de Itachi e Sasuke, eram um dos cientistas que haviam projetado naves de combates hiper espaciais, e responsável pelo projeto das tais naves de sobrevivência e combate. Cada uma era auto suficiente, enorme, como uma grande cidade. Movida a energia mais eficiente que poderia ser encontrada: a antimatéria.

 

Eram ao total 5 naves: Spirit, Moon, Nature, Salvation e Universe. Cada uma capaz de transportar população equivalente de uma pequena metrópole. E só. O resto da população seria alojado em naves menores de hidrogênio, que não poderiam ter tanto tempo de autosuficiência. Ou seja, era só para aumentar um pouquinho o curto tempo que teriam.

 

A família de Sasuke era uma das privilegiadas embarcar em uma das naves de antimatéria. A mais imponente delas: Salvation. Mas nem todos seus amigos iam. Pelo menos os melhores estariam lá: Neji, com a prima Hinata e os pais da mesma; Naruto, um loiro que era órfão, considerado o irmão de Sasuke e Itachi; Gaara, Kankurou e Temari, seus irmãos; e Tenten, uma órfã também que era quase irmã de Hinata.

 

Eles embarcariam assim que tivesse um mapeamento de áreas de reabastecimento nas galáxias próximas. O principal alvo era Andrômeda, a NGC 224. Era a mais próxima, e uma das que continham mais água. Não levariam nem 2 dias para chegar lá. Havia uma passagem intergaláctica perto da Lua, que com a nova tecnologia da antimatéria demoraria apenas horas.

 

Fugaku trabalhava intensamente, mas o que o fazia sentir decididamente mal era saber que a maior parte da população da Terra não sobreviveria.

 

Na mesma empresa, a Enterprise Corporation, Hiroshi Haruno pegava a papelada do embarque da família na Nature, outra das naves movidas a antimatéria. Sua esposa Myuka e sua filha Sakura iriam com ele, elas eram pessoas de sorte.

 

Por todo o mundo o terror se espalhava entre as pessoas que não iriam, e a esperança florescia naqueles que tinham sorte. Estavam arrependidos de terem destruído o planeta, e a cada nascer do sol em processo de morte, era como uma facada naqueles que tanto prejudicaram o planeta: os humanos.

 

~*~

 

- Itachi nii-san, essa nave é muito grande! – dizia o pequeno Sasuke de apenas 7 anos. Estava agarrado a perna de Itachi, observando tudo com seus olhinhos.

 

- Claro Sasuke, vão morar muitas pessoas aqui, inclusive o Naruto. – explicou paciente o Uchiha mais velho. Foram conduzidos até o quarto que dividiriam logo do lado do dos pais.

 

Em outra nave, na Nature, a família Haruno ia até seus quartos. A pequena Sakura de cabelos róseos andava na frente, olhando tudo e todos na nave futurísticas. Passavam de um lado para o outro esquadras Human Salvation, ou HS, como eram conhecidos os combatentes de capacete branco metálico.

 

- Mamãe, quando vou poder ver o céu azul que a vovó tanto fala? – perguntou a menina de cabelos rosados a bordo da nave Nature. – Quero tocar uma grama que não seja artificial!

- Não poderá fazer isso nunca talvez minha filha. – decepcionou-a a mãe.

 

A jornada em procura pela nova vida estava começando. A humanidade começando a procurar reparar seus erros. Só temiam que fosse tarde demais.

 

- Naves de sobrevivência e combate Spirit, Moon, Universe, Salvation e Nature já tripuladas e prontas para decolar. – anunciou uma voz metálica sobrepondo-se ao barulho leve dos motores das potentes naves. – Lançamento em 3...2...1...decolar!

 

~*~

 

- Nem toda a população mundial pode embarcar. – anunciou o chefe do Departamento de Evacuação Planetária. – Aos que ficaram, que Deus olhe por vocês! – disse saindo do pequeno palco montado no meio do que já foi o Central Park, hoje uma área seca e inóspita.

 

~*~

 

Enquanto a Salvation enfrentava tempos de paz e alguns avanços, como melhorar a qualidade do oxigênio fabricado e armazenar água com mais eficácia. Na Nature não era assim. Perseguida por piratas intergalácticos, que surgiram após a queda de algumas pequenas naves de hidrogênio, escondia-se em nebulosas durante tempos, e passava uma imensa escassez. Não podiam parar em planeta algum para se abastecer, por isso a tripulação vivia a base da comida criada em laboratório.

 

Sakura lamentava toda essa situação e abominava o tratamento preferencial que lhe davam por ser filha do capitão. Não aceitava as melhores comidas e sim comia o que a maioria tinha que ingerir se não quisesse morrer.

 

Quando passavam perto da Nuvem de Magalhães, avistaram um cruzador pirata. De início nada fizeram, poderia ser que estavam só de passagem. Mas assim que os viram baixar os escudos primários e apontar os canhões de fótons e de plasma para o Nature.

 

O capitão Haruno ordenou que subissem os escudos laterais, para protegerem os civis. Logo após apontou pra eles os canhões de plasma e as metralhadoras R15. A Nature era bem equipada, mas pra infelicidade deles seus torpedos de fótons estavam em reparo, processo demorado e complexo.

 

O cruzador pirata a serviço da esquadra separatista Clone, o Degeneration, preparava para atacar e executar todos os presentes na nave, menos uma estranha de cabelos róseos, que tinha um estranho código genético que poderia ser a chave para uma nova raça.

 

O comandante separatista Clone, o vice-rei Kiuury Orochimaru, queria a menina para continuar suas pesquisas, e suas informações diziam que ela estava a bordo da Nature.

 

- Pode atirar, Kabuto! – ordenou ele com a voz fina saída dos lábios ofídicos.

 

O general Kabuto fez um sinal para o soldado mais perto de si, que disparou os canhões de plasma. Os raios de plasma esverdeados atingiram o terceiro andar da nave colossal, que estremeceu.

 

Logo naves Clones eram enviadas ao espaço para tentar invadir a Nature, porem essa tinha sua própria esquadra HS. Naves de batalha, de pequeno porte, equipadas com pequenos canhões de plasma e atirador de raios gama, eram comandas cada uma por um experiente piloto e um andróide de batalha para ajudar nos comandos.

 

Logo, em meio a disparos coloridos e explosões sem o mínimo som, mas um grande impacto, entre soldados mortos e naves de batalha abatidas, o comandante Haruno corria pelos corredores opostos a luta com sua filha, o pensamento na esposa que era general da esquadra HS da Nature.

 

A menina assustada perguntava-se da mãe, se estaria bem, e mais ainda pra onde estava sendo levada naquele momento.

 

Depararam-se com uma porta de titânio lunar maciço e após uma digitação de códigos extremamente complicados, verificações de retina, voz e DNA, o comandante Haruno e a pequena Sakura entraram em uma sala onde havia alguns monitores holográficos e uma enorme câmara de sobrevivência.

 

Sakura percebeu o que ia acontecer. Seu pai a colocaria ali dormindo e iria pra junto da sua mãe. Eles iriam morrer.

 

Começou a correr pela sala aos prantos, berrando e chutando quando o pai a conseguiu segurar. Queria morrer junto com eles, não queria ficar ali sozinha, mesmo que dormindo.

 

- Não quero! – berrou chorosa.

 

- Me desculpe minha filha, pelo que te fiz. Por minha culpa hoje a Nature perecerá, por querer que as decisões da natureza não te afetassem, por querer que fosse imune as pragas que nos acometerão. – murmurava o comandante no ouvido da filha enquanto a abraçava. – Mas não posso deixar que isso caia nas mãos dos separatistas, não posso.

 

E com um movimento rápido, ele acertou um ponto definido na base do crânio da menina, que desmaiou instantaneamente. Ele a colocou dentro da câmara e a ligou. Um poderoso sonífero foi solto e ela de desmaiada passou a dormir. Agulhas penetraram todo seu corpo, ligado a tubos líquidos, tubos de comida e de despejo de dejetos de Sakura. Logo uma máscara de oxigênio cobriu o rosto dela e a um líquido de sobrevivência especial foi tomando o pequeno cilindro de vidro.

 

Sakura ficaria ali até que alguma das naves de população a achasse. E esperava que fosse logo.

 

Deu uma última olhada em sua filha e fechou a porta, indo para a batalha.

 

~*~

 

Destroços para todos os lados. Restos de naves de batalha e corpos flutuando no vácuo. Clones saíam da Nature, o rosto coberto pelo capacete negro.

 

- Não achamos nada, general Kabuto! – reportou-se o capitão Clone.

 

Kabuto sabia que o comandante não ia gostar. Talvez tivessem matado a menina por acidente. Quem sabe se isso acontecesse, eles não procurariam de vez no planeta e passariam para a parte de dominar as outras naves movidas a antimatéria.

 

Voltou à nave, deixando além de destroços uma nave incapacitada de operar, completamente vazia, flutuando no imenso Universo.


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Notas finais do capítulo

N/A: Minna *-*
O que acham? Tive que pesquisar muito pra escrever essa capítulo, claro que eu viajei legal em algumas coisas, mas nada muito exagerado u.u
Já tenho alguns capítulos escritos, vou postar de acordo com as reviews que receber ook?
Ja ne!



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