Far Away escrita por Momô


Capítulo 6
Forever you


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo, sim eu sei, estou atrasada, desculpa :( não foi minha intenção, semana passada foi bem puxada e decepcionante, não deu mesmo. Mas eu já estou deixando programado o capítulo dessa quarta então não vai ter problemas. GENTE VOCÊ VIRAM QUE THE ONE JÁ ESTÁ EM PRÉ-VENDA? Eu já pedi o meu, estou tão ansiosa gente. E sobre o capítulo passado: Desculpa ele ter sido tão pequeno, mas espero que gostem desse, eu gostei, boa leitura, beijinhos e até quarta.



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A cada passo que eu dava, a cada vento gelado que atingia meu rosto e arrepiava os pelos do meu corpo, eu me arrependia mais dessa decisão estúpida.

Há uma semana eu recebi a carta do Rei e decidi que essa tinha sido a maior baboseira que ele tinha me mandado. Pensei nisso por dois dias inteiros e acabei decidindo que eu não ia de forma alguma, mas acabei mudando de decisão. Não perguntei a opinião da minha mãe ou de May, elas sem dúvida iriam querer que eu aceitasse.

Desde que eu voltei da Seleção, tenho recebido vários pedidos de casamento, apenas na primeira semana foram oito sendo que todos foram prontamente recusados, Após dois anos eles ainda insistem em aparecer, mas não com tanta frequência, mas a minha resposta continua sendo a mesma, um perfeito “não estou interessada”. Porém teve um apenas um que eu pensei seriamente em aceitar, Georg, eu sinceramente pensei que eu poderia voltar a gostar de alguém, nós até mesmo saímos algumas vezes inclusive para um restaurante que sem dúvida alguma era o mais bonito que eu já tinha visto, minha mãe o adorava o que já era de se esperar por ele ser um dois, tudo estava perfeito até May fazer aquele maldito comentário: “Eu gostei dele, ele não parece com o Rei Maxon?” Maldito comentário, maldito, porém verdadeiro. A tonalidade do cabelo era a mesma, o sorriso que me fazia perder o ar também, até mesmo a pose metida era parecida, mas os olhos não, os olhos eram escuros, mas lindos. Pensei que pedir para ele não mais procurar seria muito dolorido, mas não, foi até fácil, quando eu percebi as semelhanças gritantes eu não conseguia mais ficar ao lado dele, nem mesmo olhar em seus olhos. Ele entendeu. Simplesmente disse adeus e se foi. Eu me senti mal por um tempo, mas eu não podia ficar ao lado de alguém que me lembrava tanto o Maxon, ainda doía apenas lembrar o seu nome, doeu mais quando eu recebi a primeira carta e acabei lembrando de todos os momentos, também lembrei de Lucy, do quando eu sentia a falta dela, de Mary, Anne e de Marlee, senti um pouco de saudade até mesmo do Aspen, mas não era como antes, eu ainda tinha consideração por ele mas não o amava, apenas uma pessoa estava conseguindo assombrar meus pensamentos, na verdade eu acho que durante a Seleção eu só estava meio relutante em deixar alguém que significou tanto ir embora.

Mesmo com todos esses sentimentos contidos, toda a confusão, aqui estava eu parada no inicio da rua em que eu mor, a noite, no frio, seguindo a instrução de um bilhete que eu percebi na minha bolsa ontem quando estava voltando da aula que eu ministro, dois dias após eu ter colocado o lenço na minha janela. Porque eu decidi aceitar? Simples. Eu preciso resolver logo essa história, preciso dar um fim a ela, não posso ficar presa em um passado dolorido, um fantasma que me assombrou por todo esse tempo. Eu preciso seguir em frente, acabar logo com isso, meu Deus eu não quero ficar sofrendo para sempre, e a melhor forma de resolver um problema é por encará-lo de frente, mas apesar de tudo eu estava com medo, já havia passado da hora de recolher, eu poderia ser presa se algum guarda passasse por aqui, ou se os rebeldes resolvessem atacar sabe Deus o que aconteceria comigo. Ainda estou assustada com a ideia de que a qualquer momento os rebeldes podem acabar atacando e dessa vez não terei guardas prontos para me proteger a qualquer custo, ou um esconderijo que eles não consigam entrar já que sou apenas uma civil agora.

Apesar de todo o meu medo e nervosismo, não pude deixar de perceber no quanto a noite estava bonita. Eu não conseguia ver muitas estrelas por culpa das nuvens, entretanto a lua estava parcialmente exposta e iluminando boa parte do céu dando um aspecto um tanto sombrio, porém admirável.

Estava tão fascinada que só percebi o carro negro que se aproximava lentamente quando ele já estava bem próximo. Os pelos da minha nuca logo se eriçaram e eu pensei seriamente em sair correndo, mas as minhas pernas estavam paralisadas de tanto terror. Meu Deus o que eu estava fazendo aqui? Mesmo que eu não fosse pega pelos guardas ou por rebeldes eu estava indo me encontrar com o REI! Se Kriss soubesse ela poderia contratar um sujeito parecido com o que eu li em uns livros, como era mesmo o nome? Acho que eram pistoleiros. Eu realmente não entendo o motivo de mesmo eu querendo manter as coisas complicadas longe de mim elas continuam se atraindo a mim como se eu fosse um imã.

Quando o carro parou na minha frente eu percebi que já era tarde demais, eu teria que enfrentar seja lá quem estivesse por trás dos vidros negros e eu nem cheguei a escrever meu testamento. A janela baixou e uma onda de aliviou percorreu meu corpo quando eu percebi que se tratava de um guarda real.

“Senhorita America?”

“Sim” Eu disse mais rápido do que pretendia, mas ao menos minha voz não pareceu demonstrar o medo que eu estava sentindo.

Ele saiu do carro e abriu a porta traseira convidando-me a entrar. Assim que entrei me senti no céu, era ótimo poder sentar novamente em algo tão confortável. Olhei para o meu lado e fiquei maravilhada ao perceber uma bandeja com suco e uma caixinha, eu ainda não tinha comido nada, estava realmente faminta. Abri a caixinha e quase chorei ao sentir o cheiro de torta de morango, pensar nisso fez com eu me lembrasse do início da seleção, quando eu fiz a aposta de que May choraria se comesse essa mesma torta e então eu perdi e tive o meu primeiro encontro com Maxon, lembrar-se disso me fez sorrir, por pouco tempo pelo menos, até perceber que aquela torta era uma cortesia do Maxon e eu perdi a fome deixando a caixinha no lugar dela intacta.

O guarda estava me levando por um caminho que eu não conhecia, eu queria tanto conseguir ver o rosto dele, mas estava escuro, e isso me chateou, então desisti e resolvi ver se conseguia olhar a paisagem. Entramos por um lugar que estava iluminado por vários postes e eu fiquei encantada com todas as casas bonitas que tinham nessa parte da província, logo me senti meio boba por não ter previsto que o REI ficaria no lugar mais chique da província, era meio óbvio. Depois de alguns minutos o guarda simplesmente parou o carro em frente a um parque com a fachada mais linda de todas, ele logo saiu e abriu a porta para que eu saísse. Já não estava mais escuro e eu pude ver o seu rosto, fiquei surpresa ao perceber que ele era o mesmo homem que tinha me entregado a primeira carta de Maxon, o mesmo cara que foi lá pegar a minha carta para entregá-la, e fiquei mais surpresa ainda quando vi gravado em sua farda “Woodwork”.

“Você voltou a ser soldado?” Perguntei surpresa. Ele sorriu ao ser reconhecido.

“Sim. O rei Maxon permitiu que eu voltasse”.

“E Marlee?” Meu coração doeu apenas de pronunciar o seu nome em voz alta.

“Ela se tornou uma criada, mas estou querendo que ela se afaste para morar em uma casinha que eu comprei, quero que ela se dedique ao bebê”

“Bebê?” Perguntei surpresa. Quando será que eu perdi todo esse tempo sem falar com ela? Ele deu o maior e mais cativante sorriso.

“Ela está grávida” Eu comecei a chorar inconscientemente, estava com tanta saudade de Marlee que eu nem fazia ideia, e estava tão feliz que ela estava bem, E GRÁVIDA! Tinha tanta coisa que eu queria falar com ela, tanta coisa.

Como se estivesse lendo os meus pensamentos, Woodwork passou para mim um envelope cor-de-rosa, fiquei feliz ao me dar conta de que era uma carta. Será que antes de virar soldado ele era carteiro? Não importa, apenas o que importa é que aquela sem dúvida era a melhor carta que ele já tinha me dado.

“Entre no parque e vá direto, não dobre, depois de um pequeno percurso você vai chegar até um espaço amplo com uma fonte de anjo. Boa sorte”.

“Obrigada”.

Fiz exatamente o que ele disse. Em alguns momentos andei muito lentamente para admirar as flores que estavam no caminho, May sem dúvida amaria aquele lugar. Cheguei à fonte e antes mesmo que eu pudesse admirar a beleza clássica dela eu avistei aquela figura loira olhando para o céu sem notar a minha presença. De repente os meu membros paralisaram e tudo o que eu conseguia fazer era observá-lo até ele finalmente me olhar.

“Você veio” Ele disse quase em um sussurro, e então toda a minha raiva se foi, todas as palavras feias e depravadas que eu tinha planejado dizer a ele sumiram, até mesmo a vontade de permitir que o meu joelho fizesse outra visita as joias reais se foi. Senti um aperto muito forte em meu coração, meus olhos ficaram cheios de lágrimas rebeldes e antes mesmo que eu pudesse respirar ou me controlar eu já estava chorando rios e mares. Abaixei a cabeça na tentativa inútil de me esconder, como se já não bastasse ele ter me feito sofrer tanto eu não queria ainda que ele me visse tão indefesa. Cobri meu rosto com as mãos e fiquei meio encurvada por alguns segundos e nem percebi quando ele se aproximou e me abraçou.


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Notas finais do capítulo

Huahuahua Espero que tenham gostado, o próximo vai ter realmente o diálogo da America com o Maxon huahua Beijinhos, até quarta :)



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