A Caçadora - A Supremacia escrita por jduarte
Notas iniciais do capítulo
Pessoas, desculpem-me pelo capítulo pequeno, mas prometo que depois posto um maior!!!! AAAAAh e feliz ano novo, natal, e tudo mais!
Beijoooos e espero que gostem,
Ju!
O rosto de Claire ficou impassível por alguns segundos e quando ela ia me responder, Edward apareceu atrás dela, com um grande sorriso no rosto, dizendo animado:
– Gostou do quarto?
Sorri abertamente.
– Eu amei! Foi Ezra que mandou a arma, certo? – ele assentiu
Edward entrou no quarto, dando uma leve esbarrada em Claire, não se preocupando em pedir desculpas, e pegou a arma grande e robusta.
– Essa é uma das melhores que eles têm por aqui! – e esticou a mão livre para mim. – Venha, vou te mostrar uma coisa.
Sem esperar nenhuma resposta, Edward me puxou pelo quarto e pela sala, até parar na frente da janela que dava para o lado de fora e tinha um apoio estranho. Ele abriu a janela e encaixou a arma de uma maneira que ela ficasse parcialmente para fora.
Encarando-o como se ele fosse maluco, esperei que meu companheiro continuasse a fazer o que quer que estivesse fazendo.
– Essa arma pode matar qualquer coisa num raio de 1km, e podemos colocar qualquer coisa para torna-la literalmente mortífera. – ele me posicionou na frente da arma. – Então cuidado com ela!
Eu não conseguia ver nada por causa da altura.
Edward apertou algo perto da janela e o chão embaixo de nós começou a se mover. Fui tentar sair dali, mas suas mãos me impediram.
O chão se elevou aos poucos, formando um tipo de plataforma alta, deixando-me com a altura necessária para conseguir manejar a arma sem ter que me empoleirar no batente da janela.
Um arfar de surpresa saiu de minha boca e ouvi meu companheiro dizer:
– Muito legal, né? A Ordem fez essa adaptação depois que Theodore morreu, para que nenhum caçador se machucasse mais ainda. – e riu.
Juntei minhas sobrancelhas em confusão.
– Espera um pouco... Theodore? Theodore Stutch?
Edward nem ao menos fez questão de esboçar qualquer surpresa.
– Sim. Essa era a casa que a Ordem mantinha Theodore e outros Caçadores de Manhattan...
– Como Emma?
Desta vez ele parecia surpreso.
– Acho que sim. Se ela era uma Caçadora daqui, então é bem provável.
Mordisquei a boca e experimentei a arma, vendo que, realmente, era muito melhor do que qualquer coisa que eu já tivesse usado.
– Eu te contei sobre ela, certo? – perguntei sem me virar.
– Jason me manteve por dentro. – ele disse e colocou a mão em meu ombro. – Vamos achá-la, ok? Eu prometo.
Sorri de leve.
– Eu sei que vamos. Estou perto de desvendar as últimas cartas. Sally disse que só Drake saberia como as transcrever, mas se Emma conseguia, então eu também consigo.
Afastei-me da arma e a tirei do apoio, sentindo o chão se mover novamente, voltando ao seu estado normal.
– Os vizinhos não desconfiam de nada?
Edward deu de ombros.
– Eles sabem que não devem se meter nos assuntos da família.
Minhas perguntas não acabavam por aí.
– Vamos dividir a casa com mais alguém?
Foi a vez de Edward rir alto.
– Não, pelo amor de Deus! Os outros já têm as outras casas da Ordem ocupadas.
– E porque essa é a única desocupada?
Ele revirou os olhos.
– Não está desocupada, Helena. Estamos aqui!
Bufei lhe dando um soco de leve no peito.
– Você entendeu...
Edward levantou as mãos se rendendo.
– As pessoas acham que Theodore trouxe coisas ruins para dentro, e por isso preferem ficar longe daqui.
Aquela revelação fez com que os pelos de meu pescoço se arrepiassem de uma maneira tremendamente grotesca.
Tentei espantar o sentimento de medo que crescia dentro de mim e abanei o ar com as mãos, teatralmente.
– Pura bobeira – deixei a frase em aberto. – E quando vamos voltar ao trabalho?
Edward pareceu contido em responder.
– Até semana que vêm você não vai voltar. Ezra disse que quer você inteiramente descansada.
Abri a boca para protestar e Edward colocou os dedos em meus lábios, fazendo com que eu me calasse.
– Isso foi uma ordem, Helena. Tire esse tempo para ficar dentro da casa, explorar um pouco mais e quem sabe dar uma olhada na biblioteca particular de Theodore para entender o que se passava aqui dentro... Será bom para você.
Revirei os olhos e arrumei a arma de mal gosto nas mãos, não me importando em lhe responder ou retrucar, voltando diretamente para o quarto que agora era meu. Fechei a porta e apoiei as armas em cima da cômoda detalhada e robusta de madeira que provavelmente estaria repleta com minhas roupas, deitando na cama.
O sol que entrava pela única janela do quarto o transformava inteiramente no que parecia ser um cenário de fim de tarde alaranjado e quente, mesmo que o vento frio lá fora apontasse o contrário. Apoiei a cabeça no travesseiro, deixando-me pensar em tudo o que tinha acontecido comigo e principalmente em Polux.
Lágrimas vieram como uma enxurrada, sem pedir permissão. Eu não queria chorar. Não queria passar a ideia de que era fraca, mas era difícil. A leveza estranha de meu dedo anelar deixava minha cabeça pesada e meu estômago dando voltas.
Polux não podia estar morto.
Solucei agarrada ao travesseiro, e assim acabei pegando no sono.
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Continua?