Um destino distante escrita por Laura Marie


Capítulo 2
Desconhecido




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Em um beco de alguma rua no subúrbio da cidade, um Cajun estava adormecido em meio aos sacos de lixo. De repente, ele começou a se despertar de seu sono profundo. Sua cabeça doía fortemente, e ele mal conseguia abrir os olhos. Parecia que um trator havia passado por cima de seu corpo. Apesar da dificuldade, Gambit abriu os seus olhos, e conseguiu se sentar. Segurando a cabeça, ele finalmente se deu conta que não estava na Mansão Xavier.

– Onde eu estou? – Disse ele enquanto observava aquele estranho local.

Sendo assim, Gambit se levantou e começou a caminhar para fora do beco. Assim que chegou à rua, ele sentiu que já esteve naquele lugar antes. Além disso, ele também não se lembrava o que havia acontecido na última noite, muito menos como havia parado ali. A última coisa que conseguia se lembrar era a discussão que tivera com Vampira.

– Devo ter tido uma ótima noitada! – Disse ele consigo mesmo enquanto sentia uma forte enxaqueca.

Gambit começou a caminhar sem rumo pelas ruas à procura de alguma informação, mas aquele local parecia deserto. De repente, um estranho veículo passou apressadamente. Gambit ficou admirado. Ele nunca havia visto aquele modelo de carro antes.

– Pelo visto eu devo estar fora de moda!

O Cajun continuou caminhando até que um determinado edifício lhe chamou a atenção. Gambit estava em frente ao seu antigo edifício. Por alguma razão, ele havia ido ao seu antigo bairro na noite anterior. No entanto, parecia que o tempo havia passado muito rápido naquele local, pois tudo estava tão diferente que ele nem se quer o reconhecia mais.

O prédio estava fechado como se estivesse condenado - aliás, parecia que o local estava caindo aos pedaços. Mas já que Gambit não tinha nada a perder naquele lugar, ele decidiu entrar. A portaria estava trancada, mas se tratando de um ladrão, Gambit conseguiu a abrir e entrar. A recepção do prédio estava escura, apenas os raios solares que penetravam pelas frestas da janela clareavam o local. Além disso, o balcão estava empoeirado, como se ninguém tivesse ido lá há anos.

Em seguida, Gambit começou a subir as escadas, em direção ao seu antigo apartamento. Mas, de repente, ele percebeu que não estava sozinho lá. Em meio aos degraus, Gambit ouviu uma música alta vindo de algum lugar. Sendo assim, ele começou a subir as escadas apressadamente em direção à música.

O som ficava cada vez mais alto, até que ele chegou à frente de uma porta de um apartamento. Gambit percebeu que a porta estava apenas encostada, então ele a empurrou levemente e entrou no local. Além da música, havia várias televisões no local - que, na verdade, eram das câmeras de segurança. Gambit se aproximou mais das televisões e se deu conta que estava em uma sala de controle. De repente, assim que ele se virou de volta para a porta, ele foi atingido por alguma coisa.

Gambit cambaleou para trás. Parecia que havia levado um soco no meio da cara, mas não havia ninguém no local. Em seguida, ele foi golpeado novamente com um soco no estômago e uma rasteira. No entanto, ninguém ainda havia parecido. Gambit se levantou rapidamente e ficou em guarda, pronto para atacar.

– Quem está aí? – Perguntou ele enquanto olhava para o nada – Eu não quero confusão!

O aviso de Gambit foi em vão. Ele foi atacado novamente com um soco na boca. Enquanto se levantava e limpava o sangue do canto de sua boca, Gambit percebeu que estava lutando com alguém invisível, possivelmente um mutante. Os golpes eram rápidos, e Gambit continuava indefeso. Rapidamente, ele decidiu colocar a mão em seu bolso.

Merde! – Disse ele assim que descobriu que não havia nenhuma carta em seu bolso.

Gambit foi atacado novamente, caindo próximo de uma mesa. Havia um saco de batatas fritas em cima da mesa, sendo assim, Gambit pegou algumas batatas, as energizou, e as jogou em alguma direção, na esperança de acertar o seu misterioso adversário. Gambit teve sorte. As suas batatas energizadas acertaram o inimigo visível, que acabou sendo arremessado fortemente em um armário. Caída no chão, a misteriosa pessoa finalmente mostrou a sua face: era um mutante de aproximadamente 20 anos, de pele clara e cabelos castanhos cacheados.

Já que o garoto estava desnorteado no chão, Gambit aproveitou para interrogá-lo.

– Você me deve algumas respostas, “Homem invisível”! - Disse ele enquanto segurava o inimigo pela gola do casaco.

O garoto abriu os seus olhos azuis, mas antes que pudesse dizer ou fazer alguma coisa, Gambit foi atacado por de trás. Ele havia levado um forte choque, desmaiando imediatamente. E por de trás dele, apareceu outro garoto, com uma de suas mãos enfumaçadas.

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Gambit abria os seus olhos lentamente. Certamente, a sua enxaqueca havia piorado ainda mais. Assim que recuperou a consciência, Gambit percebeu que estava amarrado em uma cadeira. Quando levantou a sua cabeça, viu os dois garotos que o atacaram o encarando.

– Quem... Quem são vocês?

– Nós é que fazemos as perguntas por aqui, seu impostor! – Disse o rapaz que o eletrocutou.

– Impostor? Do que você está falando?

– Desiste, cara! O seu jogo não vai funcionar em nós! – Disse novamente o rapaz que, em seguida, começou a energizar as suas mãos.

– Vá com calma, Ray! – Disse o outro garoto – Em algum momento este metamorfo terá que revelar a sua identidade... Por bem ou por mal!

– Metamorfo !? – Estranhou Gambit – Vocês devem estar me confundindo com outra pessoa. O meu nome é Remy LeBeau, eu sou professor no Instituto Xavier.

– Sem chance, cara! – Disse o rapaz da eletricidade que, em seguida, acertou o prisioneiro com um soco.

– O que está acontecendo aqui? – Disse um novo garoto que acabara de chegar ao local.

Remy, assim que conseguiu se recuperar do soco, encarou o recém-chegado. Era um garoto loiro e de olhos azuis, que aparentava ter a mesma idade que os outros dois. Por algum motivo, parecia que Remy já o conhecia. Já o rapaz, assim que avistou o prisioneiro, arregalou os seus olhos, como se tivesse visto um fantasma.

– Nós o pegamos na sala de segurança.

– E o que ele estava fazendo lá? – Disse o loiro – Aaron, você deveria estar tomando conta das câmeras de segurança!

– Mas eu estava! Ele surgiu de repente na recepção, estava escuro e eu pensei que era o Oliver!

“Quem é Oliver?”, pensou Remy assim que ouviu tal comparação.

– E certamente o alvo deste impostor é o Oliver! – Disse Ray.

– Eu não sou impostor e eu não faço idéia de quem seja este Oliver! – Gritou Remy.

Os três rapazes ficaram admirados com a reação de Remy, mas não foi o suficiente para convencê-los. Sendo assim, o garoto loiro se aproximou mais do prisioneiro.

– Eu vou te dar uma chance: quem é você?

– Oras! Eu já disse quem eu sou! O meu nome é Remy LeBeau.

– Esse cara não desiste mesmo! – Disse Aaron.

– Será que teremos que torturá-lo até ele mostrar a sua verdadeira forma !? – Brincou Ray.

– Esperem! – Disse Aaron enquanto olhava para o celular – O Oliver está chegando!

Remy ficava confuso cada vez mais. Primeiro, ele acorda em um beco cheio de lixo. Depois, ele para em seu antigo prédio onde é atacado por dois jovens mutantes que o acusa de impostor.

– Nós já nos conhecemos antes? – Disse Remy ao jovem loiro enquanto o reparava.

O jovem apenas o encarou enquanto os outros rapazes foram ao encontro do amigo que estava chegando.

– Olha, seja lá quem você for, eu vou te dar mais uma chance! – Disse o rapaz – Se fosse você, eu me revelaria agora. O Oliver está chegando e esta brincadeira não tem nenhuma graça!

– Brincadeira ?!

Era tarde demais. Aaron e Ray, por algum motivo, tentavam impedir a chegada do rapaz ao quarto do prisioneiro. No entanto, o esforço foi em vão. Assim que o homem de cabelos castanhos e olhos claros, chamado Oliver, chegou ao quarto, olhou imediatamente para Remy. Ele ficou pálido e deu um passo para trás, sendo impossível esconder a sua surpresa e espanto.

– PAI ?!


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Notas finais do capítulo

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