Eric assim que embarcou no trem sabia que aquela viagem iria ser um tanto quanto conturbada, todos que conviviam com ele sabiam que ele tinha aversão a viajar no trem, só não entendiam o motivo de tanta aversão, ele não gostava do sentimento de deixar quem se gostava para trás, era como se estivesse sendo abandonado ou fosse abandonar alguém:

— Eric, está tudo bem? - perguntou Hermione parecendo preocupada.

— Eu não sei ao certo. - disse ele dando um pequeno sorriso para ela. - mas acho melhor por essa viagem, ficar comigo, estou com um sentimento estranho.

Hermione, mesmo sabendo que deveria ir com Harry e Ron para uma cabine, enquanto ele teria que fingir que estava se tornando um Sonserino pior do que Draco, mas eles conseguiram uma cabine afastada, onde ficaram sentados lado a lado, durante boa parte da viagem, sem interferências pelo menos até o trem parar subitamente:

— O que houve? - Hermione olhou a janela ficando como se a água da chuva estivesse congelando.

— São os dementadores, Alvo e Minerva avisaram sobre eles. - Eric pegou a varinha apenas para ficar seguro.

Hermione viu uma sombra passar pela porta no corredor do trem, ela por instinto segurou a mão de Eric, foi quando ele colocou a mão na cabeça com dor que ela se preocupou e ao mesmo tempo eles viram luz afastar a sombra preta:

— É o Harry, vamos. - ele saiu da cabine a puxando pela mão.

Harry havia desmaiado quando um dementador chegou perto demais, mas o professor Lupin o salvou do dementador, Eric voltou para outra cabine, deixando Hermione com o irmão para pensar o que provavelmente esse ano traria, Draco estava no corredor esperando por ele:

— Eric, estou preocupado com você. - disse ele baixo.

— Draco, por favor, não venha tentando se fazer de santo, ano passado se imaginou que eu era perigoso, por estar possuído por Voldemort, você não sabe o quão perigoso posso ser sozinho. - disse ele mandando um olhar frio para o menino loiro.

— Eu sei, mas... - Draco parecia nervoso, muito incomum de como ele agia normalmente. - eu queria...

Eric olhou bem para Draco, um dia nas férias de verão o mesmo lhe enviou uma carta, pedindo desculpas, dizendo que queria continuar sendo seu amigo, mas queria ser amigo do verdadeiro Eric Potter e não do Eric fantasiado de menino malvado da Sonserina, porque ele queria ser o verdadeiro Draco, o que ele era por dentro e não o que os pais dele incentivavam ele a ser:

— Se é sobre a carta. - disse Eric vendo uma reação sutil nos olhos de Draco. - então podemos ser assim como disse apenas longe de todos. 

Draco sorriu, um sorriso verdadeiro, o que espantou Eric e foi então que notou, talvez apenas talvez Draco realmente nunca teve uma amizade genuinamente verdadeira, sem interferência dos pais e suas vontades. Eric voltou a andar e escutou os passos de Draco logo atrás dele e logo estava ao seu lado:

— Obrigado. - disse ele baixo.

— Eu vou te proteger seja do que for de quem for. - disse ele igualmente baixo. - na qualidade de amigo.

— Amigos. - repetiu Draco. - terei certeza de devolver essa gentileza.

No Grande Salão, Alvo anunciou que a presença dos dementadores nos terrenos da escola havia sio requisição do Ministério da Magia, sem escolha da escola para liberação, portanto enquanto o prisioneiro estava foragido eles teriam a companhia dos guardas de Azkaban:

— Eu tenho uma tia em Azkaban. - disse Draco baixo. - ela torturou os pais de Longbotton até deixa-los malucos.

— Bom ela deve ter uma companhia e tanto com os dementadores. - comentou Eric pegando um pouco de comida, vendo ao mesmo tempo Harry pálido na mesa da Grifinória. - já eu acho que logo mais, teremos mais do que dementadores para nos preocuparmos. 

Severo viu que parecia uma conversa civilizada entre Draco e Eric e o menino Potter parecia mais ameno com o jovem loiro, algo tinha acontecido entre os dois, ele olhou para Lupin que tentava de qualquer forma falar com ele enquanto ele resolvia ignorar os avanços do novo professor de DCAT. Eric parou de falar com Draco um pouco e olhou para mesa dos professores, o professor Lupin não parecia nada mal, mas mesmo assim ele deveria ficar de olho nele, parecia que seu alerta interno de encrenca dizia para ele que este ano reservavam muitas surpresas.