A manhã seguinte trouxe para Eric algumas surpresas estranhas, a primeira delas é que ninguém na Sonserina parecia se importar muito que apenas Draco e ele estivessem andando juntos, claro que Draco poderia dar um show a parte sobre como ele frequentava sua casa durante o verão, outra coisa estranha foi receber uma carta da senhora Malfoy, ele olhou seu recém amigo tão surpreso quanto ele, mas não leu a carta, guardando para mais tarde, até mesmo da vista de Draco, que apenas fez uma careta e resolveu voltar ao seu café da manhã, após isso ele recebeu os horários e então Severo chamou ambos para uma conversa particular:

— Professor. – disse ele quando finalmente entrou na sala particular de Severo ao lado de Draco.

— Senhor Potter e senhor Malfoy, estou aliviado em ver que resolveram tentar abaixar as amenidades entre vocês. – disse ele calmamente. – normalmente daria esse recado apenas para o senhor Malfoy, mas como é uma celebridade menor na casa Sonserina, acho por bem informa-lo.

Eric sentiu vontade de rolar os olhos, mas segurou a mesma, Severo no verão não era muito amigável, mas era fácil de conversar e conviver, ao contrario do Severo Snape professor de poções de Hogwarts, esse sim as vezes era bem difícil de conviver, sendo irônico, sarcástico e maldoso por vezes:

— Fico lisonjeado. – respondeu ele calmamente.

Severo ficou levemente surpreso com a resposta, mas não deixou transparecer para nenhum dos dois meninos na sala, ele se levantou lentamente:

— O professor Lupin não é de confiança e quero que ambos fiquem bem longe dele, principalmente na lua cheia. – explicou ele calmamente.

Draco compreendeu a informação e estava surpreso e então olhou para Eric ao seu lado, ele estava franzindo levemente a testa olhando para o professor Snape, como se ainda não tivesse compreendido totalmente a mensagem, ele pensou em falar algo quando Eric acabou falando:

— Pensei que existisse a poção mata-cão, esta fabricando ela para ele não? – perguntou ele calmamente.

— Parece senhor Potter que andou lendo muitos livros avançados de poções. – Snape chegou mais perto. – estou fabricando, a poção no entanto não impede a transformação, apenas que o cão fique na própria coleira e não saia mordendo, a não ser claro, que ele deseje isso.

— Entendo, estaremos atentos professor. – respondeu ele.

— Ótimo, a primeira aula de ambos é com ele, portanto podem ir. – dispensou ele voltando a própria mesa.

Eles saíram da sala e foram para o caminho da aula de DCAT, Eric ainda estava pensativo, porque afinal chamar Draco para o mesmo recado? Talvez fosse pela amizade com Lucio Malfoy? Talvez manter a aparência fosse tão importante assim:

— Ainda bem que estamos avisados, pode ser perigoso, talvez eu avise os outros alunos da Sonserina. – disse Draco contemplativo.

— Não, se o diretor Dumbledore não avisou ontem a noite, é porque isso é sigiloso. – respondeu Eric parando de andar olhando para Draco.

— O sigilo que eles querem manter pode nos matar ou nos condenar a sermos bestas selvagens. – retrucou Draco olhando para Eric um pouco irritado.

— Sim, porém ouviu o professor Snape confirmar, ele esta cuidando do processo da poção, não corremos esse risco. – explicou ele suspirando.

— Não entendo como pode confiar tanto em Dumbledore. – Draco voltou a andar. – ele colocou perigos nessa escola no primeiro ano, não pode negar isso, além do ano passado, por isso Snape nos chamou, por isso me avisou e como é meu amigo ele resolveu avisa-lo, uma das coisas boas que meu pai fez.

— Não entendo. – respondeu Eric confuso.

— Meu pai iria escolher um homem rico de uma família puro-sangue para ser meu padrinho, mas no fim optou por Snape, como vê é uma coisa boa, ele cuida de mim na escola e sou bom em poções porque antes do ano letivo começar, sempre tenho aula de poções particulares. – explicou Draco continuando a andar.

— Padrinho? – agora sim Eric estava mais confuso quando entrou no corredor da sala de aula.

— Sim, quando seus pais morrem seus padrinhos viram seus tutores e... – Draco se calou e olhou para Eric, o mesmo não vivia com os padrinhos, assim como seu irmão. – eu...

— Tudo bem, vamos entrar.