Uncontrollable ('The Orphan' – Season 3) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 46
Capítulo 45 – I’m So Happy!


Notas iniciais do capítulo

Voltei!!!!!!! E voltei tão feliz com os comentários ^^ Muito, muito obrigada mesmo!

Poucas pessoas acertaram de quem seria o pedido de namoro... Então vamos descobrir??? Eu coloquei um link com músicas lindas, ouçam, por favor...

Nos vemos lá em baixo!!



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Capítulo 45 – I’m So Happy!

“Estou tão feliz!”

– NARRAÇÃO – 18 de abril de 1996 -

Tudo em Hogwarts parecia ter voltado ao normal, na medida do possível, claro. Por conta de tudo que acontecera, as aulas foram canceladas e as reposições de DCAT ficaram sob responsabilidade dos professores Snape, McGonagall e Flitwick.

Os times de quadribol, por sua vez, redobraram os treinos. Jogar era um dos modos encontrados para fazê-los esquecer tudo que passou. Violet e Montague estavam progredindo e, com a raiva incontida que a garota ainda sentia por Voldemort, Violet implicava toda a sua força no passe final da Formação Basilisco.

No sábado seguinte os alunos foram liberados para uma última visita à Hogsmead, porém, é claro, todos os professores foram responsabilizados pela segurança de seus estudantes. Snape e Minerva permaneceram em Hogwarts para ajudar o diretor nas mudanças que ocorreriam dalí para frente.

– Você já viu isso? – perguntou Alessa entregando a nova edição do Profeta Diário à Violet, sentada à sua frente com as meninas no Três Vassouras.

“VOCÊ-SABE-QUEM VOLTOU E O MINISTRO FUDGE RENUNCIA”

Ao longo do ano inúmeros boatos de que Você-Sabe-Quem voltou alastraram-se pela comunidade bruxa e o Ministério garantia-nos de que eram falsos. Porém, nas últimas semanas o próprio ex Ministro, Cornélio Fudge, ficou cara a cara com o bruxo das trevas.

Na noite da última quinta-feira o Sr. Cornélio Fudge finalmente resolveu se pronunciar desde o incidente com Você-Sabe-Quem, tendo como Hogwarts a escolhida para tal anúncio. Toda a imprensa foi chamada e todos os aurores mais qualificados convocados na tarde de 10 de abril de 1996, quando Cornélio Fudge, Meryl Seyfried, ex vice-ministra, Alvo Dumbledore e Minerva McGonagall, juntamente à inúmeros aurores, adentraram os portões da secular escola e finalmente nos presentearam com a verdade num discurso extremamente revelador.

Devido aos últimos acontecimentos, fui praticante de muitas injustiças e devo desculpas à muitas pessoas. Você-Sabe-Quem voltou, e eu em minha cega ignorância ignorei os fatos e condenei muitas pessoas por dizerem a verdade. Hogwarts foi a mais prejudicada, tentei controlar os boatos por julgá-los falsos e acabei por cometer inúmeras barbáries. Peço desculpas. No início de meu mandato, prometi fazer o melhor de mim e proteger os interesses de todos, porém falhei. Fui autor de erros estrondosos e, por isso, oficialmente renuncio ao cargo de Ministro da Magia.” Dito isso, Cornélio Fudge passou a palavra para a nova Ministra da Magia, Meryl Seyfried. Isso mesmo, uma mulher irá nos governar. Com um discurso animador, a Ministra Seyfried já tomou medidas para que os erros do último mandato fossem corrigidos, começando com um pedido de desculpas formal e a exclusão das acusações de traição e conspiração contra Alvo Dumbledore, que voltará a assumir a diretoria de Hogwarts.

Fica instituído, a partir da presente data, que toda e qualquer interferência na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts realizada pelo Ministério da Magia no período de um ano deve ser revogada e recompensada. Sendo assim, Dolores Jane Umbridge não pertence ao quadro acadêmico de Hogwarts por incapacidade de ensino e desrespeito às regras institucionais. Também será afastada do cargo de Subsecretária Sênior Ministerial, ao qual já foi designado alguém de extrema confiança e capacidade, bem como o cargo de Alta Inquisitória extinto.”, anunciou a Sra. Seyfried, incitando palmas de todos os estudantes e professores. Seu discurso foi longo e extremamente explicativo e motivador, porém, a maior surpresa foi a descoberta de que Dolores Jane Umbridge, ex Subsecretária Sênior Ministerial, era uma Comensal da Morte. Como punição, foi sentenciada à prisão perpétua em Azkaban.

Mas a surpresa não parou por aí. Após ser desmascarada, Minerva McGonagall, que foi afastada da escola por conta de Umbridge, resolveu aplicar-lhe um castigo próprio, defendendo seus alunos.

“Limpa essa boca suja antes de falar dos meus alunos! Eu nunca os maltratei para impor respeito, nunca os torturei para que ficassem em silêncio e nunca precisei dar-lhes Veritaserum para que me contassem a verdade! Eles me respeitam simplesmente por eu os respeitar! Você não passa de um sapo invejoso, arrogante e traidor que precisa usar essas cores estupidamente chamativas para ser vista... Você é falsa Dolores! E eu posso garantir que qualquer um aqui é melhor que você!”, disse McGonagall após proferir-lhe dois tapas na face. Quando a Ministra finalmente interveio, a Sra. Umbridge foi escoltada por dois aurores, porém, a mesma conseguiu se soltar e lançou a Maldição da Morte para a nova Ministra da Magia, que foi imediatamente protegida por seus aurores.

Felizmente nada grave aconteceu e ninguém se feriu, porém, como proteção à Ministra, os Aurores da Elite Catherine Addams e Pierce Seyfried lançaram feitiços estuporantes simultâneos que atingiram Umbridge. Uma nota vinda do Ministério confirmou que Dolores Umbridge não resistiu e faleceu.

Com a volta de Você-Sabe-Quem, a Ministra Seyfried implantará novas medidas de segurança, resta-nos esperar quais serão estas.

– Aconteceu um milagre... – começou Violet – Ela não tocou no nome do Harry, de vocês ou no meu... Foi extremamente fiel aos fatos!

– Milagres acontecem afinal... – riu Sophie.

– Falando de mim? – perguntou Draco aparecendo com os meninos e sentando-se ao lado da loirinha.

– O mundo não gira ao seu redor querido... – sorriu Sophie assim que Draco beijou sua bochecha carinhosamente.

– Reunião do time pessoal... – avisou Gemma aparecendo ao lado de Montague e Miles.

– O que é bom sempre dura pouco... – reclamou Draco levantando-se, assim como Violet, Theo e Blás.

– Hmm... Violet... Eu... – começou Theo – Será que posso conversar com você? – perguntou enquanto os demais se dirigiam para a mesa dos fundos do bar.

– Diga Theodore. – respondeu Violet parando e virando-se.

– Eu... Eu só queria explicar, por favor... – pediu e, assim que a garota assentiu, continuou – A Umbridge mandou que eu descobrisse algo e eu realmente estava disposto a contar, mas então nós começamos as aulas... Eu comecei a ver que tudo que você dizia era verdade e que estava apenas tentando nos ajudar... Por isso cada vez que ela me procurava eu dizia que, até onde eu sabia, você não estava planejando nada... Ela passou a me vigiar e tenho certeza que ficou desconfiada. Foi aí que ela começou a interrogar os alunos com Veritaserum e finalmente chegou à Cho. Naquela tarde eu disse que queria falar com ela pois tinha descoberto algo, mas ela foi mais rápida e falou com a Chang primeiro, logo, descobriu tudo e deduziu que eu iria contar à noite... Por isso me dispensou da detenção. Por favor, acredite em mim Violet, eu não entreguei você...

Violet permaneceu em silêncio por alguns segundos e o encarava fixamente. Procurou qualquer vestígio de mentiras, mas não encontrou. Theo falava a verdade.

– Me desculpe Theo... – suspirou – Naquele dia eu estava com muita raiva acumulada, e quando a Umbridge disse que você era um informante dela eu me descontrolei e soltei toda a raiva que sentia em você... Me desculpe...

– Você não tem que pedir desculpas, acho que qualquer um no seu lugar pensaria que eu sou um traidor. Mas... Você me perdoa?

– Não há o que perdoar Theo – piscou Violet afastando-se e indo para a mesa onde o time esperava.

– Finalmente! Pensei que teria que ir te buscar pelo colarinho! – riu Gemma. – Mas agora que os dois já voltaram, podemos começar...

Pelos próximos minutos Gemma repassou todas as estratégias que pensou, o time estava bem confiante, afinal, eram da Sonserina, e de acordo com eles, Sonserina sempre vence.

Enquanto isso, uma família entrava no Três Vassouras. Vitor e Saoirse se dirigiram à mesa em que as meninas estavam, David, por sua vez, acompanhou os pais ao andar de cima, onde teriam uma reunião com o novo Subsecretário Sênior.

– Bom dia! – exclamou Saoirse ao chegarem à mesa.

– Saoirse? Eu não acredito, quanto tempo! – disse Mary levantando-se.

Todos se cumprimentaram, Vitor, entretanto, notou a falta de alguém indispensável.

– Ela está lá no fundo com o time de quadribol... – adivinhou Alessa – Vai lá...

– Acho melhor não, eles estão em reunião...

– Você não estuda em Hogwarts e é jogador profissional de um dos melhores times britânicos... Tenho certeza que Gemma não irá se opor, muito menos Violet – disse Sophie.

Aquilo foi o que precisava para convencê-lo. Vitor rapidamente levantou-se e dirigiu-se ao fundo do bar, onde percebeu Violet de costas.

– Violet –

– Precisamos aumentar a frequência dos treinos entre vocês dois... – comentou Gemma indicando Montague e eu.

– Aumentar?! – surpreendi-me. – Não acho que conseguiria... Meus braços estão doloridos até agora! O Montague aperta que é uma beleza... – ironizei cruzando os braços.

– Eu sei, mas é preciso... Ele precisa te aguentar!

– Como se eu fosse muito pesada... – rolei os olhos.

– Nisso eu concordo, ela é leve como uma pena... – riu Montague olhando para algum lugar atrás de mim.

– Ei!

– Decida-se Violet, ou você é leve ou pesada... – ironizou Gemma. – Mas falando sério, nós precisamos aumentar a frequência do time, ainda não conseguimos o passe perfeito para a Formação Basilisco...

– Formação Basilisco? Vocês vão tentar essa formação?! – disse alguém atrás de mim, assustando-me.

– Droga Vitor! Você me assustou! – exclamei com as mãos no peito – E sim, vamos fazer a Formação Basilisco...

– Uau... – murmurou ele aproximando-se e sentando-se ao meu lado. – Vocês tem coragem... Ah, desculpe atrapalhar...

– Pelo contrário, chegou na hora certa... – sorriu Gemma – Seu time já tentou essa formação, certo?

– Sim, mas infelizmente o outro time foi mais rápido e o apanhador pegou o pomo... – suspirou colocando os braços cruzados sobre a mesa.

– Viram? É por isso que quero aumentar a frequência dos treinos! O jogo é dia 29 e precisamos fazer tudo certo... – repetiu Gemma divertida.

– Realmente, para conseguirem fazer o Basilisco perfeitamente precisam de muito treino e uma boa estratégia... – comentou Vitor – Quem fará o passe final?

– A mais baixinha e leve do time... – disse Gemma segurando o riso.

– Baixa ou pequena eu até aceito, mas baixinha não! – reclamei encarando-a.

– E você é forte o suficiente para rebater a goles? Sua mira é boa? – perguntou Vitor divertido.

– É claro que sim! – rebati – Para a sua informação, sou muito forte e tenho uma excelente mira... Infelizmente o gol está de mal comigo ultimamente, mas é passageiro...

– Para o seu bem espero que seja... – avisou Gemma.

– Eu desisto, isso é bullying! – reclamei cruzado os braços e fazendo uma expressão extremamente infantil.

Instantaneamente senti Vitor passar um de seus braços sobre minha cintura e puxar-me para si, apertando gentilmente.

– Tudo bem pequena, eu confio em você... – riu ele quando senti meu rosto ferver. – Mas como eu dizia, acho que os treinos devem ser mais frequentes, vocês precisam criar uma estratégia de bloqueio e só podem fazer o Basilisco se estiverem alguns pontos à frente.

– Sim, eu pensei em fazer essa Formação quando estivermos 100 pontos à frente... Vou ficar de olho no apanhador do outro time e garantir que, quando eu der o primeiro passe, ele não faça ideia de onde está o pomo...

Gemma mostrou nossa estratégia pelos próximos vinte minutos, e em momento algum Vitor tirou sua mão de minha cintura, que formigava com seu toque.

– Muito bem, é isso... – suspirou Gemma dando fim à reunião.

– Finalmente! – disse Draco levantando-se e, assim como os meninos, indo em direção à mesa em que Sophie estava.

– Obrigada Vitor, suas dicas me ajudaram bastante... – disse Gemma levantando-se – Até depois Violet! – exclamou maliciosamente também deixando a mesa.

– Isso é o que eu chamo de saída discreta... – disse Vitor encarando-me profundamente.

Droga, com ele a centímetros de meu rosto fica difícil pensar em algo para dizer...

– Gemma foi infectada pelo bichinho Alessa Chambers... – ri.

– Agora que a reunião acabou... Será que posso conversar com a senhorita um momento? – perguntou com um sorriso torto maravilhoso.

– Claro... – respondi.

[Soundtrack]

Vitor então levantou-se e estendeu a mão, a qual aceitei prontamente. Em pouco tempo saímos do Três Vassouras e caminhamos por Hogsmead até que finalmente entramos numa trilha a floresta. Vitor não falou uma única palavra, apenas nos guiou floresta adentro.

– Certo, agora feche os olhos... – pediu parando subitamente.

– Ah não...

– Vamos Violet, é surpresa! – argumentou.

– Como você é chato! – reclamei fechando meus olhos e sentindo suas mãos os cobrindo.

– Muito bem... – falou enquanto me guiava alguns passos à frente – Pode abrir...

– Uau... – murmurei ao perceber onde estávamos.

Hogsmead era um pequeno povoado entre montanhas, logo, as florestas ao redor das casas e comércios eram grandes mistérios. Quando abri os olhos não pude acreditar que existisse algo tão lindo e ao mesmo tempo tão escondido. Estávamos em frente à grandes montanhas cobertas de verde e, entre elas, uma pequena cachoeira que deitava suas águas cristalinas num incrível lago que refletia o verde que cobria as montanhas. Era como um pequeno paraíso escondido em densas florestas.

– Como achou esse lugar? – perguntei finalmente virando-me, porém, Vitor estava mais próximo do que imaginei e trombei com ele, que logo passou os braços em minha cintura para me segurar.

– Na verdade foi por acaso... – respondeu sorrindo e colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. – Digamos que sou um pouco aventureiro...

– Você é muito sortudo, o máximo que eu iria encontrar é um lugar abandonado ou um cemitério... – ri encarando-o profundamente.

– É, acho que sou sortudo... – sussurrou aproximando seu rosto e beijando delicadamente meu pescoço e subindo ao meu ouvido – O que seu pai diria que soubesse foi pedida em casamento?

– Ele provavelmente teria um ataque e caçaria meu noivo até o fim do mundo... – ri numa tentativa de esconder o nervosismo que sentia pelo rumo da conversa.

– Graças a Merlin que não pretendo te pedir em casamento ainda... – riu em meu pescoço.

Ainda? – arfei subindo minhas mãos por seus braços.

– Por enquanto pretendo ficar num patamar abaixo... – disse seriamente afastando-se e ajoelhando-se à minha frente.

– Vitor! Você...

– Shhh... Eu treinei muito isso, então por favor, me deixe continuar... – brincou segurando minhas mãos e puxando-me para o seu lado, fazendo-me ficar de joelhos também. – Sente isso? – perguntou colocando minha mão direita sobre seu coração, que batia num ritmo acelerado – Ele bate dessa forma por sua causa...

– Vitor... – falei já sentindo meus olhos se umedecerem.

– Você se tornou parte indispensável de minha e não quero ficar sem essa parte um segundo sequer... – continuou passando sua mão livre sobre minha bochecha, que percebi estar úmida por lágrimas que caiam de meus olhos. – Eu gostaria de passar o resto da minha vida com você, mas acho que devemos começar da forma certa... Então... Violet Eileen, quer namorar comigo?

Instantaneamente um sorriso abriu-se em meu rosto e, sem palavras que dissessem o que sentia, apenas assenti e joguei-me em seus braços, que rapidamente rodearam minha cintura fortemente.

– Isso é um sim? – perguntou divertido.

– Sim... – falei afastando-me e, enquanto uma de minhas mãos permaneceram em seu ombro, a outra segurou em seu rosto – Mil vezes sim! – exclamei feliz tomando a iniciativa e beijando-o.

Vitor não ofereceu resistência alguma e sim aprofundou nosso beijo. Todos os momentos ruins que tinha passado ao longo daquele ano desapareceram no momento em que ele me pegou nos braços e me segurou contra si. O beijo começou lento e carinhoso, mas logo tomou maiores proporções e meus pulmões imploravam por ar.

– Se eu soubesse que essa seria sua reação teria feito o pedido há muito tempo atrás... – debochou encostando sua testa na minha, porém, não abri os olhos.

– Eu amo você... – sussurrei com um sorriso nos lábios enquanto seu nariz percorria a extensão de minhas bochechas.

– E eu amo você... – respondeu antes de capturar meus lábios novamente.

Eu poderia ficar ali para o resto de minha vida, mas infelizmente tivemos que parar por falta de ar. Vitor então levantou-se e puxou-me consigo, abraçando-me novamente e deitando meu rosto na base de seu pescoço.

– Eu tenho um presente para você... – sussurrou entre meus cabelos.

– Outro?

– Você merece todos os presentes do mundo! – disse afastando-se e tirando uma pequena caixinha de veludo esverdeado do blazer.

– Vitor, não precisa de presentes... – o repreendi assim que colocou a pequena caixinha em minhas mãos.

– Vou tentar me lembrar disso da próxima vez... – riu – Abra...

Cuidadosamente destranquei o pequeno feixo prateado da caixinha e abri, encontrando um lindo e delicado anel prateado. Olhei para cima e vi Vitor me encarando com um sorriso enorme.

– É lindo... Você que escolheu?

– Na verdade, não sou muito bom em escolher joias, então a Saoirse me ajudou... – desculpou-se pegando a caixinha e retirando anel dela, para logo em seguida deslizar sobre meu dedo. – Ficou perfeito...

– Obrigada... – falei emocionada – Não sei nem como agradecer...

– Que tal outro beijo? – pediu com a expressão maliciosa.

– Será que vale? – falei entrando em seu jogo e aproximando-me.

– Terá que testar essa teoria... – respondeu acariciando meu rosto com uma das mãos enquanto a outra descia por meu pescoço lentamente.

– Acho que está certo... – murmurei com o rosto a centímetros do dele.

E então Vitor pegou-me no colo e correu em direção ao lago, mergulhando-nos.

– Ahh! – exclamei assim que a água fria bateu em minha pele impiedosamente.

– Você fica linda assim... – riu aproximando-se e novamente me envolvendo em seus braços – Mas um sorriso é ainda mais lindo... – murmurou beijando meu pescoço lentamente e subindo para o maxilar gradativamente enquanto meus braços subiam para sua nuca possessivamente.

– Vitor... – arfei ao senti-lo mordiscar a pele da base do meu pescoço.

– Sim? – perguntou com a voz rouca em meu ouvido.

Droga, você não pode fazer isso comigo... – reclamei quando seu nariz percorreu o caminho de meu pescoço até minha bochecha. – Isso deveria ser crime...

– Se fosse eu seria um criminoso... – respondeu beijando o canto de minha boca tentadoramente enquanto a água gelada grudava nossos corpos.

Quando finalmente juntou nossos lábios, senti um formigamento percorrer minha corrente sanguínea. Ele conseguia me deixar louca com apenas um toque! Foi então que Vitor surpreendeu-me novamente e mergulhou, sem desgrudar nossos lábios. Agarrei-me ainda mais em sua camisa, suas mãos grudaram nossos corpos e só subimos à superfície quando o ar nos faltou.

– Eu não acredito que você fez isso... – murmurei com falta de ar.

– Às vezes é bom quebrar um pouco as regras... – sorriu afastando meu cabelo do meu rosto e beijando logo abaixo de minha orelha.

– É melhor voltarmos... – arfei – As meninas devem estar preocupadas...

– Infelizmente tem razão – reclamou afastando-se de meu pescoço – Um último beijo então...

– Merlin, você é insaciável! – debochei – Ou carente...

– Ou os dois... – sorriu antes de juntar nossos lábios novamente num beijo calmo e repleto de sentimentos. Sentimentos esses que explodiam em meu peito. – Pronto, agora podemos ir... – disse afastando-se e puxando-me para fora da água.

– Você ainda me paga Vitor, olha o estado em que estou! – reclamei, porém, ao percebê-lo me analisando dos pés à cabeça, arrependi-me instantaneamente. – Sorte a sua que magia pode ajudar... – falei procurando minha varinha e fazendo um feitiço de secagem rápida, inclusive em Vitor.

– Muito obrigado senhorita... – sorriu estendendo o braço como um cavalheiro, ao qual aceitei antes de voltarmos pelo caminho que viemos, porém dessa vez riamos e conversávamos alegremente.

Quando finalmente chegamos ao povoado, percebi que passamos boa parte da tarde na floresta, Alessa certamente iria fazer insinuações até o fim da minha vida! Assim que entramos, de mãos dadas, no Três Vassouras, muitas das atenções voltaram-se para nós, Saoirse desceu os olhos até nossas mãos e abriu um enorme sorriso, assim como Alessa, que não foi nada discreta.

– Então... – começou Saoirse levantando-se – Vocês... Hmm... Se acertaram?

– Sim. E nem pense nisso Alessa – falei assim que a vi levantando-se com um sorriso malicioso.

– Tudo bem... – respondeu com um sorriso maroto – FINALMENTE!!!!!!!!!!! – gritou puxando-me para um abraço de urso e chamando a atenção de todos do bar.

– Alessa fica quieta! – pedi já vermelha.

– Abraço em grupo!!! – gritou Mary e, logo em seguida, me vi entre os braços de Alessa, Sophie, Mary, Gemma, Luna e...Blás?

– Ai como eu adoro abraço em grupo... – debochou ele após ser expulso pelo Draco, que permaneceu sentado ao lado de Theo, Harry e Vitor.

– Então... Devo supor que vocês estão namorando? – perguntou Harry ao Vitor.

Ah não...

– Sim Sr Potter, e espero que esteja tudo bem para você... – respondeu Vitor educadamente.

– Se está para a Violet, por mim tudo bem... Mas fique sabendo que, se ela sair magoada, vai se ver comigo...

– Pela primeira vez na vida eu concordo com o Potter – debochou Draco – Cuide bem dela, caso contrário eu vou te seguir até o inferno... Fica de olho aberto Krum.

– Merlin eu não acredito! – exclamei com as mãos na cintura. – Quer dizer que os “inimigos declarados” nunca conversam sem discutir, e coincidentemente agora resolveram se juntar?!

– Temos algo em comum apesar de tudo... – disse Draco levantando os ombros.

– Merlin que vergonha, já não bastassem essas loucas ao meu lado agora tem vocês dois? Luna você é minha última esperança... – brinquei numa tentativa de tirar a atenção do meu rosto vermelho.

Nos próximos minutos todos estavam sentados na mesma mesa. Draco mantinha um dos braços sobre os ombros de Sophie, assim como Harry sobre os de Luna. Vitor sentou-se ao meu lado e repousou um dos braços em minha cintura enquanto sua mão livre segurava a minha sobre seu colo. Alessa e Saoirse trocaram o tempo todo olhares maliciosos até que um bracinho pequeno puxou a barra do meu vestido.

– Lizzie! – exclamei soltando-me de Vitor e sentando a pequena loirinha em meu colo – Como você está grande! Quase uma mocinha... – sorri beijando suas bochechas rosadas.

– O que faz aqui Elizabeth? – perguntou Draco.

– Mamãe mandou dizer que é para você me levar para casa que o papai quer falar com você. – respondeu ela num tom autoritário idêntico ao de Narcissa – E não é para chegar tarde que eu tenho horários...

– Sua irmã é bem autoritária hein? – debochou Theo.

– E você vai ficar aí? – indagou Draco novamente indicando meu colo.

– Vou. – respondeu simplesmente.

– Viu Draco? Ela me ama! Conviva com isso... – ri apertando a garotinha em meu colo. – Lizzie, você lembra dele? – perguntei apontando para Vitor.

– Sim, ele também me ajudou aquele dia. É um prazer reencontrá-lo... – disse encarando-o enquanto todos da mesa riam pela fofura da menina.

– É um prazer senhorita... – respondeu ele sorrindo.

– Draco ela é linda! – comentou Sophie encantada enquanto Lizzie ajeitava-se em meu colo e deitava a cabecinha em meu peito.

E assim permanecemos por horas, sendo que Lizzie não saiu do meu colo um segundo sequer. Vitor voltou seu braço em minha cintura e a menina que estava estranhamente quieta adorava o carinho que eu fazia em seu cabelinho loiro.

– Você é muito boa com crianças... – comentou Vitor no meu ouvido enquanto os demais conversavam alegremente.

– Acho que é um dom... – sorri.

– Pois então acho que terá que usá-lo bastante hoje... Olhe quem vem vindo...

Olhei para trás e vi David, Vyola e James vindo até nós, porém, quando o menor percebeu que eu tinha uma criança no colo logo fechou a cara.

– Olá Srta Snape... – cumprimentou James.

– Olá Violet, que bom revê-la! – exclamou Vyola aproximando-se e beijando minha bochecha num cumprimento – Quem é essa menininha linda? – perguntou abaixando-se e passando o dedo carinhosamente nas bochechas rosadas de Lizzie, que dormia serenamente.

– Sr. e Sra. Krum, é bom vê-los também... - respondi sorrindo – Desculpe não levantar, é algo um tanto difícil no momento... – ri.

– Que bom, pois eu não aguento mais ficar em pé... E por favor, esqueça essas formalidades sim? É apenas Vyola! – brincou sentando-se na primeira cadeira vaga ao meu lado. – David, não vai cumprimentá-la?

– Oi – disse carrancudo sentando-se no colo do pai.

– Hmm... Parece que alguém está com ciúmes... – riu James, fazendo com que David cruzasse os braços.

– É melhor eu ir logo, já que alguém dormiu... – começou Draco levantando-se – Vem comigo Sophie?

– Claro... – respondeu também se levantando.

– Hora de acordar alguém... – disse o loiro se aproximando.

– Deixe de ser chato Draco, ela está com sono! – falei.

– E como você espera que eu a leve? – ironizou.

– No colo. Você não é o irmão mais velho?

– Sim mas...

– Para de drama Draco, deixe a Lizzie dormir... – pediu Sophie.

– Você pedir já é apelação... – reclamou fazendo-me rir vitoriosa – Certo, então me dá ela... – falou abaixando-se e pegando Lizzie no colo – Nossa, ela é muito pesada... Como você aguentou?

– Eu não sou tão fraca Draco... – rolei os olhos levantando-me e beijando o rosto de Lizzie – Sophie, não o deixe derrubá-la sim?

– Se ele derrubar a Lizzie eu derrubo ele – piscou a loirinha.

– O negócio está ficando feio para o meu lado... – comentou ele – Até depois! – falou saindo logo em seguida com Lizzie nos braços.

– Ela é irmã dele? – perguntou Vyola assim que me sentei e Vitor rodeou minha cintura novamente, chamando a atenção de James.

– Sim... – respondi sorrindo – David, não vai me dar um beijo?

– Não. – respondeu ele ainda com a cara emburrada.

– Não? Então acho que terei que pedir para outra pessoa... – falei fazendo um biquinho infantil e encostando-me em Vitor.

– A menina loira já foi... – argumentou ele.

– Sim, mas tenho certeza que seus irmãos iriam aceitar um beijo meu... – nesse momento Vitor apertou minha cintura levemente, eu sabia exatamente o tipo de beijo que ele aceitaria – Não vai mesmo aceitar?

David encarou-me por um momento, passou para Saoirse e depois para Vitor, que beijou minha bochecha rapidamente fazendo-me ficar vermelha.

– Você é muito chantagista... – reclamou ele levantando e vindo até mim.

– Eu sei... – ri recebendo-o em meus braços e beijando suas bochechas.

– E carente... – completou.

– Essa parte é comigo...

– Vitor! – repreendi-o instantaneamente vermelha.

– Vocês... – começou Vyola – Vocês estão...namorando?

– Ela finalmente aceitou... – respondeu Vitor beijando meu rosto e fazendo-me sorrir.

– Você fala como se tivesse pedido várias vezes – ironizei.

– É para dar um charme a mais na história... – piscou rindo.

– Oh Violet, fico tão feliz por vocês! – exclamou Vyola abraçando-me.








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Notas finais do capítulo

Own!!!!!!!!!!!!! O que foi mais fofo: o pedido de namoro ou Lizzie?? Gente, tem como essa menina ser ainda mais fofa?!
Falando do pedido... Eu queria que fosse algum colar ou pulseira, mas não daria certo pois é fácil de perder e não representa bem um...namoro, então optei por um anel extremamente delicado e fininho... Gostaram?? E o lugar?? Lindo não é?

Outra coisa: Só eu AMO Il Volo???? As músicas são tão lindas!!!!!! Recomendo todas ^^

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Capítulo 46 - Gryffindor VS. Slytherin
(...)
— Seu... Seu... Pulguento filho da mãe! Por que fez isso comigo? Tem ideia de como fiquei?!
— Hey, calma ruivinha... – pediu tentando se sentar. – Sentiu tanto a minha falta? – perguntou com um sorriso torto de lado. – E eu não ganho beijo de boas vindas?
— Canalha... Você só pensa nisso?
(...)
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O próximo ficou um tanto quanto... “sedutor”... Quem será o casal “apaixonado”?? Atentem-se aos detalhes... Da última vez a maioria errou, será que dessa alguém acerta??

Bjjss e não deixem de comentar!!!
Até depois ^^