Uncontrollable ('The Orphan' – Season 3) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 28
Capítulo 27 – What Is She?


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde pessoal, desculpem a demora... Meu avô faleceu sábado e não tive tempo para nada desde então...

Espero que gostem!!



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Capítulo 27 – What Is She?

“O que é ela?”


– Violet –

Obviamente as meninas me encheram de perguntas sobre meu encontro com Vitor, tanto que tive que contar cada mísero detalhe e cada palavra.

– Por que você não assume de uma vez que gosta dele? – perguntou Alessa – Está na cara de qualquer um que vocês gostam um do outro!

Infelizmente eu já não conseguia negar um sentimento daqueles em relação ao Vitor. Estávamos cada vez mais próximos e era óbvio que eu ficava sem jeito perto dele. O tempo que passávamos juntos era maravilhoso e me fazia muito bem, tanto que assim que nos despedíamos, eu sentia sua falta.

– É melhor subirmos para o almoço, já está na hora... – disse Sophie

Deixamos as masmorras em silêncio, porém, a conversa com Alessa ainda martelava na minha cabeça. Estaria eu apaixonada pelo Vitor? Eram tantos pensamentos e sentimentos confusos que nem percebi uma coruja negra já conhecida adentrar o salão.

– Mary, me dá uma pena e um pedaço de pergaminho agora... – pedi enquanto a coruja voava até a mesa.

Mary me entregou o que pedi e em segundos rabisquei uma resposta para o dono dos bilhetes anônimos.

Como sabe tudo isso? Por favor, deixe-me falar com você... Eu preciso de ajuda e sei que pode me ajudar! Violet Eileen

– E aí vem ela... – disse Sophie

– Não deixem que ela saia sem essa resposta – falei

Logo que a coruja negra pousou à minha frente, rapidamente tirei a mensagem que me trazia, coloquei a minha resposta em sua pata e segundos depois ela levantou voo e deixou o Salão.

– O que está escrito? – perguntou Alessa.

“Se quiser saber quem ela realmente é, deve procurá-la na floresta à noite. Tenha cuidado, pode ser perigoso... N.B.”

– Depois eu mostro – murmurei enrolando a mensagem e guardando em minha roupa.

Isso é muito estranho... Por que devo procurá-la durante a noite na floresta? E por que é tão perigoso?

Passei o resto do dia pensando no bilhete e durante o jantar já tinha me decidido.

Se eu quiser saber quem é ela, preciso seguir todas as pistas possíveis. E Se para isso tenho que entrar na floresta à noite, entrarei.

Não falei com ninguém sobre o bilhete, nem mesmo as meninas. Eu sabia que se contasse elas tentariam me impedir, e eu estava disposta a enfrentar o que fosse e descobrir o mistério chamado Morgana.

Durante o jantar tudo estava preparado. A capa da invisibilidade e o mapa do maroto estavam seguramente guardados debaixo da minha própria capa e minha varinha pronta. Depois da detenção que ganhei por discutir com a Umbridge eu encontraria com Draco na cozinha e partiríamos para a monitoria. Logo depois eu daria um jeito de fugir dele e atravessaria os portões de Hogwarts, passaria pela cabana do Hagrid e me embrenharia na floresta.

Assim que o jantar terminou passei para o primeiro passo e, daí em diante, tudo deu certo. Aguentei a detenção calada, fui à cozinha e Draco curou-me rapidamente. Monitoramos o castelo e, antes de voltarmos, consegui despistá-lo.

Enquanto corria peguei a capa e coloquei sobre mim assim que passei pelos portões de Hogwarts.

– Juro solenemente não fazer nada de bom – murmurei apontando minha varinha para o mapa, que revelou-se imediatamente.

Procurei por qualquer um nos limites da Floresta, mas o nome que encontrei assustou-me.

Morgana Pendragon.

Mas... Ela não estava morta?!

Ela era a única Morgana em todo o castelo, portanto, resolvi segui-la. Corri rapidamente pelo caminho de pedras e ultrapassei a cabana do Hagrid, embrenhando-me na floresta.

[Sound]

Caminhei por longos minutos, até que percebi estar a menos de 5 metros de distância de Morgana Pendragon. Guardei o mapa e dei alguns passos para frente cuidadosamente, mas certamente não estava preparada para a cena que vi.

À minha frente estava alguém usando capa negra longa ajoelhada ao lado de um unicórnio, tomando seu sangue lentamente. Minhas mãos correram para minha boca a fim de evitar que qualquer ruído saísse por ela e minha varinha quase caiu nas folhas secas.

A pessoa da capa parou e levantou a cabeça ligeiramente, como se sentisse que eu estava por perto. Pelo mapa eu sabia que era a tal Morgana Pendragon e estava ansiosa, embora amedrontada, para ver seu rosto. A mulher levantou-se lentamente e virou-se na minha direção.

Oh droga!

Era ela! Morgana Snape era Morgana Pendragon e estava tomando o sangue de um unicórnio!

– Então temos visitas? – falou com os olhos fechados e um sorriso diabólico no rosto.

Se antes estava assustada, naquele momento fiquei ainda pior. Assim que abriu os olhos percebi a cor verde desaparecer e um tom amarelado tomar seu lugar.

Morgana estava assustadora com a capa negra longa e os lábios sujos de sangue de unicórnio.

– Eu sinto seu cheiro, sei que está aqui... – falou com a voz excitada – Prometo que não doerá... – riu lambendo os beiços.

Eu obviamente não tinha chances contra ela, que além de bruxa experiente e claramente das trevas, era algum tipo de monstro que tomava sangue de unicórnio.

Merlin estou perdida...

Uma lágrima caiu de meus olhos e minhas mãos apertaram minha boca, eu tinha que ficar calada! Tentei dar um passo para trás, mas as folhas secas denunciaram-me.

– Vamos logo garota, não tenho a noite toda para joguinhos – falou repentinamente raivosa – Vou te dar uma chance... Se você correr para a direção que estou olhando, prometo te dar vantagem de 1 minuto... Mas se eu te pegar... – insinuou encarando-me fixamente com aquele olhos amarelos – Ah garota, se eu te pegar tudo que acharão de você é a varinha e o colar ridículo que tanto usa... – riu.

Então é assim que termina? A Escolhida será morta por alguém que nem conhece dessa forma brutal? Se ao menos eu tivesse avisado alguém!

– Há tanto tempo que não faço algo assim! Estava com saudades... – riu – Você infelizmente está no lugar errado e na hora errada... Não deveria deixar seu dormitório à noite e entrar na floresta, é contra as regras, sabia? – debochou – Mas como eu disse, te darei uma vantagem... Vou contar até cinco... – disse ela com um sorriso sádico no rosto – No cinco você corre. Mas não se preocupe que logo te farei companhia... Verá que é divertido...

Violet, você precisa correr o mais rápido que puder, por favor, não tropece!

– Um... Dois... Três... – começou – Quatro... Cinco, agora você corre.

Engoli em seco e agarrei minha varinha com a mão livre. Virei meus calcanhares e corri como nunca antes tinha feito. A capa me atrapalhava e eu precisava me livrar dela o quanto antes. Simplesmente a puxei de minha cabeça e continuei correndo, mantendo-a presa em minha mão esquerda enquanto a direita segurava minha varinha.

Enquanto corria pulei diversos galhos retorcidos no chão, e nesse momento vi um vulto negro passar por entre as árvores. Corri ainda mais, porém, minha saia prendeu-se num dos galhos e tive que parar. O desespero me consumia ainda mais, e por conta do nervsismo, não conseguia soltar minha saia. Outro vulto surgiu, e com ele o som de risos em meu ouvido. Virei o rosto e procurei por qualquer coisa, mas não tinha nada ali.

Quando finalmente me soltei do galho voltei a correr, porém, o som de passos ficava cada vez mais perto. Por algum motivo eu sabia que estava na direção errada, mas precisava continuar correndo se quisesse uma chance de ficar viva. Novamente acelerei meus passos, porém, minhas pernas já começavam a ficar cansadas, forcei-as a correrem mais rápido, mas elas não me acompanhavam.

Quando finalmente vi as torres do castelo, senti algo frio segurar meu braço e logo caí de costas na terra úmida. Virei-me e vi Morgana sobre mim, segurando meu pescoço.

– Peguei... – murmurou com um sorriso sádico no rosto e os olhos ainda amarelos.

– Me solta... – pedi com a voz falha

– Por quê eu deveria? – perguntou apertando ainda mais meu pescoço

– P-porque sou sua sobrinha, não sou? – arrisquei, afinal, aquela era a melhor hora para por as cartas na mesa. – Meu pai não vai gostar de saber que você me matou...

– Ele não tem que gostar... – sorriu passando a outra mão em meu rosto carinhosamente – Sou bem persuasiva quando quero... E também mais forte que ele.

– Por isso tomou sangue de unicórnio? Imortalidade?

– Quem nunca sonhou em viver para sempre? E combinando imortalidade com poder ilimitado, o resultado é esplêndido! Não é isso que o Lorde Das Trevas quer para você? – falou apertando meu pescoço. – Dar a imortalidade... Uma chance de ser invencível! Mas você recusa... Mesmo sabendo que minhas mãos podem quebrar os ossos de seu pescoço a qualquer momento, você se nega à pertencer ao círculo da morte...

– Você é uma deles? Uma Comensal?

– Você faz muitas perguntas garota... – rebateu.

Eu sabia que era apenas questão de tempo até ela apertar meu pescoço e tirar minha vida, mas antes eu precisava saber, tinha que saber a verdade!

– Você não é minha tia, é?

– Graças à Merlin não – respondeu sorrindo friamente – Se fosse minha sobrinha certamente estaria ao meu lado e não embaixo de mim... – riu.

O que você é? – perguntei raivosamente.

– Não fale assim comigo garota, pode enrolar a todos, mas a mim não... Você desconfiou de mim desde o primeiro dia não é? Eu sei que fingiu se aproximar para conseguir informações... – falou apertando meu pescoço e fazendo-me gemer em resposta. – Isso dói não é?

Nesse momento o ladrar de um cão rompeu o silêncio da floresta, seguido pelo som de passos.

Hagrid!

– Você está com sorte... – sussurrou – Não morrerá hoje... – sorriu.

– Tem alguém aí?! – gritou Hagrid

– Você não vai contar isso a ninguém... Nem para suas amigas, seus professores, seu pai e principalmente, Dumbledore... – disse encarando-me fixamente – Endenteu?

Seus olhos pareciam puxar-me em sua direção, era como se eu estivesse presa na intensidade amarelada. Não pude fazer nada a não ser assentir.

– Esse será nosso segredinho... – sussurrou antes de me soltar – Até amanhã querida, e não se atrase para as aulas... – disse desaparecendo na floresta.

Meu peito arfou e meus olhos encheram-se de lágrimas. Como fui idiota!

– Violet? O que faz aqui à essa hora? Ficou louca?! – perguntou Hagrid aparecendo entre duas árvores ao lado de Canino.

– H-Hagrid... – gaguejei

– Merlin, você não está nada bem... – falou aproximando-se

– Por favor, não conte à ninguém Hagrid... Por favor... – pedi entre lágrimas.

– Tudo bem, mas prometa que não fará isso de novo! Essa floresta é perigosa à noite...

– O que quer dizer?

– Tem algum animal atacando os unicórnios... Já encontrei vários deles mortos ao amanhecer...

– Que tipo de animal? – perguntei temerosa

– Não sei, mas com certeza tem garras e presas afiadas... – respondeu – Agora chega de papo, você precisa sair daqui logo e voltar para o castelo, onde ficará protegida...

– T-Tudo bem... – assenti enquanto Hagrid tirava-me do chão.

– Por que está aqui Violet? – perguntou segundos depois.

– E-eu... Eu achei ter visto alguma coisa da janela... – respondi – Não conseguia dormir e resolvi caminhar...

– Na floresta?! – repreendeu-me – Aqui não é lugar para caminhadas noturnas!

– Eu sei, desculpe Hagrid... Prometo nunca mais fazer isso... – falei prendendo o choro.

– O que você viu? – perguntou encarando-me

– C-como? – falei assustada

– Eu sei que viu alguma coisa Violet... Você está claramente assustada e com os olhos vermelhos...

– E-eu...

– Violet. – repreendeu-me ele parando em frente sua cabana.

– Tudo bem. Eu...

Nesse momento vi dois olhos amarelos me encarando por trás de duas árvores. Morgana estava me observando.

– Eu vi alguns vultos na floresta e me assustei, é tudo... - respondi

– Tudo bem então. – respondeu desconfiado – É melhor voltar para o dormitório Violet... E coloque a capa, ninguém pode te ver aqui.

– Claro... Obrigada Hagrid – respondi

Logo em seguida coloquei a capa sobre mim e corri o mais que pude até o castelo, passei pelos portões de madeira e desci as escadas para as masmorras o mais rápido possível.

Assim que entrei no Salão Comunal da Sonserina fui até meu quarto e me tranquei no banheiro. Ali fiquei por horas, sentada no chão frio e chorando.

Como fui tão idiota a ponto de seguir as pistas desse tal NB? Eu quase morri por isso!

– Violet você está perdida... – murmurei

Morgana certamente tentará dar um fim em mim...

Toda a frustração que sentia segundos atrás foi substituída por raiva.

Meu pai sabe sobre ela e não disse nada! Ele sabia que ela não era uma Snape e mesmo assim deixou que se aproximasse! Ele inventou uma história absurda e me fez pensar ser sobrinha daquela mulher!!! Como ele pôde?!!

Eu já não chorava, afinal, para quê chorar por alguém que não merecesse?

Eu quase morri naquela floresta, mas ao menos descobri uma parte da verdade. Morgana Pendragon estava viva e conhecia meu pai, eles inventaram uma história absurda e brincaram comigo.

Meu próprio pai mentiu para mim esse tempo todo...

Naquele momento eu percebi que Morgana faria o que bem entendesse, eu sabia que todos em Hogwarts estavam em perigo e tinha que fazer alguma coisa. Eu precisava impedi-la antes que fosse tarde demais.





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Notas finais do capítulo

Eu sei que ficou bem curtinho, mas essa é uma mostra do que a Morgana pode fazer...
Acho que ficou bem claro que ela é uma Comensal, mas por que os olhos amarelos?? Alguém arrisca um palpite de "o que é ela"??

No próximo vou acelerar algumas coisas e dar a introdução ao Baile... Finalmente não?? Teremos algumas visitas surpresas e fortes emoções.... *o*

Bjjss e até depois!!!