Mr.Right escrita por AloeGreen


Capítulo 23
Faroeste Cabloco: Linda por Dentro e por Fora




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Turno: Loke

Campo de Provas,14h20min

– C-Como assim...?- Minha cabeça estava girando. Nesse momento, eu apenas esperava o pior vir.

– Ela caiu do cavalo.Não conseguia abrir os olhos e falar nem um piu...- Makarov suspirou olhando para o chão, como se estivesse certo que algo do tipo aconteceria.- Quando colocamos ela na ambulância, desmaiou.- Meus olhos pretendiam sair das órbitas.

– Ai meu Deus...- Começo a andar para um lado e pro outro, com as duas mãos na cabeça, tentando não chorar. Aperto bem os dentes, caindo de joelhos no chão, e chorando.- Me diga...qual hospital á mandaram?- Falei entre meados de lágrimas, que não chegavam a cair no chão.

– Hospital Eastwood.- Após se calar, o mesmo torceu os lábios, enfiando as mãos nos bolsos do longo casaco e saindo com um olhar de decepção.

– Lucy...eu estou indo.- Fecho meu punho, contendo as lágrimas, levantando-me e indo direto á minha cabana.

Ao chegar, bato a porta com força, abro meu armário e tiro de lá um casaco de couro. Prestes á sair novamente, vejo um papel em cima da minha bancada. Estranho, e a abro...

"Querido Loke...

Você é a pessoa mais interessante que eu já conheci em minha vida. Sua bondade, me deixa mais reconfortada. Sua sinceridade, mostra que para tudo eu posso confiar em você. Mudou meu jeito de pensar, agir...me deu sentido. Um gesto de carinho seu já me completa. Onde você estiver, com você sempre estarei sonhando. Seu beijo me fez acreditar que é possível existir um amor puro e verdadeiro. Percorri muitos lugares buscando algo que me fizesse feliz, estive em muitos lugares, conheci várias pessoas, mas precisava de algo a mais do que eu já tive um dia. Alguém em que um simples suspiro pudesse decifrar o que realmente eu estava sentindo. Você. Eu te amo, Loke.

Lucy Heatphilia"

Fiquei olhando aquela carta, relendo-a, e relendo-a. A coloquei em meu bolso do casaco, suspirando e dando um curto sorriso. Lembro-me de que estava com pressa. Abro a porta vorazmente, porém, me deparo com Mavis ao pé da mesma.

– Mavis-san.

– Loke-san, eu sei desse seu sentimento que você tem pelo Lucy...- Percebi ela juntando as mãos frente ao corpo, parecendo pensar em o que dizer.- O jeito que você olha pra ela, já diz tudo.- Neste momento, meu corpo gela.- Mas, não se preocupe...eu não contarei a ninguém. Eu só queria me desculpar pois...pois...pois...- Vejo grossas lágrimas percorrendo suas bochechas, quando ela cai de joelhos, tentando esconder seu rosto choroso.

– Se desculpar por que, Mavis-san?- Ajoelhei-me á seu lado, tentando ampará-la.

– Eu não deveria ter feito essa prova...- Um soluço.- Eles não estavam preparados, e eu apenas pensei nas provas...- Mais um soluço.- O Makarov tinha razão. Ele sempre tem razão! Eu que fui a idiota...idiota..idiota...!- Fechava os punhos, batendo fortemente na própria cabeça.

– Ei, ei, acalme-se. Você não poderia ter certeza de que algo do tipo poderia acontecer.- Falei, abaixando seus punhos.

– Me desculpe, Loke-san...- Enxugou as lágrimas, com a manga do vestido.- Como uma forma de poder me desculpar, quero te dar algo. Era um presente para o melhor professor...mas as coisas mudaram. Mesmo assim, acredito que você mereça. Venha comigo.- Ela levantou, segurando em minha mão e me puxando. Ao chegarmos no lugar, não entendo o que era o presente. Porém, vejo-a abrindo um depósito, encontrando lá uma linda motocicleta. Fico boquiaberto e nem tive o que dizer. Deslizei minha mão pela moto, apalpando o capacete de uma cor bem escura, esverdeada. Subo na moto, sentindo-me confortável. Pronto para sair, Mavis diz:

– Faça bom uso.- Pisco uma vez os olhos, para que ela entendesse o meu obrigado. Liguei a motocicleta, saindo a toda velocidade. Alguns funcionários abrem os portões de entrada/saída do acampamento, e eu parto. Eu precisava saber se ela estava bem. Precisava dar uma resposta para ela...

Quase 16h, chego no hospital, deixando a motocicleta no estacionamento, e passando pela porta automática. Puxo o zíper do casaco de couro, sentindo calor. Chego ofegante no balcão de consultoria e pergunta á uma das mulheres que atendiam:

– Olá, que sala Lucy Heartphilia está?- A mulher se assuta um pouco pelo meu desespero.

– Desculpe, senhor. Mas Srta.Heartphilia não pode receber visitas agora.- Já imaginava que isso poderia acontecer.

– Que horas o melhor horário?- Pergunto, convencido.

– Daqui a pouco o doutor irá revelar os exames, porém, não tem um horário certo. Recomendo que espere na sala de espere e se acalme.

– Está certo.- Molho os lábios secos, sentando-me em uma cadeira, ao lado de outras pessoas desconhecidas.

Passou-se 1h e eu já estava suando frio. Mexia o pé frequentemente, cruzando e descruzando os braços. A ponto de surtar, vejo a mulher que me atendeu saindo do ambiente. Passo a mão sobre a boca, tentando agir naturalmente. Levanto-me, vou ao bebedouro, pego um copo e começo a andar pela sala até chegar no corredor, jogar fora o copo e começar a procurar pela Lucy. Já no segundo andar, vejo uma porta semi aberta, e a empurro para ver quem estava na mesma. Era ela. Cheia de fios que ligavam o corpo dela á máquinas. Ela estava com os olhos abertos, porém, não viu minha presença alí. Abro lentamente a porta, vendo se mais alguém estava no quarto. Lucy estava dormindo...de olhos abertos.

– Lucy...- Sento-me em um sofá, a observando. Ela era linda. Tão, mas tão linda...

Vejo que passei horas a observando. Quando reparei em meu relógio, já era quase 18h. Encosto-me no sofá, passando a mão pelo rosto e bufando. Estava exausto.

– L-Loki.- Ao escutar uma voz doce pronunciar meu nome, sinto meu coração vibrar. Levanto-me rapidamente, tocando em sua mão e a olhando. Ela estava respirando, e seus olhos se encontravam em meus.

– L-Loki...- Sussurrava, levantando a mão com muita dificuldade, e acariciando meu rosto. Percebi uma lágrima escorrer por meus olhos, e caindo em sua bochecha.

– Lucy, descanse...- Ela estava fazendo muito esforço, e isso não seria bom para seu tratamento.- Eu volto.- Seus olhos continuavam muito secos, e sua boca entreaberta. Aceno para ela, saindo. Ando por aquele corredor escuro, com as mãos dentro do bolso. Ao chegar novamente na sala de visita, vejo os amigos de Lucy, Erza, Lisanna, Cana, Natsu, Gajeel, Levy, Max, Sting e Gray. Aquela loira tem sorte...nunca tive amigos tão bom quanto ela. Amigos que estão sempre ao lado dela, para o que der e vier.


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