Estávamos voltando para New York. Esses últimos dias foram maravilhosos em Forks. Diferente das outras vezes que iria para lá, não fiquei sem fazer nada, muito menos senti tédio.

Eu e Edward procuramos nos divertir o máximo. Saímos de carros sem rumo por Forks. Andamos na praia, conhecemos a reserva. Aliás todos da reserva gostaram dele, todos o receberam muito bem. Principalmente as meninas. A única coisa que me incomodava era a cara zangada de Jake. O mesmo mal se pronuncio e fecho a cara ao ver Edward ao meu lado. Tentei ignorar mais o incomodo era maior. Edward já havia percebido que não era bem vindo por Jake, mais procurou não ligar já que todas as outras pessoas o paparicavam.

A viajem não demorou muito. Por sorte o voo não atraso nos deixando preso naquele avião.

Pegamos nossas bolsas e seguimos para o estacionamento.

– Quer que eu ligue para Renée para ela vim nos buscar? - Disse calma. Edward analiso a possibilidade mas logo lembrou de outra coisa.

– Alice vem nos pegar. De Volvo. - Edward picou divertido me fazendo rir.

– Ah deus eu vou entrar no automóvel do amor. - Edward gargalho negando com a cabeça.

– Automóvel do Amor foi a pior coisa que você poderia ter dito.

– Foi você quem disse. Você falou que o Volvo era usado principalmente para atrair mulheres. E tomei a liberdade de apelida-lo de automóvel do amor. É bonitinho. - Disse sorridente. Edward me observava com um meio sorriso nos lábios.

– Bonitinho demais. - Sorrimos. Confesso que exagerei. Automóvel do Amor foi um pouco demais.

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Não demorou muito para Alie chegar com o Volvo Prata. Coloquei minha mala junto com a mochila de Edward no banco de trás. Edward abriu a porta para que eu entrasse. Sorri com a sua gentileza e entrei no carro.

Seguimos contando alguns detalhes sobre a viajem. Alie nos enchia de perguntas e respondíamos calmamente.

Logo sinto o carro parar. Vejo um prédio chique. Olhei confusa para Alie. Quem morava ali? Porque paramos ali?

– Esta entregue maninho. - Edward suspirou pegando a sua mochila e abrindo a porta do carro.

– Valeu pela carona Alice e por favor não bata meu carro. - Alie sorriu negando com a cabeça. - E Bella.. Te ligo depois. - Edward piscou e saiu do carro. Então era ali que ele morava?

– Calma.. O que foi esse "Bella te ligo depois"? - Alie dizia animada.

– Alice por favor...

– Belinha vocês...

– Não Alice, não! Apenas damos uma trégua.

– Trégua?

– Sim.. Decidimos ser amigos, no começo foi um teste e nos damos muito bem com esse negocio de amigos. Então somos amigos.

– Que orgulho. - Alice bateu palmas aproveitando o sinal fechado. - Eu te disse que Edward era um amor de pessoa, se você conhece-lo você gosta dele.

– Ele é legal. - Disse tímida. Havia ficado um tempo considerável com Edward. E não discutimos nenhuma vez. Então deu para nos conhecer melhor. E Edward era uma pessoa divertida, prestativa, comunicativa e um pouco estranha. Confesso que me surpreendeu. Aparências enganam.

Não demorou muito para chegarmos em casa.

– Já vou Alie. Renée deve esta pirando para me ver. - Sorri.

– Vai lá amiga. Quando eu voltar da faculdade te ligo. - Concordei com a cabeça saindo do carro. Acenei para Alie que buzino e arranco no Volvo Prata.

Respirei fundo indo em direção a enorme porta. Abri minha mochila procurando a chave de casa. Abri a mesma e ouvi algumas risadas altas. Renée estava acompanhada? Andei em passos lentos até a sala e me deparei com Jennifer e Renée sentadas no sofá rindo de algo misterioso até agora.

Travei. Minhas pernas não se moviam, meus olhos se arregalaram em um ar assustado, senti meu sangue ferve e minhas mãos soarem. Respirei fundo tentando controlar minha respiração que estava acelerada demais. O que ela estava fazendo aqui? Porque Renée a trouxe aqui.

– Filha que bom que chegou, estávamos a sua espera. - Renée disse sorridente. Jennifer apenas aceno, não retribui seu aceno. - Jennifer que dizer algumas coisas. - Renée falou calma. Vi Jennifer se levantar e vim na minha direção.

– Belinha. Fiquei pensando sobre tudo o que aconteceu depois da festa. Sua atitude nada educada em um momento especial como o meu. - Jennifer negava com a cabeça se aproximando. - Mas quero dizer algumas coisas para você minha querida. - Jennifer suspiro e continuo. - Disse aquilo tudo para o seu bem querida. Edward tem o direito de saber sobre o seu desastroso passado. Ele tem que saber como você era, desculpa a palavra mais você era a "Patinho Feio" Ele precisava saber disso. Sabe Belinha, as pessoas precisam conhecer a quem estão se envolvendo. Edward é um rapaz maravilhoso. - Seus olhos cotiam um desejo absurdo ao pronunciar o nome EDWARD. - Ele com certeza pensou uma coisa que não é. Duvido que você tenha o informado sobre seu passado não é? Eu apenas fiz um favor para você, esclarecendo para ele como você era querida. Uma completa perdida. - Meus olhos se arregalaram mais uma vez e senti minha cabeça latejar. Já basta.

– O que você quer Jennifer? - Disse alto assustando Renée que levantou em um pulo. - Quer me humilhar mais uma vez como sempre fez? Que me derrubar? É isso que você quer? Ou você simplesmente esta desejando Edward e sabe que não pode tê-lo porque ele esta COMIGO. - Os olhos de Jennifer criaram um ódio assustador.

– O que você esta insinuando Isabella?

– Não seria a primeira vez que você destrói alguma coisa minha. Vai em frente, transe com Edward, beije Edward, realize suas fantasias com Edward. Porque seu olhos não negam o quão você o quer. Vai em frente. Não estou nem ai, só que você não vai pisar em mim mais uma vez, eu não vou me martirizar porque você conseguiu o que queria, me derrubar. Eu evolui, aquele tempo já passou, eu não sou a mesma de antes. Se você quiser fazer as mesmas coisas de antigamente, vai em frente. Eu to nem ai pra você. - Suspirei me afastando. - Ah se der certo com Edward me avisa. - Sorri irônica a mesma ainda me olhava incrédula.

– Você falou, falou agora me esculta.. - Jennifer disse segurando meu braço com força. - Você é uma perdedora. Quem pensa que é pra falar desta forma comigo? Você nunca irá conseguir metade do que eu consegui porque você não é capaz, não é atraente, não é nada. Você é uma sem vida, uma vidrada no trabalho sem nada mais de interessante para fazer. Não sei como conseguiu aquele pedaço de mal caminho. Porque por favor querida olhe para você, se olhe no espelho. Você não tem nada, absolutamente nada. - Tirei suas mãos do meu braço a olhando estática.

– Sua vad..

– ISABELLA. - Esculto a voz de Renée alta em meus ouvidos. A olhei desacreditada. Ela estava defendendo Jennifer? Ela havia escultado todas as ofensas que ela disse sobre mim, ela esculto tudo calada. E agora ela não queria que eu me defendesse? Ela queria que eu escultasse? E acatasse? Minha própria mãe concordava com os absurdos que a Jennifer cuspiu em mim? Neguei com a cabeça sentindo lagrimas grossas de raiva descerem sobre meu rosto.

– Eu vou pegar minhas coisas e vou embora. - Disse alto sentindo minha camisa molhar por causa das lagrimas.

Subi as escadas correndo e indo em direção ao meu quarto. Abri a porta e a fechei com força. Sentei no chão em entregando de vez ao choro. Minha vida é uma porcaria.

Uma enorme sensação de solidão invadiu meu peito. Havia percebido que estava sozinha, que ninguém se importava realmente. Precisava mudar esse pensamento. Peguei meu celular procurando o número de Alice. Mas lembrei que a mesma estava na faculdade. Droga!

Respirei fundo sentindo inúmeras lagrimas descerem constantemente em meu rosto. Peguei meu celular mais uma vez passando os nomes da lista telefônica. Suspirei e liguei para pessoa que eu sabia que estaria ali se precisasse como esteve todos esses dias.

– Edward preciso de você.