O relógio já marcava 18:30. Estávamos todos na sala assistindo a um documentário policial como sempre.

Edward e Charlie olhavam atentos para a TV vendo policiais baterem em um marginal por mal comportamento. De minuto em minuto Charlie virava para conversar com Edward, que surpreendentemente estavam se dando muito bem. Passaram praticamente o dia inteiro conversando sobre várias coisas. Edward dizia sobre a experiencia de comandar uma empresa tão grande como as Cullen's. Já Charlie todo orgulhoso falava sobre suas experiencias no ramo policial, as coisas estranhas que já presenciou, e o aprendizado que ele leva com isso tudo.

Estava entediada, queria fazer alguma coisa que tomasse minha atenção. Quando lembrei do pedido de Edward hoje cedo. Passearmos por Forks.

– Edward.. - Falei alto assustando Charlie e chamando a atenção de Edward. - Ah.. Vamos andar por Forks um pouco? Te mostrar.. - Edward olhou para Charlie com receio. Charlie apenas sorriu assentindo. Edward sorriu torto e levantando. - Voltamos logo chefe. - Disse alto para que Charlie escultasse.

– Certo.. Juízo! - Sorri dando um aceno simpático para Charlie.

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Andávamos em silêncio pelas ruas calmas de Forks. Não pronunciávamos nenhuma palavras. E nem procurávamos pronunciar.

Entramos em uma rua bastante conhecida para mim. Suspirei ao ver uma casa impecavelmente pintada de branco e algumas rosas murchas na frente.

– O que houve? - Desliguei de meus pensamentos encarando Edward que me olhava curioso.

– Ah é que.. - Passei a mão no cabelo olhando para o meu all star. - Minha avó morava ali. - Disse apontando para a casa aparentemente sem morador. - Todos os finais de tarde vinha para cá e brincava com o gelo depois de um dia inteiro nevando. - Sorri torto.

– E nunca mais veio aqui?

– Nunca. - Suspirei. - Minha avó morreu de infarto. - Sorri tentando evitar a tristeza que me atingia toda a vez que lembrava disso.

– Sinto muito.. - As mãos de Edward tocaram meus ombros me fazendo sorrir.

– Ainda sinto falta dela. - Meus olhos fitavam a casa. Quando senti uma lagrima grossa descer sobre meu rosto. Abaixei a cabeça para que Edward não me visse chorando. Mas era tarde o mesmo me encarava com dó. Mordi os lábios com força. Odiava quando me olhavam com pena. Limpei a lagrima e fitando Edward. - Desculpa por isso, de verdade. - Disse colocando a mão na testa. Estava mostrando fraqueza.

– Não tem o que pedir desculpas Bella.

– Essa lagrima.. - Chutei o vento com raiva. Edward não falou nada, apenas puxou meu braço iniciando um abraço. envolvi minhas mãos em sua cintura sentindo suas mãos me abraçarem com força.

– Não se culpe por chorar.. Você é humana, chora, sente, isso não é errado. Nem é sinal de fraqueza. - Respirei fundo aspirando seu perfume maravilhoso. - E nem tenha vergonha de chorar perto de mim. - Concordei com a cabeça me separando de seu abraço apertado. Me senti estranha. Não queria me afastar, não queria solta-lo. Me senti inexplicavelmente consolada e bem aos seus braços. Chutei o vendo mais uma vez implorando para que aqueles pensamentos estranhos sumissem.

– Obrigado traste. - Sorri dando um murro de levo no seu peito. Edward sorriu bagunçando meu cabelo. - Meu cabelo não.. - Disse alto tentando arrumar o mesmo que estava completamente assanhado. Desisti de arruma-lo deixando do jeito que estava.

– Fico legal. - Edward disse apontando para o meu cabelo completamente bagunçado.

– Silêncio. - Disse firme. O mesmo fez sinal de continência se calando.

Seguimos andando por Forks. A cada acanto que passávamos explicava para Edward as minhas experiencias. Riamos, conversamos bastante e pela primeira vez não o achei um completo chato como era de costume.

– Só falto você conhecer a reserva.. Mas vamos lá amanhã, nessa hora devem estar fazendo alguma coisa por lá.

– Reserva?

– Sim, é onde mora um amigo meu e metade da família dele. É um lugar bem legal, constantemente fazem fogueira e contam historias dos descendentes deles. - Edward fez uma careta e depois concordo com a cabeça.

– Legal!

– Ah, brigada mais uma vez por hoje.

– Brigada porque?

– Por vim até aqui, por me consolar. - Fiz uma careta quando pronunciei a palavra consolar. Edward apenas sorriu negando com a cabeça.

– Nosso trato foi esse não foi? Ajuda em tudo que pedir em relação a esse namoro. Então estou aqui. - Edward abriu os braços em seguida apontando para si mesmo. Sorri o empurrando. O mesmo cambaleou em direção a uma arvore. Gargalhei quando vi que ele quase ia caindo. Edward me olhou sério, mas logo abriu um sorriso.

– Você não é tão chato. - Serrei os olhos.

– Usando minhas falas. - Edward disse estalando os dedos. Revirei os olhos.

– Bom, é divertido andar com você. Você tem um ótimo senso de humor, é bobo, lesado. - Edward me olhava confuso, mais não dizia nada. - É compreensivo, faz birra por muita coisa mas depois sede. Tem manias bem legais também.

– Manias legais?

– Sim, de ficar mexendo consecutivas vezes no cabelo o bagunçando. De fazer caretas engraçadas. E.. Tem olhos bonitos. - Sorri olhando para o chão molhado por conta da chuva.

– Tenho olhos bonitos? - Edward falava divertido. Bati em seu braço.

– Nunca mais te elogio. - Edward gargalho.

– Desculpa. - Seu tom irônico me fez revirar os olhos. Odiava a sua ironia.

– Sabe.. Podemos dá um basta nisso tudo, pelo menos tentar.

– Basta em que?

– Nessa rixa infantil. Nesse ódio sem motivo. Podemos ser sei lá, amigos. - Disse baixo temendo que Edward não tivesse escultado. Mas ele ouviu bem.

– Claro! - O fitei assustada. Ele nem iria fazer birra? nem iria questionar?

– Sem problemas?

– Lógico que não.

– Amigos? - Estiquei a mão. Edward demorou alguns segundos até apertar minha mão em sinal de paz.

– Amigos! - Agora era amiga de Edward Cullen.