Estava querendo atirar na minha própria cabeça por esta chorando por causa da Jennifer. Mas era inevitável, sentia como se tudo voltasse ao que era antes. Se toda a humilhação que senti por anos voltasse a tona.

Senti meu celular vibrar algumas vezes e todas as vezes era Renée. Ela deveria esta louca a minha procura, e também louca para me matar por sair da mesa sem dar explicações. Estava pouco me importando com o que Renée estava pensando, muito menos para os sermões que receberia. Apenas queria um buraco para me enfiar e nunca mais sair.

O que mais me incomodava era o fato de ninguém perceber que ela não presta. Todos a idolatram e veneram enquanto eu sou a infantil por não confiar em suas palavras claramente falsas.

Encostei minhas costas na cadeira e fiquei olhando pro céu. Ficaria ali por um tempo, fazia dias que não tinha um momento de paz e silêncio, aquele momento serviria para pensar um pouco e até me acalmar.

– Sabia que estava aqui. - Sentei rapidamente olhando assustada para a pessoa dona da voz rouca e sexy. Era Edward. Ele caminhava até mim em passos lentos me observando sentar e encara-lo.

– Como sabe?

– Já vi essas coisas em filme e séries... Quando acontece algo sempre fogem para os fundos da casa. - O mesmo sorriu sentando em outra cadeira de frente a mim. Suspirei dando um sorriso torto. Cruzei os braços encarando a grama muito bem cuidada.

– Isso não faz sentido. - Sorri irônica. Edward apenas concordo com a cabeça consentindo que aquilo não fazia sentido. O mesmo cruzou os braços também e encostou suas costas na cadeira de descanso, também encarando as estrelas.

– Porque saiu de lá? Sua mãe se sentiu envergonhada..

– Lógico, o que ela mais se importa é com o que os outros vão pensar. Aposto que o que mais incomoda ela agora são os olhares curiosos dos outros. - Revirei os olhos em reprovação. Renée sempre se importando com aparências. Tudo ao seu redor era voltado a opinião dos outros. Isso me irritava constantemente.

– Não é bem assim. Ela também ficou preocupada e me mandou vim atrás de você.

– Então volte e diga que eu quero paz. - Suspirei inconstando minhas costas no descanso encarando as estrelas que brilhavam tão belas no céu.

– Não vou voltar. - Levei meu olhar até Edward que permanecia na mesma posição encarando o céu. - Também quero um momento de silêncio. Festas não são pra mim. - Assenti com a cabeça voltando a deitar na cadeira.

Estávamos a mais de 20 minutos deitados nas cadeiras encarando o céu. Nunca tinha me sentido tão bem, tão livre, tão em paz. As vezes tudo que você precisa é do silêncio.

Mas chego um ponto que o silêncio ao lado do traste me incomodava. Queria puxar algum assunto, queria me distrair, precisava me distrair.

– O que você faz traste? - Vi o olhar reprovador de Edward ao escultar "Traste". Apenas sorri indicando que era assim que o chamaria.

– Bom.. Trabalho em um escritório, sou presidente da empresa que era do meu avó mas que hoje é do meu pai..

– Ah senhor Cullen você também é um escravo de escritório.. - Sorri irônica.

– Não quanto você senhora Swan.. Eu mesmo trabalhando horas por dia ainda vivo.

– Esta me chamando de uma pessoa sem vida? - Coloquei a mão no peito me fingindo de ofendida. Edward apenas sorriu torto.

– Você deixa as pessoas te acharem sem vida..

– Eu apenas me esforço. Não sou uma completa sem vida, me divirto tanto quanto você se comparar.

– Ah lógico..

– Não quero mais conversar com você, você não sabe conversar. - Disse firme fazendo Edward gargalha. O silêncio reino mais uma vez me fazendo suspirar.

– Posso perguntar uma coisa?

– Lógico. - Disse sem vontade com a esperança de que ele desistisse de fazer a pergunta mas revirei os olhos ao ouvir sua voz.

– Porque saiu de lá daquela maneira? - Fiquei em silêncio por alguns segundos. Não confiava tanto nele para contar a minha história dramática com Jennifer.

– Não confio em você ao ponto de te contar certas coisas...

– Também não confiaria. - Sorri aliviada em saber que ele havia aceitado e não insistiria no assunto.

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Estávamos a caminho de casa. Por birra decidi ir embora sem me despedir de ninguém. Edward apenas consentiu e aceito me levar para casa.

Em poucos minutos já estávamos em frente a minha casa.

– Obrigada por hoje e obrigada pela companhia forçada pela dona Renée. - Disso irônica.

– Imagina. - Edward sorriu torto fazendo meu corpo estremecer. Me senti estranha por ter essa sensação. Mas seria estupida se negasse que o seu sorriso torto era a coisa mais bonita que havia visto.

– Se precisar de você de novo te ligo.

– Tudo bem.. - Sorri agradecida e sai do carro. Cumprimentei o porteiro e entrei. Edward só foi embora quando entrei no prédio. Suspirei entrando no elevador.

Precisava descansar, sabia bem que Renée me perturbaria. Ira me encher de sermões. Teria que descansar colocar minha cabeça, precisava me organizar, precisava esquecer de tudo.