E Se? escrita por WaalPomps


Capítulo 42
All of my doubt suddenly goes away somehow


Notas iniciais do capítulo

Cêis sabem o quanto é revoltante e desestimulante com, quase 90 leitores, só ter 14 reviews? Sabem? E quando vir mais que isso, é gente cobrando que você está demorando para postar?
Porque é isso que tá acontecendo ultimamente, e eu juro, tá me deixando com cada vez menos vontade de escrever fanfics.
Então curtam enquanto tem, porque não sei se vai ter mais, na boa mesmo. E não vem falar que eu sou rabugenta. Eu trabalho, estudo, tento ter vida social e escrever para vocês o máximo possível, para não deixar vocês sem nada. Então eu tenho todo o direito de dar essa poha desse piti --'



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_ E apresentando, pela primeira vez como marido e mulher, Fábio e Giane Campana. – Malu gritou no microfone, enquanto o irmão e a cunhada caminhavam para a pista de dança.

_ Meu Deus, a Malu sabe ser brega quando quer. – reclamou Fabinho, fazendo a esposa rir.

_ Como se a festa não estivesse recheada de coisas bregas. – rebateu Giane, enquanto ele a enlaçava pela cintura – Você não me disse que música escolheu para nossa primeira dança.

_ Escute. – ele pediu, enquanto os acordes começaram. Os olhos de Giane brilharam, fazendo-o sorrir – Eu sei que você adora Home.

_ Adoro é o cantor dela. Que cara lindo. – ela provocou, fazendo o publicitário bufar – Ah bezerrão, não precisa ter ciúmes. Você sabe que eu só tenho olhos para você.

_ Just know you’re not alone...

_ Cause I’m going to make this place your home. – ela completou, colando seus lábios.

Ele apertou mais o corpo dela contra si, tentando acabar com qualquer distância entre ambos. Ela riu, colando a testa com a dele, os dois mergulhando nos olhos um do outro. Não havia mais ninguém ali. Aquele momento era só deles.

_ Eu te contei que, uma vez, eu pedi algo diferente para a lua? – perguntou Giane, vendo Fabinho arquear a sobrancelha – Na primeira noite que passamos apartamento, depois de eu me mudar? Nós fizemos... Hã, fizemos aquilo e você dormiu. – ele riu da vergonha dela em dizer aquilo, logo para ele – Mas eu fiquei olhando a lua. Ela estava cheia, você lembra?

_ Vagamente... Tinha coisas mais interessantes atraindo minha atenção. – ele deu uma piscadela, arrancando uma gargalhada de Giane – Mas prossiga, por favor.

_ Como eu te disse naquele dia, eu estava confusa e perdida. A única certeza que eu tinha, era que eu queria você, estar com você. – ela começou a mexer nos cabelos da nuca dele – E por mais que eu sentisse que podia confiar em você, eu estava com medo de me machucar. Então eu pedi para a lua um sinal de que eu poderia confiar em você, de que você era o que faltava, porque quando eu estava com você, eu me sentia completa. Acho que te disse isso também. – ela mordeu o lábio, enquanto Fabinho a encarava profundamente – E no momento seguinte, você me puxou para mais perto de você e acordou... Digo, você abriu os olhos, mas acho que ainda dormia. – ela riu – Você perguntou o que eu estava fazendo e eu disse que pedindo para a lua. E então você disse que a lua tinha realizado seu pedido e te dado uma família.

_ E isso foi o seu sinal? – ele arqueou a sobrancelha, mas ela negou.

_ Não, meu sinal foi quando você disse que a lua era lerda, porque havia demorado quase quinze anos para completar o pedido e me mandar para você. – ela acariciou o rosto dele, com um nó na garganta – E aí você fechou os olhos e apagou de novo. E eu soube que ali era o meu lugar, e que você era a peça que faltava. E que eu passaria por cima de qualquer coisa para ficar com você.

Fabinho não disse nada, apenas puxou mais ela para si, fazendo-a deitar a cabeça em seu ombro. Ele deitou a cabeça no ombro dela, ambos em silêncio, envoltos pelos acordes finais da música. Palavras nem sempre dizem tudo, às vezes os corpos falam mais.

~*~

Maurício observava Fabinho e Giane em silêncio. Eles conversavam em voz baixa durante sua primeira dança, e por mais que seus rostos tivessem seriedade, era uma seriedade diferente. Os olhos brilhavam intensamente, os cantos dos lábios se retorciam em pequenos sorrisos, os gestos indicavam carinho.

Ele se lembrou da única vez que havia dançado com Giane, de como tudo parecia mecânico, tímido. Mais parecia que dançavam em um baile de igreja conversadora, em que os namorados têm que ficar a um braço de distância.

Riu da ideia, quando sentiu braços em seus ombros.

_ Chateado? – perguntou Malu, fazendo-o arquear a sobrancelha – Está com uma cara de saudade.

_ Já disse que você é ciumenta demais? – Maurício gargalhou – Eu estava sim pensando no passado, mas apenas em mais um desses momentos que confirmam que eu e a Giane éramos completamente errados um para o outro.

_ Quantos existem?

_ Milhares. Porque quando eu comparo cada momento com ela com algum semelhante com você, eu vejo que eu devia ser muito tapado para não perceber como tudo estava errado. – Malu abriu um sorrisinho minúsculo – A Giane nunca olhou para mim como ela olha pro seu irmão. E eu nunca senti por ela, ou pela Mayara, um décimo do que eu sinto por você.

_ Espero que isso signifique que você me ama muito. – Maurício riu, dando um selinho na namorada.

_ Significa que você é tudo para mim. – ele garantiu, puxando algo do bolso – E eu quero que o mundo todo saiba disso.

_ Mau... – os olhos da pedagoga brilharam, enquanto ela admirava o anel de noivado na palma do namorado.

_ Eu sei que você esperava um pedido mais elaborado, mas...

_ Mas é perfeito. – ela virou-se para ele, o encarando frente a frente – E além do que, você pode caprichar no discurso do noivado.

_ Pensarei em algo legal. – ele riu – Isso quer dizer que você aceita?

_ Tenho que eu mesma colocar o anel para você entender?

Ele negou, deslizando o anel pelo dedo dela. Foi o tempo de fazer isso, antes que ela o puxasse pelo pescoço e o beijasse.

~*~

Quando a música terminou, os noivos trocaram um longo beijo, até serem interrompidos.

_ Com licença. – pediu Silvério, se aproximando com Irene – Eu poderia dançar com a minha filha?

_ A vontade sogrão. – Fabinho deu um passo para o lado, enquanto o mais velho pegava Giane pela mão – Mãe?

Irene sorriu, colocando a mão no ombro do filho e deixando que ele colocasse em sua cintura. Começou a tocar uma música do Phil Collins, e os noivos trocaram um olhar questionador sobre quem havia escolhido aquilo.

_ Seu pai gosta muito de Phil Collins. – riu Irene, e Fabinho bufou.

_ Essa parte do gosto musical dele eu não conhecia.

_ É porque o lembrava de mim. Então ele preferia não ouvir. – explicou a mãe, fazendo o filho assentir – Seu pai contou que vamos nos casar, não é?

_ Contou. Só não entendi porque vão fazer no cartório. Vocês esperaram tanto tempo por isso, deviam fazer uma festa enorme. – garantiu Fabinho, enquanto Irene ria.

_ Esse era o plano original. Mas alguns, hã, acontecimentos inesperados, mudaram nossos planos de futuro. – o publicitário arqueou a sobrancelha – Filho... Você vai ganhar um irmão ou irmã.

_ Como? – Fabinho arregalou os olhos, jurando ter ouvido errado – Mas...

_ Eu sei, eu já passei da idade para ter filhos. Mas aconteceu. – a ex-atriz suspirou – Eu fui ao médico e descobrimos, e agora eu tenho que tomar diversos cuidados, para que a gravidez prossiga com tranquilidade.

_ Olha lá o seu Plínio hein? Já tá quase pra ser avó, e vai ser pai. – riu Fabinho.

_ E você está bem com isso? Digo... Com nós termos um filho? – perguntou Irene, temerosa.

_ Porque eu não estaria? – questionou Fabinho – Mãe, eu não aguento mais guardar sentimentos negativos. Aconteceu, passou, ficou para trás. Vida nova, para todos nós. Certo?

_ Certo. – concordou Irene, beijando o rosto do filho. A música logo se encerrou, e ele se despediu de Irene com um abraço, enquanto voltava para junto da esposa.

_ Tava animada a conversa de vocês hein? – brincou a corintiana, recebendo uma risada.

_ Fui avisado que vou virar irmão mais velho. – Giane arregalou os olhos – Pois é... Desse jeito, nossos filhos vão ser amiguinhos de infância do tio.

_ Calma aí fraldinha, nem fomos para a lua de mel ainda. – pediu a corintiana, se aproximando do marido – E eu pretendo abusar muito de você por lá.

_ Eu casei com uma ninfomaníaca, é isso? – perguntou Fabinho, mordendo o lábio da esposa.

_ Gente, depois vocês terminam isso. – foram interrompidos por Malu – Porque agora nós queremos cumprimentar os noivos.

_ Rápido, a gente corre pro carro e foge pro motel mais próximo. – sugeriu Fabinho, vendo a fila se formar.

_ Quis fazer festão, agora aguenta. – mandou Giane, puxando o marido pela mão.

~*~

_ Malu. – Camila apareceu correndo, afoita – Adivinha, adivinha, adivinha?

_ Você tá grávida? – perguntou Maurício, recebendo uma fuzilada – Calma, foi brincadeira.

_ A Giane vai jogar o buquê. – os olhos da modelete brilhavam – Eu já to de casamento marcado, mas você só foi pedido em casamento. Precisa disso mais que qualquer uma aqui.

_ Minha palavra tá valendo tão pouco assim? – questionou Maurício, enquanto a noiva era puxada pela amiga, as duas correndo em direção ao aglomerado de solteiras. Giane gargalhava, observando as mulheres afoitas pelo buquê.

_ Que coisa mais de mulherzinha. – riu a corintiana, enquanto o marido a abraçava por trás – Isso é uma coisa que eu sempre achei ridícula.

_ Larga de doce e joga essas flores logo. Tem uma suíte nos esperando. – pediu Fabinho, beijando o pescoço de Giane.

_ Pedindo com tanto jeito, é claro que eu jogo. – ela piscou, virando de costas – Muito bem suas doidas, se preparem. É um... É dois... E vai.

Ela atirou as flores, logo virando para ver quem pegaria. Apesar de Camila ter arrastado Malu, quem pegou as flores foi a futura sra. Cardoso, que logo pulava animada para cima do noivo, os dois rindo alto.

_ Isso quer dizer que podemos tirar essas roupas e ir para nossa lua de mel? – perguntou Fabinho, colado no ouvido de Giane.

_ Achei que você ia querer tirar o vestido quando estivéssemos a sós. – ela deu de ombros, fazendo o rapaz rir.

_ Ah pivete, cê me conhece tão bem.

Os dois correram para dentro de casa, em busca de Plínio, para avisar que dariam o fora da festa. Mas para surpresa de ambos, Silvério e Vinny estavam ali com o cineasta, os três com o semblante aflito.

_ Pai? – chamou Giane, atraindo a atenção de Silvério – O que aconteceu?

_ Hã, nada minha filha. – o homem garantiu, mas não convenceu. Ela observar Vinny, que falava no celular, parecendo desesperado.

_ Em que hospital eles estão? – Charlene apareceu com Irene, assustando Giane e Fabinho.

_ Pera, quem tá no hospital? – perguntou Fabinho, encarando o pai – Pai, nem ouse mentir para mim.

_ O Bento e a Mayara discutiram e ela passou mal. Desmaiou e caiu, batendo a barriga. – os olhos do casal se arregalaram, conforme Silvério falava – Eles foram para o hospital e tentaram evitar o parto, mas houve um descolamento de placenta. Fizeram uma cesárea uma hora atrás, mas a Mayara e o Kim ainda estão em risco. O Wilson foi pra lá mais cedo, mas ele pediu para o Vinny ir também. O Bento está muito aflito.

_ Então nós vamos também. – avisou Fabinho, surpreendendo Giane – Você não vai se aquietar até saber como o Bento está, eu te conheço. Querendo ou não, vocês são amigos.

_ Eu juro que vai ser rápido. – ela garantiu, a garganta apertada – A mala está no carro?

_ Eu deixei lá em cima. – Irene avisou – Não sabia se vocês iriam se trocar antes de ir ou...

_ Vamos logo nos trocar. – pediu Fabinho, pegando Giane pela mão e correndo para a escada – E não pense que eu desisti de tirar esse vestido pivete. Você vai colocar ele de novo, e eu vou estourar cada botãozinho dele.


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Notas finais do capítulo

Ah sim... Feliz dia internacional da Mulher.
Tchau.