E Se? escrita por WaalPomps


Capítulo 33
I’m just the same as I was


Notas iniciais do capítulo

Heeeey gente
To exausta, então sem emoção para fazer notas e tal.



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O sábado amanheceu fresco em São Paulo. No apartamento de número 17, amanheceu silencioso, como nos demais dias. Como amanheceria sempre, pelo menos até que o pequeno Kim nascesse, dali a três meses.

Bento se levantou de sua cama, abrindo a porta e caminhando até o banheiro do corredor. Havia deixado a suíte com Amora, a pedido/ordem do pai. Depois que Fabinho havia aparecido na casa de Wilson e lhe dado uma surra, as coisas haviam se complicado. Por mais que não gostasse da nora, saber que o filho estava a traindo era inaceitável.

_ Eu não te criei para ser um traidor. – gritou Wilson, depois de lhe acertar uma bofetada na cara – Você diz que quer dar uma família para o teu filho, mas fica procurando amantes? Isso não é família Bento.

Desde então, três meses haviam se passado e sua vida estava cada vez pior. Os negócios iam mal, já haviam perdido duas filiais dos parques, e havia três que estavam ruins das pernas. Havia brigado feio com Tito, após o irmão descobrir que ele havia dormido com Lara Keller.

Wilson e Vinny tentavam apaziguar os ânimos dos dois, enquanto Mel viajava pelas filiais, tentando descobrir o que estava errado. Charlene ajudava no que podia, mas tinha que cumprir seus deveres de gerente da Para Sempre e seu papel de mãe de Pedrinho.

E em bônus a tudo isso, seu casamento infeliz.

_ Já acordada? – Bento entrou na cozinha, encontrando Amora sentada na banqueta, apoiada no balcão. A cara dela não estava na boa – Tem alguma coisa errada?

_ O Kim se mexeu a noite toda. – ela explicou – Não consegui pregar o olho. E essa barriga torna impossível achar uma posição para dormir.

_ É o preço que cê tá pegando pelo teu golpe. – o empresário deu de ombros – Eu tenho que te aturar, mas pelo menos vou ter meu filho.

_ Grata em ajudar. – ela ironizou, se levantando. Gemeu de dor – Kim, para quieto, pelo amor de Deus.

_ Senta no sofá. – mandou Bento, indo para a sala. Ela sentou, e ele sentou ao seu lado. Estendeu a mão, começando a acariciar a barriga da esposa – Kim, filho... É o papai aqui. Fica quietinho aí dentro, para a mamãe poder descansar. Tá bom? O papai canta para você dormir, pode ser?

O rapaz começou a cantarolar, enquanto Amora o observava. Pela primeira vez em semanas, Kim estava se aquietando, como se estivesse dormindo.

_ Acho que funcionou. – a grávida sorriu, aliviada. Sorriram um para o outro – Obrigada Bento.

_ Eu nunca vou negar nada ao Kim, você sabe disso. – ele se afastou, indo para a cozinha – Aproveita que ele sossegou e descansa.

Amora suspirou, se levantando com dificuldade. Caminhou para o próprio quarto, apanhando o travesseiro de gestante. Foi até o armário, pegando uma das camisetas de Bento e colocando no travesseiro. Deitou-se na cama, se aninhando ao travesseiro e tentando dormir.

~*~

_ Eu troco minha paz por um beijo seu, eu troco meu destino pra viver o seu... – Fabinho cantarolava, enquanto mexia os ovos na panela – Hum, hum, hum, huum.

_ Nossa, virou músico agora. – Giane entrou na cozinha, esfregando os olhos. O namorado riu, virando para lhe dar um selinho.

_ E tudo que você quiser, e se você quiser, te dou meu sobrenome. – ele a abraçou pela cintura, cantando para ela e fazendo a corintiana sorrir.

_ Ainda não fraldinha... Mas logo. – ela lhe deu um longo beijo, ambos sorrindo – Tá fazendo o que?

_ Omelete de presunto. Achei uma boa ideia para um café da manhã gordo de sábado. – ela sentou no balcão – Quais seus planos para hoje?

_ Francamente? Eu passaria o dia no sofá, abraçada com você. – ela confessou, fazendo Fabinho rir – Mas meu pai pediu para almoçarmos com ele hoje.

_ Tudo que meu sogrinho quiser. – garantiu o publicitário, virando a omelete em um prato – Pega o suco de laranja na geladeira?

_ Por mim, beberia coca-cola. – Giane foi até a geladeira, pegando a caixa de suco.

_ Mas é uma draga gorda mesmo. – ele debochou – Cuidado hein pivete? Te troco por uma modelete magrela.

_ Eu sei que tu só ameaça. – ela riu, sentando na banqueta – Cê é um bezerrão, só sabe chorar e chorar.

_ Cala a boca e come pivete. – Fabinho colocou omelete no prato dela, pegando um pouco para si – Sabe o que eu quero fazer a noite?

_ Sexo? – ela encheu a boca de comida – Tá, isso você quer fazer todas as noites e momentos.

_ Come de boca fechada, cavala. – ele mandou, bufando – E isso também, mas só depois que voltarmos do Cantaí.

_ Sério? – os olhos dela brilharam.

_ Sim. Nós vamos lá e vamos cantar no karaokê. Não aceito não como resposta. – Fabinho sorriu – Mas só se você prometer comer de boca fechada. Não quero passar vergonha com um moleque de rua.

_ Tirou o dia pra me xingar? – ela riu, jogando um pedaço de pão nele.

_ Ué, velhos hábitos. – Fabinho deu de ombros – Não é porque eu te amo e durmo com você a noite, que vou parar de te chamar de nomes carinhosos.

_ Seu amor por mim é algo surpreendente. – ela suspirou – Agora come logo. Acho que dá tempo de assistirmos Jogos Vorazes antes de ir almoçar com o meu pai.

~*~

_ Esse lugar está incrível. – Malu corria pela sede da Toca do Saci, animadíssima. Maurício estava parado, apenas observando a namorada correndo – Mau, tá tudo tão lindo. Você não acha?

_ Acho. – ele sorriu, indo abraça-la – Você deixou tudo perfeito, maravilhoso. Está tudo incrível, assim como você.

_ Maurício, pensa no tanto de crianças que vão se beneficiar com isso. – ela rodou pelo lugar – Com a escola de futebol, com as atividades que teremos aqui dentro, com as aulas de grafitagem...

_ Nós faremos a diferença. – prometeu Maurício, beijando a testa da namorada – Eu, você, a Giane, o Miguel, o Felipe... Nós vamos fazer a diferença na vida dessas crianças e elas serão felizes. E nós também.

_ E como você tem certeza disso? – perguntou ela, sorrindo bobamente.

_ Porque seu sorriso é a minha felicidade, e eu nunca te vi sorrir tanto, do que quando você está aqui, pensando no que fará para as crianças. – ele segurou o rosto da namorada – E eu sei que quando você começar seu trabalho aqui, você vai ficar cada dia mais feliz. E eu vou ficar mais feliz também, por que...

Malu puxou o namorado para si, lhe dando um longo beijo. Ele a ergueu alguns centímetros do chão, rodando no lugar.

_ Você é incrível, sabia? – perguntou ela, mexendo no cabelo dele – E você faz de mim uma pessoa incrível.

_ Eu posso dizer o mesmo. – ele colou a testa na dela – Acho que eu posso dizer que agora eu sou adulto, bem mais adulto do que eu fui em todos esses anos.

_ Acho bom mesmo... Porque se você me trair, eu acabo com você. – a futura pedagoga riu – E eu não posso falar muita coisa, porque te beijei na frente da Giane.

_ Se serve de consolo, ela me disse que ela e o Fabinho se beijaram na praia. Foi algo espontâneo e impensado, que nem o nosso beijo na pista de dança. – ele começou a caminhar de mãos dadas com Malu – Então o beijo da pista de dança está perdoado.

_ Mas seu saldo ainda está grande, se quer saber. – ela brincava com ele – Ainda mais por ter se escondido de mim todos esses anos. – Malu fez biquinho – As coisas podiam ter seguido bem errado, e nós dois não teríamos nos reencontrado.

_ Ah Malu, isso é impossível. – garantiu Maurício, abrindo a porta do carro para ela – Eu tenho certeza que uma hora ou outra, os irmãos Campana teriam aparecido e mudado toda a nossa vida.

~*~

Fabinho estacionou em frente a casa do sogro. Desceu, encontrando a namorada em frente ao carro. Deram as mãos e foram para dentro da casa.

_ Pai, chegamos. – chamou Giane, ouvindo risos – Pai?

_ Ah, filha. Que bom que chegou. – o homem veio para a sala, com Margot atrás dele – Lembra da Margot? Ela vai almoçar conosco.

_ Ah sim. Bom te ver. – Giane sorriu, mas queria rir da situação. Fabinho parecia confuso, enquanto reconhecia a mulher.

_ Eu lembro de você... Você quase me adotou. – ele fez a ligação, fazendo a mulher sorrir – Margot Queiroz, certo?

_ Isso mesmo. Bom ver que você cresceu bem. – ela sorriu para ele – Fiquei sabendo que encontrou seus pais, fico feliz por isso.

_ Eu também, nem posso dizer o quanto. – Fabinho sorriu para a mulher mais velha – Bom... O que vamos almoçar?

_ Eu coloquei a lasanha no forno agora. – avisou Margot – Eu e o Silvério ficamos conversando e perdemos a hora.

_ Bom, então dá tempo de uma pelada. – Giane sorriu, fazendo o namorado bufar.

_ Uma vez maloqueira, sempre maloqueira. – ele tirou a jaqueta, jogando no sofá – Vamos logo vai. A mesma aposta de sempre?

_ Óbvio que sim fraldinha. – ela riu, saindo correndo de casa. Ele a seguiu, deixando os mais velhos aos risos.

_ Isso me lembra quando eles eram crianças. – comentou Silvério, suspirando – Eles se provocavam o tempo todo, apostando os joguinhos de futebol.

_ E veja onde vieram parar. – Margot voltou para a cozinha, deixando o homem com um sorriso bobo.

_ É... Veja aonde todos viemos parar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e beijos.