E Se? escrita por WaalPomps


Capítulo 32
It's Us Against the World


Notas iniciais do capítulo

Sou ansiosa demais, demais mesmo.
Tá aqui o capítulo vai, podem pirar.



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_ Fabinho. – Giane entrou no apartamento desesperada, procurando pelo namorado – Fabinho.

Não obteve resposta, e começou a correr por todos os cômodos, desesperada. Foi até o quarto deles, entrou no banheiro, no escritório, no quarto vazio. Foi para a cozinha, mas nem sinal dele.

Discou o número do celular, mas ele não atendia. Conferiu que as roupas dele ainda estavam no armário, e deduziu que ele não havia voltado para casa. Não sabia mais o que fazer, então deitou no sofá e começou a chorar, até que a adormeceu.

~*~

Fabinho dirigiu a esmo por algumas horas, sem saber ao certo o que fazer. A cena de Giane e Bento se beijando... Era algo perturbador, assustador, horrível.

Seu celular começou a tocar, e ele viu o nome da irmã piscando na tela.

_ Fabinho, cadê você? – ela perguntou, desesperada.

_ Não sei Malu, andando por aí. – ele bufou.

_ A Giane está que nem doida atrás de você. Ela já ligou para todo mundo te procurando. – a irmã avisou – Fabinho, você precisa falar com ela.

_ Malu, eu não vou conseguir. – ele sussurrou, sentindo a voz embargar – Ela... Ela me traiu. Ela beijou o Bento e...

_ Fabinho, para e presta atenção. – pediu Malu – Você conhece a Giane, sabe como ela ficou quando o Maurício traiu ela. Você acha que ela te trairia, ainda mais com o Bento?

_ Ela tava se vingando da Amora, tenho certeza. – ele socou o voltante.

_ Fábio Campana, me escuta. Quem beijou ela foi o Bento. – a irmã gritou – O Bento quem beijou ela. Ele foi atrás dela, porque o casamento dele e da Amora tá uma merda. Ele quem beijou ela, mesmo depois de ela ter dito que não queria nada com ele. Você conhece o Bento, sabe que ele faria isso.

Fabinho tinha que reconhecer que a irmã tinha razão, mas seu peito doía. Muito. A imagem da sua maloqueira nos braços daquele maldito Zé do Parquinho, era pior que a morte. Ele preferia morrer a ter que conviver com aquilo.

_ Fabinho, a Giane está sofrendo, está desesperada. O papai e a Irene também estão em pânico, preocupados com você. – Malu garantiu, a voz doce – Vai para casa, conversa com ela. Não joga fora o que vocês têm, por causa de um babaca que nem o Bento. Ele estragou a vida dele, não o deixe estragar a de vocês.

~*~

_ E como você está se sentindo? – perguntou Charlene, sentada de frente com Amora – Três meses já dá pra sentir diferenças.

_ Os enjoos estão diminuindo, e a barriga está aparecendo. – a moça acariciou a barriga, sorrindo para a namorada do sogro – Acho que logo já vai dar para sentir ele ou ela mexendo. E descobrir se é ele ou ela.

_ E vocês já começaram a pensar em nomes? – a mulher perguntou, ansiosa – Digo, mês que vem já vão descobrir o sexo, certo?

_ Se for menina, vai ter o nome da minha mãe. – contou Bento, que estava sentado com o pai e o irmão caçula – Lívia. Se for menino, vai ser Kim, como eu chamaria se tudo não tivesse acontecido.

_ Nós ainda estamos conversando sobre isso. – explicou Amora, mas Bento bufou.

_ Não tem o que conversar Mayara... Esses vão ser os nomes que iremos dar para o bebê. – Bento levantou nervoso, indo em direção a porta de entrada, onde a campainha tocava insistentemente.

Assim que virou a maçaneta, a porta foi empurrada, fazendo-o recuar alguns passos. Fabinho irrompeu pela porta, logo acertando um soco na cara de Bento.

_ Seu maldito filho da mãe. – gritou o publicitário, derrubando o amigo de infância no chão, e começando a socar seu rosto – Eu vou acabar com a sua raça, infeliz.

_ Que droga é essa? – perguntou Wilson, tentando afastar os dois com a ajuda de Vinny – Tito, me ajuda aqui.

Logo o filho aparecia, com Lara ao lado. O rapaz foi ajudar o pai a afastar Fabinho do irmão, mas o Campana parecia louco de raiva. Ele socava Bento sem piedade, lágrimas escorrendo dos olhos.

_ Fábio, para com isso. – gritou Tito, quando afinal conseguiram separá-los.

_ Você tá louco rapaz? Quer que eu chame a polícia? – gritou Wilson.

_ Eu vou matar o seu filho. – rosnou Fabinho, enquanto Amora e Charlene ajudavam Bento a levantar – Pra esse lazarento aprender a não mexer com a mulher dos outros.

_ O que? – perguntou Charlene, todos encarando Bento.

_ Conta Bentinho, conta. Conta que você é um babaca e foi atrás da Giane. Que você propôs que ela tivesse um caso com você. – gritou Fabinho – Que você beijou a minha namorada.

_ Que história é essa? – perguntou Wilson, nervoso.

_ Pai, esse cara tá louco. – Bento garantiu, a voz pastosa pelo sangue em sua boca.

_ Não estou, isso eu garanto. A Giane contou tudo para a Malu, que me contou. – o publicitário arfava – Você fez uma mulher perder um filho, você mentiu que tinha tirado a virgindade da minha irmã, manteve um caso com ela enquanto comia todas as meninas possíveis em São Paulo. Mas eu achava que pelo menos com a cocotinha aí, você nunca daria mancada. E olha que interessante, tentou usar o mesmo que ela fez com a irmã dela.

_ Cala a boca. – gritou Bento.

_ Não, cala a boca você, seu monte de merda. – Fabinho gritou de volta, se soltando dos braços que o prendiam – Tá vendo isso aqui no meu dedo? Isso é uma promessa que eu e a Giane fizemos um para o outro, na frente dos nossos pais. Não foi nada oficial, mas para nós dois, vale o mundo. E você fez um circo, um escarcéu, para enfiar o mesmo anel no dedo dessa bisca, mas nenhum de vocês dois dá valor a isso. Eu acho que as pessoas mudam Zé do Parquinho, mas nem sempre para melhor.

Fabinho deu as costas para a família Rabello, indo para a porta. Lá chegando, parou e virou-se para todos.

_ Isso foi um aviso. Se eu ver você perto da Giane de novo, eu realmente acabo com a sua raça. – ele avisou, batendo a porta atrás de si e deixando todos embasbacados.

~*~

A noite já ia alta quando Giane acordou, após ter pegado no sono no sofá. Ela havia ligado para todas as pessoas possíveis, tentando achar o namorado. Havia chorado no telefone com Malu, contando o que acontecera. Não importava mais o que havia acontecido entre elas, Malu era a única amiga que tinha e precisava de uma naquele momento.

A cunhada havia lhe acalmado da melhor maneira que conseguira, prometendo achar Fabinho e fazê-lo ir para casa. Por fim, havia adormecido novamente, esperando pela volta do namorado.

E quando acordou, isso já havia acontecido.

Ela ouviu o som do chuveiro vindo do quarto deles. Se levantou, vendo que estava coberta por um lençol e com a cabeça em um travesseiro. Ele devia tê-la arrumado.

Caminhou até o quarto, encontrando a porta do banheiro aberta. Entrou em silêncio, se escorando a ela, enquanto observava o namorando tomar banho. Ele sabia da presença dela, mas não se virou para encará-la.

_ Fabinho? – ela chamou – Podemos conversar?

_ Pode falar. – ele concordou, desligando o chuveiro e pegando a toalha. Quando se virou de frente, ela viu marcas nos braços e um roxo em seu rosto.

_ O que aconteceu? – ela perguntou preocupada, se aproximando depressa. Ele se retraiu ao toque dela – Fraldinha, que cê aprontou?

_ A Malu me ligou e contou o que aconteceu. – ele explicou, a cabeça baixa – Ela disse que o Bento foi atrás de você. Então eu fui atrás dele, e dei alguns murros na boca dele. Mas o pai e os irmãos dele estavam por lá, e foram me segurar.

_ Você é doido? – ela perguntou, desesperada – Fabinho, se ele resolve chamar a polícia ou qualquer coisa assim...

_ Eu não me importo. – o publicitário garantiu, segurando o rosto dela – Se ele não leva a sério as promessas que fez quando colocou aquele anel no dedo da Amora, eu levo a sério as que fiz para você. E eu sei que você leva a sério as que fez para mim. – ele segurou a mão dela – Nós dois estamos juntos Giane, juntos para tudo. Acima de brigas, até porque nós vamos ter um monte.

_ Brigas não, discussões. – ela corrigiu, fazendo-o rir.

_ Se esse babaca acha que pode estragar a vida dos outros, eu vou ensinar que não pode. – prometeu Fabinho – Você é minha, só minha. Somos nós dois contra o mundo, pivete. E vai ser assim, não importa o que tentem fazer.

_ Nós dois contra o mundo, gostei disso. – ela sorriu, o abraçando – Me desculpa por você ter visto aquilo hoje. Eu tentei segurar ele, mas ele é mais forte.

_ Desculpa por ontem. – pediu Fabinho – Eu vou tentar ter mais responsabilidade.

_ E eu vou tentar ser menos orgulhosa. – ela prometeu – Você tem mais dinheiro, porque a empresa é sua. Então é justo que você arque com a maioria das despesas. Mas com o meu salário, eu posso pelo menos fazer o supermercado.

_ Se isso te deixar feliz, eu não me importo. – ele beijou a testa dela – Nós vamos ter que aprender a controlar os ânimos, e chegar a um acordo sobre como viver. Ou então vamos ficar indo para a casa dos nossos pais o tempo todo.

_ É bom saber que é a casa deles, e não mais a nossa. – Giane admitiu – É bom saber que essa é a nossa casa.

_ Só nossa. – ele concordou, puxando o rosto dela para um beijo.

E o resto é história.


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Notas finais do capítulo

Cêis acham MESMO que eu ia deixar Fabine brigada?
Eu num guento vei, guento não HUAHUAHUAHUAHUA
Espero MUITOS reviews, ok?
Beijos