E Se? escrita por WaalPomps


Capítulo 2
Fabinho e Malu


Notas iniciais do capítulo

Heeeeello
Nossa, a recepção da história foi melhor do que eu esperava hihi'
Bom, preciso dizer que minhas inspirações foram: Uma edição da Turma da Mônica Jovem, em que alguns fatos são mudados na infância das crianças; e um episódio de Grey's Anatomy, em que acontece mais ou menos o mesmo rolê.
Então vai ter coisa que vai estar beeem diferente, mas é parte do pacote, ok?



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_ Fabinho, acorda. Nosso avião sai em meia hora. – Malu socava a porta do quarto do irmão mais velho, profundamente mal humorada por ter acordado tão cedo – Se você não sair em dez minutos, eu entro com um balde de água gelada.

_ Relaxa maninha, já acordei há meia hora. – Fabinho abriu a porta, sorrindo para a irmã e a abraçando – Ansiosa para voltar pro Brasil?

_ E aguentar a Bárbara? Nenhum pouco, obrigada. – bufou a loira, enquanto os dois desciam as escadas – Mas to com saudades do pai.

_ Eu também... E estou ansioso para conhecer a agência que ele montou. – Fabinho sorriu, enquanto ambos sentavam na mesa e começavam a se servir do café da manhã.

Na mesma noite em que Plínio levou Fabinho para dormir na mansão com Malu, teve certeza que o adotado seria o garoto. Apesar de Bárbara não se alegrar com a ideia, estava disposta a tudo para reconquistar e firmar laços com Plínio, e aceitou. O que ela não esperava era que isso fosse arruinar tudo...

~*~

_ Bom, aqui estão as coisas do Fabinho. – Gilson entregou a mala para Plínio, que agradeceu sorrindo. Bárbara ao seu lado parecia constipada, observando o garotinho de mãos dadas com Malu – Hã, tem também, isso aqui.

O homem pegou uma caixinha, abrindo e revelando um anel, um anel que Plínio Campana conhecia bem.

_ O-onde você conseguiu isso? – gaguejou ele, enquanto Bárbara empalidecia.

_ A Odila me entregou, junto com o Fabinho. Aparentemente, foi a mãe que pediu para ser dado para ele quando ficasse mais velho, talvez para ajudar na criação ou para ele usar como quiser. – explicou Gilson, enquanto Plínio revezava os olhos entre o anel e o garoto, que olhava o anel fascinado – Algo errado Plínio?

_ Essa mulher, a Odila... Onde ela está? – perguntou o homem ansioso. Gilson avisou que algumas casas para o lado – Fabinho, despeça-se dos seus amiguinhos, enquanto eu converso com essa moça. Pode ser?

Caminharam para fora da casa de Gilson, e Fabinho e Malu foram até as crianças, que corriam e brincavam.

_ Cadê o Bento? – perguntou Fabinho, procurando o colega. Mayara fez uma cara triste.

_ Ele saiu com o tio Gilson e o irmão dele ontem à noite, e não voltou até agora. – explicou Giane, que parecia emburrada.

_ Você vai morar com a moça legal? – perguntou Mayara, se referindo a Bárbara, e Fabinho confirmou.

_ Ele vai ser o meu irmãozão. – Malu sorriu, abraçando o garoto, que a apertou forte – Mas vocês podem ir nos visitar se sentirem saudades dele.

_ E eu lá vou sentir saudades de uma fraldinha bocó desse? – perguntou Giane, revirando os olhos.

_ E eu não vou querer um moleque de rua na minha casa nova e bonita. – retrucou o menino, cruzando os braços. Giane imitou seu gesto, um de costas para o outro – Uma última partida?

_ Vai tomar uma surra. – garantiu a moleca, pegando a bola da mão dele e correndo para o local onde sempre jogavam, com Mayara e Malu atrás.

Na casa de Odila, o tempo fechara.

_ Você tem certeza que a mulher que te entregou esse anel era dona dele? – perguntou Plínio, afoito.

_ Olha seu Plínio, eu conheço muito bem Irene Fiori, eu era muito fã dela e acompanhava tudo sobre o relacionamento de vocês. – garantiu a enfermeira – Ela deu a luz ao Fabinho alguns meses depois que vocês terminaram e ela estava muito mal, muito deprimida, doente... Ela entregou o bebê e o anel, e eu o trouxe aqui para o lar do Gilson.

_ Mas ela falou algo sobre o pai, se era eu ou não? – perguntou o cineasta, sentindo o peito inflando de esperança.

_ Ela não falou muita coisa. Citou algumas coisas enquanto estava dando a luz, ela estava delirante. Falou algo sobre uma traição, mas não entrou em detalhes. – explicou a mulher, compreensiva – A última vez que eu a vi, o Fabinho era muito pequeno. Eu entreguei uma foto dele para ela, e depois disso, nunca mais a vi.

_ Traição? – sussurrou Plínio, consternado – Mas... Eu nunca traí a Irene.

_ E quem te garante que não foi ela quem te traiu e esse garoto não é o resultado disso? – Bárbara interviu, desesperadamente – Ela pode ter...

_ Bárbara, dobre sua língua antes de falar um A dela. – rosnou Plínio, virando para a futura ex-mulher. O homem se recompôs, suspirando, e voltou-se para Odila – Muito obrigado pelas informações. Se lembrar de mais algo, por favor, não hesite em me procurar.

A enfermeira assentiu, pegando o cartão que o cineasta lhe estendia. Ele acenou com a cabeça, dando as costas e saindo a passos largos da casa, com Bárbara seguindo-o aos berros.

_ Malu, Fabinho. – gritou, atraindo a atenção das crianças. O garoto terminava uma pelada com Giane, enquanto Malu observava tudo apoiada a uma grade de ferro – Crianças, vamos para casa.

_ Plínio, pense bem... Você vai colocar o filho de sua ex-namorada com um cara qualquer, dentro da nossa casa? Da casa da nossa filha? – perguntou a ex-atriz, tentando atrair a atenção do marido.

_ Eu quero você fora daquela casa, hoje mesmo. – ele rosnou, virando-se para Bárbara – Meu advogado vai ter procurar amanhã pela manhã, arranje um para você. Eu te conheço, Bárbara Ellen, e conhecia a Irene muito bem. Eu sei os boatos que rondavam nosso relacionamento, boatos que envolviam você. Se ela me traiu ou se pensou que e a houvesse traído, tem seu dedo podre na história. E eu quero essa influência podre bem longe da criação da Maria Luiza e do Fábio.

_ O que você está insinuando e... – mas o homem já não mais ouvia. Ele simplesmente deu as costas a mulher, se aproximando e se ajoelhando em frente às crianças.

_ Nós temos que passar no médico antes de ir para casa, para fazer um exame ver se está tudo certo com você, está bem Fabinho? – o garoto assentiu, preocupado – Fique tranquilo, eu também vou fazer.

_ E eu papai? – perguntou Malu.

_ Você não precisa meu anjo. Esse é um exame só para meninos. – Plínio explicou sorrindo, beijando o rosto da filha – Despediram-se?

Malu voltou-se, abraçando Mayara, que parecia triste, e Giane, que se segurou para não empurrá-la. Fabinho abraçou a primeira, e virou-se para a moleca, lhe encarando e estendendo a mão.

_ Espero que seu pai te ensine a jogar bola. – resmungou a garota.

_ Espero que sua mãe consiga te ensinar a ser mulher. – devolveu Fabinho, soltando a mão dela – Tchau maloqueira.

_ Tchau, fraldinha. – ela observou o garoto se afastar e ser abraçado por Plínio. O cineasta envolveu Malu em seus braços também.

_ Prontos para irmos?

_ Sim Plínio. – garantiu Fabinho.

_ Por favor, filho... Me chame de pai. – pediu o homem sorrindo.

~*~

O tal exame era um exame de DNA, que revelou o que Plínio suspeitava: Fabinho era seu filho com Irene, o fruto daquele amor intenso e que o acompanhara mesmo após a partida da mulher, mas que se transformou em mágoa após essa descoberta.

_ Plínio, você está pronto para ir buscar as crianças? – perguntou Celinha, entrando no escritório do patrão. O homem riu.

_ Crianças são a Luz, o Kevin e a Dorothy. – garantiu ele, se levantando e pegando a pasta – Por falar neles, a Emília já os trouxe?

_ Já sim Plínio, e já estão prontos para irem com você buscar os irmãos. – sorriu a assistente, enquanto desciam para a sala.

Bárbara ainda havia tentado amolecer Plínio e Malu ao longo dos anos, em busca de dinheiro. Ela havia adotado três crianças, em momentos diferentes, mas o ex-marido e a filha não cederam. Apesar de ela negar, Plínio tinha certeza que a culpa da partida de Irene e de ter perdido tanto tempo na vida do filho, era da atriz.

Então o que o cineasta havia feito, foi tirar as crianças dela, tão logo ela as adotava. Claro que ele não conseguiu a custódia total, mas os três passavam apenas os finais de semana com a mãe adotiva, juntamente de Malu.

_ Fizeram o dever de casa já? – perguntou o homem, e as crianças concordaram.

_ A mãe ajudou. – contou Dorothy, abraçando o pai adotivo – E ainda me mandou estudar para a prova.

_ Pai, podemos passar no shopping? Quero comprar um vídeo game novo. – pediu Kevin, e Plínio concordou.

_ E eu quero uma bolsa nova para ir no primeiro dia de aula. – os olhos de Luz brilharam, enquanto Plínio assentia novamente.

_ Tudo que vocês quiserem. – garantiu o homem sorrindo – Mas vamos logo. O avião em breve estará pousando.

~*~

Fabinho encarou São Paulo pela janela do avião. Malu estava em sua poltrona da primeira classe, lixando as unhas, distraída, cantarolando algum sucesso modinha.

Fazia cinco anos que os irmãos estavam fora do país natal, desde a mais nova completar 18 anos e os dois irem estudar no exterior. Fabinho estudou marketing em duas faculdades de Nova York e Chicago, enquanto Malu tentara meia dúzia de cursos variados, sem gostar realmente de nenhum.

_ Saudades de casa? – perguntou o rapaz, encarando a meia-irmã. Ela deu de ombros – Qual é Malu, faz cinco anos que estamos longe.

_ Podíamos ficar mais cinco. – garantiu a garota – Eu não aguento o pai me enchendo para decidir o que quero fazer da vida.

_ Mas você está muito feliz por voltar e encontrar o Bentinho. – resmungou Fabinho, e a moça deu de ombros novamente.

_ Você sabe que o Bento é uma boa companhia para matar o tempo. Ou era, na época do colégio. Agora ele é um viciado em trabalho. – ela lembrou, observando o aeroporto – Estamos aterrissando.

O rapaz concordou, afivelando seu cinto e se recostando novamente à poltrona.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Os comentários de vocês são MUITO importantes para mim, ok?
Beijos