E Se? escrita por WaalPomps


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Alô gatitas e gatitos de meu Brasil, mais uma fic para vocês.
E uma fic beeem loucona.
Espero que gostem.



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A noite caia na Casa Verde, porém os moradores do local não tinham pressa de entrarem em suas casas. As crianças do lar de Gilson e Salma corriam pela rua, na companhia dos amiguinhos da vizinhança, jogando bola.

_ Giane, eu já falei para você não ficar correndo com os meninos. – reprendeu Samara, puxando a filha pela mão e começando a limpá-la – Olha isso querida, está toda embarreada.

_ É que esses meninos são muito ruins mãe, eles não sabem nem chutar uma bola. Especialmente o Fraldinha. – a garotinha explicava nervosa, brava por sua mãe tê-la tirado da partida bem quando se time estava ganhando.

_ Filha, isso é brincadeira de menino. Porque você não brinca com a Mayara? – perguntou a mulher.

_ Ela não brinca com ninguém mãe, a única coisa que ela faz é ficar na árvore que ela o Bento plantaram. – explicou Giane, bufando.

_ Meu anjo, ela chegou aqui faz pouco tempo, depois de ter sofrido muito na rua. E o Bento está sendo amigo dela. Mas ela é menina, precisa de uma amiga. E você também. Vocês duas podem se dar bem, se você der uma chance e parar de agir como um menininho. – ela apertou o nariz da filha, que riu.

_ Tá bom, eu falo com ela. Mas eu posso terminar a partida? Por favor? – a garotinha implorou, recebendo um aceno afirmativo da mãe. Giane beijou o rosto da mais velha, saindo correndo até os meninos, gritando com eles e já roubando a bola de Fabinho, começando a driblar todos.

_ Não adianta, é uma molequinha. – comentou Silvério, abraçando a cintura da esposa.

_ Eu acho ótimo que ela faça o que quer, mas eu me preocupo um pouco. – comentou Samara – Ela não consegue ficar junto das meninas, já tá logo falando besteira e gritando sobre futebol e Corinthians.

_ É coisa da idade querida, ela e o Bento sempre foram muito próximos por minha causa, e ela o vê como modelo. Então age de maneira que possa ficar perto dele. – Silvério tentou acalmar a esposa – Logo ela vai começar a se interessar por coisas de menina, e vai ser natural a aproximação dela com outras garotas.

_ Você já pensou em, talvez, levar a Mayara para casa? – perguntou a mulher – Não sei se adotá-la, mas talvez, ir aproximando ela e a Giane? Pode fazer bem para as duas?

_ Vamos dar tempo ao tempo querida, deixar que a Mayara perca o medo que tem de todos, que Giane tente se aproximar dela... Aí conversamos com o Gilson e a Salma, e vemos o que eles acham. – propôs o homem, puxando a mulher para dentro de casa.

Na casa de Gilson e Salma, a conversa era outra. A atriz Bárbara Ellen e o cineasta Plínio Campana, juntos da filha Maria Luiza, conversavam sobre a possibilidade de adotar uma das crianças.

_ Malu, pode ir lá conhecer as crianças... Quem sabe você não gosta de alguém para ser seu irmãozinho? – Plínio propôs, beijando o rosto da filha.

_ Menino? – Bárbara perguntou com uma careta, e Plínio suspirou.

_ Vai minha querida. – o homem abriu a porta, vendo a filha sair.

_ Hã... Vocês tem certeza que querem adotar uma criança? – perguntou Gilson, encarando Salma preocupado – Digo...

_ A Malu está louca para ter um irmão. – contou Plínio, sendo franco – Nosso casamento já acabou, mas ela merece uma família. Nós vamos adotar uma criança, e criá-lo com a Malu.

_ Eu não sei se um lar de pais divorciados é bom para uma criança. – Salma comentou – Com todo o respeito eu...

_ Você sabe com quem está falando? – perguntou Bárbara, e Plínio fez sinal que ela parasse.

_ Gilson, Salma... Eu posso garantir que essa criança será muito bem cuidada e criada. – prometeu o cineasta – Darei a mesma educação e carinho que darei a Maria Luiza.

_ Bom, se o juizado aceitar, não vejo porque recusarmos. – comentou Gilson – As crianças estão brincando ali fora. Vamos lá.

Foram para o lado de fora, encontrando as crianças sentadas conversando. Malu estava de perninhas cruzadas, conversando com um menino de sorriso torto que pareceu familiar a Plínio.

_ Papai, esse é o Fabinho. Ele tem a minha idade. – contou Malu, quando o pai se aproximou – Na verdade ele é um pouquinho mais velho, mas só um pouquinho. E ele nunca teve papai e mamãe. Ele tá aqui desde que era bebezinho.

_ Como vai Fabinho? – perguntou Plínio, estendendo a mão para o garoto. Ele apertou com uma expressão de tristeza, que o mais velho não entendeu – Está tudo bem?

_ É que o Bento tá chegando. – resmungou a criança, a Plínio virou-se, vendo outro garoto chegando, acompanhado de uma menina.

_ Mas que garotinha adorável. – Bárbara gravitou para o lado de Mayara, começando a analisá-la – Tão bonita, tão magrinha...

_ Mas mamãe, eu quero um irmão. – reclamou Malu, e Bárbara a fuzilou – Eu quero o Fabinho de irmão.

_ Querida, as coisas não são assim, temos que ir com calma. – Plínio explicou, mas a garotinha tinha os olhos brilhando.

_ Ele é meu irmão papai, eu sei. É ele. – a pequena Campana foi enfática, e Plínio sorriu.

_ Então, que tal assim... O Fabinho vai dormir em casa hoje, para nós conhecermos ele melhor. E então nós conversamos sobre isso? – propôs Plínio, observando o sorriso das duas crianças se alargando. Não pôde deixar de reparar em como os olhos brilhando pareciam iguais.

_ Plínio, nós não devíamos conversar sobre isso e... – Bárbara se aproximou, mas o marido a cortou.

_ Salma, Gilson... Por favor, arrumem as coisas do Fábio. Ele vai conosco hoje. – o casal assentiu, voltando para dentro da casa – E você rapaz... Gosta de McDonalds?

_ Eu nunca comi, só vi na TV. – admitiu Fabinho, corando e assumindo uma expressão de raiva.

_ Tudo bem, nós levamos você. – Malu sorriu, pegando a mão do garoto, que amenizou a expressão – Não é papai?

_ Se vocês quiserem. – sorriu Plínio, e as duas crianças concordaram – Nesse caso, é melhor irmos logo.

_ Divirta-se Fabinho. – Bento se aproximou do amigo, sorrindo. Fabinho fechou a cara, assentindo de leve, antes de virar e puxar Malu pela mão. Plínio sorriu para o outro garoto, antes de seguir a filha e o novo amiguinho.

_ Cara, não acredito que alguém gostou do Fraldinha. – Giane parou do lado de Bento, que a repreendeu com o olhar – Tá, do Fabinho.

_ Ele é legal Giane, só quer uma família. – Bento defendeu o outro garoto, que havia chego ali junto dele, e crescido ao seu lado.

_ Você também está aqui desde que nasceu e quer uma família, e nem por isso trata todo mundo mal. – a garotinha rebateu, fazendo Bento rir.

_ Eu já tenho uma família. Vocês todos são minha família. Não é legal, ela ser tão grande? – ele abraçou a amiga pelo ombro, mas ela o empurrou.

_ Que isso cara? Abraço é coisa de mulherzinha. – resmungou ela, fazendo Bento rir – Isso me lembra...

Giane bufou, caminhando até Mayara, que estava sentada longe das demais crianças, observando seus sapatos (que já haviam sido de Giane). Ela sentou do lado da colega, parecendo contrariada.

_ Hã, Mayara... Cê quer dormir lá em casa? – a órfã se surpreendeu – É, tipo... Tem uma novelinha que a Renata me mostrou, chama Chiquititas. É bobinha, mas até que é legal. E os meninos não gostam de assistir, então quando eu assisto, é sozinha. E como hoje não tem jogo do Timão...

_ Tá, pode ser. – concordou Mayara – Seus pais não ligam?

_ Não, eles são de boa. – Giane garantiu, dando de ombros – Eu vou ir tomar banho, aí você faz o mesmo e vai pra lá. Pode ser?

_ Tá. – Mayara concordou, se levantando e indo para dentro de casa. Giane bufou, levantando e seguindo seu próprio caminho. Bento observou a cena rindo, enquanto via Fabinho entrando no carro de Plínio e Malu, com Bárbara ainda reclamando atrás.

Não pode evitar se sentir sozinho, até que sentiu uma mão em seu ombro.

_ Moleque? – viu que Wilson Rabello o encarava, os olhos cheios de água – Nós precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

E aí? Deixem suas opiniões, ok?
Beeeijos lindxas