Aqua - Reese Böurne

Todos da nação Aqua sabem ao menos um pouco sobre a história da família Böurne, como acho que você não faz parte dessa população dizimada pelo caos, irei contá-la a você.

" Era um belo verão na nação de Aqua, todos caminhavam felizes, já que os problemas causados por Panem haviam sido mínimos. Tudo também corria bem na manhã dos Böurne, a família mais rica e prospera das nação. A única filha do casal se chamava Reese, uma garota realmente muito esbelta para a pouca idade. Eram conhecidos pela maior fábrica de metalurgia de toda a região norte, a mais rica da nação, tinham filas e filas de funcionários e esbanjavam sua riqueza para toda a cidade, mas essa fase de alegria durou muito pouco, não só para essa grande família mais também para toda a nação. Toda Aqua havia sido, novamente, bombardeada por Panem, porém dessa vez a nação rival teve certeza de que tudo havia sido destruído. Ou seja os Böurne a partir desse momento passariam a viver na miséria. "

Reese era basicamente obrigada a ouvir essa maldita história todos os dias, apesar de saber como ignorar provocações ou como responder a altura, mas toda a vez que alguém tocava no assunto ela se sentia incomodada. Como uma ferida que nunca se fechava. É muito difícil viver na pobreza, mas quando já se foi rico a mudança é ainda pior. Reese agora tinha de trabalhar no tempo livre depois dos treino, seu pai também havia conseguido arrumar um emprego na grande - e única - metalúrgica, o salário dos dois era péssimo, mas o bastante para não passarem fome.

Já tinha dezessete anos, ou seja não precisava mais estudar, então usava todos os intervalos do trabalho para treinar. Todos da nação tinham ficados excitados com a idéia dos The World Games, Reese fazia parte dessa maioria, já que tinha certeza de que seria a única de todas a nações capaz de derrotar algum tributo de Panem.

— Reese? Reese? Minha filha você está nos ouvindo? - a voz grave de seu pai corta nossa pequena iniciação sobre a história de uma tributa - Vamos preste atenção!

— Me desculpe, Papa... Estava pensando em outras coisas - respondeu saturna

— Nós sabemos exatamente no que você estava pensando - sua mãe bate os dedos nervosamente na mesa - Em se inscrever para aqueles malditos jogos! - Reese passa a encarar a mãe

— Acertou - sorri a menina - Mama, eu não só estou pensando, é o que eu vou fazer amanhã mesmo, vou ser a primeira a colocar o nome naquele globo e se não for a mim a sorteada me oferecerei no lugar de quem for...

— Isto é uma imprudência! Um ultraje! - grita seu pai - Não queremos perder a nossa única filha para Panem, aquela maldita nação já tirou tudo de nós, não podemos permitir perder você para eles também!

— Vocês não estarão me perdendo! Eu sou a única capaz de vencer aquele jogo! - contesta

— Nós não sabemos da capacidade dos outros tributos para julga-los desse modo... Eles podem ser péssimos ou podem ser melhores que você! - exclama a sua mãe - Sabemos que você é ótima, a melhor da nação, mas não podemos saber se você é melhor que os outros escolhidos!

— Eu sei de minha capacidade... Além de tudo, vencer é a única forma de nos fazer voltar ao que éramos antes! Nos vingar de quem tirou tudo que tínhamos! Sermos reconhecidos novamente! - a convicção na voz de Reese era incontestável, podemos desmerece-la em diversas coisas - como por exemplo, ser uma péssima vendedora de ferragens - mas nunca sua determinação.

— Meine Tochter! Ich weiß, dass nichts, was wir sagen, Sie lassen Sie Ihren Namen auf dieser Welt, aber wissen, dass man nie mehr zurück. Ich sie wirklich überzeugen, aufzugeben! Seien allein Idiot! ( Minha filha! Sei que nada que dissermos a você a fará deixar de colocar seu nome naquele globo, mas saiba que você pode nunca mais voltar. Eu realmente desisto de convence-la! Seja sozinha idiota ) - Seu pai utiliza o alemão, antiga língua utilizada na nação, para colocar um fim na conversa, o homem bruto e carrancudo se retira da mesa - Marlee saia! Deixe que ela vá! - a mãe de Reese abaixa a cabeça e acompanha o pai para o quarto do casal.

Reese estava indecisa sobre sua alegria ou tristeza, apesar de ter brigado com o pai, havia conseguido finalmente a aprovação - ou nem tanto assim - de seus pais para ter seu nome colocado no globo do sorteio da manhã seguinte.

(...)

Eram exatamente seis da manhã e Reese já estava fora de sua casa caminhando para a praça principal, onde ocorreria o sorteio. Ao finalmente avista-lo estava vazio, haviam apenas cerca de vinte pessoas, sabia que o número não passaria disso. Apesar de animados com a idéia da vitória, poucos se ofereceriam para "morrer". Parando em frente a uma mulher que colhe seu sangue e escreve seu nome, a mandando para um grupo de poucas garotas. Uma mulher alta e muito maquiada para ao lado dos globos, já cheio de papéis.

— Sejam bem-vindos, ao primeiro sorteio dos World Games! Em que minha amada Capital convida essa pobre nação para ter uma chance de melhorar de vida! Vamos ao sorteio! - ela caminha até o globo a sua direita - As damas! - sua mão mexe o globo e tira um pequeno papel - Reese Böurne! - " como eu tenho sorte! Nem precisei me oferecer! " Ela caminha confiante até o palco e aberta a mão da mulher - Vamos aos garotos - ela faz o mesmo no globo masculino - Vincent Torin! - Um menino alto de cabelos castanhos sai do grupo de garotos - Oh! Temos nossos jovens! Reese caminha até o aerodeslizador ao lado de Vincent, que continua calado.

— Você é a famosa Böurne, não? - ele ri e passa por ela, seus olhos se arregalam, sua ferida foi aberta novamente.