Mudanças escrita por Thay


Capítulo 45
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Feliz natal, pessoas! Tentei e consegui, na verdade eu já tinha metade do capítulo pronto e não sabia (dah) Enfim, leiam!



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Aqueles míseros segundos em que ela falou seu nome e depois perguntou se ele estava a ouvindo despertou nele uma esperança que ele julgou nunca sentir antes, todo o seu corpo se animou e toda a tristeza e incerteza que ele vinha sentindo desapareceu.

– Tony!- ela falou em um tom de desespero o angustiando.
– Pepper! Tô ouvindo, amor.- ele falou esperançoso olhando para o telão preto a sua frente.- Onde você tá?- silêncio.- Pepper!- o silêncio permaneceu até que ela voltou.
– Tony, o carro não tá pegando.- sua voz agora estava mais calma e além de não ter entendido o por que do sumiço da aflição não tava entendendo o que ela estava dizendo.
– Carro? Mas que...
– Amor, o carro não tá ligando e eu também não tô conseguindo sair, as portas não querem abrir.- mais uma vez ele engoliu seco e baixou a cabeça, pois estava claro que aquilo era uma gravação, alguns segundos se passaram, Coulson, Thor, Natasha, Banner, Barton, Steve e Rhodes olhavam pra Tony que permanecia cabisbaixo fitando as suas mãos apoiadas na mesa o principal foco de seu olhar era a aliança dela que ele carregava no dedo mindinho ao lado da sua.- Tony, o que tá acontecendo por que não tá me respondendo?- mais alguns segundos de silêncio e ele continuou do mesmo jeito.- Amor, tá saindo fumaça do carro tá vindo como se fosse dos freios e também tá vindo da parte de trás, as janelas não estão descendo e o carro é blindado eu não vou conseguir quebrar os vidros... ele não liga, Tony, a buzina não funciona, nada tá funcionando aqui... por que você não tá me respondendo? Onde você tá?- a tosse não demorou para aparecer e logo foi ficando intensa a ponto de fazê-la ficar puxando o ar.- Acho que vou morrer.- ela tossia e chorava e ele fechou seus punhos por se sentir impotente.- Aque.... aquela surpresa... nós conseguimos, amor, ele tá aqui, tá aqui dentro... eu queria te mostrar... queria abraçar meus pais de novo, ouvir a voz do meu irmão.- outra crise de tosse e aquela puxada de ar foi tão intensa que eles acreditaram que seria a última.- Desculpa se não fui uma boa esposa... eu tentei... diz a bolinha que eu a amo... que eu nunca amei ninguém como eu amo a minha garotinha... queria vê-la crescer, mas acho que não vou poder... te amo, Tony, e te amei até meu último dia.- dessa vez não teve retorno e ela tossiu até falecer.
– Que lindo.- uma voz masculina e modificada invadiu a sala deixando o ar terrivelmente pesado.- Sério, eu me emociono a cada vez que escuto principalmente no final, vamos repetir.- o homem repetiu o trecho final e até acompanhou a fala.- Sabe, ela ligou pra você, mas eu interceptei a ligação enquanto você tava em casa recebendo minhas flores ela estava falando suas últimas palavras pra mim e eu estava gravando você deveria me agradecer pois se não você nunca saberia. Ela merecia viver mais, mas quem mandou se envolver com pessoas erradas.
– O que você quer?- Tony finalmente falou e o homem riu.
– Muitas coisas, mas a primeira eu já consegui e você tem que reconhecer que foi de uma forma esplêndida! Eu acordei hoje me sentindo feliz olhei no calendário e vi o motivo da minha felicidade, um mês... o tempo voa, não? Daqui a pouco será um ano, depois uma década, um século, um milênio e por aí vai. Como vai sua filha? Não precisa nem responder, eu pergunto... bolinha?
– Oi.- era a voz dela todos reconheceram, Tony passou a respirar descompassadamente e levantou a cabeça para encarar seus amigos, Coulson estava no celular falando baixo ditando ordens e ele não pensou duas vezes antes de sair da sala.
– Você se chama bolinha?- foi a última coisa que ele ouviu antes de alcançar a sala ao lado acionar a armadura e voar em direção ao central park.
– JARVIS, minha filha, onde ela está?
– Fazendo reconhecimento facial através das câmeras instaladas, senhor... sentada em um banco ao lado da Sra. Jarvis, tomando sorvete as duas estão a oeste.- não demorou para que Tony as localizassem e pousasse ao lado.
– Papai?- todas as pessoas que estavam naquela área se surpreenderam ao vê-lo pousar e sair da armadura.
– Anthony, o que houve?- perguntou Marta ao notar o medo e a inquietude nele.
– Nada, só queria saber se estavam bem.
– Estamos bem sim. O que foi que aconteceu? Você tá um pouco assustado.- Marta sussurrou no ouvido dele.
– Tinha um cara perto de vocês? Alguém que chamou pela Claire e ela respondeu?
– Sim, um homem esquisito não consegui ver seu rosto, mas pelo que entendi ele estava chamando o animalzinho de estimação dele que se chama bolinha também.
– É mentira, era ele.
– Ele quem?
– O homem que matou a Pepper.
– Como você sabe?
– Ele fez questão de chamá-la e também de que eu a ouvisse responder. Acho melhor voltarem pra torre.- ele falou alto para que Claire escutasse.
– Mas aqui tá bom, papai.
– Vai por mim é melhor irem pra casa.
– Eu quero brin...
– Já disse, Claire, pra casa!- ele gritou com ela que estreitou seus olhinhos e cruzou os braços.
– Seu pai tem razão é melhor nós irmos a vovó tem que preparar o almoço, o que você quer?- ela fez bico estava irritada por Tony ter gritado com ela sem nem ao menos ter feito nada, antes mesmo que elas se afastassem ele viu dois homens de terno se aproximarem e ele sabia que eram agentes que haviam sido mandados por Coulson.
– Vão com eles.- ele falou mais tranquilo e viu as duas o acompanharem, ele entrou em sua armadura e vigiando o carro do alto ele as viu chegar segura na torre e depois disso seguiu outro caminho.

Tony chegou ao cemitério e depois de passar um longo tempo sentado dentro do carro juntou coragem e saiu, quando ele saiu de Nova Iorque só teve um lugar em sua cabeça e quando ele se deu conta estava de volta a sua mansão em Malibu, ele sabia que essa escolha aconteceu por que ele precisava estar só e sua mansão, mas precisamente falando sua oficina era o lugar perfeito pra isso. A passos lentos e segurando flores ele se pegou olhando o túmulo de Pepper que estava com as flores que sua família e amigos haviam trazido mais cedo.

– Eu falhei com você.- ele dizia quase em um sussurro.- Eu não te protegi, eu te perdi. Todas as vezes que eu saía para uma missão você me fazia prometer voltar vivo pra você e eu sempre voltava, mas eu nunca te fiz prometer que ia voltar pra mim e você se foi. Se eu tivesse a chance de voltar no tempo, amor, eu faria diferente, eu não te procuraria, eu não me declararia e mesmo sabendo que ia sofrer eu te deixaria livre pra casar com Ronald ou qualquer outro homem, eu ia aguentar calado ao ver outro homem te tocando, te amando e criando a nossa filha, mas mesmo com tudo isso eu até ia me permitir sorrir por que eu sabia que você ia estar viva, que você ia brigar comigo de novo e ia aparecer com o seu lindo sorriso me perguntando isso é tudo, Sr. Stark? Você me deu uma nova chance Pepper e eu nem tive tempo para vivê-la com você, eu perdi você e nosso filho e eu nem tive a oportunidade de senti-lo chutar a sua barriga e nem de ouvir o coraçãozinho dele e nem de saber por você que ele estava vindo.- ele estava com a voz embargada e tropeçava nas palavras.- Eu me lembro do primeiro beijo que eu te dei, tá certo que você me bateu e ameaçou me processar por assédio.- ele riu com a lembrança.- Mas foi naquele beijo que eu descobri o quanto eu estava apaixonado por você e eu tive medo e corri até não poder mais... Me lembro da primeira vez que você se entregou pra mim de como eu me senti realizado por ter você em meus braços, do ciúme que eu senti por ver outros homens te olhando e da satisfação em saber que por mais que eles olhassem era comigo que você estava... Também sei que tive minhas falhas que às vezes não fui o marido que você merecia, mas eu tentava consertar tudo a cada vez que eu percebia ou que me mostravam o meu erro. Hoje faz 1 mês que você me deixou e ainda dói tanto quanto no primeiro dia... Não acredito nestas coisas, Pep, minha parte racional não me permite acreditar que você possa me escutar ou que esteja em sua vida-pós morte, mas a minha parte humana suplica que eu acredite em qualquer coisa pra que de um jeito ou de outro você esteja perto de mim e me ouça e eu quero que você saiba que eu te amo e vou te amar até meu último dia.- ele colocou as flores perto das tantas que lá haviam e se afastou, voltou a sua mansão e ficou recluso em sua oficina só saindo de lá depois de ter recebido uma ligação de Rhodes.

Tony voltou a Nova Iorque, pois Rhodes avisou que os pais de Pepper pediram para ficar com Claire e que também mandariam realizar uma missa na catedral de São Patrício, mesmo receoso ele voltou a cidade pois precisava falar com seus ex-sogros e cunhado e quando chegou a missa já tinha começado sendo o último a chegar ele entrou e não falou com ninguém, sentou-se na segunda fileira e quando o padre deu continuidade a missa todos se ajoelharam e mesmo depois de poder se levantar ele ficou daquele mesmo jeito o padre continuou até que viu sua aflição e resolveu dar uma pausa.

– Quem é esse homem?- ele perguntou.
– É o culpado pelo senhor estar realizando essa missa.- respondeu Ronald.
– Ele é o marido da Virgínia, padre.- respondeu Marta.
– Me diga meu jovem, foi ele quem tirou a vida dessa pobre mulher?
– Não, mas...
– Então por que você falou que ele era o culpado?- Ronald ficou sem fala e o padre voltou sua atenção para Tony.- Sabe, durante esses anos de sacerdócio eu aprendi a fazer leitura labial pra saber quem realmente está acompanhando a missa e quem está apenas abrindo e fechando a boca e acredite apesar dele não estar acompanhado a missa ele está pedindo perdão fervorosamente a... Pepper.- falou o padre depois de conseguir entender o que Tony disse.- Eu presumo que Pepper seja o segundo nome dela, não é?
– Não, esse é um apelido que ele colocou nela.- respondeu Rhodes.
– Agora, se puderem me responder eu gostaria de saber por que ele é culpado e por que ele pede tanto perdão?
– Ele é culpado por que se tivesse deixado-a como tínhamos combinado minha filha estaria viva e ele não tá pedindo perdão, tá fazendo cena!- disse Jack com a mais pura raiva em sua voz.
– Então eu tenho que tirar o chapéu pra ele pois estou diante de um ótimo ator.- falou o padre não convencido de que tudo era fingimento.
– Ele é sim, me enganou direitinho dei a ele a maior preciosidade que eu tinha e a única coisa que eu pedi em troca foi que ele cuidasse dela, mas ao invés disso ele acabou com ela e agora está aqui fingindo sofrimento pra se fazer de coitado...
– Agora chega!- Marta falou.- Não vou permitir que você fale assim dele! Todos sabemos que a morte dela está sendo dolorosa pra Beth, pro Alex e pra você, Jack, mas isso não faz a minha dor, a dor do Jim, da Claire e do Anthony diminuir, ela era o braço direito, esquerdo, as pernas e até mesmo a razão, o equilíbrio de Anthony Stark era sua fiel escudeira que se tornou amiga, namorada, esposa, mas acima de tudo conselheira. Eu nunca vi ele chorar nem na morte dos pais ele chorou, eu vi sim ele se isolar e construir a pose e a fama que todo mundo conhece, mas sem chorar, no entanto, me surpreendi ao ver ele sentado no sofá, abraçado a sua filha e chorando copiosamente. Você ou ninguém daqui pode acreditar, mas eu sei que ele tá sofrendo, muito raro são às vezes que eu o vejo sorrir e isso só acontece graças a Claire, quantas vezes eu já não o peguei fantasiando uma conversa com ela, quantas vezes eu vi ele se condenando por tê-la feito de alguma maneira sofrer e também por não tê-la deixado quando teve a chance, vejo ele se perguntando por que ela ao invés dele pois ela merecia estar viva e não ele... todos os dias vejo ele acordando sem um pingo de vontade de viver, mas ainda sim fazendo isso pela Claire que é a única motivação dele, então vocês não precisam culpá-lo ele faz isso sozinho.- Claire cochichou algo no ouvido de Sara que sorrateiramente a deixou se afastar e em poucos segundos viram uma pequena ruiva de olhos azuis e bochechas rosadas correndo para abraçá-lo.
– Não chora, papai.- Marta se chegou e o abraçou também e naquele momento de silêncio os parentes e as pessoas de fora que foram acompanhar a missa por hábito viram que apesar de toda a arrogância o Homem de Ferro, ou melhor, Tony Stark também é um ser humano e como tal sofre com as perdas.
– O que a senhora é dele?- perguntou o padre.
– Não tenho nenhum parentesco, mas o tenho como um filho.
– Bom, a senhora o defende como uma mãe. Vocês prestaram bem atenção no que ela disse? Minha gente, nós somos falhos, somos humanos e até compreendo a reação dos pais dela ao culpá-lo, afinal, precisamos de alguém pra culpar quando algo irreversível e ruim acontece, mas culpá-lo pela morte dela não vai trazê-la de volta, assim como também não vai fazer a dor diminuir... Pelo que entendi essa linda garotinha é o fruto desse casamento, não é? E então, por que não apaziguam os ânimos, param as acusações e ajudam não só esse homem, mas também essa criança a conviver com a ausência de alguém tão importante? Pensem nisso.- o padre retomou a missa e Marta e Claire continuaram do mesmo jeito abraçadas a ele e quando o sermão do padre chegou ao fim todos se levantaram.
– Anthony?- a voz era de Beth e Tony logo virou para encará-la e a viu completamente abatida.
– Eu sei que eu deveria...- ela o interrompeu com um abraço que ele definitivamente não esperava.
– Enquanto você estava aqui ajoelhado paralelo a tudo houve uma pequena, porém, precisa discussão e isso me fez ver que eu não posso culpá-lo pela morte da minha filha, a dor e a saudade são imensas, mas como o padre disse não vai trazê-la de volta. Sei que você faria o possível e o impossível para impedir o que aconteceu.- ela falou enquanto ainda estava abraçado a ele.- Posso levar a minha neta, hoje?
– Sim, pode, mas antes de ir será que eu posso falar com o Alex?
– Vou conversar com ele.- a senhora se afastou e depois de um pouco de conversa conseguiu trazer seu filho para conversar com seu ex-genro, se afastando dela, Tony o explicou toda aquela história e o que aconteceu mais cedo e Alex não parecia acreditar, mas lembrou-se dos homens que passaram o dia inteiro os seguindo alguns anos atrás e também da coroa de flores e bilhete que viu na mansão Stark, os dois conversaram por longos minutos e no fim da conversa se cumprimentaram sinalizando trégua.

Atendendo o pedido de Tony a família de Pepper ficou com Claire e durante os dias que ela ficou fora ele passou a procurar seu inimigo, mas como sempre ele havia sido cuidadoso a tentativa de contra-atacá-lo com um virus e de hackear não deram em nada o que o fez voltar a estaca zero e Tony estava cansado de tudo isso, cansado de rodar e não encontrar absolutamente nada, cansado de ter tantas perguntas, mas nenhuma resposta. Dias iam passando e o tal homem não se comunicou mais e aos poucos Tony e Claire foram se acostumando em ser apenas os dois, a relação entre Tony e a família de Pepper havia melhorado, sim, não tinha mais aquela "intimidade", mas por conta de Claire todos tentavam se dar bem. Os meses deram adeus passando por todas as datas que eles comemoravam juntos, uma das mais difíceis para ele foi o natal, Marta a contra gosto e acreditando que ele passaria essa data com os familiares de Pepper, viajou para Vermont para passar as festas de fim de ano com os seus parentes restantes, já Claire foi passar o natal com os avós e ele ficou em casa trabalhando na oficina e tirando da cabeça que aquela data significava principalmente a confraternização familiar, o réveillon foi um pouco diferente já que seus amigos invadiram a sua casa ele foi obrigado a fazer algo dessa vez Claire passou com ele e assistindo a queima de fogos da varanda fez uma retrospectiva de tudo o que lhe aconteceu.

– Feliz... feliz o que, papai?- ela perguntou coçando a cabeça.
– Ano novo.
– Feliz ano novo, papai.- ela falou lhe dando um abraço apertado.
– Feliz ano novo, bolinha. Espero que esse ano seja mais suportável do que o ano passado.
– Feliz ano novo, Tony.- Banner foi o primeiro a cumprimentar e logos todos fizeram o mesmo, todos passaram a noite por lá em claro conversando assuntos banais e evitando entrar em qualquer assunto pesado, depois do café todos se foram e ele ficou refazendo suas metas para esse ano, a primeira semana do ano chegou e junto com ela o aniversário de Claire que não quis nada além de sua mãe de volta e infelizmente isso foi uma coisa que Tony não pôde lhe dar.

Um ano, ninguém acreditava que tinha se passado tanto tempo assim como ninguém acreditava no que viria a seguir, Tony estava voltando do outro lado do mundo quando o contato com JARVIS caiu ele tentou restabelecer a conexão, mas não conseguiu.

– JARVIS? JARVIS, o que está acontecendo?- nenhuma resposta e para o seu desespero o GPS do relógio de Claire foi ativado.- JARVIS!- ele tentou comunicação com outras pessoas e conseguiu falar com Rhodes.- Rhodey!
– Tony, o que foi parece nervoso?
– Rhodes, tenta ligar pra mansão.
– Ham?
– Faz isso!
– Tá bom.
– Digo o que?
– Nada, se conseguir me ligue e se não conseguir me ligue também.- Rhodes desligou e alguns minutos se passaram, Tony estava apreensivo a perda repentina de JARVIS e a ativação daquele GPS não é um bom sinal.
– Tony.
– Conseguiu?
– Não, mas já estou a caminho estarei lá em pouco tempo.- os dois ficaram em silêncio, os minutos de Rhodes demoraram anos e Tony só estava ainda mais nervoso.- Tony... você precisa vir aqui.
– O que aconteceu? Claire, Marta, elas estão bem?
– Ele é ousado, Tony, muito ousado e meticuloso, mas eu acho que finalmente cometeu um vacilo.
– Do que você tá falando?
– É melhor você ver com seus próprios olhos.- a chamada foi encerrada a tensão dele só aumentou e apesar de Rhodes ter dito que Marta e Claire estavam bem ele continuava nervoso precisava ver e pra ele uma viagem de volta pra casa nunca demorou tanto quanto essa.

Tony não queria saber de guardar a armadura ia pousar no pátio da mansão, mas ficou completamente fora do ar quando viu os portões da mansão no chão, o impacto foi tão forte que destruiu os vidros da porta da mansão, ele rapidamente saiu da armadura e entrou em sua casa para ver se elas estavam bem logo de cara ele viu alguns policiais circulando pela casa e levando consigo alguns homens todos de preto e algemados, Rhodes estava no meio da sala de pé ao lado da armadura que foi designada para proteger Claire nos pés de Rhodes tinha um homem amarrado ele estava todo de preto.

– Cadê a Claire e a Marta?- ele perguntou nervoso.
– Estão bem, os paramédicos estão atendendo-as na cozinha.
– Se elas estão bem por que diabos tem paramédico? Por que tem policiais, por que os portões da minha casa estão no chão, por que não consegui me comunicar com o JARVIS e quem é esse homem?
– Vai fala.- Rhodes o chutou.
– Viemos sequestrar sua filha. Um homem nos procurou falando que tinha um simples trabalho pra nós, só ontem ele nos disse que era um sequestro e não dava pra dá pra trás estávamos totalmente envolvidos com ele, minutos antes ele nos deu o endereço e as instruções e um aparelhinho e foi quando descobrimos que era pra vir aqui e sequestrar a filha do Homem de Ferro, ele nos garantiu que você não estaria e que não teria como saber e que quando soubesse seria tarde demais e tudo tava dando certo até que surgiu uma armadura não sei de onde e acabou com os nossos planos.
– Cadê o aparelho?
– No bolso do meu peito.- Tony pegou o aparelho jogou no chão e o pisou o deixando em pedaços.
– JARVIS?
– Desculpe, por não conseguir me comunicar, senhor, mas este aparelho estava me bloqueando.- respondeu o A.I surpreendendo o homem.
– É bom ter você de volta, JARVIS.
– É bom estar de volta, senhor.
– Você conhece esse homem?- perguntou Tony voltando sua atenção para o sequestrador.
– Não, mas mantenho contato eu sou o cabeça do meu grupo.
– Quanto você recebeu?
– Ele ofereceu 300 mil pra eu e meu grupo fazermos isso.
– Quantos vocês, são?
– Somos 6.
– 50 mil pra cada, certo? Ele sabe o que aconteceu aqui?
– Não, mas eu preciso enviar uma foto dela pra ele pra provar que eu fiz o trabalho.
– Me dê seu celular.- o homem entregou e Tony foi a cozinha, abraçou sua filha e Marta, ambas estavam assustadas ele conversou pouco sabia que elas estavam bem e isso era suficiente por ora, ele tirou uma foto de Claire e o semblante assustado da menina só ajudou a deixar a situação mais verídica as pessoas que estavam na cozinha não entenderam a atitude, mas ninguém perguntou ele voltou a sala desamarrou uma mão dele e lhe entregou o celular.- Mande a foto, diga que o trabalho tá feito.
– Eu não vou. Olha, eu não conheço esse cara, mas ele é bem psicopata e com essa gente não se mexe.
– Você invadiu minha casa, tentou sequestrar a minha filha e com o poder que eu tenho posso te mandar pra Guantánamo, mas vou te fazer uma proposta lhe dou 500 mil se você ligar pra ele dizer que o trabalho tá feito e marcar um encontro.
– Tá falando sério?
– Estou, tenho uma rixa com esse homem e a tempos ele vem se escondendo já está na hora de nos encontrarmos. 500 mil só pra você e então?- o homem ainda não tava acreditando no que ouviu, mas mesmo assim fez, enviou a foto e segundos depois recebeu a ligação.
– Sim, está tudo feito... o pacote está em mãos e pronto para ser entregue... não, não a machucamos... sim, senhor.- o homem finalizou a ligação.- Tá feito. O endereço ele vai me passar por mensagem.- falou ele entregando o celular.
– Ótimo, cuidarei do seu dinheiro quando eu chegar. Rhodes, preciso de um favor.
– Claro.
– Mande o Alex vim aqui e levar Claire com ele, fique com Marta e cuide do que puder por aqui.
– Tony, não é me...
– Eu esperei 1 ano por isso não vou esperar mais, fique aqui e cuide de tudo por favor.- ele saiu e com um sorriso no rosto e entrou na armadura.- Te peguei, desgraçado.- ele falou levantando voo e tendo a sensação de que finalmente conseguiria sua vingança e toda essa história teria um fim.


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Notas finais do capítulo

Teve uma partes meio deprê, né? Eu sei vocês agora querem mais que meu figado, querem o meu corpo queimando na fogueira, mas pensem que no próximo capítulo, Tony finalmente terá paz, afinal, ele merece. Esqueci de colocar aqui antes talvez eu poste outro no ano novo ou na metade de Janeiro, tudo depende se eu viajar hoje.