O mestre de Mu chegava logo após no local, junto com diversos Muvianos que também avistaram o brilho reluzente.

–O que está acontecendo aqui? – Indagou o loiro (Mestre de Mu).

–Não foi nada demais. – Atena sorriu. – Pode ficar tranquilo.

–Mas..., mas, o que era aquele brilho que todos viram?

–Aquele brilho foi o poder do meu sangue.

–Sangue? A senhorita se feriu?!

–Só foi um pequeno ferimento, mas eu já me curei.

–Espera ai, a senhorita falou que o brilho foi o poder do sangue da senhorita?

–Sim, como eu acabei de falar para o Hiroto, Nagashi e Kyousha, o sangue de um Deus não é um simples sangue, ele recebe o nome de Ikhor por ser um sangue divino com poderes supremos, e quando o meu sangue entrou em contato com a Urna, eu dei a ela um forte poder de selamento, e é com ela que eu pretendo selar o espírito de Poseidon.

–Incrível, então isso indica que nos já vencemos essa batalha! – Exclamou Hiroto.

–Não é tão fácil assim, Hiroto. Poseidon é um dos três grandes deuses do Olimpo, a sua aura não iria sair facilmente de seu corpo, além disso, ainda falta mais algo para complementar o poder de selamento.

–E o que séria isso? – Perguntou Kyousha, curiosamente.

–Ainda falta o selo, e para isso eu quero que peguem selos comuns, se possível.

–Deixa comigo. – Disse o Ruivo, saindo rapidamente do quarto da Deusa, em direção ao andar de baixo do castelo.

–Enquanto isso, eu quero que vocês façam as armaduras baseadas nas oitenta e oito constelações, e no escudo da armadura de Perseu, quero que botem isso no centro do escudo. – Solicitou a Deusa, entregando um manto branco com a cabeça de Medusa dentro.

–O que é isso que a Senhorita me entregou? – Indagou o Loiro, segurando o manto em suas mãos.

–É a cabeça de Medusa, como foi Perseu que a matou, eu quero que bote a cabeça dela no seu escudo, dando a armadura o poder de petrificar os inimigos.

–Mas isso não é arriscado? Essa coisa pode petrificar todos os alquimistas.

–É só fechar os olhos dela com cuidado, desviando o olhar.

–Certo, mas tem um problema, é sobre essas constelações, não temos conhecimento direito sobre elas.

–Não se preocupe, eu ajudo vocês nessa questão.

O mestre de Mu guiava todos para o ferreiro dos alquimistas, incluindo Atena que seguia os jovens Muvianos para auxiliar eles em relação á ordem de cada armadura. Enquanto isso, Nagashi e Kyousha estavam do lado de fora do castelo, entediados por não ter nenhuma tarefa.

–Kyousha, já que não tem nada pra nos fazer, que tal praticar um pouco? Eu nem ao menos sei dominar o cosmo direito, e não quero ser inútil nessa guerra, quero lutar ao lado da senhorita Atena. – Encarou o Yukida.

–Está pedindo que eu te ajude a dominar o cosmo?

–Não tenho outra escolha, já que você sabe, sim, eu quero que me ajude.

–Tudo bem, mas primeiro vamos achar um local apropriado para o nosso treino. – O Taonia olhava calmamente ao redor, procurando um bom local para treinar.

–Não pode ser aqui?

–Eu não gosto de treinar em local com muita gente, é estranho e a gente pode acabar incomodando alguém.

–É, isso é verdade.

–Hum, acho que já encontrei um bom lugar, que tal ali? – Disse Kyousha, apontando o dedo indicador em uma área isolada do Continente.

–É um bom lugar, é estranho, mas é bom.

–Certo, vamos

Kyousha e Nagashi corriam em velocidade máxima até ao local isolado do Continente, composto por um enorme vulcão, com o clima quente e uma vegetação escassa.

–Caralho, que calor, nem parece que estamos no Continente Mu. – Reclamou Nagashi, derramando gotas de suor enquanto corria.

–Isso é estranho, ninguém me falou que tinha um vulcão na ilha. – Comentou Kyousha, olhando fixamente para o enorme vulcão rochoso.

–Esse vulcão é tão rochoso que se parece uma montanha comum.

–Acho melhor nos voltar. – Solicitou Kyousha.

–Sim, vamos logo, isso aqui parece o inferno de tão quente, nunca senti tanto calor. – Concordou o Yukida.

–Espere, antes eu quero ver uma coisa... – Retrucou o Taonia, que dava leves passos pelo solo rochoso.

–Por acaso tá querendo se bronzear?

O Taonia continuava caminhando e ignorando a reclamação do companheiro, cada vez que o rapaz andava, mas o calor aumentava.

–Meus deuses, você já está se desfazendo em suor, melhor parar, Kyousha! – Exclamou Nagashi, tentando fazer o amigo parar, mas nada adiantava.

–Nagashi, você não percebeu a alta mudança na temperatura? – Indagou o Taonia, encarando o Siberiano.

–O que isso tem haver?

–Não é estranho? Em fração de centímetros a temperatura muda criticamente para um calor infernal.

–É, mas vai logo ao ponto, não vou aguentar isso cara.

–Quando o meu mestre estava me ensinando sobre o cosmo, ele também me falou sobre uma habilidade chamada controle de temperatura, isso faz com que a temperatura mude de acordo com o cosmo do sujeito, uma habilidade capaz até mesmo de ser usada em locais frios.

–Verdade, eu me lembro quando a Senhorita Atena chegou em Sibéria, ela parecia normal...

–Bem, então pare de reclamar e me deixe continuar. – O Taonia rapidamente tirava a sua blusa, revelando a tatuagem de um tigre em suas costas.

Ao caminhar mais uns centímetros, enormes caixas estavam a vistas, na parte de trás do vulcão.

–Eu sabia que tinha algo de estranho!

Enquanto isso, no Castelo de Mu...

O trabalho dos alquimistas cada vez aumentava, incluindo a Deusa Atena que estava separando a classificação de cada armadura.

–Primeiro vamos terminar as armaduras de bronze, depois iremos para as de prata.

–Senhorita, os selos estão prontos. – Disse Hiroto, chegando no local com diversos selos em suas mãos.

–Obrigada. Hiroto, você sabe aonde estão Nagashi e Kyousha?

–Não sei, eles sumiram.

A Deusa expressava uma cara de preocupação, por algum motivo a sua intuição dizia que algo de ruim estava para acontecer. Ela rapidamente saia do castelo e olhava fixamente para o vulcão.

–Hiroto, venha comigo. – A deusa pegava levemente no palmo do Ruivo, que em questão de segundos, uma esfera cósmica cobria ambos, fazendo os dois sumir.