O quarteto aparecia em um piscar de olhos na frente do castelo de Mu, saindo de uma esfera cósmica criada por Atena.

–Quer dizer que nos andamos atoa, enquanto Atena poderia fazer uma esfera que nos levasse para cá? – Questionou Dante.

–Eu não poderia vir direto para cá sem ao menos conhecer o local, mesmo já vindo aqui, eu ainda não memorizei tudo.

–Agora que já chegamos, vamos logo adentrar. – Hiroto era o primeiro a entrar no castelo de tão ansioso que ele estava.

Após o ruivo entrar os outros seguia o Muviano até a sala onde se localizava o mestre do Continente, aquele momento deixava todos ansiosos e nervosos, menos Atena que já estava acostumada com esses momentos. O mestre como sempre estava sentado em seu trono, segurando o seu cajado em sua mão direita, acompanhado de outros Muvianos que foram divididos em equipes para a construção das armaduras.

–Finalmente a senhorita chegou, e pelo que vejo trouxe companheiros. – Disse o mestre contente.

–Sim, e eu fico agradecida em que todos os Muvianos também se juntaram para achar materiais e componentes para as armaduras. – Atena estava muito feliz com aquele momento, ela se sentia aliviada em ter aqueles seres ao seu redor. –

–Certo, vamos agora apresentar os grupos e seus materiais, o primeiro grupo conseguiu Gâmanio e Bronze. – Expôs o mestre de Mu – com seus membros feitos por quatro Muvianas do sexo feminino. O segundo grupo conseguiu Oricalco e Prata, com seus membros feito por dois Muvianos do sexo masculino e uma do feminino.O terceiro grupo que conseguiu Pó estelar e Ouro, com seus membros constituídos por dois Muvianos e uma velha anciã. E por último o grupo de Atena, com seus membros de diversas localidades, mas o que foi que conseguiram?

–Conseguimos um pouquinho de cada, na verdade conseguimos um pouco de Bronze, Oricalco e Prata. – Respondeu o sábio Hiroto.

–Certo, então vamos começar com isso! – O mestre de Mu exclamava altamente, erguendo o seu cajado para cima como sinal de comemoração.

Os Muvianos reuniam todos os materiais e se dirigiam para a sala que iria servir como um ferreiro para as armaduras, no local tinha várias mesas e símbolos de alquimia, e um deles pegava em sua mão um martelo dourado, e começava a bater no bronze mesclado com o pó estelar, e todos os outros faziam ações semelhantes.

–Incrível, os Muvianos são completamente sensacionais! – Exclamou o Yukida, se surpreendendo cada vez mais com o talento daqueles seres.

–Hiroto, caso não seja incomodo, eu quero que você faça algo para mim... – Solicitou a Deusa.

–Claro que faço, é só dizer o que.

–Hiroto, eu quero que você faça uma urna.

–Uma urna? Não entendi o motivo da Senhorita pedir algo como uma Urna.

–Hiroto, no momento certo você vai saber, e então vai fazer? Se possível uma urna feita de Oricalco.

–Tudo bem, eu confio na Senhorita! – O jovem Ruivo rapidamente ia atrás de Oricalco para criar uma urna á pedido de sua Deusa.

–Agora que eu percebi algo, ei Hiroto, me explica uma coisa, por que você não tem essas bolinhas na testa como todo mundo? – Indagou Dante, curiosamente.

A pergunta abalava o jovem ruivo destemido, por algum motivo ele não gostava quando alguém fazia esse tipo de indagação, mesmo sendo um detalhe que todos percebia.

–Dante, acho que ele não gosta quando pergunta isso a ele... – Resmungou a Deusa, que também já fez a mesma pergunta antes.

–Mas por que ele não gosta?

–Não sei, mas acho que Muvianos também tem problemas pessoais, não só deuses, mas como todas as raças.

–É, isso é verdade...

Atena saia do local calmamente, subindo as escadas do castelo e indo para o seu quarto onde estava a sua armadura, ela olhava o céu pela janela do andar de cima, sentindo por um breve momento o cosmo do cavalo alado, Pégaso.

–Esse cosmo...

Enquanto a Deusa estava “ocupada” no seu quarto, Hiroto já estava com a urna pronta em suas mãos, ele corria até a escada do castelo, se direcionando até o quarto de sua Deusa.

–Atena! – Exclamou o ruivo, chamando a atenção da Divindade.

–Sim?

–Eu terminei a Urna, aqui está!

–Obrigada, Hiroto, você poderia segurar ela pra mim?

–Claro que sim, mas qual o problema com ela?

–Não tem problema nenhum, apenas chegou o momento de você saber o motivo de eu lhe pedir que você fizesse essa Urna. – Ao terminar a sua frase, a Deusa concentrava o cosmo na lateral de seu palmo, que ao raspar a sua mão esquerda na direita, um enorme corte era feito no palmo direito, caindo gotas de sangue no solo.

–Senhorita, o que está fazendo?!

–Observe, Hiroto. – Quando a Deusa colocava o seu palmo na Urna, o sangue da mesma se juntava com a urna, criando um brilho divino que se expandia em todo o local, chamando a atenção de muitos Muvianos que avistava aquele brilho.

–O que está acontecendo? – Nagashi que estava no andar de baixo do castelo junto com Dante e Kyousha, sentia o forte cosmo que estava sendo lançado do andar de cima. Os três rapidamente corriam em velocidade máxima até o quarto.

Ao chegar no quarto, o trio se surpreendia cada vez mais ao ver que aquele poder todo vinha do sangue de Atena. Quando o brilho dominava todo o castelo, o sangue tinha se juntado completamente com a urna, tornando o objeto uma arma altamente poderosa.

–O...O...o que aconteceu aqui? – Gaguejou Nagashi.

–Me desculpem pela surpresa, mas esse é o motivo de eu solicitar a criação da Urna, quando o sangue se juntou ao objeto, ela se tornou uma urna poderosa, e é com ela que eu pretendo dar um fim nesse confronto com Poseidon. – Explicou a Deusa, emitindo um cosmo curativo no seu palmo direito, fechando totalmente o ferimento.

–Não sabia que era possível tornar um objeto poderoso com sangue. – Comentou Dante, surpreso com o ato da Divindade.

–O sangue de um Deus não é um simples sangue, o sangue de um Deus recebe o nome de Ikhor! – Exclamou Atena.