Rick e Kate, Amor Verdadeiro escrita por Denise Reis


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Meninas, queridas, leiam atentamente. Novamente eu lhes peço: Não tenham pressa de chegar ao final. Portanto não atropelem as palavras, não pulem os períodos. Sintam cada palavra, cada período.
Apesar de saber que estão muito chateadas comigo, eu peço duas coisas:
leiam até o final e leiam ouvindo a música (pulando o anúncio, óbvio) no momento em que o link aparece.
Grande beijo.



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No capítulo anterior:

— Eu avisei escritor. – Tyson chutou Castle que caiu no chão. Tyson se afasta e vai ficar ao lado de Kate e fala. Levante Escritor. Com muita dor e dificuldade Castle levanta. Após ficar de pé, Tyson apontou a arma para ele e disparou um tiro e Rick cai. A parede ao redor fica toda sura de sangue espirrado.

No exato momento do tiro, Kate grita – NÃO! – e imediatamente ao ver o amor de sua vida imóvel no chão, ela, mesmo acostumada a ver cenas iguais a estas, fica sem ar ao ver Rick morto e perde os sentidos, diante de tal atrocidade.

Melodia

Quando Kate voltou a si ela estava deitada na mesma cama que estivera naquela manhã.

Ela fez uma rápida retrospectiva do que acontecera e lembrou-se que o Tyson matara o Castle. Se ela já tinha raiva daquele monstro, ela nem sabia que nome dar ao sentimento que sentia por ele agora.

Ela começou a chorar por Castle, por ela e pelos bebês. Sentia saudades dele, do seu sorriso, dos seus olhares, de tudo o que ele significou na sua vida, desde o primeiro momento que eles se olharam. Aliás antes disso. Porque os livros dele a ajudaram a superar muitos momentos depois da morte da sua mãe. Ela era sua fã. Ele escrevia maravilhosamente bem. Ele sabia usar as palavras e empregar muito bem cada uma delas. E depois, como namorado e noivo, ele sabia usá-las também, falando-as olhando nos seus olhos ou ao seu ouvido, sempre com muito amor e carinho.

Como autor de best-sellers ele usava as palavras para levar emoção a cada capítulo, prendendo a atenção até o final do livro. Ele era apaixonante. Não era à toa que as fãs faziam longas filas para conhecê-lo e pedir autógrafos. Ela mesma pegou todas as filas nos lançamentos dos seus livros em Nova York, exceto quando passou a ser sua musa ou quando passou a ser sua namorada e depois noiva, pois não precisava mais das filas e nestas ocasiões ficava de olho nele. Ela morria de ciúmes dele, mas ele também tinha muito ciúmes dela.

Ela se virou na cama, ficando de lado, juntando os joelhos à barriga e agarrou o outro travesseiro, sem conseguir parar a chorar. Ela já sentia falta dele. Ela queria estar abraçada a ele, mas nunca mais teria seus braços em torno de si. Ela queria os lábios dele, mas nunca mais os teria. Ela queria beijá-lo e queria fazer amor com ele, mas nunca mais poderia. Ela nunca ia amar outro homem como o amou. Somente para ele ela foi capaz de se entregar plenamente. Com ele ela conheceu o amor verdadeiro. Ele era tudo o que ela sempre quis de um homem. Ele era um homem completo. Eles tinham suas birras, mas no geral se entendiam perfeitamente. Muitas vezes nem precisavam falar para saber o que estavam pensando, pois viviam em completa sincronia.

Nunca mais ela ouviria as palhaçadas dele, as gracinhas que somente ele sabia fazer. E as teorias malucas que às vezes a divertiam e outras vezes a ajudavam.

Ela agora chorava abraçando a barriga, como se estivesse abraçando seus bebês. Eles não conheceriam o pai maravilhoso. Rick nunca poderia leva-los à praia para ver o nascer e o por do sol. Não poderia ensiná-los a nadar e a construir castelos na areia. Ela não sabia se teria condições de sobreviver sem ele. Ela sentia um vácuo no peito e este vácuo doía muito e lhe apertava o peito. Rick era sua força, seu ar. Deus tinha que dar-lhe força e saúde física e mental para continuar a viver pelos bebês que ela e Rick fizeram juntos, com muito amor. Ela teria que ser forte para trazer ao mundo os filhos de Rick e ela os amaria incondicionalmente. Seus bebês não iriam conhecer o pai, mas saberiam tudo sobre ele, como ele era bonito não só por fora, uma estampa linda, mas também por dentro, uma pessoa extraordinária, justa, que só fazia o bem e pensava no próximo. Ela faria questão de contar tudo, mostrar todas as fotografias e todas as coisas maravilhosas que ele fez na vida. Ela tinha certeza que poderia contar com a Alexis e Martha nesta empreitada. Ela não estaria sozinha. Também tinha seu pai, os meninos e Lanie. Ela chorando, rezou, silenciosamente, pedindo a Deus um lugar especial para o Castle e pediu também proteção para ela e os bebês. Em seguida, suas pálpebras pesaram. Adormeceu.

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Uma hora depois ela acordou com um peso sobre ela e alguma coisa pegajosa em seu pescoço. Lentamente abriu os olhos e deparou com o Tyson sobre si e passando a língua áspera no seu pescoço. Imediatamente, ela o empurrou - Saia daqui seu assassino. Você matou o Castle. Eu te odeio muito mais do que eu pensei que podia te odiar. Não suporto nem ver a sua cara quanto mais sentir o seu cheiro asqueroso. – Ela disse isso e cuspiu sobre ele.

Tyson olhou para ela espantado com a fúria dela, meio de lado, franziu os olhos, tomou ar para falar alguma coisa, mas desistiu. Em seguida disse – Eu avisei que atiraria, você lembra. Ele também ouviu. Ele foi dar uma de espertinho, não deu outra. Morreu. Fica de experiência para você. Então, vai colaborar ou vou ter que atirar igual como eu fiz com o seu escritor?

— Fique sabendo de uma coisa seu imbecil se para ter prazer você espera que eu sinta prazer, você está perdendo o seu tempo. Se for do meu medo que você vai tirar o seu prazer, também está perdendo o seu tempo. Sabe porque? Porque eu estou anestesiada. Eu hoje perdi o amor da minha vida. Você me tirou o amor que eu tinha de mais sagrado. Richard Castle. Com ele eu fazia amor e nós sentíamos muito prazer, naturalmente, sem necessidade de artifícios ou de fingimentos. Pois hoje, você pode me violentar, pode fazer o que quiser comigo que eu não vou sentir nada. Você ouviu bem, Tyson. NADA!

— Pois bem, vamos ver até quando você vai manter essa máscara de viúva que não quer mais sentir prazer. Quero ver quando me sentir pulsando dentro de você, com toda a minha potência. Mas como eu não sou bobo nem nada, eu vou amarrar você porque quero ter total controle da situação, entendeu, gostosa? – Dizendo isso tirou as algemas dela e amarrou as mãos acima da cabeça, cada uma delas em um lado da cabeceira. Em seguida começou a abrir a braguilha e foi para cima da cama e já ia abrindo a braguilha de Kate quando Kate ouviu vários tiros de uma arma pesada que foram todos certeiros no peito de Tyson e imediatamente ele cai de costas e tomba no chão. Beckett respira fundo e fecha os olhos e fala - Obrigada, meu Deus. Obrigada minha mãezinha. Mais uma vez vocês me salvaram. Mãe, eu te amo, você salvou a mim e a seus netos.

Ela repara que tudo ao redor ficou sujo de sangue, a cama, o chão, as paredes, inclusive ela. O sangue daquele miserável.

Imediatamente Esposito, entra no quarto onde ela estava seguido por policiais e todos vão direto para junto do Tyson e o próprio Espo fala – Ele está morto, não vai mais fazer mal a ninguém. Os tiros foram no coração e no peito. Devem ter perfurado os pulmões.

Em seguida Espo vai para junto de Beckett e desamarra suas mãos e a abraça. – Kate, graças a Deus a encontramos a tempo, amiga. – Onde está o Castle? – Imediatamente ela recomeça a chorar copiosamente.

— Tyson o matou. Castle está morto. Eu o perdi para sempre. – Kate falou soluçando.

— Miserável! Chegamos tarde. Droga! – Ele a olhou e a abraçou bem forte – Não chore, amiga. Você ainda tem a Lanie, a mim, o Ryan, seu pai e tem também a Martha e a Alexis, isso se você achar que vai aguentar vê-las sem sofrer.

— Nada será igual, Javi. Nada.

Neste momento ele a leva para fora do galpão. O piso era todo pavimentado. Era noite. Havia uma ambulância de grande porte e alguns carros da polícia de Nova York e o carro do Esposito.

— Onde está o Ryan? – perguntou Kate para Espo.

— Não sei. Eu e os rapazes que você viu ficamos naquele quarto onde você e o Tyson estavam e o Ryan e os outros policiais se dividiram para fazer uma batida nos outros ambientes. Só que nós demoramos muito de sair.

Neste momento, Kate vê uma maca de rodas, empurrada por padioleiros. Na maca havia uma vara de metal cromado com vários suportes para soro e todos eles estavam ocupados. O paciente estava necessitando de cuidados.

— Espo, Tyson não morreu! – Kate disse assombrada. Ele é imortal.

— Não, Kate. Eu mesmo constatei a sua morte. Impossível ele ter voltado à vida, tal era o estado que ficou seu coração e seu peito. Aliás, veja como está sua roupa. Está toda suja de sangue. Prefiro não entrar em detalhes.

— Então quem será? Eu não sabia que havia mais criminosos com ele. – Kate falou assustada. – De repente, ela olha mais atentamente para o ferido e repara no jeito do cabelo, na testa, no nariz, nos lábios, no queixo e grita eufórica – É O CASTLE! MEU DEUS! OBRIGADA POR NOS DAR ESTA SEGUNDA CHANCE.

Esposito fica parado distante, sem saber o que dizer nem o que fazer, tal o seu espanto.

— Kate corre em direção ao noivo que já estava para ser colocado na ambulância e o encontra desacordado. Ela olha para o médico e pergunta – Ele vai ficar bem, doutor?

O médico mais velho olhou para ela com carinho e diz – Vocês tiveram muita sorte. Tanto você quanto ele. Você porque não sofreu violência sexual e não levou nenhum tiro e ele porque a bala foi no braço, em um local que não tem nenhum nervo, ou seja, não terá sequelas. Ele perdeu muito sangue, por isso eu lhe apliquei um sedativo para poupar-lhe energia. Ele está sendo hidratado com soro e medicamentos apropriados até chegarmos ao hospital, onde ele fará exames mais minuciosos e, com certeza, precisará de algumas bolsas de sangue. Quando o encontramos ele estava com muita dor e estava amarrado e com mordaça.

Kate o interrompeu e disse – Miserável, Tyson além de tentar mata-lo, ainda o amarrou e o amordaçou e o deixou sangrando.

— Pois é, depois que o soltamos e tiramos a mordaça ele devia estar com muita dor e, por ter perdido muito sangue, já estava desorientado e estava falando palavras desconexas mas entendi algo como “meus bebês” e depois ele falou “Kate”, e também entendi “Beckett” e por fim, antes de desmaiar ele falou novamente “meus bebês”. O que ele quis dizer? Estas palavras dizem algo para você?

Diante daquelas palavras, ela sorriu e disse ao médico - Meu nome é Katherine Beckett. Todos me chamam de Kate Beckett. Eu sou mulher dele. Quer dizer, estamos noivos, mas já vivemos como marido e mulher e estou grávida. Grávida de gêmeos. E ele é o pai dos meus bebês e estamos muito felizes com a chegada deles. Ela disse acariciando os cabelos de Rick.

— Então, Srta. Beckett, é melhor irmos juntos na ambulância. Não só ele vai passar por exames meticulosos, você também vai. No seu estado qualquer emoção desagradável é nociva para os bebês e para você. Eu aconselho a você telefonar para sua obstetra. Ela poderá ir ao hospital nos encontrar.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram???
Preciso de respostas.
Comentem, please.