OMG! Eu amo um funkeiro?! escrita por Mille Bonnie


Capítulo 46
Por favor, seja minha novamente?


Notas iniciais do capítulo

Primeiro: muito obrigada a você querido leitor! Que leu essa história, que teve paciência pra esperar os capítulos novos, que teve paciência com a Yummi e o Bê! Muito obrigada a você que apesar do título estranho deu uma chance pra fanfic!
Segundo: muito obrigada a todas que recomendaram a fic! Vocês sempre me davam um estimulo a mais com aquelas recomendações lindas! E pelos comentários lindos. Era muito bom lê-los e saber que vocês gostavam do meu trabalho.
Terceiro: Eu sempre vou amar cada um de vocês leitores queridos. Sem vocês eu não teria me dedicado tanto a fanfic.
Quarto: Raquel ou Mingau, muito obrigada por me emprestar seu nome, apelido e a sua personalidade pras minhas personagens. Prometo que vou te dá uma férias, viu? Você é a melhor amiga que eu poderia ter! Obrigada também pela empolgação de sempre e pela histeria que sempre me deixavam feliz, e espero que você termine sua fanfic logo, preciso saber o que vai acontecer com a Cindy e a Lise. Mais uma vez obrigada por tudo. Te amo!!!!!
Aqui o link da fic nova: http://fanfiction.com.br/historia/584121/Identical_Love/ Espero que me acompanhem nessa fanfic também.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/433174/chapter/46

Bernardo’s POV

Yummi não fala mais comigo e nem a vejo mais, eu que decidi isso e é claro que foi a pior escolha que fiz na minha vida, mas o que está feito não se pode mudar, apesar de todos eu sentir uma saudade do caralho dela e dos seus beijos, meu orgulho é maior e me impede de ir atrás dela.

Hoje é sábado e hoje também vai sair os resultados dos vestibulares dos meninos e o resultado do meu curso. Tenho que ir ver, mas estou muito desanimado pra isso. Acho que vou ligar pra algum dos meninos e pedir pra algum deles ir comigo.

–Alô? –Pedro disse assim que atendeu o telefone.

–E ai cara? É o Bernardo. – eu disse.

–E ai mano. – ele disse. –O que você manda? -ele perguntou.

–Bora comigo ver um resultado? –perguntei.

–Hoje? –ele perguntou. –Tenho que ir ver os meus hoje.

–É rapidinho. – eu disse. –Vamos, por favor?

–Tá, mas depois você vai comigo na universidade. –ele disse.

–Tá. – eu ri.

–Passo ai em dez minutos. –ele desligou o telefone.

Troquei de roupa e desci as escadas, a Nick estava conversando em inglês com alguém no telefone e ela estava muito, muito animada, só entendi que a bolsa era totalmente integral, Nick estava sorrindo de orelha a orelha. O Pedro buzinou.

–Nick vou sair. – eu disse.

–Tá. – ela sorriu e continuou a conversa com alguém que ela estava falando. Sai e entrei no carro do Pedro.

–Oi. – eu sorri.

–Grande Bê. – ele bateu na minha mão. –Pra onde vamos?

–No centro, na Escola de fotografia da cidade. –eu disse.

–Vai fazer o que lá? – Pedro perguntou ligando o carro.

–Ver se eu passei num curso de fotografia. – respondi colocando o cinto.

–Ah. – ele balançou a cabeça.

–Cadê a Clarice? – perguntei.

–Ela foi com o pessoal na universidade. – ele respondeu.

–Ah. –eu olhei pra janela.

–E você e a Yummi? –ele perguntou.

–O que tem? –eu perguntei.

–Quando vão deixar de serem trouxas e se entenderem?

–Pedro... Yummi e eu já era. – eu respondi. –Acabou. Definitivamente acabou. Tipo acabou mesmo.

–Gente, como você pode ser tão cabeção? – ele perguntou. –A garota te ama, fez aquele fuzuê todo por você e você fica de mimimi. Sinceramente, você é muito trouxa viu parceiro?

–Não estou de mimimi. – respondi. –Só fiquei chateado.

–E por isso terminou com a Yu? Por que ficou chateado? – ele perguntou incrédulo.

–É. –respondi dando os ombros

–Cara como você é trouxa. –Pedro disse. –Vai mesmo deixar esse seu orgulho/infantilidade levar a garota que você gosta embora?

–Pedro, não quero falar disso. – eu respondi fechando a cara.

–Você quem sabe. – ele deu os ombros. –Chegamos. – ele disse estacionando o carro.

Descemos do carro e entramos na escola. Fui até a secretaria falar com a mocinha.

–Qual o seu nome? – ela perguntou com a voz fanha. Vi Pedro rindo disfarçadamente dela e tentei ignorar.

–Bernardo Marques. –eu respondi. Ela se virou para o computador e digitou o meu nome.

–Você foi aprovado. – ela respondeu com a voz fanha de alegria. –E olha ainda ganhou a bolsa integral. Sua nota foi a melhor.

Sorri, eu nem estava acreditando.

–Quando começa o curso? – perguntei ansioso.

–Se você realmente for. – ela olhou para o computador. –Começa em duas semanas e é o tempo certo pra você conseguir o visto, hospedagem, passaporte e etc. Como você conseguiu bolsa integral no curso, você pode ficar no dormitório de lá.

–Até quando preciso me matricular? –perguntei.

–Até segunda-feira, o visto conseguimos pra você até quinta-feira e você viaja na sexta-feira. –ela disse mais fanha do que nunca. –Isso se você quiser é claro.

Que pergunta era aquela? Mas, é claro que eu queria.

–Claro que quero. – eu sorri largo.

–Precisamos de um responsável seu. – ela disse. –Sei que tem dezoito anos, mas precisamos da autorização de um responsável.

–Claro. –eu respondi e liguei pro Jorge e ele disse que em cinco minutos chegava aqui.

–Bernardo, já que o Jorge vem pra cá eu vou embora. –Pedro disse.

–Tá, obrigado por ter vindo aqui comigo.

–Que isso. –ele sorriu. –Parabéns viu? –ele me abraçou. –Você merece.

–Você vai passar também. – eu o abracei de volta.

–Assim espero. –ele saiu. –E pare de ser trouxa viu?

–Cala a boca. – gritei rindo.

Logo depois o Jorge chegou, e ficou perguntando sobre o curso e etc. Ele assinou tudo que precisava e eu ia embora! Eu nem estava acreditando. Eu iria realizar meu sonho! Tudo estava tão bem, mas meu coração ainda estava apertado... Yummi, se eu fosse embora. Nós realmente nunca mais ficaríamos juntos. Droga, droga, droga, por que tudo tem que ser tão difícil?

–Quinta feira o seu visto chega. –a moça da voz fanha disse. –Sexta feira você embarca pra Connecticut.

Assentimos e fomos embora.

–Tô muito orgulhoso de você. –Jorge sorriu pra mim.

–Obrigado. – respondi.

–Bê... Tem certeza que quer ir embora assim? – ele me olhou com cautela.

–Assim como, Jorge? – perguntei, mas eu sabia exatamente do que ele estava falando. Estava falando da dona Yummi.

–Você sabe... Ir embora sem se resolver com a Yummi. – ele disse desarmando o alarme do carro.

–Eu já me resolvi com a Yummi, Jorge. –eu respondi abrindo a porta do carro e entrando.

–Aham, claro que se resolveu. – ele entrou no carro também. –Se resolveu tanto, que ela até foi embora.

–Foi por que quis. –eu dei os ombros.

–Santo Deus! De quem você puxou essa teimosia toda? –ele ligou o carro.

–Deve ter sido do lado da família da mamãe. -eu ri.

–Bernardo Marques. – Jorge falou sério. –Se não se resolver com a Yummi, pode se arrepender pelo resto da sua vida. É isso que você quer? –ele perguntou.

–Não. – respondi baixinho. –Mas... Jorge... Eu vou embora.

–Eu sei. – ele sorriu. –Yummi também vai.

Olhei pra ele confuso.

–Yummi passou pra Yale. – ele respondeu. –E não sei se você sabe, mas Yale fica em Connecticut e o seu curso também.

–Que? Como assim? –eu perguntei sem entender nada.

–Bom... Digamos que minha linda esposa e eu planejamos isso tudo. – ele sorriu divertido. –Não sabíamos da mentira da Rebeca, mas queríamos que mesmo assim você e a Yummi tivessem uma chance de ficarem juntos.

–Mas a Nick disse que se eu passasse ela daria um jeito da Rebeca ir junto. –cocei a cabeça.

–Até parece. – ele riu. –O fato é que depois do que a Yummi nos mostrou... Tudo se encaixou. O nosso plano seria bem sucedido, mas certas cabeças duras resolveram brigar e agora estão assim.

–Jorge... –comecei a dizer. Eu estava impressionado. –Nick e você não prestam.

–Prestamos sim. – ele riu. –Mas e ai? Vai tentar se resolver com a Yummi? Ou vai deixa-la ir pra Yale e lá ela conhecer um gringo loiro e deixar que ele roube seu lugar?

Claro que não! Não posso deixar isso acontecer. Como diz o Pedro, tenho que deixar de ser trouxa /infantil e ir atrás da minha garota.

–Não. – respondi.

–Esse é o meu maninho. – ele riu. –O que vai fazer?

–Espere e verá. –sorri.

Yummi’s POV

–Seu visto chega segunda-feira. –o rapaz da embaixada sorriu pra Nick e pra mim.

–Que horas? –Nick e eu perguntamos juntas.

–Umas onze. –ele os ombros.

–Então passamos aqui pra pega-lo. –Nick sorriu e saímos da embaixada. Já tínhamos feito o passaporte e o visto ficaria pronto na segunda-feira.

–Nem acredito que sexta-feira minha irmãzinha vai embora. –Nick me abraçou de lado.

–Nem eu. – sorri pra ela.

–Deus! – ela gritou.

–Que houve? Terremoto? Zumbis? –coloquei a voz no coração assustada.

–Não. –ela me olhou como se eu fosse louca. –Precisamos comprar roupas novas pra você! Você não vai embora sem roupas novas, além do mais lá faz frio e você não tem roupa de frio.

–Ah, isso é verdade. –eu assenti.

–Que tal chamarmos suas amigas pra um último dia de compras com a Yummi? – ela sugeriu.

–Seria bom. –eu sorri. –Vou ligar pra elas. –peguei o telefone e mandei mensagens pra elas. Encontraríamos elas no shopping.

Fomos ao shopping e as meninas já estavam lá.

–Sabe isso é muito ruim. –Olivia disse pegando uma blusa e a olhando.

–Isso o que? –perguntei.

–Isso de últimas compras com você. – ela me olhou. –Não consigo acreditar que você vai embora assim.

–Nem eu! Não tô nem acreditando que a minha Yuzinha vai embora. –Clarice fez drama.

–Quem não está acreditando sou eu. –Mingau reclamou. –Minha melhor amiga desde os sete anos de idade vai embora pro outro lado do mundo e eu vou ficar aqui, sozinha e desamparada.

–Consideração a mil né? –Clarice reclamou. Mingau a ignorou.

–Por que você tem que ir embora Yummi? Qual o problema de fazer faculdade aqui? –Mingau perguntou novamente, mas dessa vez estava chorando e muito.

–Ei. –eu a abracei. –Tá triste só por causa disso? Só por que vou embora?

–Sim, você é a minha melhor amiga desde os sete anos. –ela fungou. –Minha Yummi chata e ignorante!

–Mings. –eu comecei a chorar também. No meio da loja de roupas. –Eu... –chorei mais.

–Ai, vocês duas são muito emotivas. –Olivia começou a falar. –Só porque a Yu vai pro outro lado do planeta e ficar longe por quatro anos ou mais... Não quer dizer... –ela começou a chorar também.

–Vem cá loirinha. –eu a puxei para o abraço.

–Você é muito boboca, viu? –ela disse me apertando. –Muito boboca.

–Eu sei. –ri chorando. Foi muito bipolar, mas foi exatamente assim que aconteceu.

–Também quero abraço. –Clarice entrou no meio do abraço grupal.

–Eu mereço mesmo. –Nick nos olhou. -Aguentar quatro adolescentes chorando no meio da loja de roupas. –Nick riu.

Compramos as roupas necessárias, não tudo, mas a Nick disse que compraria o resto depois. Deixamos as meninas em duas devidas casas e voltamos pra nossa. Apesar de eu estar tecnicamente morando com a Mingau eu fui pra casa da Nick começar a embalar minhas coisas com ela. Livros, sapatos, bolsas, algumas roupas, as roupas novas, fotos, computador e etc.

–Estou morta! – me joguei no chão. Meu quarto estava tão sem vida. Já tínhamos embalado tecnicamente quase tudo.

–Me too. –Nick deitou do meu lado no chão. –Sabe Yu. – ela se apoiou no cotovelo e me olhou. –Vou sentir muito a sua falta.

–Vai nada. Você tem o Jorge. –eu ri.

–Eu sei, mas você mora comigo desde pequena, desde que nossos pais sumiram no mundo e nos largaram. – ela começou a piscar, era pra conter as lágrimas. –Sei que você morou um ano com a nossa avó, foi quando eu entrei na faculdade e comecei a trabalhar, eu queria montar uma casinha pra te levar pra ficar comigo. –ela sorriu e pegou no meu cabelo. –Eu trabalhei muito, a nossa avó nos deu aquela casa toda montada e então só tive que trabalhar pra mantê-la. –ela fez uma pausa. –Quando eu já estava bem para manter eu e uma criança de sete anos eu a peguei. – ela deixou as lágrimas saírem. –Você era tão quietinha, ficava dentro de casa quando eu trabalhava... Tinha o cabelo azul e era engraçada e mal humorada – ela suspirou. –Era a melhor irmã que eu poderia ter e querer. Você sempre esteve comigo, como uma filha, irmã e melhor amiga. –ela limpou as lágrimas. –Eu sei que fui eu que consegui essa prova, consegui porque queria e ainda quero o melhor pra você! Mas, eu não sabia que ia ficar tão triste com sua partida.

–Nick... –eu estava chorando também.

–Te amo demais, Yummi. –ela me abraçou. –Vou sentir sua falta todos os dias.

–Eu também. –solucei. Droga acho que vou acabar desistindo de ir embora.

–Que lindo! Momento meigo entre as irmãs? –uma voz falou, olhei pra porta e vi o Jorge sorrindo.

–Jorge! –Nick me soltou e foi até ele que a beijou. –Estávamos embalando as coisas da Yu. Ela vai embora sexta feira.

–Já? –ele me olhou. –Vou sentir sua falta cunhadinha.

–Eu também. –sorri pra ele e o abracei. –Vou lá na Mingau.

–Tudo bem.

Desci e fui andando pra casa da Mingau, no meio do caminho vi o Jonas, ele estava com uma garota e estavam se pegando é claro. Na hora lembrei-me da Ana Elisa e do filho que ela estava esperando. Fiquei furiosa. Fui marchando até eles.

Tossi e eles me olharam.

–Yummi? –Jonas me olhou confuso.

–Em carne e osso. –sorri.

–O que quer? –ele perguntou.

–Eu vim alertar a mocinha sobre quem você é. –sorri. –Não sei se você sabe, mas o Jonas tem AIDS. –eu olhei pra menina e ela me olhou assustada. –Isso mesmo que você ouviu. Ele tem AIDS e herpes bucal também. –ela se soltou dele. –Ah, sem contar que ele engravidou uma menina, conhece a Ana Elisa? –ela assentiu que sim. –Então, o Jonas a engravidou e não quis assumir o bebê. A pobre criança vai nascer com AIDS e ainda vai ser filho desse desgraçado.

Ele me olhou com fúria, se tivesse visão de raio-X eu já teria morrido. Mas como não tinha só estava com cara de bosta mesmo.

–Se eu fosse você iria agora mesmo ao posto de saúde mais perto fazer um exame. –eu disse pra menina. Ela intercalou o olhar entre o Jonas e eu. E então saiu correndo, xingando o Jonas de todos os nomes possíveis.

–Por que fez isso, sua vadia? –ele pegou no meu braço com força.

–Isso é pouco do que eu queria fazer com você. – eu disse entredentes. – Você engravidou a Ana Elisa e a abandonou e ainda bateu nela. Você é um covarde nojento.

–Por que tá se importando? –ele me olhou. –Queria que eu tivesse engravidado você? –ele sorriu.

Meu sangue ferveu e eu chutei o saco dele com toda força que consegui reunir, ele gemeu e me soltou se curvando.

–Você é um maldito filho da puta. – eu sussurrei. –Espero que esteja doendo muito e que você vire brocha.

–Sua... –ele me olhou com os olhos lacrimejando.

–Cala essa boca. – eu cuspi nele e sai andando.

Cheguei a casa da Mingau e ela tinha saído com o Nicholas, então deitei na cama dela e dormi, minha vida estava bem, tirando a amorosa. Ela estava destruída e eu duvidava muito que um dia fosse se concertar.

~~quinta-feira~

Hoje é meu último dia no Brasil! Amanhã vou embora, eu estou feliz e triste ao mesmo tempo. Minhas amigas, meus amigos, minha família e o Bernardo ficariam aqui no Brasil. Eu sentiria muita falta deles. Ontem a Clarice me contou que a Rebeca havia sido internada numa clinica de reabilitação, pois ela tentou se matar depois do casamento e estava com sérios distúrbios e a mãe dela achava que era esquizofrenia, e parecia que todos os dias ela ninava um bebê invisível e chamava pelo Bernardo e de noite dizia que me odiava. Eu não fiquei com pena e achei foi pouco, aquela garota era maluca. Jonas não sei de nada desde aquele dia que eu o chutei, e sinceramente espero que ele não possa mais ter filhos e que tenha ficado brocha. Clarice estava de três meses e estava cada vez mais linda grávida. Ela e o Pedro iriam se casar no final do ano que vem e ela disse que eu estava convocada a ir para o casamento dela porque eu seria uma das madrinhas.

–Eu achei esse filme muito de mulherzinha. –Nicholas disse. Josh, Pedro, ele e eu estávamos na casa do Josh vendo filmes. Eles disseram que queriam passar um último dia comigo.

–Não é a toa que se chama P.S Eu te amo. –Josh disse rindo.

–Se a Clarice estivesse aqui ela estaria chorando. –Pedro comentou.

–Bom, eu achei o filme bem fofo. –eu disse.

–Por que será, né? –Josh sorriu.

Fiquei vendo filme com eles até umas três da tarde, Nick me ligou e disse que era pra eu ir pra casa.

–Vamos, eu te levo. –Pedro se levantou.

–Valeu. – me levantei. –Tchau boys.

–Tchau Yu. –Nicholas e Josh disseram juntos. –Amanhã nos despedimos de você no aeroporto.

–Vejo vocês lá. –eu sorri pra eles.

Pedro me levou pra casa e no caminho perguntei como ele sentia sabendo que seria pai, ele respondeu que feliz e que a Clarice era uma grávida que dava medo, sorri e disse que eles seriam ótimos pais.

–Entregue senhorita! – ele sorriu pra mim.

–Obrigada, Pedrito. –o abracei e desci do carro,

Abri a porta e estava tudo escuro. Acendi a luz.

–SURPRESA! –gritaram. Olhei e vi todas as meninas, minha avó, tia Clau e algumas tias e a Nick é claro.

–O que é isso? – perguntei sorrindo.

–Festa de despedida surpresa. –Olivia respondeu.

–Gente, não precisava. – sorri.

–Claro que precisava. –responderam.

Foi uma festa bem agradável, isso só me deixava mais triste, eu sentiria muita falta delas. Sentiria falta das loucuras da Olivia, da alegria da Clarice, dos sermões da Mingau, da ironia da Nick.

–Vou sentir muita falta de vocês. – eu disse chorando.

Acordei bem cedo na sexta-feira, meu voo estava marcado pras onze da manhã, mas eu acordei às seis da manhã. Arrumei-me e desci minhas malas já estavam todas enfileiradas e os meus pacotes já haviam sido enviados. Sentei no sofá e fiquei esperando a Nick. Eu não via o Bernardo tinha duas semanas e ninguém falava dele pra mim. Ainda era muito cedo, então resolvi subir ao quarto dele. A porta estava fechada, abri sem bater e me surpreendi. O quarto do Bernardo estava totalmente vazio. Não havia mais nada lá.

–Ele foi embora? –perguntei pra mim mesma.

Desci e fui pra sala novamente, eu estava atordoada. Bernardo tinha ido embora? Por que ninguém me falou? Pra onde ele tinha ido?

–Yu? Já está pronta? –Nick perguntou me despertando dos meus pensamentos.

–Hm? Sim. –respondi sorrindo.

–Vou fazer um café pra gente, okay? – ela foi pra cozinha.

Fomos para o aeroporto nove e meia da manhã. Fiz o check-in e fiquei esperando. Já tinha despachado as minhas malas e só estava com uma bolsa. O pessoal já tinha chegado menos o Nicholas e o Jorge. Estranhei mas não disse nada. Já eram dez e quarenta e cinco. Em quinze minutos eu embarcaria.

–Yuzinha. –Clarice pulou em mim. –Vou sentir tanto a sua falta! Você nem vai ver meu bebê nascer. – ela falou triste.

–Eu também estou triste. – eu disse. –O Pedro pode gravar me mandar por e-mail.

–Eco. – Clarice franziu o cenho. –Melhor não.

–Melhor mesmo. – sorri.

–Vou sentir sua falta, Yu. –Pedro me abraçou.

–Eu também, Pedrito. –eu estava me controlando pra não chorar. –Vocês podem ir me visitar ou até passar a Lua de mel de vocês lá.

–Quem sabe. – ele pegou na mão da Clarice e sorriu pra mim.

–Yummi Estela, eu vou sentir saudade pra caralho de você. –Olivia gritou me abraçando.

–Eu também, loirinha. –eu a apertei.

–Yu, você vai vir visitar a gente né? –Josh perguntou assim que me abraçou.

–Claro. – respondi sorrindo.

–Yummi, seria muito egoísmo da minha parte pedir pra você ficar? –Mingau me olhou. –Vou sentir muitas saudades de você. –ela me abraçou e começou a chorar. –Com quem eu vou brigar agora, quando fizer besteira?

–Mirely. –chorei e abracei mais forte. –Seria muito egoísmo eu colocar você dentro da minha mala e te levar comigo?

–Seria, eu iria ficar sem namorada. –Nicholas disse e me abraçou também. –Vou sentir sua falta.

–Eu também. –Ele e o Jorge tinham chegado e estava sorrindo estranho

Nick e Jorge se despediram de mim. Nick chorou tanto que seu nariz estava vermelho e me fez prometer que todos os dias eu ligaria pra ela do Skype.

–Voo 193, Connecticut, cinco minutos pra embarcar. –a voz soou pelo saguão.

–Tchau gente. –eu falei chorando. Eles começaram a acenar pra mim. Virei-me pra passar pela porta.

–Yummi, espera. –alguém gritou. Olhei pra trás e vi o Bernardo correndo em minha direção. –Será que é tarde demais pra eu te pedir pra ser minha de novo? – ele perguntou me olhando.

–Bernardo... –eu estava atordoada. Ele estava me pedindo pra ficar? Eu não podia ficar, por mais que eu quisesse. –Eu não posso ficar.

–Não estou te pedindo pra ficar. –ele sorriu e pegou minhas mãos. –Estou te pedindo pra ser minha novamente.

–Bernardo... – eu olhei.

–Yummi, eu sei que fui injusto com você, te julguei mal, eu estou arrependido. -ele me olhou ternamente e eu derreti por dentro. -Eu estou indo pra Connecticut também. –ele sorriu.

–Está? -pisquei confusa.

–Sim, por mim e por você. –ele colocou a mão no meu rosto. –Deus sabe que eu não consigo ficar longe de você, então, por favor, seja minha namorada novamente? Eu sei que fui injusto com você, mas eu estava nervoso e chateado, agora entendo que tudo que você fez foi pra me livrar. Me perdoa? Por tudo que é mais sagrado, me perdoa?

–Bernardo. – eu o olhei. –Eu te amo.

–Isso é um sim? – ele sorriu mostrando as minhas covinhas queridas. Eu as lambi, no meio de todo mundo mesmo. Porque sou dessas.

–Isso é sim. –sorri e ele me beijou. Como eu senti falta desse beijo.

–Voo 193, Connecticut, dois minutos pra embarcar. – a voz disse.

–Vamos? –ele perguntou ainda me beijando.

–Vamos. –respondi.

Olhei e vi todos sorrindo pra gente. Olivia estava com os olhos vermelhos e o Josh a estava abraçando, Mingau estava de mãos dadas com o Nicholas, Clarice com uma mão na barriga e a outra com o Pedro e a minha irmã e o Jorge abraçados. Eu sentiria muita saudades deles, todos os dias, eles eram a minha família!

–Eu amo vocês. – eu gritei.

–A gente também te ama, Yummi. –eles gritaram de volta.

Peguei na mão do Bernardo e fui embora. Eu não sabia como seria meu futuro, mas eu estava com o Bernardo e eu tinha certeza que iria ser bom, porque agora não teria mais nenhuma Rebeca ou Jonas no nosso caminho, seria apenas nós dois.

–Te amo, Yummi. –ele apertou a minha mão.

–Te amo, Bernardo, o funkeiro. –sorri pra ele.

E pela primeira vez eu não estava com nenhum pressentimento ruim. Eu só queria ser feliz, feliz ao lado do Bernardo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vejo vocês no epílogo! Espero que vocês tenham gostado desse último capítulo! E mais uma vez muito obrigada por terem acompanhado até aqui. De verdade, amo todos vocês