O Mundo do Outro Lado escrita por Alasca


Capítulo 5
Falando com a família real e tendo problemas com os gansos


Notas iniciais do capítulo

Oi povo! Alguém tava querendo mais capítulos? Por que conseguiu! Aqui vai um fresquinho só pra vocês.
Manatica
P.S.: As ideias produzidas nesse capítulo foram dadas pela Senhorita Poseidon, mas como ela não pôde fazer o capítulo, eu to postando pra vocês.



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POV Mahina

–VOCÊ VIU O QUE?- Gritou America. Ela tinha ouvido a gente do outro lado da "prisão"(local que colocamos os sequestrados)? Como ela escutava bem!

–Ela escutou a gente dali mesmo?- Perguntei

–Sim, eu escutei! Mas o que você quis dizer com o Maxon se agarrando com a Celeste?- Gritou de novo

–Exatamente isso!- Disse Becca -Ele estava se agarrando com ela e foram pra dentro do quarto...

–O QUE?- Gritou a Selecionada perplexa

–Vou ter que repetir?

–Não... eu entendi... mas não acredito no que ouvi!- Falou

–Bem vinda ao clube.- Falou Ananda -Como ele pode gostar dela? Já vi ela pelo palácio e não é a pessoa mais legal do mundo!

–É uma duas caras- Disse America

–Então tá explicado- Falei

POV Mellynda

Quando vi, já estava atrasada para a reunião com o Chefe(Novidade, fui promovida agora posso chamar o líder de Chefe). Corri até a clareira, onde vamos quando não é uma reunião grande, e ao chegar lá, vi que não era a única convocada. Tinha umas cinco pessoas e parecia que ia chegar mais gente, lá estavam a sobrinha do Chefe, Angel, uma garota muito boa de luta; Beatrice, Joey, que eram espiões super treinados; um cara lá que era um ladrão(acho que se chamava Gabriel), ele caçava também; e Brok, o Nortista que conseguia ser violento e gente boa ao mesmo tempo.

O Chefe começou a falar.

–Bem, agora que estão todos reunidos, vamos começar.- Disse ele -Como sabem, uma das Selecionadas foi sequestrada, então teremos que avisar para a Família Real se quisermos as negociações desejadas.

–Quer falar com a Família Real?- Perguntou Gabriel

–Só depois do aviso, que vai ser dado indiretamente.- Respondeu

–"Indiretamente" como?- Perguntou Beatrice

–O último pombo correio não voltou ainda...- Falei

–Não, nada de pombo correio!- Reclamou -Capturamos uma garota que eles fizeram questão de exibir como uma possível futura princesa fazendo uma comemoração por todo o país, por que não fazemos o mesmo?

–Exibir a America como uma possível futura rebelde?- Perguntou Angel

–Não- Disse ele

–Então vamos só exibir ela?- Disse Brok

–Não

–Dar uma festa pra Família Real?- Quis saber

–Quase. O que geralmente a Família Real usa em festas?- Explicou ele do jeito que explica tudo, perguntando.

–Roupas de baile- Falei

–Bolos grandes- Disse Brok

–Também, mas não é isso- Falou -Fogos!

–O que?- Perguntou Angel confusa

–Fogos!- Repetiu sorrindo

POV Mahina

Aquela foi a situação mais constrangedora da minha vida inteira! Não, não foi por causa que eu caí em cima de uma pessoa, embora também tenha sido embaraçoso, foi por causa de uma perseguição violenta com um bando de gansos. Confusos? Vou explicar como aconteceu.

Ananda e Becca não queriam comer ganso de jantar como todo mundo e estavam reclamando a tanto tempo que já estavam irritando eu e América. Quando o tempo de guarda acabou, eu já estava tão cheia com elas reclamando que disse "Por que então não invadem a cozinha e pegam comida?". Só que elas acharam que eu falei sério! Então, quando vi, estava arrombando a despensa da cozinha do acampamento.

Pegamos um pouco de comida de lá e saímos pelos fundos, onde tinha ligação com uma parte do cercado dos gansos. Como já disseram antes, eu tenho uma habilidade de não tropeçar nas coisas que é uma maravilha, então eu pisei num buraco e bati meu ombro em Ananda, que por sua vez, caiu por cima da cerca dos gansos quebrando aquela parte e derramando todo o molho de tomate na comida deles.

–Mandou bem Mahi!- Falou ainda no chão -Derrubei todo o molho de tomate!

–Como vamos explicar isso para os outros?- Falei preocupada

–Temos problemas maiores!- Disse Becca. E tinha razão.

Os gansos, que antes estavam no cantinho deles dormindo, acordaram com o barulho e ficaram meio malucos. Começaram a fazer a maior bagunça na parte arrumada do cercado, pularam em cima do molho de tomate com a comida e parece que não gostaram, e foram em nossa direção bem zangados.

–A gente pensa nisso depois, CORRAM!- Gritei.

Podem pensar que gansos são mansinhos, mas não são! Pelos menos, não aqueles. Eles nos perseguiram por metade do acampamento pingando molho de tomate e ração de animais por todo o lado. Algumas pessoas começaram a correr atrás dos gansos para tentar pegá-los, mas não deu muito certo.

–A culpa é sua!- Gritou Becca

–Minha?- Perguntei

–Sim, foi você que me derrubou!- Disse Ananda

–Depois de ir pegar a comida que vocês tanto pediram! Não estaríamos assim se vocês tivessem aceitado comer um daqueles ali!- Falei apontando para os gansos malucos.

–Cale a boca e continue correndo!- Disse Becca

Calei a boca, sabia que ficar discutindo não iria nos ajudar a parar aqueles animais raivosos. Tivemos a brilhante ideia de nos dividirmos. Fui pela direita, Becca pelo meio e Ananda pela esquerda. Os barulhos dos grasnados dos gansos ficaram mais baixos e quase inaudíveis, mas continuei correndo como uma condenada, se bem que já ser uma rebelde já é motivo de condenação. Os barulhos ficaram distantes o bastante para eu dar uma olhada para trás, eles já não estavam mais atrás de mim, quando voltei a olhar para frente foi tarde demais.

Esbarrei tão forte em alguma coisa que derrubei e rolei a ladeirinha(uma ladeira tão pequena que não é nem considerada ladeira) abaixo. Quando parei de rolar, vi que não era uma coisa, era uma pessoa. O garoto tinha o cabelo ruivo, olhos verde-escuro e uma expressão confusa no rosto. (NA: Claro, porque ser atingido por uma pessoa correndo a mil por hora não deixa ninguém confuso!)

–Oi- Falei. Que ótimo, eu quase mato o cara e digo "oi", não tem nada melhor!

–Oi- Disse ele -Posso saber o motivo de tanta pressa?

–É que... eu estava numa corrida com minhas amigas e... um bando de gansos!- Falei saindo de cima dele.

–Gansos?- Perguntou se sentando. Eu não sabia se era ou não um rebelde, a falta de luz no lugar não ajudava, era melhor não arriscar. Ele começou a procurar alguma coisa no chão.

–Longa história, nem queira saber!- Falei

–Certo...- Disse ainda procurando -Consegue ver alguns óculos?

–Hmmm...- Olhei em volta e vi uns óculos fundo de garrafa no chão com armação preta. Os peguei e vi que estavam meio tortos. -Esses?

–Sim, obrigado.- Falou pegando os óculos e colocando. Mesmo se não estivessem tortos, ele ainda ficaria muito engraçado com aqueles óculos. Segurei uma risada.

–O que foi?- Perguntou o ruivo

–Nada... estão tortos...- Falei ainda tentando não rir.

Ele os consertou e recolocou. Como disse, ainda ficava engraçado, mas de um jeito fofinho. Os óculos não pareciam ter um grau tão forte para ser fundo de garrafa, talvez ele só gostasse da armação.

–O que faz tão longe de tudo?- Perguntei

–Só passeando, gosto de ficar sozinho por um tempo. Ajuda a pensar.

–Pensar sobre o que exatamente?

–Você sabe... na vida, na guerra, no palácio...

–No palácio?

–É, pensando como deve ser legal morar lá, tirando os ataques de rebeldes.

"Certo, ou ele é um rebelde e está se escondendo, ou ele não é. As chances continuam as mesmas." Pensei

–Deve ser mesmo- Nunca tinha pensado em como seria morar no palácio, mas vendo tudo o que via dentro dele quando o invadia imaginava que deveria ser um lugar muito bom para morar. -Também tire o fato de você poder se perder no corredor do seu quarto.

Ele sorriu.

–Acho que nem a Família Real conhece aquele castelo todo, deve ser estranho não conhecer a própria casa. Imagine, como é encontrar um novo cômodo por semana?

Ri imaginando a cara do príncipe encontrando um lugar que não conhecia em sua própria casa. A vida dos que moram lá parece ser uma aventura só de morar lá, e ainda tem os nossos ataques, a Seleção e uns eventos importantes. Nunca devem ficar entediados, depois reclamam de nós reclamando de desigualdade.

–EI, MAHINA!- Gritou Becca a uns 50 metros de nós -ANANDA, ELA TÁ AQUI!

–Te acharam!- Falou ele

–Parece que sim- Falei enquanto as duas viam correndo em nossa direção.

–Estávamos preocupadas! Você sumiu!- Disse Ananda

–Desculpa, eu estava tentando fugir daqueles gansos, sabe?- Falei

–Então os gansos eram de verdade?- Perguntou o garoto

–Sim, eram!- Respondi. As duas olharam para ele e Becca começou a olhar pra mim com raiva.

–Que lindo! Nós preocupadas e você namorando?- Disse ela

–Como é que é?- Falei -Só esbarrei nele, nem sei o nome.

–Meu nome é...- Tentou falar

–Não queremos saber seu nome!- Disse Ananda

–Vem, tá quase na hora do jantar!- Disse Becca me puxando.

–Tchau... seja lá qual for seu nome!- Gritei sendo puxada para longe do ruivo.

–Lucca!- Gritou de volta e continuou sua caminhada.

Depois de ficarmos longe o bastante para não sussurrarmos mais...

–Sério, o que aconteceu?- Perguntou Ananda

–Eu já disse, dei um esbarrão nele e caímos.- Expliquei

–Então por que não voltou logo?- Perguntou Becca

–Sei lá- Respondi.

Voltamos ao acampamento bem na hora do show.

POV Mellynda

Eu, Angel, Beatrice, Joey, Gabriel, Kingliton e Brok ficamos de vigia enquanto o plano era executado, mas pra não ficar entediante conversávamos com o pessoal trabalhando e ajudávamos também, mas com coisas simples, tipo, colocar isso ali, segurar aquilo, trazer tal coisa, apertar um botão, coisas assim. Os que faziam mais que isso eram Joel e Francis.

Joel era um ótimo construtor, entrou para os rebeldes há 4 anos e vinha nos ajudando com esse tipo de coisa desde que chegou, ele também refazia muitas coisas destruídas, então ajudava até em coisas mundanas. Ele estava montando tudo com Francis, e eles formavam a dupla de loucos, embora Francis fosse mais pro lado problemático.

Francis era, e ainda é, conhecido como o cientista louco. Fazia coisas estranhas e falava coisas estranhas, nunca se sabia se estava falando com você ou com ele mesmo. Apesar disso, nunca teve a aparência de ser louco, só parecia quando você começava a conversar com ele. Foi ele que criou com Joel tudo que iríamos usar para aquela noite, o que era uma coisa muito legal! Ele poderia ter fãs se não fosse pelo estado mental duvidoso dele.

Enfim, estávamos instalando tudo aquilo e estava dando tudo certo, só Kingliton que estava quase caindo no chão de tantas coisas que carregava. Kingliton era o cara novato, ele estava lá pois cometeu um crime que ninguém, exceto o Chefe, sabe até hoje, então algumas pessoas tem medo dele. Outras sabem que o Chefe não iria recrutar um psicopata, mas ficam curiosas.

Enviamos uma mensagem para o castelo para ninguém perder nada do show. Depois de tudo montado, nos afastamos em nossa forma habitual de pirâmide horizontal(mostra que somos organizados, o Chefe sempre vai na frente).

–Então, deu certo?- Perguntou o Chefe

Francis deu um daqueles sorrisos malucos. A Família Real já estava fora do palácio.

–Olhe o senhor mesmo!- Disse apertando o botão.

POV Narrador

Era uma noite normal no castelo, todos estavam jantando, as Selecionadas calmas, o Rei e a Rainha quietos, mas Maxon não comia nada. Só brincava com a comida enquanto pensava no que teria acontecido a sua amada America. Nada do que pensava era bom, ela já estava sumida a três dias, essa espera por notícias o estava deixando louco!

Depois de procurar no castelo, os guardas procuraram na floresta, pois ela já se escondera lá uma vez. Até agora não percorreram nem metade da floresta, mas ele ainda tinha esperanças, tanto quanto uma parte de sua mente estava imaginando o pior. America sumida durante um ataque rebelde sem ninguém saber se eram Nortistas ou Sulistas... Não, ele tinha que parar de pensar no pior! Ela estava na floresta, perto da água e comendo várias frutas! Ele só queria pensar nisso.

–Majestades...- Disse um guarda interrompendo os pensamentos de Maxon -Um jovem me pediu para entregar isto.

Ele estendeu um papel, o Rei o pegou e abriu. Depois de ler o que havia escrito, fez uma cara confusa e saiu com a Rainha. Maxon pegou e leu o bilhete, dizia:

"Um presente para a Família Real, esperamos que gostem!

Venham buscar, dá para vê-lo dos jardins!

Atenciosamente, Rebeldes"

Aquele bilhete assustou Maxon, ele só pensava no que os rebeldes poderiam querer com eles no jardim, os guardas teriam os visto se estivessem tão perto. Ele seguiu os pais para fora e esperou o que tinha que esperar.

Apareceram luzes subindo no céu, pareciam fogos de artifício, mas não eram normais. Apareciam palavras nas explosões, algo que nunca tinham visto antes. Quando apareceram as primeiras palavras todos ficaram maravilhados e confusos ao verem as letras no céu apagando as estrelas com o brilho.

"Olá a todos!"

A segunda frase foi mais objetiva.

"Daremos o que querem se derem algo do que queremos!"

Não foi o mais esperado, mas explicava que queriam negociação. "Negociação pelo que?" Pensou Maxon

"America Singer está sobre o nosso poder!"

Maxon congelou, eles tinham sequestrado America! A pior das hipóteses que conseguia pensar sobre seu desaparecimento foi confirmada! Ele estava prestes a perder os sentidos, mas o choque pela notícia era maior que isso, ficou então paralisado olhando para o local do céu que apareceram as letras brilhantes que descreviam seu desespero.

O Rei perdeu os sentidos. Não por gostar de America e estar preocupado, mas que significaria noticiar no Jornal Oficial sobre isso e as constantes revoltas de que o governo está enfraquecendo. Só em pensar nisso, não aguentou mais ficar de pé. A Rainha permaneceu em choque com o filho que estava prestes a derramar lágrimas novamente pela amada perdida.

"Ass: Rebeldes Nortistas"

Disse a última frase. As Selecionadas ficaram assustada, Maxon não pode fazer nada para acalmá-las, pois não conseguia nem acalmar a si próprio. O Rei foi levado aos seus aposentos, a Rainha abraçou o filho que desviara seu olhar para o chão, impossibilitado de pensar em outra coisa a não ser América sendo torturada pelos rebeldes!

Perto dali, o Chefe dos rebeldes olhava para o céu admirado com a invenção e do trabalho do cientista. Depois que todas as frases foram aos céus e chegaram aos olhos dos integrantes da Família Real, o Chefe assobiou admirando o espetáculo que já acabara.

–Belo trabalho Francis!- Disse ele sorrindo -Tenho certeza de que teremos atenção redobrada agora!


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Notas finais do capítulo

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