POV Maxon

-Como assim não acharam ela?-Perguntei trêmulo. Só a ideia de minha América não estar ali, sem dar nenhum sinal de vida, era muito inquietante, pior do que isso, era o FIM! 

(Notas da autora (N/A): tu jura?/ Notas do Maxon: Juro!/ N/A: Pelo menos não aja feito uma menininha, isso dá nos nervos! /N/M: É você que tá escrevendo, não venha reclamar comigo!)

Tá, eu estou sendo realmente muito melodramático, mas SIM, eu estava apavorado:

-Revistamos o palácio inteiro, Vossa Alteza, a senhorita América não se encontra em lugar algum!- Falou o soldado Leger, um tanto preocupado.

-Peça para mais soldados revistarem as periferias do palácio, temos que achá-la! Ah, e mande procurarem minuciosamente, de novo, pelo palácio inteiro, alerte as criadas e os guardas, por favor- Pedi.

-Sim, Alteza- Disse ele se retirando. 

Até eu procurei. Nos cantos secretos, abrigos, nada...Eu teria que me concentrar em outra coisa para esquecer meu nervosismo, pelo menos até ter mais notícias. Fui até a ala hospitalar, onde encontrei Celeste, com gelo na cabeça, se queixando de dor:

-Você está bem?-Perguntei. Claro que não estava, eu acho...Celeste exagera muito às vezes.

-Não mesmo, depois de ser atingida por uma pedra, tijolo, uma âncora ou qualquer outra coisa que tinha sido...Quase fui morta!!!!-Exclamou com cara de dor.

Eu estava preocupado demais, era notável:

-O que te incomoda, Maxon?-Perguntou.

Demorei para responder, tentando não me perder em meio aos meus pensamentos:

-América, ela...Sumiu...

-Tem certeza?

-Certamente...-Afirmei, segurando uma angústia que ardia meu rosto e invadia meus olhos.

Juro que vi um leve sorriso se formar na boca de Celeste, mas não falei nada. Ela se levantou da maca e foi até mim, parecendo totalmente bem:

-Eu tô bem aqui, meu Príncipe...-Falou ela com um tom manhoso, passando o dedo no meu pescoço, me provocando. 

Ela aproximou o rosto como se quisesse me beijar, mas eu a afastei, segurando-a pelos pulsos e saí, ríspido,  com passos decididos e fortes. Eu não estava com clima para aquilo:

-Maxon...-Chamou.

Eu ignorei e saí o mais rápido possível.

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-Já checamos 4 vezes, Alteza, nenhum sinal dela...-Disse o soldado Leger.

-Ai meu Deus! Obrigado pelo esforço, soldado Leger, vá descansar, trabalhou demais hoje- Falei.

-Com licença, senhor...-Falou ele, de cabeça baixa, se retirando.

Estava preocupado, o que era estranho. Fui para meus aposentos, onde pude gritar e chorar (N/M: Sim, homens choram).

Devo controlar minhas emoções e sentimentos, mas aquela angústia de não ter aquele cabelo ruivo na minha frente e aqueles olhinhos apaixonantes era...Impossível de controlar. Nem mesmo o homem mais preparado psicologicamente poderia suportar o que eu estava sentindo.

XXXX XXXX

Pela manhã, todos repararam meu estado. Mal toquei na comida, apenas brincava com ela e olhava para baixo, para ninguém mais. Minha mãe estava preocupada, e meu pai com raiva, por eu não estar me controlando emocionalmente.

Eu TINHA que ter paciência, os soldados já estavam a sua procura novamente, olhando em meio as árvores, jardins, ou até no cinema. Eu tinha que me distrair. (N/A: Safado! Tudo, menos aquela vaca! N/M: Dá licença!).

Eu fui até o quarto de Celeste perguntar se ela estava bem e fui surpreendido com um abraço:

-Ó, Maxon, espero que achem América...-Falou.

-Eu também, Celeste, eu também...

Ela traçou o dedo na minha nuca, me proporcionando cócegas e partiu para meu peito, me olhando nos olhos.

POV Celeste

Agarrei aquele corpo e me apossei de sua boca, que dançava com a minha. Ele me encostou na parede e cheirou meu pescoço, enquanto eu arranhava suas costas. Ele segurou minhas pernas, de modo que eu ficasse em seu colo, com as costas encostadas na parede. Agarrou minha cintura e parou:

-Celeste, eu tenho que resolver algumas coisas com meu pai, lhe vejo em breve...-Falou ele ofegante.

POV Maxon

Eu menti, não ia resolver nada com meu pai.

Eu não aguentava mais, se não achassem ela, eu teria que tomar uma providência mais séria, MUITO mais séria.