Subentendido escrita por Anne


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, olha eu aqui, postando capítulo em pleno domingo o/
Então, depois de ler mais um resumo frustante e desanimar de vez sobre o "não-possível romance" do Ben e da Sofia, de sentir raiva das autoras, da Globo, da Anita e até do Ben, acordei do meu desvaneio e resolvi escrever e pensar nos possíveis rumos da fic, e algumas coisas boas surgiram. Ainda não desisti de mandar um twett mal-criado para a Patricia Moretzsohn, mas agora estou mais calma, haha.
Para minha alegria, existem outras pessoas, que assim como eu gostam desse casal, que não é casal na novela, mas que na nossa mente e nossos corações sempre vão ser (menos quando o Ben é babaca e decide fazer "benzice", dai eu tenho ódio mortal dele u.u), sem mais delongas, mais um capítulo, e no próximo, já vou adiantando que vai rolar surpresas pra quem é MatFia/SofTheus (haha, eu sei, sou péssima nisso).
Beijos,

COMENTEM!!! o/ o/ o/



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Sidney observou Sofia saindo do casarão, se perguntando o que a loira estava fazendo lá. Sentia falta de ver Sofia todos os dias, de encontrar ela casualmente no caminho para a escola, ou saindo de casa para ir para a Barra, de ir falar procurar o Ben no casarão e encontrar a loira, mesmo quando ela o destratava. Ele sabia que não tinha nenhuma chance com ela, e sabia que era um erro continuar insistindo nisso, mas não conseguia parar. Era apaixonado pela garota desde criança. Ele a amava mais que tudo na vida. Ela era a única salvação na vida toda errada que ele tinha, ele sabia disso.

– Eu devo tá sonhando – Sidney fala se aproximando da loira, não percebendo o nervosismo e a pressa que a mesma se encontrava – Sofia, você aqui?

– Deve tá sonhando mesmo Sidney – Sofia responde com desdém, acelerando o passo – Agora vê se acorda e para de encher meu saco. Preciso voltar pra Barra agora.

– Quer que eu te leve para casa gata? – ele pergunta tentando acompanhar o passo da garota, que não contém uma risada irônica.

– Você, me levando pra casa? – ela pergunta levantando uma das sobrancelhas – Vai me levar no que? No seu skate? Vê se me erra Sidney!

A loira continua andando, enquanto Sidney se pragueja mentalmente e chuta uma lata de lixo. Depois pega seu skate e sai andando sem destino. Serguei, que está na frente do salão se despedindo de Flaviana, observa a cena, curioso.

– Ei, aquela lá não é a Sofia? – ele aponta do outro lado da rua para a loira.

– Ai meu Deus, é sim – Flaviana fala estranhando – Mas ela tá saindo da casa da tia Vera, achei que ela ia dormir lá – Sofia – ela grita o nome da amiga – Sofia!

– Oh maluquinha, tá querendo acordar o Grajaú inteiro? – Serguei chama a atenção da morena, vendo suas pupilas dilatarem e suas bochechas ficarem coradas. Ela sempre ficava assim quando estava sem graça ou era repreendida. Isso era uma das milhares de coisas que ele já havia observado quando ela estava distraída, uma das milhares de coisas que ele adorava nela, mas que não eram permitidas de serem faladas, porque, como ela sempre gostava de lembrar, eles não tinham nada sério, eram só “colegas”, talvez amigos.

– Isso é lá hora de alguém tá dormindo?

– Isso é a hora que pessoas que precisam acordar cedo, usar transporte público, pra trabalhar, estudar, pessoas doentes tem para descansar e dormir Flaviana.

– Que horror! – ela exclama horrorizada – Quer saber, que acordem, se a minha BFF estiver precisando de mim eu preciso tá do lado dela! - ela cruza os braços, parecendo uma criança birrenta, o que faz Serguei não conter uma risada.

– A Sofia sabe se virar sozinha, vamos nos concentrar em nos dois tá? – ele fala baixinho se aproximando e acariciando o rosto de Flaviana, beijando seus lábios suavemente e de um jeito provocador.

– Isso não é justo – ela reclama tentando se concentrar em manter a mente sã, sem muito sucesso – Eu vou mandar uma mensagem pra ela! – ela fala se afastando. Serguei a fita com um bico enorme nos lábios.

– Ah não vai mesmo! – ele fala pegando o celular das mãos da morena, levantando as mãos para alto.

– Serguei! – ela chama a atenção do ruivo com a voz esganiçada – Tá sendo infantil.

– Você que tá sendo – ele retruca sem dar o braço a torcer. Ela parece zangada com o ruivo e ele decide negociar – Olha, eu posso até te devolver seu celular pra você ligar para a Sofia – ele a fita nos olhos baixando a mão com o celular – Mas eu vou querer algo em troca.

A morena se aproxima enquanto os dois se fitam com desejo. Ela toca na nuca do ruivo e desce pelo braço indo até a sua mão, causando arrepios em Serguei. E por fim, ela consegue pegar o celular.

– Negociaremos esse algo em troca depois – ela fala de um jeito mandão, o que faz Serguei abaixar a cabeça e rir. Ele observa por alguns segundos a patricinha tentar ligar para Sofia e quando seus olhos se desprendem da morena, ele se depara com Ronaldo indo na mesma direção que Sofia foi mais cedo, e alguns segundos depois Ben ir atrás do pai. Soube de imediato que havia acontecido algo no casarão. Perguntou-se mentalmente se Anita não estava precisando dele nesse momento.

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Ben se aproxima de Ronaldo, observando o taxi se afastar. De algum jeito ele sabe que Sofia está lá dentro.

– Era a Sofia né pai? – ele fala, ainda fitando a rua, sentindo vontade de seguir a loira.

– Era ela sim, ela está indo para a Barra – Ronaldo fala passando a mão pela cabeça, se sentindo cansado – Achei que tinha sido claro quando pedi para ninguém sair de casa.

– Desculpa pai, mas é que... Eu me senti na responsabilidade de vir, acho que tive uma parcela de culpa nisso tudo, é que a Sofia, ela – ele da um suspiro cansado, sem saber como explicar.

– É uma menina que foi muito mimada – Ronaldo fala tocando no ombro do filho – Não se culpe. Ela ainda não sabe da realidade das coisas, mas um dia ela vai aprender, a vida ensina. As coisas vão se ajeitar Ben.

Ben não comentou nada, e por um momento imaginou o que o pai falaria se soubesse de tudo. Talvez Sofia tivesse errado, muitas vezes, mas ele havia beijado ela na festa, ele havia procurado por ela hoje, e todas as suas últimas ações provavam que ele era o principal causador de tanta confusão. Isso só provava que sua aproximação com Sofia era mais um erro, o maior, de todos que ele estava cometendo ultimamente. Ele precisava consertar as coisas, não podia simplesmente continuar mentindo para Anita. Ele devia essa conversa para a princesa plebeia, necessitava contar toda a verdade. E era isso que ele estava determinado a fazer assim que chegasse ao casarão.

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Sofia suspira fundo, observando pela janela do táxi o luxuoso condomínio. Pagou o taxista e caminhou até o saguão de entrada desanimada. Estava arrependida de ter ido a festa da mãe, de ter pisado mais uma vez no casarão e mais ainda de ter se envolvido com o “príncipe sapo” da sua irmã, se ela pelo menos não estivesse perdidamente apaixonada por ele, pensou, sentindo-se derrotada. A verdade é que ela estava perdida e mais uma vez, sabia, que ia ser considerada a culpada, mas não por muito tempo, ela precisava virar o jogo, fazer com que o Ben se arrependesse todos os dias de tudo que ele fez com ela, ela precisava fazer algo logo, ou enlouqueceria.

– Pensando muito em mim? – ela houve uma voz rouca e divertida falar, a fazendo despertar do transe. Matheus, ali bem na frente nela, incrivelmente lindo e elegante, com um sorriso travesso no rosto.

– Tá fazendo o que aqui? – ela perguntou ignorando a pergunta dele, surpresa, mas sem esconder um sorriso no rosto.

– Acho que eu fiz uma pergunta primeiro né?

– Acontece que eu não vou responder sua pergunta antes de você responder a minha.

– É tão difícil assim responder “Eu estava sim pensando em você e em como eu não consigo tirar você da cabeça”?

– Se você quer eu minta para inflar mais o seu ego, pode esquecer– ela responde cruzando os braços, enquanto ele faz uma careta engraçada. Ela sorri, esquecendo-se por alguns segundos de tudo.

– Tá mentindo para si mesma!

– Oi? – ela arregala os olhos – Óbvio que não!

– Tá sim – ele rebate persistente – Vai, admite, não vou contar para ninguém!

– Vem cá, você me chamou aqui para isso, porque eu tenho mais o que fazer.

– Tipo o que?

– Dormir - ela responde sem pensar direito. Ele para de rir e a fita nos olhos por alguns segundos.

– Ok, você venceu - ele revira os olhos e decide falar “sério” - Bom – ele diz se aproximando da loira – Eu recebi umas 30 mensagens, e depois umas dez ligações da sua amiga, a moreninha, como é o nome dela mesmo?

– Flaviana?

– É, bom, eu realmente não sei como ela conseguiu meu número, mas ela me fez ameaças horríveis, falando que ia mandar as Micas me perseguirem se eu não te achasse – ele continua em tom de ironia – Eu realmente não sei o que é isso, mas parece apavorante.

– Ah, você não sabe como – ela ri, descruzando os braços e se permitindo relaxar – Achei que você tinha um jantar importante.

– E tinha, mas, como eu disse sua amiga foi bem convincente... E eu achei que você estivesse precisando de um ombro amigo e gostoso – ele fala convencido e dá uma piscadinha com o olho esquerdo.

– Sabe, acho que to precisando de um ombro amigo mesmo – ela fala se aproximando mais e abraçando ele. Ele passa a mão pelas costas dela suavemente e ela se permite encostar a cabeça no seu peito e relaxar por alguns segundos – A noite de hoje foi um completo desastre – ela continua com a voz manhosa e abafada.

– A noite ainda não acabou – ele sussurra no ouvido dela. Ela se afasta e o fita sem entender – Eu tenho o lugar perfeito para curar qualquer desastre, eai, topa?

Ela o fita indecisa por alguns segundos e por fim sorri, decidida a esquecer dessa noite horrível.

– Desde que seja bem longe do Grajaú.


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Notas finais do capítulo

Ai gente, que dó do Sidney, apesar de não shippar SidFia, eu gosto do Sidney. E a parte SerViana, vocês gostaram?
E o Ben, será que ele vai finalmente se abrir com a Fofão e admitir que ama a Sofia?
E o finalzinho, com o Matheus, o que vocês acharam?
Esperando reviews, beijinhos



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