Não se apaixone por um idiota escrita por Lua Barreiro


Capítulo 12
Cheiro de Puta


Notas iniciais do capítulo

Estou sentindo a necessidade de chupar sorvete, cara tenho abstinência de sorvete. Como vocês imaginam os personagens principais? Tipo a Julie, Philips, Spencer e Mile. Eu sempre pergunto isso nas minhas fanfics, sou curiosa mesmo u.u



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Demoramos menos de dois minutos para chegar a sua casa, certamente se os pais dele estivessem aqui eu não estaria.

Mas, eles não estão, então eu estou.

Deixei minha bolsa em cima do seu sofá de couro, que por algum acaso está me chamando para sentar nele e dormir até tudo passar. Porém, eu não sentei por que sou muito educada para estes tipos de atitude. Philips, aquele maldito não me convidou para abancar, apenas subiu as escadas em busca de algo.

Fiquei plantada ali observando todos os cantos, a fim de contar todos os objetos de cor vermelha que estavam espalhados pela aquela imensidão de sala de estar.

Ao todo são dezessete.

Finalmente ele desceu, estava com um balde e duas esponjas em mão. Provavelmente ele podia me usar como empregada, já que está me emprestando sua casa como moradia.

Mas, eu sou ingrata e não aceitaria isso de modo algum.

— Philips Mackenzie, não pense que eu irei limpar a sua casa. — Apontei para o balde.

— Você não, nós vamos. — Deu-me umas das esponjas. — Mas, não é minha casa e sim meu carro. Ele está vagamente comparado a um lixo.

O carro dele sujo é muito mais bonito que o meu limpo, com pintura nova entre outros quesitos.

Assenti com a cabeça e fomos até a garagem. Não é necessário citar que a garagem dele deve custar mais que toda a minha casa junta, como o seu quarto e todos os outros cômodos. Ele ligou a torneira para enchermos o balde e começar a esfregar a lataria.

Com a exigência de esfregar apenas com a parte macia da esponja, por que ele é um fresco.

Quando terminamos me sentei sobre o piso gelado, minhas pernas estavam completamente cansadas enquanto isso Philips foi desligar a mangueira. Mas, desligar a mangueira é uma tarefa muito difícil para o Mackenzie, ele decidiu que antes disso deveria me dar um banho.

E lá estava eu completamente ensopada.

Peguei o balde que estava ao meu lado e taquei nele o resto de água que sobrou no objeto. E partir daí começou uma verdadeira guerra, aonde a munição era apenas água gelada, saí correndo para o quintal que teríamos mais espaço. Ele foi atrás de mim ainda com a mangueira.

Aquele troço é infinito.

Molhamos toda a sala e todos os cômodos que passamos até chegar ao local desejado. Fiquei atrás de algumas cadeiras, jogando sabão nos lugares onde ele provavelmente ia pisar ao tentar me atacar. Tentativa falha, ele desviou de todos.

— Idiota, eu sei diferenciar sabão do chão. — Ele gritou do seu forte.

— Sabão é transparente. — Afirmei.

— Dane-se, sou uma excelente dona de casa e sei diferenciar. — Falou com feição completamente séria, o que me fez rir.

Ele correspondeu ao meu sorriso e ao mesmo tempo veio correndo até o meu forte, o que eu considero contra a lei da guerrinha de água.

Essas leis realmente existem, eu tenho certeza. É tipo não poder fazer cócegas em uma guerrinha normal.

Tentei impedi-lo de se aproximar, mas nada funcionou. Ele ultrapassou as cadeiras e me jogou em seu colo. Comecei a socar seu ombro pedindo para que me soltasse tudo em vão. Philips estava indo em direção à piscina, eu não queria acreditar que ele iria me jogar na piscina já que estava ciente do fato de que eu não sei nadar.

Mas, ele me jogou.

Percebi que a minha visão estava ficando completamente turva e minha respiração ofegante. Comecei a bater meus braços desesperadamente e a gritar ajuda.

— Você está no raso. — Philips falou ainda em frente à piscina.

Ajustei meus pés sobre o azulejo da piscina e percebi que apenas metade de mim ficava dentro da água.

— Isso são detalhes, eu quase morri seu idiota.

Ele riu e me entregou uma toalha.

Fomos até a sala e percebemos todo o estrago, decidimos que depois secaríamos todo aquele rio. Pegamos algumas guloseimas e líquidos para assistirmos filmes em seu quarto, subi primeiro e ele foi logo depois.

Nunca deixe um menino ir atrás de você em uma escada, por que provavelmente ele vai olhar a sua bunda. Mas, no meu caso digamos que eu não tenha nenhuma saliência em minhas nádegas.

Deitei no lado esquerdo, já que o direito estava bagunçado. Isso demonstra que aquele é o seu canto e que o oposto só é desarrumado quando suas vadias vão lá. Neste caso, eu sou uma vadia.

— Quais putas do colégio já vieram aqui? — Indaguei ao mesmo tempo em que colocava um biscoito em minha boca.

— Ah, várias. — Arqueou a sobrancelha de modo cafajeste.

Revirei os olhos e peguei o resto dos biscoitos.

— Ei, você precisa ligar para o seu pai.

— Eu sei.

— Você sabe que não é preciso, eu posso te ajudar.

— Não, me dê o telefone. — Estalei meus dedos, sempre faço isso para me acalmar.

Ele jogou o aparelho em cima da cama e se sentou logo depois, disquei o número lentamente torcendo para que ele não atendesse e tudo que me restasse fosse vender o meu corpo.

Ainda estou com essa ideia latejando na cabeça.

A cada toque o meu coração acelerava juntamente com o desejo de que o aviso de caixa postal chegasse logo.

— Alô?— Um homem de voz grossa atendeu.

— Alô, quem é?

— Miguel Martins.

Minha voz ficou cessada por alguns segundos, provavelmente eu iria falar algo bobo e sem nexo.

— Ah sim, sou eu a Julie. —Afirmei. — Eu sei que só te ligo para pedir as coisas, mas é realmente necessário.

— Diga.

— A mamãe está em um estado crítico de saúde e eu preciso comprar um aparelho respiratório para ela. Mas, não tenho dinheiro e ela também não. Então eu peço a sua ajuda, por que eu realmente não quero morar com você.

Sim, eu estou pedindo que ele me ajude a não morar com ele. Sem sentindo? Acredite, não. Ele provavelmente faria de tudo para me ajudar a não ir morar em sua casa. Mas, por quê? Os motivos são simples (a) Ele tem uma família formada e (b) Ele tem outros filhos, que se interessam pelos estudos e o enche de orgulho.

Eu sou apenas a garota que pede as coisas ou a filha acidental.

— Eu te ajudo, diga o preço e eu mando na conta da sua mãe.

— Obrigada pelo apoio, Miguel. Em torno de uns trezentos dólares.

Ele desligou.

— Tchau. — Falei enquanto tirava o telefone de meu ouvido.

Assenti a cabeça sob minhas mãos.

— Ele é um babaca. — Philips tentou me consolar.

— Não, não é. Talvez eu seja, na verdade eu nem deveria ter ligado.

— Eu disse que não precisava.

— Philips, eu não quero a sua ajuda. Eu não quero a ajuda de ninguém, eu tenho quase dezoito anos e não corro atrás de uma bosta de emprego para tentar salvar a vida da minha mãe sem a ajuda dos outros.

— Você não pode fazer tudo sozinha.

Joguei minha cabeça sobre o travesseiro e ele deu play no filme.

— Esse travesseiro cheira a puta.

Ele riu.

— Devo te confessar algo. — Murmurou.

...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Obrigada a todos que estão lendo, comentando e que favoritaram. Queria agradecer também a recomendação da Vih, foi tão perfeita ♥
E queria dizer que você que está lendo mas, não se apresenta deveria se apresentar pois, eu gosto de conhecer meus leitores e saber o que eles tem a dizer < 3