The Blood of Liars escrita por Little Liar


Capítulo 7
Tudo quer Tudo tem


Notas iniciais do capítulo

Não vou tentar explicar a minha sumida, mas vou falar que talvez eu volte ><
Para quem não lembra muito do último capitulo, fiz uma iniciação para o pessoal lembrar o
Espero que gostem >



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–A havia me mandado uma mensagem para eu ir em uma casa - de terror, só podia ser - e eu estava obedecendo, como um cachorro bem treinado. Não deixaria Aria ficar sabendo da minha traição - um beijo em seu pretendente, Ezra, que também era nosso professor. Em minha vida toda, por dentro, achava meio estranho a relação, mas, não se escolhe quem ama, dissera Emily, que morreu pelo seu amor.

Ainda estava no que parecia ser, em alguma época, o hall da casa. Era abandonada, era possível perceber rapidamente. Mas... por que eu estava ali? Já seguira os mandamentos de -A muitas vezes, mas dessa parecia diferente. Eu devo morrer aqui, é a única explicação plausível. -A era engraçado: Ele mastigava muito antes de engolir.

Na minha frente, uma mesinha Passei meu dedo indicador nela: Totalmente empoerada. Muito tempo desde que alguém veio aqui. Mas o chão dizia outra coisa: Em meio a poeira, era possível ver passos. Passos de salto, fino, eu diria.

Continuei andando, olhando para cada canto: Um vaso, que antigamente deveria ter alguma planta, decorava o que deveria ser a sala, com um sofá totalmente empoeirado. Continuei a seguir aquela luz, era para lá que -A queria que eu fosse, era lógico.

–Alguém está ai? - ouvi uma voz masculina.

–Mr. Fitz, é você? - aumentei o ritmo dos meus passos, antes silenciosos.

–Foi você que me chamou aqui? - sentado em uma poltrona empoeirada, Mr. Fitz estava com uma camiseta de alguma banda e uma calça que parecia grande para ele.

–Não.. o que você está fazendo aqui? - minha voz saiu um pouco assustada, mesmo eu tentando não parecer.

–Me mandaram uma mensagem para eu estar aqui, se não Aria ficaria sabendo do beijo. E você? - abri a boca em um "O" assustada. Então agora eu entendia o que -A realmente queria.

–A mesma coisa.. - respondi, um pouco incerta. Mal ele sabia que eu já recebia mensagens de -A sempre, e que eu estava acostumada com todo aquele mistério.

Sentei ao lado de Ezra, tentando não encostar nele. Eu sabia o que -A queria, não iria dar a ele. Observei as sombras, elas pareciam estar dançando. Ou simplesmente..

–Tem mais alguém aqui. - eu falei, um pouco incerta - Nos observando. - percebi o olhar de Ezra caindo sobre mim. Quase corrigi meus pensamentos. Mr. Fitz Mr Fitz Mr Fitz e não Ezra.

Como um reflexo, me aproximei mais de Ezra. Agora minhas pernas, cobertas de um jeans escuro encostavam na dele.

–Desculpe. - ele começou, e eu olhei para seus olhos azuis. Eram penetrantes, e pareciam que com eles tudo iria ficar bem. - Não deveria ter te beijado.. - ele continuou, olhando nos meus olhos agora. - Você não queria, mas beijei mesmo assim. Desculpa. É que os seus olhos.. - desisti de todas as minhas promessas. Aproximei meu rosto ao dele, e nossos lábios tocaram.

Seu beijo era suave, e dizia que tudo iria ficar bem. Eu não tinha certeza disso, mas nesse momento tudo valia a pena. Coloquei meus braços ao redor dele, e pude sentir seu corpo, e senti seus braços sobre minha cintura, e o beijo começava a ser mais agressivo, e era algo que eu queria mais e mais.

Havia esquecido como se respira.

Ele começou a beijar minha bochecha, meu pescoço, e seu beijo me fazia querer mais e mais. Percebi que agora minha camisa estava desabotoada, e o responsável era Ezra. Ele tirou sua camiseta, e comecei a ver o corpo dele, como seus traços eram bem desenhados.

De repente, comecei a perceber o erro que estava cometendo. Era isso que -A queria. Se ele quer algo, é porque não é boa. Ele te dá seus maiores desejos, mas eles vem com as piores consequências.

–Spencer? - Ezra estava olhando para mim, e eu olhei para aqueles olhos, como os de um cachorro abandonado. Estava fazendo aquilo errado. E eu deveria me lembrar de um detalhe: Não conseguimos tudo que queremos.

–D-desculpa.. eu não posso. - levantei e comecei a correr para a porta, tentando - em uma missão falha - fechar minha camisa.

Ao pegar na maçaneta da porta, percebi que ela estava trancada. E agora? Tentei outra vez. Nada. Olhei ao meu redor: Ezra vinha correndo até mim, e todas as janelas estavam devidamente fechadas. Ele, percebendo meu olhar aflito, o seguiu.

– Oh não.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem com o que vocês acharam =3

No próximo capitulo, "Um Tapa de Realidade", Spencer vê em Ezra uma coisa diferente.