Incandescente escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 26
25. Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo Capítulo...



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Andei devagar, a manhã ia escorrendo pelas mãos. Não me importei com isso, acenei para o segurança quando passei pelo térreo a caminho do elevador. Assim que as portas de aços se abriram no meu andar dei de cara com Susan, ela sorriu daquele jeito doce, delicado e muito nervoso.

— Bom dia minha querida, como vai? — Mais um sorriso e silêncio. — Gato comeu sua língua, Su?

— Bom dia Sr. Molina, é um bom dia? Porque se for...

— Quem está aí dentro que você simplesmente não quer sair do caminho? — Ela riu — Felipa? É a Felipa? Por favor. — A empurrei delicadamente, porém ríspido, eu ouvi que ela iria me interromper, mas já era tarde. Fechei a porta rapidamente no instante que passei por ela. Minha cadeira giratória virou-se para minha direção. A mulher atrás dela sorriu calma assim como o dia que pensei que seria.

— Bom dia caro, Christopher. Você está bem?

— O que você faz aqui, Nina? Sai da minha cadeira, já! Aliás, da minha sala. O dia estava bom demais para ser verdade.

Ela riu e se levantou depressa, não pude deixar de reparar em seu vestido vermelho sangue. Ele tinha uma fenda da altura do joelho a um palmo acima. Escondia todo seu seio redondo, porém deixava suas costas nuas. Estava nevando! Essa mulher não sente frio? Respirei fundo, observei-a fazer o caminho para frente da minha mesa, ela afastou a confusão de folhas perdidas e pastas para sentar-se na ponta. Sorriu daquele jeito exuberante exibindo sua fileira de dentes branquinhos. Passou as mãos pelo cabelo, ela deveria amar vermelho. As unhas enormes tinham um esmalte vermelho e os saltos finos eram do mesmo tom de seu vestido. Sem contar o batom em seus lábios. Revirei os olhos.

— Eu esqueci-me de avisar que sua entrada aqui está terminantemente proibida. Você pode sumir da minha vista?

— Ei, calma... Eu vim aqui de boa vontade, porque apesar de tudo eu ainda sou sua amiga. Você sempre pode contar comigo. — E riu. Tão cínica...

— Você veio tripudiar. Mas eu não estou com humor para isso...

— Na verdade eu vim abrir seus olhos — me interrompeu — Mas se você não quer saber que sua esposa estava com uma companhia masculina que não é você... O problema é todo seu. — Observei-a pegar seu casaco na cadeira à frente e vesti-lo rapidamente. O sobretudo preto moldou seu corpo escondendo a roupa vulgar. Ela riu antes de pegar a bolsa. Após fazer sua intriga e destilar o veneno iria embora? Assim?

— Você sempre faz isso, por que você é tão vagabunda assim? — Ela parou de andar e me encarou. Ficou séria.

— A vagabunda da história não sou eu. — Diz ríspida.

— Fala o que você veio dizer então, santa. Rápido, não tenho tempo para você. — Ela riu convencida. Sabia que atiçar minha curiosidade iria te dar oportunidades de falar mil baboseiras sobre minha esposa — Mas pense bem, não vou hesitar em estapear sua cara caso você fale alguma coisinha que me desagrade sobre Felipa.

— Já eu acho que vai te agradar hoje... — Deu de ombros — É incrível como o destino é... Se lembra daquele restaurante que adorávamos? O italiano. Vianna; lembrou? — fiz que sim com a cabeça — Eu marquei de encontrar Olivia lá.

— Não, isso eu não estou a fim de ouvir, Nina! Cai fora! — Gritei enfezado, ela me ignorou.

— Eu me arrumei toda, mas ela apareceu. Quando eu me cansei de esperar e fiz meu caminho para a saída encontrei um casal muito interessante sentado em uma mesa bem escondida. Se não fosse aqueles cabelos de leão que ela tem. Você nunca pensou em mandá-la fazer uma progressiva não? — Revirei os olhos — Enfim. Eu fiquei tão, tão, mais tão surpresa que paralisei no caminho. Logo ele! Eu sabia que você ficaria raivoso se visse aquilo, mas eu não podia deixá-lo no escuro.

— PARA DE INVENTAR HISTÓRIAS, NINA! — Gritei novamente, sem paciência. Ela gargalhou.

— Não estou inventando, você o odeia. Hoje em dia, claro. Eu lembro que vocês foram amigos no passado... Nós até fomos ao sepultamento da mulher e do filho dele... Que dia triste, não é amor?

— Diego Santibñes... — Nina assentiu sorrindo grandiosamente, passei minhas mãos pelo cabelo e respirei fundo. Estava prestes a enforcá-la.

— Eles estavam envolvidos em uma conversa tensa, eu vi que Felipa parecia bem deprimida. Achei tão fofo quando ele a consolou... Os dois com os rostos unidos, com as mãos dadas sob a mesa. Nada mais romântico Christopher. Queria que você estivesse lá para ver! — Silêncio. Eu não sabia o que responder, tentei procurar qualquer traço de mentira, Nina mentia muito bem. Ela pareceu confiante do que dizia, nada do que falava lhe era interessante, era como se contasse algum capitulo sem graça de uma novela. Porque não era sua vida. E sim a minha. E ela me espezinharia o quanto pudesse.

— Saia, agora. — Mantive a calma, ela assentiu. Arrumou sua bolsa em seu ombro.

— Só para concluir, eu queria tanto que você visse o momento que os registrei para você. Estão todos anexados no seu e-mail. Eu sinto muito, mas acho que se você correr ainda vai achá-los no Vianna. Se não... — Riu maliciosa. Esfreguei meu rosto com a mão, Nina caminhou para a saída sentindo-se vitoriosa — Ah, tenha um bom dia querido.

E se foi.

Afrouxei minha gravata e soquei a parede, gritando a seguir com a dor do impacto. Eu nem se quer havia lascado a tintura da parede de concreto. Escovei as mãos pelo cabelo e andei apressadamente para minha mesa, eu liguei o notebook e conectei o meu e-mail. A conexão não estava em meu favor, mas quando abriu eu simplesmente preferi que não houvesse internet. Havia um e-mail de Nina, vinte minutos atrás. E ao abri-lo pude ver anexado mais de dez imagens. Baixei uma por uma, e as abria assim que o download concluía. E ela estava lá... Sua imagem preenchia a tela. Havia sorriso, calma, preocupação, dor, raiva, suas expressões estavam moldadas na imagem. Fincadas. Ela parecia totalmente envolvida com aquele momento. As feições de Diego diziam isso. E então... A imagem que Nina descreveu. Eles estavam juntos. Testas unidas e mãos dadas sobre a mesa... Ela tinha a porra dos olhos fechados, mas ele a encarava. Ele a olhava. E ele não podia ter a porra dos olhos sob a minha mulher. Aquele era o meu olhar e aquela era a minha mulher. Varei o notebook para longe. Em seguida virei à mesa. O vidro espatifou-se no chão quebrando em dezenas e mais dezenas de pedacinhos. Maldito blindex!

— Suspenda todos os meus compromissos para hoje, Susan. — Eu disse assim que passei por ela rumo à saída. Se aquele desgraçado ainda estivesse lá com a MINHA mulher eu iria pessoalmente fazê-lo se arrepender.

POV FELIPA.

— Ainda não consigo acreditar nessa história. Mesmo com todas as riquezas dos detalhes. Frankie nunca mencionou você. Nunca se quer cogitei que o filho dela pudesse ser seu, Diego. Eu estou tão surpresa... Eu pensei que fosse de outra pessoa.

— Eu sei. Aquela garota... Ela é o inferno em pessoa, Felipa. — Confessou ele — Ela me envolveu com uma facilidade. É isso que ela está fazendo com Pablo. Ela vai destruí-lo e ela fará isso com qualquer pessoa que lhe dê uma oportunidade.

— Mas você a deixou! Grávida ainda por cima! — O ataquei, Diego encolheu os ombros. É engraçado que o respeito que temos por uma pessoa acabe em frações de segundos, antes mesmo que o sol se ponha. Eu não queria criticá-lo, mas merecia bem o que estava passando.

— Eu sinceramente me envergonho por isso. Você deve saber que perdi minha mulher e meu filho no mesmo dia. Meu coração todo morreu. — Assenti desviando meus olhos dos seus, não podia suportar tamanha dor — E ela iria me dar um filho. E ela mesma o matou. — Eu não podia compreender, mas fazia o máximo de esforço possível para ao menos aceitar — Eu iria pedir a guarda do meu filho assim que ele viesse ao mundo, você já sabe o resto.

— Eu entendi tudo. Vocês se conheceram, ficaram juntos por uns meses, ela engravidou e surtou. Tentou abortar e você a deixou. Eu entendi.

— Desculpe por envolvê-la nisso. Eu precisava falar. Chorar. Eu perdi um filho, mais uma vez... — Eu segurei sua mão pela décima vez essa manhã, suspiramos juntos. Ele era um cara esquisito... E agora alguns momentos que vivemos juntos passaram como um filme em minha mente.

... — Você dança muito bem, sabia? — Sussurrou calmo e manso no meu ouvido, eu não pude controlar os arrepios que vieram a seguir, ele riu e gostou disso. Gostou de provocar isso. Eu estava preocupada com as pessoas que cada vez mais percebia nossa dança ousada. E quando meu marido chegasse?

— Eu vou pisar no seu pé e assim você mudará de opinião. — Senti sua mão em minha cintura apertar, ele tinha uma pegada agressiva. Não era nem de longe sensual, era mais afobado. Afoito. Ansioso. O inverso de Christopher.

— Eu sonhei com você... Eu sonho com você... — Sussurrou novamente — No meu sonho você é minha. Aquece minha cama todas as noites. E tão delicioso fazer amor com você...

— Por favor, Sr. Santibñes, eu sou casada! — O empurro, ele ri e me puxa de volta, estou corando absurdamente.

— Queira me desculpar, Sra. Molina. O babaca do Christopher não merece você. É boa demais para ele.

— Ele é suficientemente bom para mim, eu amo meu marido! Por favor, queira me soltar! — Indaguei totalmente constrangida, ele riu mais uma vez e suspirou sonhador.

— Se você não fosse casada... Eu fatalmente estaria na fila para ser seu marido.

— Felizmente eu sou muito bem casada, obrigada... — Eu paralisei. Observei Christopher sendo aparado por Pablo e Molly, eu tentei me desvencilhar mais uma vez. A maldita música nunca acabava.

— Temos uma plateia especial então! Ele está furioso... — Ralhou Diego achando graça. Eu o empurrei com força. Nesse instante a música acabou. Nervosa até demais, Christopher faria uma cena, Christopher provavelmente o socaria. Diego bem que estava merecendo, já fazia algum tempo que meu marido estava pra lá de insatisfeito com as investidas dele.

— Não o provoque, por favor — Pedi, implorei e mais, implorei a Deus que me mantivesse viva até o fim da noite...

— Fica calma, não olha para a esquerda. Christopher está vindo em nossa direção. — Automaticamente eu tirei minha mão da dele. Diego acordou-me das fantasias, e eu olhei. Precisei olhá-lo. Como um furacão ele avançava para nós, Chris bufava e estava vermelho. Os olhos perigosamente de verdes, negros. Ele estava possuído de ódio.

— Levante, agora. — Indagou ele a mim, eu não tive nenhuma reação racional. Como um cachorrinho acuado eu obedeci.

— Vamos embora. — Pedi, segurei seu braço. Ele praticamente rosnou. — Vamos, Christopher, vamos... — Comecei a reagir, voltar à realidade. Respirei fundo, ele estava encarando Diego daquele jeito que poderia fuzilá-lo com os olhos.

— Quantas vezes eu pedi, eu disse com toda a educação do mundo, eu realmente fui condescendente com você e disse para ficar longe da minha mulher. Eu pedi. Eu exigi. Eu ameacei e você nem deu bola. Você ignorou cara. Eu fui paciente. Você é testemunha que fui. — Sua última frase se voltou para mim, eu assenti. — Mas agora eu cansei.

— Christopher... — Eu fui empurrada para trás dele, suas mãos grandes me distanciaram, eu pulei em cima dele quando ele levantou Diego pelo colarinho, eu gritei com o primeiro soco e fechei os olhos no segundo. O terceiro não aconteceu, seguranças entraram a tempo, Christopher lutou com eles enquanto eu implorava para soltá-lo — Vamos, vem, por favor! — Implorei.

— Você vai ficar longe da minha mulher! Ou na próxima vez você não viverá para ouvir outro aviso. Eu mato você seu infeliz! — Eu o puxava, o segurança bloqueava sua passagem para Diego que nem se quer teve tempo de revidar.

Do lado de fora Christopher segurou meus braços e arrastou-me para seu carro, ele estava irado. Fora de si, meu ombro estalou assim que ele me jogou no banco traseiro do Volvo. Ele bateu a porta com tanta força que eu tremi, assim que ele sentou avancei para ele, tentei puxar a chave, eu gritei. Lutei com ele. Me empurrou outra vez, e outra.

— Você não vai dirigir! Você vai nos matar! Para com isso!

— Cala a boca! Fica quieta! — Gritou alto, louco de raiva — Você não abre a boca pra falar nada! Fica quieta!

— Christopher, por favor, me dá a chave! — Ele enfiou na ignição e ligou o carro, disparou a toda velocidade para a pista — Vai devagar! Você está fora de si, para e pensa um pouco!

— Não! Porra! — Buzinou forte a cortar um carro que quase o acertou — Você me deixa maluco! Olha essas merdas! — Christopher jogou seu celular em cima de mim, eu visualizei a tela. Fotos minha com Diego, fotos... Mostrando momentos que não existiu. Distorcendo fatos. Mas quem diabos tirou as fotos?

— Não foi bem assim! Ele foi falar de Frankie... Ajudar Pablo e Molly! Eu nunca estaria ali se não fosse por isso... DESACELERA OU VAMOS MORRER!

Ele reduziu a velocidade e quando eu percebi estávamos fora dos perímetros da cidade. Atravessando a ponte para o lado montanhoso, a pista estava escorregadia e começava a nevar forte.

— Você nem deveria fazer tudo isso... Você parece que tem amnésia... — Eu digo delicada, ele respira fundo, mas percebo o modo como aperta o volante, irritado.

— O que ele disse que a convenceu de estar com ele?

— Ele era o pai do bebê de Frankie...

— O quê? — Rebateu rapidamente — Ele...

— Isso mesmo — O cortei — Onde está indo? Volte para cidade, eu tenho uma viagem para daqui duas horas. Por favor.

— Viagem para onde? — Questionou, respirei fundo me sentindo inquieta. Angustiada. A cada vez que ele acelerava e rosnava mais distantes estávamos da cidade.

— Nova Iorque... — Christopher pisou fundo no acelerador e bateu forte no volante — Por favor, por favor... Você está me deixando com medo.

— Você não pode ir, eu não vou deixar você ir. — Ele seguiu uma estradinha e logo avistei uma casa, era enorme. Porém escondida de tudo. Não tinha vizinhos, e ela estava coberta por neve. Branquinha... Ele deixou o carro e me arrastou junto.

— O que é isso? De quem é?

— Minha. — Ele revirou os bolsos até achar uma chave, me empurrou para dentro e trancou a porta a seguir.

— Que lugar é esse?

— Nossa nova casa.

— Christopher... — Sussurrei. Ele se virou para mim, seus olhos estavam vermelhos, ele avançou rapidamente e então de repente, ajoelhou-se.

E chorou.

— Você não faz ideia. Você realmente não faz ideia do que eu tenho passado. Eu não tenho dormido. Eu não estou comendo. Eu bebo a noite inteira. Eu sinto sua falta na cama... Eu sinto falta de perder horas olhando você dormir. Eu sei que eu fiz tudo errado, por favor... Eu sei. Estou louco e desesperado. Sou capaz de qualquer coisa para ter você. Até te prender aqui. Eu te amo, Felipa! — Gritou sua última frase, levei a mão na boca e fiquei observando enquanto ele segurava minhas canelas e chorava.

— Isso não pode ser amor! — Gritei — Amor que só faz mal! Que só quer prender! Olha só... Você é capaz de qualquer coisa e eu sei disso, eu acredito. — Christopher se levantou e segurou meus braços, com força. Ele olhou meus olhos vermelhos e encharcados de lágrimas, estávamos no mesmo estado. E então eu senti seus lábios grossos no meu, um beijo rude. Pesado. Ele encheu sua mão com meus cabelos e os repuxou lentamente, eu desfaleci em seus braços, e deixei que ele rolasse comigo até estarmos deitados no sofá empoeirado.

Christopher deixou seu corpo cair sobre o meu, de uma forma que eu não sentisse seu peso totalmente. Ele beijou-me como nunca o fizera. E eu nunca estive tão envolvida em sua teia. Sempre fora eu que o procurava, e agora ele estava ali. Ele me queria. E eu nunca ganharia no seu jogo de sedução.

— Você quer que eu seja bom, — disse ele distribuindo beijos molhados por meu pescoço — eu quero ser esse cara bom, eu quero ser esse cara que vai segurar sua mão tendo a responsabilidade de ter o mundo inteiro para cuidar. Você é meu mundo inteiro... — Me encarou, respirei fundo — Nós estamos casados. E já foi consumado. Você por favor, por favor, precisa me dar uma chance... Eu preciso tentar.

— Christopher...

— Shhh... Eu vou precisar te persuadir com beijos? — Eu ri, ele também — Ou quem sabe... Fazendo amor? E depois te fodendo... Em todos os cantos desse casebre. Eu poderia fazer isso até você me dizer sim.

— Você não entende, eu não consigo mais... — Ele me beijou. Forte, profundo, e apertou minha cintura, eu podia sentir sua ereção firme em minha barriga. Mordi seu lábio inferior com força e puxei seu cabelo. Como eu posso viver sem isso? Como eu posso viver sem ele se cada célula do meu corpo implora por esse amor?

— Fica comigo... Imponha todos os limites. Todas as regras. Eu sou seu. Eu faço o que for. Só preciso de uma chance. Só UMA! — Eu ri do seu jeito desesperado e ele fez cara feia, beijando meu nariz a seguir.

— Eu vou para faculdade. — Ele assentiu — Em outro país... — Silêncio, nenhuma reação sua — Nós vamos nos ver em intervalos de semestres, férias, feriados longos e recesso de fim de ano.

— Que casamento esquisito...

— Nosso casamento foi um contrato... — Ele riu — O que estou te propondo é a única coisa que pode ter. Isso ou nada.

— Sabe de uma coisa? — Perguntou ele com uma voz presunçosa — Eu sei que você não vai suportar um mês disso. Então... Eu vou aceitar sabendo que logo, logo você estará nos braços do papai aqui. — Eu soquei seu ombro rindo, ele roubou mais um beijo. — Eu amo você...

— Caramba! Você pode, por favor, não parar de fazer isso? — Pedi assim que senti sua mão entre minhas pernas.

— Eu não vou parar nunca...

xXx

— Eu não consigo entrar lá e falar com ela tudo que Diego me contou. — O carro estava parado em frente nossa casa. Nossa casa. Eu ri ao pensar nisso, Christopher segurou minha mão. Molly estava hospedada em sua casa desde então. Apesar de ter passado poucos dias depois do acontecido. Ela tem medo. Pesadelos constantes. E foi ela que me convenceu de que deveríamos ir embora. O mais rápido possível. Mas ninguém saberia que o mais rápido possível seria agora.

— Ela ainda está muito mal. Eu não consigo olhar muito tempo para ela. — Confessou Christopher. Respirei fundo.

Estava me sentindo uma traíra desgraçada. Eu estava novamente com meu marido, enquanto minha amiga e até então única sofria por causa do seu.

— Você não falou com ele? — Ele fez que não com a cabeça — Você pode fingir que nos encontramos aqui perto? Acho que... Eu não vou dizer nada a ela.

— Mas por quê?

— Ela pode sei lá! Melhor evitar essas coisas. — Fizemos uma careta, mas ele concordou. O abracei com força, sua respiração quente fez meu corpo arrepiar. — Eu vou entrar enquanto você guarda o carro. Chama o táxi, tá bom?

— Não... De jeito nenhum. Vou levar vocês! — O encarei. Ele fechou os olhos contrariados.

— O que combinamos?

— Se Pablo seguir vocês? — Mordi o lábio inferior e respirei fundo — Ele não está em seu estado normal, você não acha?

— Acho...

— Então está decidido. Você pode continuar me tratando como se eu fosse ninguém... Eu aguento. Por uma noite.

— Você é um alguém muito controlador! — Nós rimos e ele me puxou para um beijo rápido — Somente por uma noite. — Sorri e abri a porta do carro, Christopher me puxou de volta.

— Onde está sua aliança? — Encaramos meu dedo anelar esquerdo. Eu ri. E percebi que ele nunca tinha tirado a sua.

— Estará novamente no meu dedo... Em breve. — Ri mais com a cara de frustração. — Agora eu tenho que ir.

— Felipa! Em breve! Eu não quero você em New York solteira! Ouviu bem?

— Ouvi!... — Mas isso não significa que irei obedecer...


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Notas finais do capítulo

Desculpa gente, eu sonhei que tinha postado e tava crente que postei mesmo! IOSAHOPSAJ eu posto o último amanhã, sem falta, ok? Segunda temp já está começando a ser escrita.. Mas não sei se vou postar. Muita falta de tempo...



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