Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 20
Recomeço


Notas iniciais do capítulo

Amores da minha vida!!!!!!! Então, estou aqui com o Edward, ele manda lembranças da ilha de Esme e diz que estou me aproveitando dele demais! Estou mesmo!
Espero que gostem do capítulo, para quem pediu um momento mais calmo entre eles esse é um ótimo capítulo e teremos mais deles daqui em diante. Também estou ansiosa pelo... bom uma hora isso chega não?



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– Senhora Cullen o General Hospital tem o prazer de receber a senhora.

Olhei para George que sorria me encorajando e cumprimentei o diretor hospital. Eu estava com meu vestido rosa claro e uma sandália de salto branco. Olhei ao redor para o movimentado hospital.

– Vamos?

Ele apontou para um corredor e foi me mostrando cada ala pessoalmente, eu me encantei com a modernidade e ao mesmo tempo com a simplicidade do Hospital. O senhor Stuart fez um discurso sobre o tratamento especializado que eles tinham no tratamento da leucemia, nas conquistas que o Hospital tinha feito na área cardíaca, na reforma da maternidade e na nova unidade neonatal. Eu já tinha feito minhas pesquisas e sabia de tudo que ele estava falando.

– Vou te apresentar a sua tutora e espero que se deem muito bem. Ela já guiou vários outros estudantes e fez questão de ser sua supervisora. Suas notas e pesquisas a surpreenderam.

– Oh...

Uma mulher ruiva e elegante estava sentada atrás de uma mesa grande em uma sala que parecia de reunião. Ela estava anotando algo em algumas fichas e quando o diretor fez um barulho ela levantou os olhos e sorriu para nós levantando imediatamente.

– Isabella! É um prazer conhecer você.

Ela estendeu a mão e a cumprimentei.

– Victória essa é Isabella, sua mais nova pupila.

– Acho que sou eu que tenho que aprender um pouco com ela já que sua mente está fervilhando com os novos conhecimentos.

– Você vai aprender que Victória é uma ótima médica, com experiência em guerra e salvamentos até no mar senhora Cullen. Estou muito feliz que tenha aceitado nossa oferta.

– Eu que me sinto privilegiada por estar aqui com vocês.

Ainda passei mais algum tempo conversando com eles. Eu expliquei que George não ficaria o tempo todo do meu lado, mas que ele estaria no hospital e apesar do diretor estranhar eu expliquei que era esposa de Edward Cullen e ele prontamente entendeu a preocupação de meu marido sorrindo simpático como Victória. Quando encontrei com George no estacionamento ele estava no telefone e desligou assim que me viu.

– Não gosto de mentir para o senhor Cullen.

– É uma surpresa.

– Mesmo assim.

– George, como vou surpreendê-lo se você fica de fofoca no telefone com meu marido?

George sorriu e abriu a porta para mim.

– Não fico de fofoca senhora Cullen, ele se preocupa com a senhora e fica nervoso quando percebe que algo está errado.

– Ele percebeu?

– Não, mas estranhou o fato de não estar perto da senhora e nem conseguir falar diretamente com você.

– Não posso usar celular dentro do hospital.

Ele assentiu e fomos para casa. Eu não sabia dizer se era a minha casa ou a casa de Edward ou até mesmo a nossa casa, mas eu estava indo para lá de qualquer maneira. Eu tinha uma confiança baseada nas palavras de Esme, mas estava insegura quanto a esse ano juntos. Eu tinha me dado um ano para acertar com Edward, se não desse certo eu poderia dizer que tentei. O ano da minha residência seria o ano em que eu tentaria descobrir o que estava por trás das palavras deles, dos meus sentimentos e de tudo que nos envolvia. Alice depois das provas finais havia sumido com Jasper novamente e estava ainda mais misteriosa falando que tinha coisas que no tempo certo iria me dizer. Eu gelei com o tom sério que ela usou, lembrei do que já tínhamos descoberto e fiquei pensando qual o interesse de Jéssica e Mike nisso tudo? Nada fazia muito sentido e depois fiquei me perguntando o que teria realmente acontecido naquela noite.

– Senhora, acho que pode sair agora.

Eu olhei para casa e fiquei nervosa. Eu queria saber o que fazer agora, mas só tinha me programado para voltar. Uma semana depois da conversa que tive com Esme eu sabia que tinha feito tudo na impulsividade. Saí do carro olhando a movimentação de alguns empregados que estavam cuidando da entrada da casa, me aproximei da porta e pedi a Deus que tudo fosse diferente, que as coisas dessem certa de uma forma ou de outra.

Ao abrir a porta um pouco receosa eu andei devagar olhando mais uma vez os detalhes de cada cantinho, reparando em cada móvel e como ele entrava em harmonia com os outros. De repente me perguntei se estava tomando a decisão correta ou simplesmente indo em direção a mais um precipício. Fechei meus olhos repassando as palavras de Esme, a carta de meu pai e de certa maneira os sentimentos que Kate me transmitia. Fechei meus olhos querendo que aquilo tudo fosse verdade e que ele um dia pudesse gostar só um pouco de mim. Só um pouco. Me imaginei de noiva com ele me girando rindo, o seu melhor sorriso. O meu melhor sorriso.

– Oi.

A voz dele não me assustou. Eu olhei para trás e vendo ele no seu melhor estado, de terno e gravata vermelha com uma pasta de couro na mão.

– Oi.

– Você... como você está?

– Eu vim para ficar. – eu disse sem pensar. Saiu de minha boca. Ele respirou um pouco. Aliviado? Eu não sabia o que pensar. – Eu... não disse nada... queria...

– Você quer ficar?

Tinha tanto medo em suas expressões.

– Sabe, a escolha é sua. Não é obrigada a ficar aqui. Sue pode até ir com você... ela pode te ajudar...

– Não, eu quero. Eu sei que eu quero. Você... – eu queria perguntar se ele me queria. – Posso?

– Essa é sua casa Bella.

E ficamos ali nos olhando sem pressa. Eu estava tão feliz. Muito feliz. Eu finalmente estava no mesmo lugar que ele com ele me querendo ali. Minha casa, aquela era nossa casa. Nossa casa. E um dia seria um lar. Eu queria tanto correr para os braços dele e dizer que eu o amei em casa segundo longe mesmo sem ser correspondida.

Eu me surpreendi quando ele pegou a pasta e colocou em cima de uma mesa pequena, ele tirou a parte de cima do terno ficando apenas com a blusa branca e a gravata vermelha. Não muito tempo, ele tirou a gravata e quando uma empregada passou ele deu alguma ordem para ela.

– Suas cosias estão no carro?

– Sim, trouxe algumas coisas da casa. Vou fazer a residência no General Hospital.

Ele abriu um sorriso.

– Isso é maravilhoso, quando começa?

– Amanhã.

O seu rosto se iluminou.

– Precisa de alguma coisa? Foi tão repentino... quando decidiu?

– Acho que muitas coisas me fizeram decidir por esse caminho.

– Rose estava certa? É um bom hospital?

Sorri com sua animação. Ele ficou me olhando. No fundo dos olhos.

– Almoça comigo?

– Não está ocupado? Eu cheguei pensando que só o encontraria a noite.

A empregada voltou com o telefone na mão.

– O senhor Carlisle na linha.

Ele não olhou para ela com o telefone na mão esperando a resposta.

– Diga que estou ocupado e que é para minha secretária refazer a agenda da semana. Preciso de mais tempo livre, passe para Richard algumas das tarefas e que é para Tayler estar por dentro dos novos contratos, vou cobrar essas informações.

– Eu... Edward... você tem seus compromissos..

– Vamos almoçar?

– Sim, vamos.

E então ele parecia de alguma forma mais jovem, enquanto dirigia ele me contava que estava cansado de tantos compromissos e responsabilidades. Eu perguntei quem era Tayler e Richard e ele me contou que os estava treinando para substituírem ele caso ele precisasse, eram verdadeiros talentos. Edward me levou para um restaurante italiano afastado. E enquanto comíamos, conversávamos sobre tudo. De alguma forma estávamos libertos de algum peso invisível, estávamos sendo apenas um homem e uma mulher conversando. Eu gostava desse clima agradável e comia rindo de algumas coisas que ele falava.

– Então você e Emmett sempre aprontaram?

– O tempo todo.

– Por que nunca trabalhou com ele?

– Muitas coisas aconteceram.

– Edward eu nunca deixaria de ser médica por nada. Eu amo o que faço e sei que você também ama o que faz, mas as vezes para sermos completos precisamos largar outras coisas que nos prendem. Se desprenda de alguma coisa que o atrapalha. Eu tenho certeza que você e Emmett formariam uma dupla imbatível. Eu conheci tantas pessoas que queria apenas ter um terço das possibilidades que vocês tem. Invista nisso, é tudo curto e rápido demais para perder tempo com o que não gostamos.

Ele tinha uma admiração voltada para mim. Fiquei vermelha de vergonha e mexi na comida sem graça.

– Parece seu pai. Uma das últimas conversas que tive com ele... ele me disse exatamente isso.

– Ele disse isso quando escolhi minha profissão. Ele dizia que se eu quisesse ser engenheira ou assistente social não importava, o importante era ser o que eu sonhava em ser. Eu sou médica porque eu quero ser.

Ele pegou na minha que repousava sobre a mesa e eu fiquei surpresa com o ato dele. Sua mão era grande e tão forte. Protetora em tantos sentidos. Uma onda de calor passou pelo corpo.

– Obrigado. Só você e seu pai se importaram com isso além de Esme. Ela tem suas preocupações, mas é muito discreta, detesta se meter e se pensar que está sendo intrometida ela se afasta.

– Eu nunca admirei tanto uma mulher como admiro Esme.

Ele sorriu para mim.

– Ela é um anjo.

Quando ele tirou sua mão de mim todo meu ser protestou querendo algum contato a mais. Querendo mais dele. Acabamos de comer conversando, nos conhecendo e eu pensei que esse foi o nosso primeiro encontro. Nossa primeira conversa amigável, sem nada por trás.

– Tem algum parque... algum lugar para andar? – perguntei a ele. Eu não estava com vontade de ir para casa. Queria mais da intimidade que estávamos compartilhando.

– Tem sim. Precisamos ir de carro, não é perto.

Apesar da distancia, valeu a pena. Era lindo. Tinha crianças correndo, pais e namorados. Andamos pelo meio deles em silêncio. As crianças estavam animadas com seus brinquedos e tinha animais de estimação entre eles.

– Eu sou alérgica a gatos. – falei para ele.

–E eu a cachorros. Uma vez ganhei um e fiquei dois dias no hospital com uma alergia, acho que Esme perdeu dois anos nisso. Ela não saiu de perto de mim.

– Bom, animais de estimação estão vetados para nós não?

– Sim, mas podemos pensar em outras coisas.

Olhei para ele.

– Bella podemos...eu posso pegar na sua mão? Prometo que não vou fazer mais nada. Só.. que foi bom no restaurante....

Eu peguei na mão e andamos de mãos dadas. Em silêncio. Um pouco tensos, um pouco nervosos, desajeitados e ofegantes. Mas estávamos de mãos dadas e se isso não significasse alguma coisa eu não saberia o que significava. Eu só esperava que isso durasse.


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Notas finais do capítulo

Então meus amores o que acharam? Amanhã eu volto de viagem! Beijos lindas!